Simples

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre III – A espera

A Rosa não imaginava que o animal guerreiro,
pudesse descobrir o seu paradeiro.

Pensou que o Tigre fosse como outros afora,
que a admiraram, mas foram embora.

Viu distante, algo se aproximando.
Tinha a perseverança de quem está procurando.

Estava desnorteado e correndo,
ela percebeu que estava contra o vento.

Destilou o seu perfume inebriante
e o conduziu até ela em um instante.

Lá chegava o seu admirador.
Como presente, simplesmente desabrochou.

Novamente estava junto de seu tropeiro
e sem a intervenção do Jardineiro.

Com um simples suspiro de vitória,
teria novamente o Tigre e suas histórias.

Mesmo sabendo que poderiam o dia todo passar,
ela sabia, que ele teria que voltar.

Deveria ele cuidar de seus afazeres
e de todos os seus deveres.

Ela não poderia com ele voltar,
pois tinha um jardim para deslumbrar.

Tinha certeza de que o Tigre iria voltar.
Ele a contagiaria com suas história a contar.

Mostrariaa ela que a vida é bem maior,
que o mundo é grande e bem melhor.

Esperaria com ansiedade,
a sua volta e a sua amizade.

Vendo o Tigre retornar a sua terra,
sabia que se preciso esperaria por uma era.

Foto de Nero

Da Periferia…

Da periferia, que nunca foi tida nem achada,
no tempo pelos meus contemporâneos.

Da periferia, vitima da falta de visão
periférica dos dirigentes que também são
gentes, mas nos tratam como gentio.

Da periferia, apartada de uma sociedade que
nos negou a civilização moderna, nos legou
apenas os sonhos que já cansaram de se tornar
pesadelos à luz do dia.

Da periferia, criada pela sociedade e criticada,
odiada, desprezada, condenada pela mesma
sociedade, que se esconde sob o manto da
hipocrisia modernista.

Da periferia, cujo desejo é a segurança que
dá confiança de viver, a paz que pacifica e acalenta
a alma afugentada pelas aflições do viver.

Da periferia, que me ensinou a viver, a valorizar
o simples e o que parece trivial…

Foto de giogomes

Falar de Amor

Falar de amor em poesia,
ajuda a passar o tempo em alegria.

A realidade já é preenchida de dor.
Por que escrever sobre todo este temor ?

Basta ouvir o rádio,
abrir uma revista ou ver o noticiário.

Tantas notícias dolorosas,
pouco se fala sobre jardins de Rosas.

Nem de belos Tigres passeando,
só quando para a extinção estão caminhando.

Estamos perdendo a capacidade,
de falar de coisas boas na verdade.

Só informação sensacionalista nos anais,
ou "mundo cão" em nossos jornais.

Não é proposto que neguemos o que lá está,
mas que simplesmente tentemos, essa dor amenizar.

Através de uma palavra amiga,
um abraço em alguém que está de partida.

Um simples prato de comida,
para aquele que só tem bílis em sua barriga.

Uma bola ou boneca de presente,
para aquele que sempre foi carente.

Muito disso só ouvimos no Natal.
Dá ibope, coisa e tal.

É muito bom falar de amor,
consolar o coração de quem tem dor.

Cantarolar paixão todo dia,
transmitir isto tudo com muita alegria.

Sem muito se preocupar,
com classificação etária que irão colocar.

Claro que no amor,
também há momentos de dor.

Mas nada disso é comparado,
ao bem estar de estar apaixonado.

É ótimo falar de amor em poesia.
Não há propaganda e nem hipocrisia.

E não há dinheiro, grana,
que compre espaço neste lindo programa.

(Gio Gomes - 20/10/2007)

Foto de odias pereira

QUERO SEMPRE ESTAR FELIZ...

Eu não tenho a ambição

De um dia ficar rico.

Tenho medo e aflição,

De uma vida demoniaco....

Minha vida meu viver,

Vida simples e singela.

Trabalhando pra valer,

Vida linda vida bela...

Quero muito me importar,

Com o meu papel de homem.

