Sobrevivência

Foto de Izaura N. Soares

A morte do espírito

A morte do espírito
Izaura N. Soares

Quando sentir que tinha morrido, foi terrível.
Não foi uma morte do corpo e sim do espírito.
O meu espírito só ressuscitou quando se encontrou
Com você. Quando captou sua luz e do nada se fez
Renascer. Hoje o meu espírito, com a força da
Sobrevivência quer tudo na hora e não sabe esperar.
Tento controlá-lo para não perdê-lo novamente.
Ele tem que seguir as minhas regras, o meu querer,
Só assim ele nunca irá morrer.
Controlo esse espírito arteiro de acordo com minha
Vontade, com meu desejo.
Se for para brincar, vamos brincar se é para sorrir,
Vamos sorrir se é para amar tem que amar consciente
Um coração que seja paciente e digno de ser amado.
Foi com você meu lindo ser, que meu infantil espírito
Aprendeu a viver. Às vezes, ele quer viajar, dar uma
Escapadinha para outra dimensão, mas eu o trago de
Volta porque ele tem que aprender que não abandona
Um corpo sem nenhuma razão de ser.
O que falta nele sobra na alma, pois a alma é serena,
Transmite paz é de uma leveza, de uma cor que só os
Puros de coração é que possui tamanha delicadeza.

Foto de Dirceu Marcelino

VÍDEO-POEMA: OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO - Duo LU LENA & DIRCEU MARCELINO

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO

Descalça caminho no campo verdejante
Enquanto cantam aves e os rouxinóis
Nua coberta com um véu esvoaçante
Acenando pra mim sorriem os girassóis.

Em contraste com o azul anil e o branco
Esfuziante solto pipa colorida ao léu...
Na relva o frescor dos lírios do campo
Contemplo a beleza na imensidão do céu.

Esbaforida brinco com a cabeleira do mato
Esse amor lírico que em ti eu almejo...
Alguns lírios enfeitam o córrego e o lago.

No reflexo da água tua imagem eu beijo
Influxo de um delírio senta ao meu lado
Divago novamente entre o sonho e desejo.

É sonhando contigo...
Que os lírios do campo...
Eu vejo!
( LU LENA)

ANJO IMPLUME

É sempre assim, basta-me dirigir teu lume
Através de tua arte deslumbrada em poesia
E pode ser sob a luz do sol ou negrume
D’outra noite eu sempre sinto o que me extasia

Através do ar impregnado com teu perfume,
Que me incita e rejuvenesce com a magia,
Que me aviva e faz com que algo em mim se avolume
E nos satisfaça em êxtases de delícia.

E começam em tua boca como de costume
E percorrem os teus seios fonte de volúpias
De desejos e também da vida incólume

Do ser fruto desse amor que em ti principia
A sobrevivência como fosse anjo implume
E expõe a forma de como a vida se inicia.

(Dirceu Marcelino)

Foto de Dirceu Marcelino

TEU LUME

*
*
*

É sempre assim, basta-me dirigir teu lume
Através de tua arte deslumbrada em poesia
E pode ser sob a luz do sol ou negrume
D’outra noite eu sempre sinto o que me extasia

Através do ar impregnado com teu perfume,
Que me incita e rejuvenesce com a magia,
Que me aviva e faz com que algo em mim se avolume
E nos satisfaça em êxtases de delícia.

E começam em tua boca como de costume
E percorrem os teus seios fonte de volúpias
De desejos e também da vida incólume

Do ser fruto desse amor que em ti principia
A sobrevivência como fosse anjo implume
E expõe a forma de como a vida se inicia.

Foto de Graciele Gessner

Erros e Escolhas. (Graciele_Gessner)

Os erros me fizeram ser o que sou hoje. Os erros me fizeram fazer escolhas amargas e sem volta.

A vida não é feita só de acertos, mas de erros que nos custam a sobrevivência, o nosso caráter. Os meus erros fizeram a minha essência, a minha história.

Sabe, só me arrependo de uma escolha que fiz nesta vida. O erro de ter cometido a minha maior loucura, uma aventura. Custou-me a perda de quem mais amei nesta vida.

Contudo, a vida é muito engraçada! Ganhei uma segunda chance de recomeçar. Sobrou-me apenas o aprendizado, sem mágoas e sem rancores de quem um dia feri.

Sei que tropecei nesta vida, mas sei que depois de tudo que aconteceu ter recebido o seu perdão ainda me ficou um vazio na alma. E agora, recomeçar é preciso.

Veja como um erro influencia a vida, o destino, o caráter. Sei que andam-me julgando pelo erro que não compete a quem não tem nada a ver com a situação. Mas desde já, afirmo que o nosso amor é mais forte que os julgamentos dos que ficam jogando as pedras sobre mim.

Os erros e acertos farão os meus alicerces de sabedoria e conhecimento da vida.

