Sorriso

Foto de Atevag

Quero-te...

Doi-me o coração tanto que me esmaga em sentimentos por vezes esquecidos no sitio onde os encontrei outrora perdidos...
Não quero perder este sentimento nunca porque é ele que me faz levantar de sorriso nos lábios tal como me faz sentir unico neste meu pequeno mundo.
Obrigada
Quero-te muito...

Foto de cathy correia

De tarde

De tarde
O amor bateu de mansinho à minha porta
E, era um sorriso louro
Cheio de malícia.
Um olhar doce
E um cheirinho a alfazema.
Não sei, não posso...
Mas estou irremediavelmente apaixonada.
E os beijos que nunca darei
Sabem a ondas do mar
E a pássaros livres
Voando no azul do céu.
Perco-me no eco dos sons
Que rompem o silêncio
Olho...Já lá não estás!

Foto de Minnie Sevla

Dança do amor

Quero dançar para você.
Usar minha fantasia mais linda!
Te enlaçar com meus lenços azuis transparentes,
remexer meus quadris ao som de uma música árabe,
balançar minhas madeixas avermelhadas e reluzentes
lembrar os movimentos exuberantes da serpente.
Deixar meus olhos sorrirem, o sorriso da sedução.
Quero sentir suas mãos quentes retirando cada lenço
envolto da minha cintura, a cada tilintar das moedas.
Sentir seu coração batendo forte e ver todas as nossas roupas no chão.
A luz fraca do quarto deixando tudo mágico,
o mel, as frutas sugerindo sabores e cores
que encantam, provocam as mais diferentes delícias
que atiçam toda malícia, de uma noite cheia de emoções
prazer, felicidade.
No ar uma suave fragância espalhando sensualidade,
nossas imagens incessantemente refletidas no espelho... e então,
depois de dançarmos a dança do amor
das mãos, do toque, dos corpos num vai e vem indecente,
explode em meio a sussurros e gemidos, fogos e artifícios...
normaliza-se a respiração e o pulsar do coração.

Ramgad/Minnie Sevla

Foto de Lady B-Neka

Carta dum Imortal

querida minha,
Trago-te as novas antigas que de mim não se apartam:

