Sorriso

Foto de Lu Lena

HÁ MOMENTOS

Há momentos
que não
preciso da
louca paixão
Não quero beijo
na boca
nem sussurros em
voz ardente e rouca

Há momentos
que não preciso
da entrega ardente
de corpos num
desejo de loucura
apenas quero
conversar
no silêncio
da cumplicidade
e da ternura

Há momentos
que quero só
uma abraço apertado
ou mesmo o estar ali
quietinha protegida
e sentir-me amada

Há momentos
que desejo só
tua presença amiga
a me ouvir paciente
e um tímido sorriso
arrancar de mim
meio sem graça
sem brilho e bem
assim

Há momentos
que quero que me
evite um ato impensado
e que me diga:
acho que está agindo
errado mas estou aqui
do seu lado

Há momentos
que quero só ouvir:
-chore ou grite
ou mesmo silencie
mas conte comigo
sou e sempre serei
teu amigo

Há momentos que não
quero que digas nada
apenas no teu olhar
ter a certeza que por
ti sou amada
e em teu colo
adormecer calada

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ALEM DO PROPRIO CORPO"

“ALEM DO PROPRIO CORPO”

Quero você toda...
Nua...
Entregue!!!

Quero você toda minha...
Frágil...
Despida...
Sincera!!!

Quero você toda...
Feliz...
Sublime...
Amada!!!

Quero seu sorriso farto...
Tranqüilo...
Honesto...
Escancarado!!!

Quero teus sonhos...
Realizados...
Perfeitos...
Impecáveis!!!

Quero sentir tua vitória...
Na vida...
Nos sonhos...
Na gloria!!!

Quero você...
Serena...
Plena...
Independente!!!

Depois disso...
De você totalmente realizada...
Se você me quiser...
Vou adorar amar você!!!

Foto de Cecília Santos

PROMESSAS EU FIZ...

PROMESSAS EU FIZ...
#
#
#
Promessas eu fiz...
Mas não cumpri, desfiz.
Jurei não mais chorar.
Mas é tão difícil parar.
Choro minha vida vazia.
Choro por não saber,
como preenchê-la sem ti.
Noites mal dormidas.
Devaneios sem rumo.
Caminhos atalhados.
Choro por minhas
lágrimas caídas.
Choro por teu
sorriso desfeito.
Choro as lembranças
espargidas.
Sei que promessas, eu fiz...
Juro que tentei cumpri-las.
Mas foi impossível pra mim.
Choro a saudade doída.
Choro a paz que você queria.
Choro a vida que você teria.
E chorando vou seguindo.
Contando as estrelas do céu.
E os grãos de areias do mar.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2008*

Clip musical (KLB- Ela não está aqui)

Foto de Lu Lena

QUE OLHAR É ESSE?

Que olhar é esse?
que se enrodilha
pelo meu corpo feito serpente,
gotejando veneno de desejos pelo
meu sangue, pela minha mente

Que olhar é esse?
que me hipnotiza
feito um feiticeiro,
olhar de demônio
plasmado num sorriso
brejeiro

Que olhar é esse?
lascivo que sorve
os meus seios desse jeito
deslizando pelo meu corpo esse
olhar destemido e sem
freio

Que olhar é esse?
que explora
despudorado a minha genital
libidinoso ficas como um selvagem
animal
que está no cio, para o ataque
final

Que olhar é esse?
que me deixa
assim inebriada, perdendo a
noção do tempo, já não consigo
pensar em mais nada

Que olhar é esse?
que arranca de
mim um suspiro
te falo num gemido,
quase balbucio

Ah! que alucinação efêmera
Vem logo, saciar tua fêmea...

Foto de Sirlei Passolongo

Desenhos de menina

A menina
Dança nas nuvens
Nos sonhos que desenha.
Tece estrelas e lendas...
Princesas e dragões,
Fadas e duendes
Rabisca flores
Por toda a cena.
Faz da noite escura
Um iluminado véu de renda
Pincela na face da lua
Um sorriso... E a inocência
Transcende.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 5)

A novamente recolhida em si, a montanha não se conformava. Como podia ser aquilo? Um pintassilgo tão lépido e inteligente tinha obrigação de encontrar a saída providencial. Será que a velhice roubara a sua visão? Claro que não, para outras coisas não! Medo de vento ele sempre tivera, mas ante a possibilidade fortuita de recuperar a sua sagrada liberdade, não poderia titubear em optar pelo vento que, diga-se de passagem, não seria mais perigoso fora do que dentro da gaiola, onde já havia entrado. Não, tinha que haver uma outra razão plausível.