Isto é tudo que tenho para declarar no momento.

13.07.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de EDU O ESPIÃO.

PRECISO DE VOCÊ

Preciso de você meu amor.
Minha noite sem você e sem estrela
Sem você por perto para tudo
Preciso de você para
Refletir o brilho que existe em você.
Nas estrelas.
Preciso me alimentar de seu sorriso.
Da sua energia, da sua alegria.
Preciso sentir sua pele.
Sentir o gosto da sua boca.
Sentir a febre de te amar.
Preciso envolver-me em teus cabelos.
Sentir o calor do seu corpo.
Preciso fazer de você minha rainha.
Menina esta me deixando sem ar
Você se tornou a fonte da minha sobrevivência.
Não sei até quando poderei superar esta falta
Tenho vontade de te raptar, levar para lugar nosso.
Olho suas fotos todos os dias, para me energizar
A falta tamanha que você faz.
Preciso de você minha rainha.
Preciso do seu amor.

=====e.espião edu.com

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de Cretchu

SAUDADE: Uma palavra em bom português


Eu tenho a maior consideração por moralistas hipócritas que defendem a idéia de que o ser humano só deve amar para procriar, pois esta seria a ordem de Deus: crescei e multiplicai-vos. Seria tão bom se fosse apenas deste modo.
Seria bom, mas é melhor ainda porque não é só por isto. Primeiro porque o número de seres humanos já se multiplicou bastante, colocando em risco a sobrevivência do planeta. E também, e isto é o mais importante, porque se pode amar por outros motivos que não o da procriação.
Mas, o amor tem as suas armadilhas. Há momentos em que a pessoa amada se distancia. No primeiro momento, confundimos amor com paixão e, assim, acreditamos que este amor morreu. Mas como o amor não morre nunca, voltamos a pensar na pessoa amada. Neste momento, sentimos algo que nos corrói e que nos leva a procurar a pessoa amada em todos os lugares, e a vê-la em todos os momentos, mesmo que ela não esteja presente naquele lugar, nem naquele instante. Na mesma situação, distante do corpo físico da pessoa amada, vivemos sempre na esperança de encontrá-la.
Estas situações inusitadas têm uma palavra em bom português, e tal palavra é SAUDADE. É um sentimento forte, generoso, bom e que nos torna cada vez mais vivos. A saudade nos dá esperança de rever a pessoa amada, e deste modo nos faz viver cada vez mais intensamente, sempre e sempre com vontade de viver eternamente.

Foto de Cretchu

SUMMUM JUS, SUMMA INJURIA

Não basta às mulheres atingirem o poder político, econômico, cultural e em outras áreas reservadas historicamente aos homens, se elas mantiverem a mesma mentalidade do poder masculino que devastou o Universo em todas estas eras. O que tem que triunfar é o poder feminino. É ele quem faz as mulheres serem mulheres e indispensáveis à sobrevivência digna do Universo.

Que estágio de evolução você alcançou
E que barreiras cósmicas rompeu
Para que o sol viesse morar em seus cabelos
E a luz da vida iluminasse os seus olhos?

Prefiro ficar atrás das vidraças, escondido,
Vendo você passar com a graça dos deuses.
Mudei minha vida, vesti as roupas de um estranho.
Minhas idéias eram as mesmas das formigas.
Tudo para que você me amasse.
Foi um erro. Chamei o seu amor à Terra,
Mas ele pertence a um Ser que está além de nossas mãos.

Você voltará a Ele. É certo.
Ela a deu e, arrependido, irá tomá-la.
Quanto a mim restará o desejo de possuí-la entre as estrelas
Que são também o brilho enigmático de seu belo par de olhos.

Foto de Carmen Lúcia

Liberta-me!

Quero poder voar, levar-me pelas asas,
tentar ganhar altura planando pelos ares,
sentir a sensação de ter perdido o medo,
lançar-me a desafios, jogar-me em arremesso.

E aos pássaros que surgirem eu me bandear,
bailar lá nas alturas, contigo me encontrar
e ao cair da noite, no ninho, um acalanto...
Ter-te bem juntinho soprando o meu pranto.

Mas pesa-me o corpo, dói a minha alma,
sozinha não consigo...só tua paz me acalma...
Luto por sobrevivência, quero tua querência...

Vem...serra essa gaiola...Liberta-me! Vem agora...
Solta minhas asas...Conduze-me com carinho!
Voemos lado a lado, menino-passarinho...

_Carmen Lúcia_

Foto de Graciele Gessner

Tente de Novo. (Graciele_Gessner)

“A vida tem sido a maior escola da humanidade. Diariamente somos testados com os obstáculos. Tentar e se arriscar é a busca incansável da nossa sobrevivência. Ouse! Arrisque! Tente novamente. Seja diferente.”

08.10.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Páginas

Subscrever Sobrevivência

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma