Soneto

Foto de Dirceu Marcelino

ESPADACHIM

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Gostaria como teu cavalheiro protetor
Desembainhar meu cetro de espadachim
E descrever versos em teu corpo com ardor,
Em formato de soneto como faço assim:

Em doze estocadas silábicas com fervor,
Marco o ritmo inicial que seguirei até o fim.
Após sempre em forma suave, mas com destemor
Fecho os quartetos com você abraçada em mim.

Prossigo com o florete e em toque sedutor
Marco a tua pele com o aroma do jasmim
Que lanço em ti com as pétalas dessa flor

Viçosa e cheirosa que engalana meu jardim
E de onde tiro meu poder e todo o amor,
Que me permite possuí-la assim como Arlequim.

Foto de lialins

Soneto do Amor

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude

(Vinícius de Morais)

Este soneto é muito lindo
leia com atenção ...mas leia com o coração

lia 100%apaixonada
lins eterna apaixonada

Foto de Dirceu Marcelino

VÍDEO-POEMA: INSTANTES POÉTICOS - DUO - DIRCEU & LU LENA

MUSA DO JARDIM ENCANTADO II – DOS PAMPAS

Penso em escrever sobre a estação das flores,
Penso em ti correndo como ave esvoaçante
Pelos campos floridos recanto de amores,
Encontro-te e miro em teus olhos como amante

E vejo em tuas íris o pampa cheio de cores,
Destacando o brilho do campo verdejante
Emoldurado por mil lírios de esplendores
E com uma pura brancura cintilante,

Como faíscas elétricas de conversores
Naturais do teu magnetismo contagiante
E atingem-me em feixes de lumes abrasadores,

Paralisando-me e atraindo-me esfuziantes
Ao aconchego de teus seios alucinadores
Onde me entrego ao nosso prazer luxuriante.

(Dirceu Marcelino )

DELÍRIO POÉTICO

Vem meu poeta teus versos recitar
em meu corpo faça tua folha de papel
teus dedos desenhe nele tua poesia
com as cores do arco íris no céu...

E no contorno de minh’alma derrame
teu néctar e o teu mel...

Seja o meu beija-flor, bicando meus
vãos sem pressa e sem pudor...

Vem meu poeta deixe tua inspiração
deslizar em meu vente, e que nele
germine soneto lírico florescendo
desejos incontroláveis e aflitos
gemidos abafados, sussurros e gritos.

Vem meu poeta não siga métricas e
nem rimas nesse elo de contentamento
deixe esse calor febril que em brasa
minha'alma a tua enleia em pensamento.

Vem meu poeta siga teu instinto nesses
versos insanos, sem nexo e sem lógica
nessa insanidade efêmera e caótica...

Percas-te nesse teu silêncio de lascívia
nessa lassidão de espasmos de prazer...

Vem meu poeta sou teu êxtase, tua sina
onde sou a tua musa em reticências...
maturidade num mix de inocência...

Nessa névoa esfuziante perdi-me
somente deuses e poetas conseguem
sentimentos d’alma decifrar...

Uma brisa passou e meu rosto veio
acarinhar...

Levando até a ti nesse instante o meu
poetar...

Nesse delírio poético que se dispersa no ar...

(LU LENA )

Foto de Lu Lena

DELÍRIO POÉTICO

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Vem meu poeta teus versos recitar
em meu corpo faça tua folha de papel
teus dedos desenhe nele tua poesia
com as cores do arco íris no céu...
e no contorno de minh’alma derrame
teu néctar e o teu mel...
seja o meu beija-flor, bicando meus
vãos sem pressa e sem pudor...
Vem meu poeta deixe tua inspiração
deslizar em meu vente, e que nele
germine soneto lírico florescendo
desejos incontroláveis e aflitos
gemidos abafados, sussurros e gritos
Vem meu poeta não siga métricas e
nem rimas nesse elo de contentamento
deixe esse calor febril que em brasa
minha'alma a tua enleia em pensamento
Vem meu poeta siga teu instinto nesses
versos insanos, sem nexo e sem lógica
nessa insanidade efêmera e caótica...
percas-te nesse teu silêncio de lascívia
nessa lassidão de espasmos de prazer...
Vem meu poeta sou teu êxtase, tua sina
onde sou a tua musa em reticências...
maturidade num mix de inocência...
nessa névoa esfuziante perdi-me
somente deuses e poetas conseguem
sentimentos d’alma decifrar...
uma brisa passou e meu rosto veio
acarinhar...
levando até a ti nesse instante o meu
poetar...
nesse delírio poético que se dispersa no ar...

Foto de Lu Lena

DAMA DA NOITE!

Ela surge na penumbra embriagadora...
Num olhar em brasa o corpo anuncia...
Desliza esguia provocante e sedutora...

Na dança voluptuosa que te extasia...
Olhos lascivos te seguem hipnotizados...
No remexo das ancas atiçando tua libido...

Trejeitos e gestos eroticamente ousados...
Respingo de suor adere em seu espartilho...
No teu corpo a ardência inflama de desejo...

