Sonhos

Foto de NiKKo

Poesia - retrato de minha alma

Hoje eu acordei com meu peito apertado pela saudade,
talvez porque o dia amanheceu nublado e sem cor.
Fiquei horas buscado na memória momentos vividos,
e lagrimas rolaram pelo meu rosto, registrando a minha dor.

Olhando velhas fotos esquecidas em uma gaveta qualquer,
mais forte as lembranças se apossaram de mim.
Fizeram com que eu me olhasse no espelho da vida
e percebesse que a minha felicidade teve fim.

Mesmo que eu tenha a todos enganado que estou feliz,
que te esqueci, que tudo o que contigo vivi eu superei.
Teu amor criou em um vácuo negro e profundo
onde todos os meus sonhos, envoltos na tristeza eu sepultei.

Por isso hoje eu chorei ao reler velhos poemas
pois ali cada verso era meu amor por você revelado.
Solucei sentindo em minha alma o frio da solidão
pois há muito tempo que já não tenho você mais ao leu lado.

E as lagrimas que iam caindo sobre as folhas amareladas
borravam as palavras que o tempo não apagou.
Fazendo com que cada verso ainda mais me retratasse
deixando nela um caminho meio que sem vida, como hoje estou.

Desta forma revivendo o passado em cada folha e cada letra
pintou a dor que abrigada se escondia em meu Ser.
Retratou na poesia o sofrimento e a saudade de um tempo
que embora eu queria, eu não consigo esquecer.

Assim eu vi que nas entrelinhas de meus versos
eu sempre escondi seu nome como um relicário de ilusão.
Fazendo de cada vogal ou consoante um terço
onde eu entoava hinos de saudade, ao deus da solidão.

Foto de poetaromasi

Em sonho me dependurei no luar

EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões

Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.

Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar,
Esperando as águas dos meus rios…

Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….

Prendo, no sono, o sonho para te ver,
Fico cego se em mim não te sentir,
Fios de seda - não te deixem partir!

Lisboa, 05-01-2009 20:49:30

(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

Foto de Simone.neetoi

O ADEUS

O adeus não é só uma palavra com 5 letras.
O adeus é um monstro, com mil cabeças e tentáculos.

O adeus é devastador como a morte.
Ele não pergunta se pra voce já é a hora, se voce esta pronto, se voce quer.

O adeus é como uma onda do mar que chega na praia derrubando castelos de areia, desmancha num segundo, o que vc demorou tempos e tempos construindo.

O adeus é cruel.
Não bastasse levar o motivo do seu apreço, ele leva sua vontade de tudo mais, ate de viver.

O adeus é medonho.
Ele faz você odiar em segundos, coisas que ate a pouco você amava.
O celular que trazia a voz e mensagens. o computador que trazia emails.....

O adeus molha o seu rosto, mas seca sua alma.

O adeus é desumano.
O adeus é sujo..
O adeus é assassino, mata todos seus planos, sonhos, esperanças e projetos.

O adeus é assim.
Ele te faz ateu.
Ele te deixa vazio, te joga no escuro e te faz perder o rumo.

O adeus é amargo, O adeus dói, O adeus machuca, O adeus corroe.
O adeus macula, O adeus transtorna, O Adeus enoja.

O adeus te joga no lodo da solidão.
O adeus te reduz a pó.
E o pior de tudo isso, que faz a gente desejar ir junto com ele, pro abismo do fim.

O adeus é tão mesquinho,que ele destrói quase tudo. Mas não mata o amor.

(Eu te amo.... E é pra sempre.)

Foto de Joaninhavoa

LAVRAS DE UM CORAÇÃO.

LAVRAS DE UM CORAÇÃO.

Ah meu amor quando te vi a primeira vez
Eu não sabia quem eras nem o que ia acontecer
Vi-te com os olhos do coração e num amanhecer
Encontrei-te!
Entre o trigo e o joio o sorriso mais lindo
do mundo
Plantava-se à minha frente! Pr`a ser
desbravado
Como um condado.

Fizeste-me guerreira de meus sonhos
e fantasias
Lutei contra meus medos em tempos de sombras
afiadas
Percorri caminhos de labirintos sem flores
torneadas
Gritei de meus Ais! Ah como chorei
envolta de cúrias
Conquistar o teu abraço foi cultivar
em pedaços
Lavras desdobradas.

Joaninhavoa
(helenafarias)
29/06/2009

Foto de Jonas Melo

Eu te Amo

Eu te amo !

Porque você es o primeiro pensamento em meu amanhecer;

Eu te amo, porque pensar em você alivia a espera de um momento nosso novamente;

Eu te amo incondicionalmente, porque com você aprendi que amor é um não se espera reciprocidade, nós simplesmente fazemos uma escolha e eu escolhi amar você;

Eu te amo, porque minhas lembranças mais doces e mais divinas remetem-me sempre a você;

Porque na madrugada ao escutar tua voz de menina mulher meu corpo entra em êxtase e simplesmente adormece feliz;

Eu te amo, porque você é e sempre será o grande amor de minha vida, incondicionalmente se aceitares ou não, meu coração já escolheu amar você por toda sua existência;

Eu te amo, porque você me ensinou que amar é a melhor terapia para alma;

Eu te amo, porque com você eu aprendi que a verdade sempre deve prevalecer, por mais que venhamos a sofrer;

Porque com você também aprendi que a conquista da pessoa amada é diária e somos responsáveis por nossas escolhas;

Eu te amo, porque você entrou em minha vida e pouco a pouco mudou-a completamente e, fez eu ser o homem que hoje sou, um homem melhor e com pensamento diferenciado sobre o que realmente significa a palavra amor;

Eu te amo, porque es inteligente e, isso me atrai muito em você, mas do que o desejo insano de fazer amor contigo;

Eu te amo, porque a sua perspicácia já percebeu que sempre digo a mesma coisa (QUE AMO VOCÊ), mas sempre procuro elaborar textos diferentes, todavia carregado com a mesma essência de amar você sempre.