De repente, ela se recordou de um detalhe que lhe pareceu importante: durante o imenso minuto em que tudo aconteceu, em nenhum momento o pintassilgo lhe dirigiu sequer um único pensamento. Foi como se ele não ouvisse os seus apelos agoniados, para que fugisse pela portinhola entreaberta, antes que fosse tarde demais. Por que tal comportamento? Será que não mais considerava valiosa a especial e já manifestada amizade de uma montanha? Ora, não havia dado a ele nenhum motivo para tamanho desprezo, muito pelo contrário.

Sua indignação contudo ainda se transformaria em perplexidade: algum tempo depois a montanha foi arrebatada das suas reflexões pelo canto, agora de fato inconfundível, do seu pintassilgo. Lá estava ele novamente. A gaiola fora reposta no mesmo arvoredo, reabastecida de sementes e água, parecendo que nada havia acontecido ao passarinho. Até se poderia deduzir que estava mais feliz do que antes da ventania. Coisa mais absurda ― disse ela a si mesma. Porém, era evidente, nenhum pintassilgo deprimido poderia cantar tanto nem com tamanho virtuosismo, nem dar cambalhotas no ar e fazer outras piruetas. Até um banhinho ele tomava. Sucinto, como são os banhos dos passarinhos, que não têm muita intimidade com líquidos e nem muito o que lavar. Mas bem diante dos arregalados olhares da montanha, o bichinho espirrava água para todos os lados, enquanto, literalmente, mostrava ser também um entusiasmado cantor de banheiro.

Quando a tarde já se preparava para anunciar a sua partida, uma cena insólita mais uma vez surpreendeu a montanha. Vieram os dois caçadores na direção do arvoredo. O velho, ensimesmado, apertando as pálpebras como que por impaciência, não respondia uma só palavra, ao passo que o jovem, mostrava-se inconformado. Alguma coisa o levava a gesticular muito e a despejar no vento repetidos argumentos, tão atropelados que era difícil entender o mínimo. Até mesmo interpor-se no caminho do outro o jovem tentou, inutilmente. Para espanto até do pintassilgo, não apenas o caçador mais velho retirou a gaiola do galho em que estava pendurada, como ainda meteu a mão pela portinhola, apanhou o bicho apavorado entre os dedos, grosseiros mas cuidadosos, e em seguida simplesmente abriu a mão e esperou que ele voasse. O passarinho atônito demorou a entender, porém depois de poucos e longos segundos, mais assustado do que feliz, lançou-se no vazio, seu natural quase esquecido pelos anos de cativeiro. Com um sorriso contido no rosto também marcado pelo tempo, o homem ficou olhando onde ele pousaria. Por seu lado, aborrecido, o jovem virou-lhe as costas e com as mãos na cabeça, numa expressão de perda, foi-se embora a passos duros na direção do vale.

O pintassilgo não chegou muito longe em seu primeiro vôo. Não mais reconhecia a liberdade, suas possibilidades e perigos. Logo percebeu que praticamente nada estava tão perto e disponível, e que necessário se fazia agora dosar o esforço de se deslocar. A satisfação das necessidades dependeria de ser capaz de reconhecer seus limites. E aí estava uma coisa que não lhe parecera importante durante muito tempo: teria que olhar para dentro de si, em vez de conhecer, por dentro, apenas a gaiola. Mas a prática de todas essas coisas teria que ficar para o dia seguinte, pois já estava completamente escuro. A noite, fora da gaiola, era terrivelmente assustadora, até porque, embora estivesse acomodado em um lugar bem seguro contra predadores, ele não sabia disso. Perdera as referências para avaliar a sua segurança e, desse modo, tudo parecia potencialmente perigoso. Os múltiplos sons da noite, assim mais se assemelhavam a uma sinfonia macabra. Fora das paredes da casa do velho caçador, o mundo se tornara quase desconhecido. Não havia mais o acolhedor teto de sapê seco. Não havia ali, na verdade, nenhum teto e o sereno já se mostrava ameaçador. Em compensação não havia nenhuma ventania (Céus! Uma ventania no meio dessa escuridão seria morte certa e dolorosa!), contudo a aragem natural e constante da noite, resultante do resfriamento, tornava difícil manter uma camada de ar, aquecido pela temperatura do corpo, entre as penas e a pele delicada. Apesar de ser pessoa de intelecto muito simples, o caçador sabia que os passarinhos dependem disso para sobreviver e tivera sempre o cuidado de manter a gaiola em algum lugar bem protegido.

Porém, todas essas perdas decorrentes do cativeiro prolongado pareciam secundárias, do ponto de vista de alguém que não poderia caber em gaiola nenhuma. A montanha passara as últimas e desesperadas horas tentando se comunicar com o pintassilgo. E assim foi, ainda por outras horas. Era alta madrugada, ela resolveu que devia armar-se de mais paciência. Decepcionada, viu afinal que as tais perdas tinham uma magnitude bem maior. O seu velho amigo passarinho perdera grande parte da percepção do seu meio natural e exterior, porém, perdera também parte da percepção interior. Que triste era isso.