Um dia fui sentar-me junto a um lago que, calmo e sereno, não compactuava com a tempestade que o rodeava. Em volta, um casal de namorados que se beijava, outro que discutia, uns que se abraçavam, e eu…sozinho e triste a contemplar a mesmíssima paisagem, mas sem ti…
Sabes que sem ti nada é igual, sabes bem que sem ti nada é o mesmo. Fico aqui sentado, chorando por não te ver, por não te ter aqui… Dava tudo para te ter comigo, agora e para sempre, e dava ainda mais para que o relógio parasse no tempo e voltasse atrás.
Se pudesse mudar o passado, nunca teria largado a tua mão, porque foi depois de partires que te dedicaste a quebrar o meu coração. Pobre coração, que ao fim de tantos anos ainda sangra por uma bala perdida (estás perdida no meio do meu pensamento que gira unicamente em torno da tua lembrança, és impossível de remover deste meu destroçado coração).
Foste tudo para mim, nada tinha maior significado. Mas a verdade é que só depois de te perder percebi o quanto te amava. E agora, mais do que nunca, te amo com toda a força…
Ainda lembro tudo… Ainda recordo a primeira troca de olhares, a primeira palavra, ainda não esqueci o primeiro beijo e a última palavra faz eco dentro de mim (essa última palavra a que eu não soube responder). Se soubesses amor, como é acordar e não estares ali… Dói tanto que faz lágrimas e choro tanto que faz sangue… Como me arrependo de não ter sabido dar valor ao que tinha nas mãos, como me arrependo de não ter dado conta que por entre os meus dedos tu escapavas…
Partiste porque quiseste, e traíste-me porque eu quis. Foi como que um querer perder-te para outro que não eu, mas quando olhei e já tinhas partido para longe, já não foi isso que eu pensei. Depois, passei a escrever-te todos os dias, a toda a hora, para te lembrar que o teu coração já foi quente e não eras o cubo de gelo em que te transformaste, para te lembrar que outrora tiveste uma paixão em chamas (quem estava de fora só via o fumo, mas nós sentíamos a chama ardente). Tentei fazer-te ver que o teu sorriso não é o mesmo quando eu estou contigo, e tentei mostrar-te como sou quando sei que foste para não mais voltares, mas tudo em vão… A única resposta que me deste foi este silêncio que me mata por dentro, aos bocados…
Um dia perguntaste se te amava pelo que eras ou só pelo que eu era quando estava contigo. Na altura encolhi os ombros e segui andando, agora sei o que eras para mim! Sempre te amei, não só pelo que és mas também pelo que sou quando estou contigo…
Por agora saber amar, talvez tarde demais, é que vou sentar-me onde tu caíste e olho duas vezes para aquilo que me quiseste mostrar…
Já lá vai muito, muito, muito tempo desde a tua ida, desde o teu último telefonema, mas a tua voz ainda se ouve dentro de casa, e o teu sorriso ainda entoa pelas paredes do quarto. Foi tudo tão mágico e diferente que não sei dizer se apenas o sonhei, mas foi tudo bom demais para ser verdade. E passou tudo tão rápido, que foi como se não tivesse existido um amanhã. Mas eu sei que existiu, e a prova é o lençol quente que deixaste, os cacos do meu coração que pisaste e ficaram no chão molhado de lágrimas, os restos de uma vida que deixaste para trás…
Só quero que saibas que agora dou valor a tudo o que passámos e a tudo o que fizeste para me tentar mudar… Continuo aqui se me quiseres, tu sabes onde me encontrar…
Continuo esperando o regresso caloroso daquela que tanto amo e quero, e que sei que por mim partiu, esperando que a causa da sua ida seja um dia a causa do seu regresso…
Nunca esqueças que te amo muito e profundamente, pois é a única certeza que consigo ter desde que me deixaste! São tantas as saudades como palavras que aqui vão!... Peço-te, volta para mim…

Do teu IMORTAL amado
(se o teu silêncio não me matou,
Já nada me arrancará da vida.
Este amor que nutro por ti
Abre-me as asas sem
Que corra o vento…)

Foto de Lady B-Neka

Ontem fui tua todo o dia...

Há dias em que custa respirar sem ti…
Há outros em que dói respirar contigo…
Ontem fui tua todo o dia…
Todo o dia te amei secretamente,
Amei sem pronunciar uma letra que me denunciasse…
À tarde era tua num sonho só meu,
Do qual preferiste não fazer parte…
À noite era tua numa ilusão só minha,
Que fizeste questão de rejeitar…
Ontem fui tua todo o dia,
Sem dares por isso…
Hoje fui eu a má da fita…
Hoje abandonei-te à tua sorte,
Abri espaço para teres saudades…
Hoje preferi não aparecer,
Na esperança de me procurares…
Hoje eu fui a coisa ruim que nego ser,
Pois quis saber o que tu não sabes,
Que uma mensagem de saudade
E um suspiro profundo
Me vieram contar…
Hoje respondeste a algo sem pergunta…
Hoje, nem suspiro, num desejo de me teres ali,
Num olhar distante esperançado de me ver,
Num sorriso forçado por não teres com quem rir,
Hoje soubeste, gritaste ao mundo que me amas…
Neste dia brindaria à tua descoberta,
Mas foram outros que a viram,
Tu ainda não quiseste saber…
Ontem fui tua todo o dia,
Hoje, logo, à noitinha,
Derramarás a lágrima que não vou secar,
Lamentarás o beijo que não vieste dar-me,
E amanhã de manhã, saberás que me amas,
Saberás que me amaste na lágrima em vão derramada,
E no dia em que fui tua, todo o dia, sem dares por isso…

Foto de Lady B-Neka

Uma dor pior que a Morte...