Para nunca eu pensar

Em miséria , e ter fome...

Não quero me arrepender.

Das coisas que eu não fiz,

E no meu amanhecer

Quero sempre estar feliz

São José dos Campos SP

Odias Pereira
06/01/2011

Foto de marcos alves

Lagrimas

Pai minhas lagrimas
Não vai trazer você de volta
Nem alivia minha dor
Nesse momento tão recente
Não consigo me conter
As lagrimas caem, sem eu perceber
Cada lagrima que cai
É uma gota de saudade, que vai
Em busca de conforto
A tristeza esta dentro do meu ser
Jamais vou te esquecer
Um dia a tristeza vai passar
As lagrimas vão parar
E a saudade vai ficar
E sempre vou lembrar
Das alegrias que vivemos
Me dava alegria
O simples fato de você existir
Nossa história ta gravada em minha memória
Em meu coração
Descanse em paz
Eu te amo Pai

Autor Marcos Paulo Alves Simões
Em homenagem a seu Pai
Carlos Simões Sobrinho

Foto de Mary Escritora

Mês de Junho

Meu anjo lindo, em uma noite fria saíste a caminhar sobre a areia da praia. As ondas do mar passavam de leve nos teus pés,
A brisa suave batia na tua face. Enchendo teus olhos verdes com as mais pedras preciosas. Imensa luz manda teus olhos gatinho.
Não foi por acaso, nem mesmo vento contrário fizeste um simples hello, foi onde tudo começou. As Palavras voavam como águias, o tempo era infinito foi aí que o meu coração falou:
-Oh! Vento de longe não te condeno por trazer a esperança de ser feliz, pois pelo Caminho onde andava cortava sempre atalhos. Hoje em um simples hello, encontrei a estrada que me levou até ao meu grande amor.
Pela longa jornada, sigo escrevendo in the three seconds, tudo começou.
Noite serena, espero atenta através de um aparelho uma linda voz.
Pois ela é como uma música, soa suave aos meus ouvidos.
Meu corpo sonhava com a música.
Meu pensamento chamava a música.
Meu cantar gritava pela música.
Meu sorriso pedia a música.
Só então fui à busca da minha linda música, que no mês de junho apareceu.
Onde deu por nome de Michel.

Foto de Melquizedeque

Amor de um vassalo

Ele a observa com olhos vidrados. É ela, uma jovem moçoila que mora ao lado
Com cores azuis o céu a pinta os olhos. Dando vida, amor, e dons maternais
Pensa ele no possível encontro que a vida pode lhes dar;
Perdendo o medo de amar, assim continua a observar tão nobre beleza

Dois amantes que nunca se tocaram. Pulsantes vidas com lábios errantes
A espera de um beijo ambos sonham acordado. Impossíveis desejos no mundo real
Ela é nobre e ele um simples empregado que limpa o gramado no inverno e verão
Cabelos cumpridos, macios e alongados... Ela é a deusa desse jovem rapaz

Um encontro é marcado, calculado pelo destino. Ás cinco da tarde no campo se cruzam
Somem as palavras... Cessa-se o respirar. Gaguejam nervosos em cada sílaba emudecida
Ele se aproxima tão nervoso e inconseqüente. Ela o abraça cingindo-o com o calor
Sem escutarem palavras conversam com os corpos. Flamejantes sentimentos
Que crescem e ardem aos ventos de uma primavera açucarada

Amantes parados no tempo, um fotográfico momento que se eterna na memória
Após os beijos untados... Pedidos de amor, com força e vigor, se ouvem declamados
Paixões ardentes lhes vinham à mente e, com o coração dormente se olhavam calados

Uma estória de amor sem o final esperado. Os pais da donzela descobrem o ocorrido
Não podem aceitar esse amor proibido... O jovem é mandado para longe do recinto
Da boca dos nobres maldades se proferem; amantes separados às vésperas da lua cheia
Assim termina um sonho juvenil. Impedido e destroçado por um preconceito infantil