(Segue)

Foto de angela lugo

Estigma de amor

Um estigma no meu coração apareceu
Todos os dias eu tento ele curar
Você bem o sabe quando ele se abriu
Foi quando me deixou a chorar
Naquela tarde fria junto ao mar
Mergulhei nesta dor que trespassa
Dói tanto que não sei como ela passa
Parece que o sangue por ele jorra
Maldigo aquele dia, quero que ele morra
Junto às lembranças que me deixou
Mas parece um tormento, ele me tatuou
Não morre mesmo que eu queira
Está no meu coração a sua mentira
Quando falou que um dia voltaria
Quanto mais o tempo passa
Mais o estigma aumenta sem pressa
Espero que não tome conta de mim
Não quero sofrer tanto assim
Ver minha alma, meu corpo degradar
Sem ver você novamente a me amar
Sinto-me pela sua ausência amargurada
Como se a minha carne fosse rasgada
Não posso ser feliz assim com esta dor
Que silenciosamente assassina meus sonhos
O meu sorriso morre nos lábios
Quando levo minha mão ao coração
Sinto que ele ainda sofre por tanto te amar
Vem amor curar esta chaga aberta
Que minha alma sem ti não será liberta

 


Foto de Dennel

Uma lágrima, um sorriso, uma esperança

Uma lágrima baila no rosto de criança
Baila no rosto de quem amou
Perdido o amor, a esperança ficou
De um dia melhor, cheio de esperanças

Sorriso aflora tímido, retraído
Vencendo, substituindo a lágrima
Que teimosa faz a sua despedida
No derradeiro instante da vida

De longe espreita a esperança
Que aguarda o momento oportuno
Para intervir, substituir a lágrima
Aliando-se ao sorriso

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Carmen Lúcia

Libertação

Se minha vida é uma prisão,
E trago contida minha verdade,
Sorriso nos lábios é simulação,
Prazer no que faço, dissimulação...
A espontaneidade cabal falsidade...

Armo-me de coragem,
Cobre-me a camuflagem,
Esperando o momento oportuno
De rebelar-me, soltar-me, achar-me...

Nesse papel em branco, caneta em punho,
Traço meu plano de fuga, um tanto soturno,
O meu desejo insano ou mesmo profano
De correr ao encontro da liberdade,
Braços abertos à própria vontade...

Libertar em poesia tudo o que sou...
Recolher a fantasia que ainda restou,
Num expressar escancarado, nada forçado,
Dançando anseios na chuva que molha
E limpa meu corpo do que o deflora...
Trazendo de volta a alma que agora
Chora a emoção, liberta a expressão,
Sorri o livre-arbítrio, afaga o que aflora.

Carmen Lúcia

Foto de Marceloi9

Descobrindo o AMOR pelo MEDO

O MEDO é um sentimento que restringe, paralisa, retrai, nos leva a fugir e a nos esconder, e muitas vezes mau percebemos, pois nos escondemos atrás de um carinho, um sorriso e algumas vezes atrás de alguém.

Levando em consideração, que tudo existe uma contrapartida, para chegarmos ao conhecimento de algo, e atestar a sua existência, é preciso descobrir o seu oposto.

E foi pensando no MEDO, que descobri que seu oposto é o AMOR.

O AMOR é o sentimento que expande, move, revela, e nos leva a ficar apesar do MEDO.

O MEDO cobre nossos corpos de roupas, o AMOR nos permite mostrar o que temos de melhor.

O MEDO, nos faz segurar tudo que temos, o AMOR nos liberta para doarmos aos outros.

O MEDO sufoca, ao AMOR sempre nos mostra afeição.

O MEDO irrita , o AMOR acalma.

O MEDO critica, o AMOR regenera.

O MEDO julga, o AMOR perdoa.

Acredito, que todas as nossas atitudes e sonhos, baseiam-se em um desses sentimentos.

Não temos escolha com relação a isso, porque nada mais há escolher, e isso é maravilhoso, isso se chama livre-arbítrio, o que nos permite ser LIVRES.

Aprendemos a viver com MEDO, por isso é tão difícil tomarmos decisões.
Sempre ouvimos falar da sobrevivência do mais forte e o sucesso do mais esperto.

Por isso tentamos ser os mais hábeis, os mais fortes e os mais espertos também, menos que isso significa temer a perda, porque nos disseram que ser menos é ser perdedor.

Por isso geralmente escolhemos as ações que o MEDO justifica.

Encontrei o MEDO...
Por isso posso agradecer, pois para isso tive de encontrar um AMOR sicero.

Me mantenho guardado...conversando com o tempo.

Buscando não saber
QUEM SOU EU,
mas sim....
QUEM EU ESQUECI QUE SOU.

Marcelo Souza
09/04/08 - 22:39h

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