Se te faz feliz,
Veres-me fingidamente feliz,
Sorrirei de cada vez que passar por ti,
Ainda que o azul dos teus olhos me magoe mais que a morte…

Se te faz feliz,
Deixares-me abandonadamente sem ti,
Deixa-me onde estou e segue,
Ainda que a tua ida me magoe mais que a morte…

Se te faz feliz,
O calor da outra boca que não vai ter meu sabor,
Corre como o vento para junto dela,
Ainda que tal beijo me magoe mais que a morte…

Se te faz feliz,
O toque das mãos que não são minhas,
Vai perder-te nela numa noite escaldante,
Ainda que o luar dessa noite me magoe mais que a morte…

Se te faz feliz, vai, parte, some-te…

O teu sorriso é o meu consolo,
Ainda que não o abras para mim…
O teu beijo é o meu alento,
Ainda que não mo dês a mim…
O teu toque é a minha perdição,
Ainda que ao fazê-lo não penses em mim…

A minha prioridade é fazer-te feliz,
Ainda que isso signifique adormeceres nos braços dela…

Foto de O Vampiro Poeta

Devaneios

Lembro de nós dois
Em momentos que não existiram...
Lembranças inexistentes,
De minha mente entorpecida...

Perdido em meus devaneios,
Com teu sorriso em meu lembrar...
Teu brilho procuro em mil olhos,
Mas apenas na tua pureza me reencontro.

Sofro por pensar,
Quero para sempre lembrar
Dos momentos que ainda não vivemos
E talvez nunca compartilhemos...

Sonhos, delírio...
Devaneios perdidos...
A loucura me tomou,
O amor me domou...

Gustavo Breunig

Foto de cathy correia

Lembras-te...?

Lembras-te
Quando em troca de uma flor
Me davas o teu mais belo sorriso?
Lembras-te
Quando trocávamos com o olhar
Beijos que sabiam a ondas do mar?
Lembras-te... minha amada
Do nosso amor
Que tudo envolvia
Cobria
Num doce torpor?
Quero-te
Mas acho que perdi as palavras algures...
Num desses corredores
Frios
Impessoais.
Deixei que sentimentos banais
Nos deixassem
Sem sonhos a partilhar

Foto de jairokour

Beijo Para Flor

Ela não me saía da cabeça. Se entranhara tanto em mim que por mais que eu tentasse, não conseguia tirá-la de meus pensamentos.
Sonhava com ela, imaginava milhares de situações, sentia uma vontade louca de ouvir sua voz, ver seu sorriso, estar junto dela, tocá-la, sentir sua pele.
Eu me controlava, mas era evidente que eu a queria demais, que morria de tesão por ela. Apesar de tudo que vivêramos, tinha dúvidas se ainda era correspondido, mantinha-me então discreto e evitava avançar o sinal.
Certo dia por um motivo qualquer, estive em sua casa. Na hora de ir embora, ficamos conversando no portão. Estávamos sozinhos. Ao despedir-me, beijei-lhe o rosto como de costume. Segurava sua mão e senti que ela apertou a minha retendo-a na sua, como se não quisesse que eu fosse. Isso me deu coragem. Puxei-a para dentro e fechando o portão, venci a timidez inicial e toquei seus lábios com os meus. Um lampejo de resistência e espanto apareceu em seu olhar, que logo foi substituído por um brilho intenso e senti sua boca macia pressionando a minha, correspondendo e provocando em mim imediata reação, excitando-me, deixando meus sentidos à flor da pele.
Perdi o medo e com minha boca colada à dela, envolvemo-nos num beijo intenso, quente, úmido, cheio de lascívia e paixão. Adorava a pressão de seus lábios contra os meus, enquanto nossas línguas se encontravam e se enroscavam, lutando frenéticas, procurando cada uma absorver da outra toda carga de luxúria reprimida em nós até aquele momento, buscando desvendar nossos segredos, revelando os mistérios de nossos corações, fazendo aflorar todo desejo contido, enclausurado.
Ah, o beijo. Mais que o sexo, o beijo é a demonstração e a procura dos anseios mais recônditos. É a entrega perfeita, sincera. O sexo é instinto animal, o beijo é o desnudar da alma. O sexo é o prato que nos sacia a fome, o beijo é o alimento que nos revigora a alma. Mostramos no beijo todos os nossos sentimentos. O sexo é gozo efêmero, rápido, o beijo, gozo eterno. O beijo faz o sexo e é o sexo. Sexo é físico, beijo é alma. Revelamos nele toda a nossa fragilidade frente aos sentimentos que nos assolam e toda nossa força criada pela paixão. O beijo agasalha nosso frio, livra-nos de nossas amarras, liberta-nos de nossas vergonhas, estimula nossas emoções e provoca o toque. E o toque, num círculo vicioso, excita o beijo. Mais uma vez eu tomava consciência do porque as cortesãs oferecem o sexo e recusam o beijo. Sexo pode existir entre corpos desconhecidos, beijo verdadeiro e sincero, só entre corações que se querem.
Ao beijá-la sentia meu sangue fervilhar, minha pulsação disparar e todas as minhas sensações concentrarem-se em nossas bocas. Meu coração almejava querer e ser querido. O contato de seus lábios com os meus variavam de intensidade conforme o fluir das emoções, ora suave feito brisa de outono, provocando leves arrepios, ora intempestivo como furacão, provocando tremor, nos deixando ofegantes. Nossas línguas viajavam de encontro ao céu de nossas bocas, acariciavam-se, descobriam-se e completavam-se. Ao comando do beijo nossas mãos nos procuravam, respondendo com afagos de amor. Nossos corpos se entregavam ao contato da paixão e à chama do desejo que se avolumava e se intensificava.
Afastei-me, tomei fôlego e segurando suas mãos a conduzi para dentro de casa, procurando um lugar mais confortável.
Sentados no sofá, Flor, procurando a minha, ofereceu-me novamente sua boca sôfrega. Aceitei-a, ávido de mais carinhos e beijei-a arrebatadamente como sempre desejei, como sempre sonhei. Guiado pelo desejo fiz com que minha boca percorresse seu pescoço, seu colo, sua orelha. Pousasse em sua nuca beijando-a suavemente, provocando suspiros e arrepios de excitação. Minhas mãos descobriam seu corpo em suaves, mas decididos toques. Ela retribuía beijando meus olhos, mordiscando meu queixo, meu pescoço, acariciando meu rosto. Voltava, procurando o agasalho de minha boca, o abraço da minha língua. Prendia meu lábio inferior entre os seus, mordia levemente e deixava sua língua tatear pelos cantos de minha boca provocando-me e levando-me ao paraíso. Por cima do tecido de sua blusa, meus dedos atrevidos encontraram seu mamilo rígido e minha mão apertou suavemente seu seio, arrancando dela um gemido de prazer. Procurei os botões e a soltei. Deixando minha boca deslizar ao encontro daqueles mamilos maravilhosos, rodeei-os com minha língua, sugando-os delicadamente, depositando neles beijos úmidos e calorosos. Flor contorcia-se de excitação. Encorajado por suas reações tirei completamente sua roupa. Contemplei extasiado aquele corpo celeste. Ah, como descrever aquela visão de beleza exuberante? Ela nua, recostada no sofá, olhos semicerrados esperando ansiosa pelo meu próximo toque, adivinhando meu próximo beijo, se oferecendo, se entregando inteiramente a mim.