Eu te amo, porque só quem ama realmente, entende as razões e dúvidas da pessoa amada e a ama cada vez mais sem esperar ser amado, simplesmente ama, pois o amor é paciente e único no modo de amar;

Porque fostes a melhor coisa que aconteceu em minha vida, abriu-me os olhos para um novo amanhecer chamado amor, mas como tudo na vida tem um preço, creio que o meu preço é muito caro, simplesmente viver sem você, mas mesmo assim vou continuar te amando, pois te amar me faz bem, mesmo sendo meu destino, carregarei esse sentimento em meu coração eternamente até o fim de meus dias, quem sabe assim, aquele que tudo conhece e tudo vê, faça você refletir e visualizar que nenhum outro homem pode te fazer feliz e te dar o amor que guardo em meu peito;

Eu te amo, porque o último pensamento do dia também me remete a você;

Eu te amo, porque em meus sonhos você me aparece como um anjo, um lindo e meigo querubim de seis asas, com as quais você utiliza duas para flutuar e as quatros para me seduzir, encobrindo seu rosto e descobrindo seu sexo, assim me seduz e me enlouquece de desejo, alternando, cobrindo o sexo e descobrindo o rosto, descobrindo o rosto e cobrindo o sexo, de repente paras de flutuar e cai em cima de meu corpo e como diabinha atrevida, vestida semi-nua de vermelho, me ama incondicionalmente, alimentando minhas fantasias, saciando meus desejos e sonhos de você;

Eu te amo, porque por mais que venha acontecer várias mudanças e variações patológicas em seu corpo com o decorrer do tempo, em meu coração sempre vai está a lembrança daquela linda e meiga menina mulher, que eu conheci em uma manhã de setembro, mês lindo e abençoado, mês considerado pelos botânicos e amantes da natureza como das flores, o qual carrega a mãe primavera, e creio que foi ela que me trouxe a mais linda e singela flor chamada.....

Eu te amo muito, e sempre vou te amar, não precisa dizer o mesmo não;

Jonas Melo!

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de Carmen Vervloet

Eterno Recomeço

Eterno Recomeço

Não há chama que dure para sempre,
nem amor que seja imortal...
Floresce em tempo de ventura
estrelas brilham no olhar
mas eis que de repente
irrompe o vendaval
apagando a chama ardente
desse amor pleno e total!

Amor guardado em diamante
quebra-se como cristal
só a dor é real!

Fragilizado sentimento em bolha colorida
soprada por crédulo coração,
qualquer sopro mais forte
espalha a bolha em mera ilusão,
efêmeras bolhinhas de sabão!

Troca de carinhos, afagos, beijos,
divisão de sonhos, alegrias e tristezas,
construída com desvelo
a beleza da união!
Nos olhos desfeita a chama da paixão
então o que resta é saudade e recordação!

E por mais que se queira
ser sentimental
percebe-se que no amor
a perfeição não é arte final.

Pranto de horas doridas,
guardião de lembranças vividas,
buscando novos caminhos
na insensatez do coração...
Recolhidas estrelas da lama,
Acende-se nova chama,
eterno recomeço!

Nada escrito, ou assinado...
Sonhos (re)acordados!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de João Luiz Giorgio Junior

IRA

Fecha teus olhos por um segundo
E invade os meus pensamentos
Sinta que vc esta presente
Em todos os meus sentimentos

Viaja pelo meu corpo
Descobre os meus desejos
De todos os meus pecados
Por todos os seus beijos

Passas pelo meu inconsciente
Ouça o chamar do teu nome em vão
Cravado no som das batidas
Do pulsar do meu coração

Entras em todos os meus sonhos
Descobre ali a tua historia
De tudo que sinto por ti
Gravado em minha memória

Abre teus olhos por um segundo
E fecha os já em seguida
Para que possa ficar comigo pra sempre
Nesse sonho que se chama Vida

Foto de Viviani de Alcântara

Angústia

Como dói amar-te tanto...quando não correspondes ao meu amor!
Sofro tanto, com essa dor, presa em meu peito.
E você, nem liga para o que eu sinto...para o meu sofrimento!
Sofro, porque queria você, sempre pertinho de mim...
Porque nos meus sonhos...você é um rei, e eu...sua rainha!
Porque você faz parte da minha vida...
do meu corpo...
do meu coração!
E sem você...eu não cosigo mais viver!

Foto de Joaninhavoa

Sonhos que não se contam.

*
Sonhos que não se contam.
*

Há sonhos que não se dizem
nem se escrevem nem se contam
São loucuras dos que sonham
E são loucos se os contarem

Mas é mais forte do que eu
Este sonho que trago
Entranhado.
Feito Romeu!

E eu! Quem sou eu?!
Julieta, nem pensar
Apesar de ninguém negar
Ficar na história no apogeu

Amor! Amar
É perder o caminho
Um desespero uma granada
Um mar verde e amargo
Segredos de um destino

Entrar pl`a porta aberta
A cavalo com graça e porte
A galope ou a trote
Lantejoulas do peito à garganta

Amor! Amar
É encontrar o rastilho
Um chão de rosas vermelhas
Cheiros de alvas manhãs
Sem feridas no peitilho

E honras! Minha cama balança
Tendo os lençóis em trança
Distraídos à janela
Sobes e desces por ela

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/06/2009

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