Sofrimento

Foto de Anjinhainlove

Felicidade arrancada

Se pudesse voltar atrás nada teria sido assim. Infelizmente, aconteceu, e terei de carregar com a minha sina até que o meu coração deixe de bater.
Perder um amor é sempre difícil, mas, e quando esse amor jamais voltará? E quando uma simples briga se transforma num castigo eterno? Então passo a contar.
Era Inverno, nevava intensamente, mas no meio de tanto frio, algo ainda mais frio estava para acontecer…
Era só mais uma briga, parte da rotina de um casal funcional, tinha chegado mais tarde do trabalho e deixado ela à minha espera. Mas estava cansado. Cansado do trabalho, cansado das brigas que, ultimamente, se estavam a tornar mais frequentes, cansado de tudo, e não queria ter de suportar mais uma briga por uma razão que não podia controlar, então virei as costas, abri a porta e saí. Encaminhei-me para o meu futuro. Ai se soubesse o que me esperava teria voltado atrás e beijado aquela mulher com todas as forças que me restassem. Mas não sabia.
Fui a caminho daquele novo bar que tinha aberto, gastar os meus últimos lucros. Embebedei-me tanto que posso jurar que não me lembro realmente do que aconteceu, só mais tarde soube pela nova pessoa que entraria na minha vida.
Ao embebedar-me perdi a consciência de tudo, até de que amava uma pessoa que me esperava em casa, num sofrimento calado, e entreguei-me aos braços de uma mulher. Não a conhecia nem tinha amor por ela, mas no estado em que me encontrava não podia lutar, apenas entregar-me.
Não é muito difícil adivinhar o que aconteceu. Fomos para o apartamento dessa mulher e entreguei uma noite a uma desconhecida completa, mas, claro, não me lembro de pensar, não me lembro de mais ninguém.
Voltei para casa com aquele nó na garganta… Tinha traído a pessoa que eu amava e que me amava, tudo por uma briga sem razão. Dava tudo para voltar atrás, mas não podia, era tarde demais. Mas sei que contar a verdade ia ser demasiado doloroso para ela e seria um acto egoísta meu aliviar a minha dor para ela e deixei passar o tempo, mas o pior ainda estava para vir.
Meses mais tarde aquela mulher apareceu em minha casa. Tinha uma cara angustiada e muito diferente da que tinha quando a conheci. Senti um aperto no coração quando a vi, se tivesse um buraco no chão entrava lá e não voltava mais, mas tinha de enfrentar, mesmo sabendo que a visita dela não era casual. A notícia finalmente chegou. Produto daquela noite, uma vida estava dentro dela. Uma vida inocente, mas que, mesmo assim, iria provocar uma volta na minha vida. Aquela que eu amava deixou-se cair no chão e só me lembro de a ouvir dizer “Porquê?”, deixando-se cair em lágrimas, prantos e gritos desesperados. O coração daquela mulher estava despedaçado, completamente partido em pedaços que nunca voltariam a ser colados.
Não sabia que fazer, só sabia que tinha errado profundamente e acabado com 3 vidas.
Ela mudou, decidiu que perdoar-me-ia, mas eu sabia que lá no fundo eu não estava perdoado. Os seus lindos olhos castanhos e grandes tinham-se tornado em abismos negros, sem expressão, sem felicidade. Tinha-se tornado numa caixa… uma caixa que segurava os bocadinhos do seu coração. A sua alma tinha-se ido mas eu sabia que ela me amava, agora mais que nunca, e sabia que vivia num profundo desespero. Eu não tinha esse direito. Sentia-me uma pessoa sem coração, mas que, mesmo assim, amava aquela mulher tanto que estaria disposto a morrer por ela, mas não foi assim.
O bebé nasceu. Era um ser que eu amava, mesmo sendo produto de uma noite fria e sem amor, mas era meu filho. Seria uma criança feliz, foi uma promessa que eu fiz a mim mesmo. Mas a pessoa mais importante da minha vida vivia infeliz e isso estragava qualquer oportunidade que eu teria de ser feliz eu próprio.
Mais tarde, num dia como qualquer outro, em que as negras e pesadas nuvens se abatiam sobre a minha cabeça, tive a pior notícia da minha vida. Ela desaparecera. Sem um único bilhete, sem um único adeus, sem um único rasto. Desaparecera da minha vida, tal como a felicidade tinha desaparecido naquela noite fatal. Vinte e quatro anos já se passaram e nunca mais ouvi falar dela.
Sou um ser vazio de amor, tudo me foi retirado. O meu filho era feliz, mas passados os dezoito anos tinha seguido a sua vida para longe e já há dois anos que não me tenta contactar.
Limito-me a colher a vida que eu próprio plantei. Vivo dia após dia em arrependimento. Nunca deixei de amar aquela mulher que sofreu por mim. Desejo todos os dias que ela seja feliz e que tenha encontrado uma pessoa que lhe dê a felicidade que eu não consegui dar. Até lá espero… e desespero… coberto pela eterna infelicidade de saber que podia ter sido feliz, mas uma noite fria de Inverno roubou-ma.
Se pudesse voltar atrás nada teria sido assim. Infelizmente, aconteceu, e terei de carregar com a minha sina até que o meu coração deixe de bater.

Foto de Emerson Mattos

O Maior

Autor: Emerson
Data: 11/07/05

Paciência e retidão
Conveniência no perdão
Tolerância e calmaria.
Não se irrita
Nem de noite,
Nem de dia.
Num futuro deslumbrado
Amnésia do passado

Conformidade no que tem
Cegueira no de alguém
Da decência é marcada
Inveja não leva nada
Inocente não ofende
A pureza é presente

Dá cuidado e atenção
Isso sempre é a missão
Sofrimento não incomoda
Isso é eterna prova
Sua crença é certeira
Não alcança outra maneira.

Virtual intolerância,
Prepotência, arrogância
Declarada discordância.
A paixão te aturde
Ser maior, não ilude.

Sua vida é eterna
Sua elegância terna
Como espelho é refletido
Do olhar só vem despido

Foto de InSaNnA

O meu silêncio..

Minhas palavras,fogem de minha boca..
Cansaram de chamar o teu nome,
Agora,vivo amparada no meu silêncio,
para que os meus pensamentos,vivam,
de desejos,da imagem que eu guardo de ti..
Sinto os efeitos no corpo,como doença que avança
A saudade,em mim,faz moradia..
Enquanto a dor passeia pelo meu vazio..
E as duas,juntas,o meu peito consomem..
E nesse silêncio de torturas,
Pergunto-me:Por quê amar?
Ver tanto amor,arrastando-se pelo châo..
Loucura !Isso tem que passar!
Chorar não adianta mais..
Até a minha poesia perdeu a graça
Tudo lembra você..
Tudo é por você..
Sei que preciso criar coragem,libertar-me!
Pensar em um futuro sem você
Mas,também sei,
que essa luta é inútil,que já estou entregue..
Estou presa em um invisível muro,
construído de lembranças..
as suas,que me alimentam..
E eu preciso disso,como ar,que me mantém viva..
Mas um dia isso tem que acabar..
E assim morrerei,aos poucos,
em pequenas doses,
pela ausência...
De você !

InSaNnA em versão sofrimento
obs: Eu estou bem..rs

Foto de Fatima Cristina

Vou embora.

Nao consigo mais,fingir que sou feliz, ter que rir...
Falar que esta tudo bem,quando nao esta.
Eu nao sei mais o que procuro, o que quero.
Antes eu queria apenas voce do meu lado,nada era importante na minha vida.
Mas eu estou cansada desta mentira, de lutar contra tudo pra vencer e so perder no fim.
Deito me na cama,penso e penso, mas nao chego a nenhuma conclusao.
A maior parte do tempo quero chorar, desistir e ir embora.
Abandonar tudo e todos, fugir pra um lugar aonde ninguem me conheca, aonde eu possa fechar os olhos e nao ouvir nada.
Nao encontro saidas ou respostas, todos veem que estou no desespero mas assim como eu, eles tambem fingem.
Foi tanta desilusao na minha vida, foram tantos anos de sofrimento, agora nao tenho mais forcas,nao quero mais.
Vivo porque assim o tem que ser e peco todos os dias a Deus que me leve daqui pra um sitio aonde eu tenha paz, aonde possa estar com aqueles que me amam.
Por isso eu quero partir, quero correr por verdes prantos, ver as criancas a brincar, quero sentir o amor no ar...
Eu vou embora,vou embora daqui, vou embora porque a minha missao terminou.

Foto de Lorenzo

Ondas da Vida

A vida segue seu curso
Imitando as ondas vão e vem
Nesse teatro sem ensaios
Em que permanece um alguém...

Que contempla as estrelas
Com a cabeça repousada na areia
Enquanto escuta o mar
Sentindo o vento frio na face
E algumas gotas de ondas salpicarem
O corpo tão cansado de chorar

O consolo vem lento
Mas sempre acaba com o sofrimento
que cansou de carregar com esperança
E se vão os fingimentos
Dos sorrisos que foram com o vento
E que agora só existem nas lembranças

Assim é ela... Vive por viver
Quem sabe porque sabe não saber
Que o curativo da dor da alma é o tempo
Assim vai ela não querendo
Um amor que pode aparecer
Pelo medo de acabar, novamente, sofrendo.

Foto de THOMASOBNETO

Lacunas

O dia morre no horizonte.
A noite nasce, estrelas brilham.
A lua tímida oferta um convite...
Aos namorados que se encontram!

Meus pensamentos se perdem,
No crepúsculo de nossos vazios!
Rios de lágrimas ainda ardem...
No sepulcro dos sonhos perdidos!