Nesse inebriante e lânguido espasmo...
Como uma provocação atira-te um beijo...
Sentes a umidade desse cósmico orgasmo...

Exuberante, felina, voraz fêmea e fogosa
Devasta teus sentidos num fogo intenso...
Dama da noite, ela é tua musa misteriosa!

PS. Poema inspirado no soneto do Dirceu
``Musa Misteriosa´´

Foto de Lu Lena

SAUDADE MÓRBIDA

Aprecio a paisagem translúcida no espaço
Ouço o bater de sinos na capela distante
Vento varre a cabeleira dos verdes matos
No céu, vejo cortejo d'espíritos viajantes.

Balanços das folhas, vultos acenam pra mim
Dogmas infundados entre a vida e a morte
Sopram ao meu ouvido, que isso não tem fim
Círculo vicioso e simbiótico lançado a sorte.

Prolixa e moribunda divago sem entender
Na oculta inflorescência a busca do amor
Lágrimas gotejantes, doridas de um sofrer.

Na lápide, vejo um poço árido que secou
Nas flores silvestres, o toque de teu ser
Saudade mórbida foi apenas o que restou.

Lu Lena

Ps. Esse soneto, fiz em homenagem a minha mãe,
hoje completando seis anos de sua partida.
Foi pensando nela, que me veio essa
inspiração... 03/09/2008.

Foto de Dirceu Marcelino

REFÚGIO DE AMOR - ( Soneto feito a três mãos para ser inserido em oportuno Video-poema )

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* Homenagem a LU LENA e ANNA CAROLINA, que colaborou na elaboração do soneto.
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PERDIDA EM TEU OLHAR

``Quisera emergir das profundezas do mar, romper os grilhões dessa força que devasta em meu corpo, quando me perco em teu olhar´´ ( LU LENA )

BEIJOS DE AMOR

“Quisera emergir das profundezas do mar,
Romper os grilhões dessa força que devasta
De paixão meu corpo e minh’ alma ao ver o teu olhar
Brilhar com desejo e ver que só isso não basta.

E queres meus lábios e língua a te beijar
Os teus montes e vales como vento que arrasta
Na brisa do mar grãos de sais para te salgar
E o pólen das flores a cobrir como pasta

Teus fartos seios que ofereces para se sugar,
Através dos mamilos que soltam o néctar,
Que enrijece o membro de quem vai te amar

E gozar delícias da vida até se fartar
Com o gosto da essência que do sal do mar
Misturas ao mel de tua boca e nos faz provar

Em beijos de amor!

Foto de Lu Lena

AMOR DE ALMAS

Madrugada toco-te suspirando com um beijo
Buscando em ti os prazeres de excitação
Em lambidas tórridas em gemidos de desejo
Corpos que se contorcem no ápice da paixão

Transcrevo em teu olhar meu amor imperecível
Em quenturas flamejantes sincronia do prazer
Refletem almas na lua cheia branca intangível
Frenético ir e vir entre gemidos num só ser

Deixo-me envolver nessa ardência devastadora
Induzes em mim êxtase percorro tetos sem chãos
Influxo em delírio um grito na névoa embriagadora

Correntes em descargas elétricas percorrem vãos
Saliências túmidas e arfantes pulsam em tua boca
Num corpo perecível palpável à mercê de tuas mãos

Lu Lena

Ps. inspirado no soneto do Dirceu (JUNÇÃO DE ALMAS)

Foto de Teresa Cordioli

peça-VIDA (soneto)

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peça-VIDA (soneto)
Teresa Cordioli.
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peça-VIDA (soneto)

Quem me dera entrar em tua alma serena
Com entrada triunfal, digna de uma artista,
E ganhar o papel principal, ser protagonista
De uma peça-VIDA, escrita em um só poema.

Quem me dera fizesse contigo a contracena
Ou fosse em tal momento uma sonetista,
Autora da cena do beijo, a minha favorita
A mais longa, eu o beijaria sem problemas,

Não me negar à fala, e ver que nela existo
Olhar em meus olhos e ler frases de amor
Interpretará que eu a ti nunca resisto!

Se ao abrir as cortinas, não ouvir aplausos
Ter só teu olhar em mim, meu cachê maior
Paga vindo de ti, o receberei com louvor!

Foto de diana sad

Em quatro e três linhas.

Ele chegou às quatro da manhã
A cara inchada, blusa desabotoada
E uma vontade de mentir irresistível
É quatro linhas a primeira estrofe do soneto.

Eu quis gritar, xingar e acordar toda a vizinhança
Mas decidi ouvir a desculpa da semana
Quis fazer um ranking do mês
Também é quatro linhas a segunda estrofe do soneto.

O carro quebrou e tive que vim de carona
No meio do caminho paramos num boteco e bebemos
Agora são três linhas amor, pra quê esse sofrimento?

Sabia que ali a história se repetiria
Inspirei toda a raiva da madrugada e resolvi viver o dia.
Enfim com três linhas se termina um soneto.

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