Desiludidos buscam alguma forma de contato. A empregada da donzela, então ajuda de bom grado
Leva as cartas do rapaz ao quarto escondido... Lágrimas caem ao ler as palavras e ao final vê um pedido
Fuja comigo para longe de seus pais. Assim seremos felizes como já mais imaginaste
Quero dar-te o mais puro dos sentimentos; corações entrelaçados dois amantes imortais

Ela pensa com carinho, com cuidado e atenção. Decide assim fugir na calada da manhã
Poucos metros depois seu pai então a vê. Não acredita na loucura que ela acaba de fazer
A jovem tenta fugir, mas não é muito veloz... Seu pai enfurecido torna-se um algoz
Arrasta-a para casa sem carinho ou pena. Com um choro bem profundo grita sem parar
Assim acaba aquele sonho tão feliz: de poder ficar junto do amado que a quis

O rapaz ainda espera semana após semana que sua amada o encontre
Mas a triste notícia ele recebe pelas cartas. A moça é internada num convento da cidade
O desespero nele bate, pois perdeu sua paixão...
A loucura o abraça e conforta sua dor. Essa é a estória de um jovem vassalo
Que descobre um grande amor, mas no delírio é encontrado.

(Melquizedeque de M. Alemão, 21 de janeiro de 2011)

Foto de gizela silva

O TEU LIVRO

Dormi durante vários anos,
não sei se descansei o suficiente
ou se perdi com esse descanso!
Ao acordar, li a primeira página do teu livro e
sei que a minha alma apenas esperou.
Esperou para descobrir esse mundo, o teu mundo!
Hoje alcancei uma pagina muito importante,
realizei que não iria ser assim tão simples
ler este livro que muda a minha vida!
Tenho receio de descobrir ainda mais
cada vez que sinto vontade de explorar as tuas frases!
Ao ler os textos da tua alma, sei que somos perfeitos
para descobrir outros livros lado a lado.
Mas será que a perfeição existe?
Não, não existe!
Mesmo assim anseio chegar à última pagina.
Ao ultimo suspiro!
Ler as tuas experiencias em textos arrumados!
Sentir o teu desejo em expressões simplificadas!
Enfim, acompanhar o teu raciocínio!
Imagino os teus gestos vulgares,
imagino o teu sorriso ao escrever cada palavra!
Não conheço o autor que me apaixonou,
Não sinto o corpo que me envolve em fantasias.
Não consigo combater contra este sentimento,
contra estas emoções que descubro todas as noites!
Mas...
Consigo estar no seu coração em cada página que lemos juntos...

AUTORA: Gizela Silva

Foto de Allan Sobral

Poesia por Poesia

Da poesia o poeta,
Do poeta a tristeza,
Vou da tristeza a alegria,
Da alegria, deixo a sombra de um sorriso,
Meu sorriso espelha a alma
Pois minh'alma, simples calma,
Minha calma simples canta,
Do meu canto faço versos,
Dos meu versos Poesia.

Allan Sobral

Foto de Carmen Lúcia

Babilônia

Difícil conviver imune de pecados
ou conviver, simplesmente,
em meio a essa Babilônia que se espelha
e se prostra a minha frente
tentando dominar corpo e mente,
impondo um sol brilhante, ilusório,
que cega e se apaga de repente
priorizando decretos humanos
acima dos humanamente divinos...

Desfilando por tortuosos caminhos
uma verdade anacrônica, desgastada,
deteriorando-se passo a passo
num confronto irreversível com meu tempo,
com o que penso, com o que faço...

Vestes escarlates e púrpuras bailam
convidando para uma dança sensual
onde a razão e o bom senso
se desequilibram nesse ritual
e se afastam dos princípios certos da moral.
Impossível beber do cálice sagrado
e conciliá-lo ao pecado mortal.

Procuro outros jardins que não sejam os da Babilônia,
onde as sementes plantadas gerem frutos do bem,
onde a vida transcorra simples como os rios,
embora chorem o que o homem deflora
maculando suas águas límpidas que cristianizam
navegadas pelo amor, luz e serenidade
numa trajetória imaculada.

_Carmen Lúcia_

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