A cada minuto que se passa,
Alonga-se a perfídia distância...
Perde-se no espaço a melodia,
Nossa canção já não é esperança.

Lacunas de saudades e tristezas,
Avolumam-se em meu coração.
Algozes do sofrimento da alma...
Verdugo de minhas paixões!

Sem aceno sem sorrisos!
Assim foi a nossa despedida.
Eu ignorante de orgulho ferido...
Aparentando uma alegria fingida!

Você triste, magoada desiluda.
Olhando aflita para o frio vazio,
Deu-me com a tua ultima lágrima.
O derradeiro adeus, sem que eu...

Tivesse o direito de olhar...
Nos meigos olhos teus!

Foto de pardal

castigo

Afrodite brinca conosco
Amamos que não queríamos amar
Um simples olhar nos faz feliz,
Uma simples palavra nos faz sofrer
No princípio éramos como animais
Não amávamos,
Porem não sofríamos

Apenas por um momento...
Queria eu ser compreendido
Isso é uma guerra
Aonde mesmo quem vence
Perde

Somos marionetes
A falta de razão nos controla
Mesmo sem esperança pensamos
Que haverá um arco-íris no escuro
Mais como é o amor?

Amamos só quem nos faz sofrer
Apenas por um momento...
Queria seu correspondido
Passei anos atráz de alguém para dizer
Ti amo

Por pura ironia do destino
Por puro sarcasmo dos deuses
Quem eu encontrei, e não o direi
O amor é um mal, mais é um mal necessário

Na magia acredita-se
Quando se faz um mal,
Ele folta em triplo
Cá me pergunto,
Será que magoei alguém?
Fiz alguém sofrer cruelmente?

Seja como for eu devo merecer esse sofrimento
Quando a noite me embala,
Murmuro
Por que não poço tê-la?
Afrodite me castiga
A cada dia que passa
Meu coração morre

Meu mundo é violado a cada dia que passa
E nele até os dragões choram
A neve não cai mais
Mesmo assim esperarei
Um dia Afrodite me perdoará

Foto de Tekinha Santana

Rosa Ferida -Parte II

Por algum tempo viveram
Como dois anjos abraçados
Sem lembrar as ocorrências
Que aconteceu no passado

Porém com o passar do tempo
As coisas foram mudando
A rosa então percebeu
A paixão ir se acabando

Aos poucos a pobre rosa
Sentindo-se desprezada
Foi desprendendo suas pétalas
Perdendo a vivacidade

Ele embora amando
Tudo fez pra maltratar
Grosseiramente dizia
Quem é você para me julgar?

Por acaso já esquecestes
Que chorando te encontrei
Fui eu quem te protegeu
Pois eu nunca esquecerei

Tentando sobreviver
Ela nada lhe respondia
Apenas guarda sua dor
Que não sei aonde escondia

A pobre rosa coitada
Levou sua vida inteira
Tentando agradecer
O amor que lhe fez cativa

Agora já envelhecida
Quase sem cor e sem vida
No meio das outras flores
Vive esta rosa sofrida

O seu único prazer
É ter sempre ao lado seu
Os seus maiores amigos
Que por sorte Deus lhe deu

Enfrentando o sofrimento
Desta mágoa sem remédio
Vive até hoje essa rosa
Que diz seu nome ser Tédio

Foto de Sirlei Passolongo

Riscos

Lágrimas rolam
Rolam da minha alma
Do meu coração ferido
sabia dos riscos
Antes mesmo de ter lhe
Conhecido.

Sabia que eu amaria só
Que as lágrimas viriam
Sabia que para você
Era apenas mais um caso
E tudo terminaria

Minhas lágrimas doem
Doem como facas afiadas
A dilacerarem meu peito
Como pedras a acertarem
a minha alma machucada
sabia dos riscos!
Do risco de amar só.

Eu poderia ter desistido
Poderia ter fugido
Preferi correr os riscos
Do que não ter vivido
Esse amor só meu

Não tenhas pena de mim
Não se importe!
Deixe minhas lágrimas
Lavarem meu sofrimento
Sabia dos riscos
Mas, valeu a pena
Tive você por um momento!
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de jgdearaujo

Sabes

Procuras em razões metafísicas
A explicação para o teu ser.
Afrontas divindades, constróis potestades
Abancas-te em altar ... inacessível, inatingível.

Descobres-te funda em pântano,
De angústia teces teu escudo e afundas
Em lento e profundo sorvedouro.
Destróis-te a ti à vida que não explicas.

Entendes mais, e mais, por isso, sofres.
Ignoras o real sofrimento, não o sabes, na verdade
És mais o que queres, menos o que és.

Esqueces-te que humano sois e
Como tal sofrerás... e amarás mais
Se deixares que a vida te mostre onde trilhar.

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