Decidi naquele instante que meu prazer, meu gozo, seria o dela. Resoluto distribui delicada e demoradamente centenas de beijos em seu colo, em seu ventre maravilhoso e, ousado, explorador, percorri seu corpo com minha boca, beijando, lambendo, sentindo a suavidade e o sabor de sua pele. Voltei aos seios, refiz o caminho de sua boca, mordisquei a pele de seu ombro, beijei seus pés. Partindo da parte de trás dos joelhos deslizei a ponta da língua alternadamente pelo interior de suas pernas, e subindo, guiado pelos seus murmúrios de aprovação, aproximei-me atrevido e pousei meus lábios nas pétalas macias daquela flor maravilhosa, sentindo sua suavidade, seu sabor divino, néctar propagado dos deuses. Deliciado, entre seus tremores e gemidos ouvia os murmurantes sinais inequívocos de seu delírio, que me orientavam e conduziam: “assim..., mais..., continue...”.
Beijava-a agora com a delicadeza do amor mesclada com a fúria da paixão. Flor respondia com movimentos ondulantes de seus quadris, suas pernas pressionando minha cabeça, fundindo-nos no mais íntimo contato. Minha boca e minha língua, como se estivessem em um parque de diversões, beijavam e brincavam loucamente, saltitando de um ponto a outro, alimentando seu prazer, amplificando seus sons, tonificando suas sensações. Estendi os braços e toquei novamente seus seios, brincando com seus mamilos, navegando por suas curvas, escalando suas colinas. Busquei sua boca e senti meus dedos, qual sorvete sabor prazer, sendo lambidos e sugados, umedecidos e envolvidos por sua língua. Continuei, distribuindo por onde minhas mãos alcançassem, as carícias que fluíam das pontas de meus dedos, descobrindo seus pontos de loucura, ligando chaves do seu prazer, desvendando as trilhas da sua paixão.
Sentindo o aumentar do ritmo dos seus movimentos, a frequência de seus ais, o balanço do seu ventre coordenado com a intensidade de meus beijos e o pulsar de minha língua, pressionei suas nádegas de encontro a mim, mantendo aquele cálice preso à minha boca, evitando sua fuga. Com as mãos crispadas no tecido do sofá, Flor aumentou a pressão de seu corpo sobre meu rosto, permitindo que eu sorvesse a intensidade de suas sensações, o mel dos amantes, querendo que seu prazer também fosse meu, e desmanchou-se com um tremor vigoroso na melodia fluida do gozo profundo, num êxtase sem fim, trêmulo, intenso, sonoro.
Segurando minha cabeça, manteve-me ali, preso por instantes em seu pulsar, compartilhando e transmitindo-me seus impulsos, suas delícias, agraciando-me com uma parcela de seu céu, me fazendo morrer de paixão e de felicidade. Acalmada, levou meu rosto junto ao seu e beijou minha boca suave e demoradamente. Acomodou minha face em seu colo, para que eu ouvisse, nas batidas de seu coração, os acordes de seu amor.
Sorridente, saciada, satisfeita, sem proferir uma palavra sequer, me fez feliz por tê-la feito feliz.

Foto de Nana ´De Má

Enquanto você dorme.

Minha inspiração está a dormitar.
Meu bem querer já foi se deitar.
Nego-me em sono pra ti homenagear,
Nesse meio tempo fabrico mais mel.

Quero te adoçar, com tudo que há de bom em mim.
Quero te amar, com toda a destreza de um ser.
Quero te suprir, em todas as vontades e manhas.
Quero ser tudo que sempre quis.

Meu amor já foi dormir,
Mas as estrelas continuam no céu,
O galo ainda não veio me incomodar,
E o meu sono se escorreu pelo seu, boa noite, com frase em fim.

Um dia, te acordarei com o perfume dos pães preparados por mim,
E um laudo café lhe oferecerei,
Com um sorriso e um beijo de bom dia,
assim vou te acordar.

O meu amor já esta a sonhar,
E eu aqui a digitar, em sonhos, em devaneios,
Há, um dia vou te acordar.
E antes que o dia chegue, só pra brincar.

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