Simples

Foto de Nana ´De Má

Andanças...

Andando atrás de um motivo
Para sair por ai, pela vida.
E achar nas curvas do caminho
Algo que a própria existência
Humana não explica.

Adentrar em um corpo inerte
Que fertilize minha memória
E me encontrar numa atmosfera
Com um ar atropelado
Pelas gaivotas e seus ninhos.

Nisso haverá uma mera expressão
Que comunicará a transparecência
Simples e pura
De um sentimento, enraizadamente,
Unindo nossos corações.

E andaremos e andaremos,
Atrás de algum motivo
E juntos nos encontraremos
Nas curvas dos caminhos,
Com gaivotas, seus ninhos,
Ares, corpos e atmosferas.
Feitas simplesmente para andarmos.

Foto de Zedio Alvarez

Crônica de um poeta

Fazemos poemas por paixão e diversão, escrevendo tudo que vem na mente. Claro meus versos tem sentimentos. Volto a ser criança quando leio meus poemas curtindo cada um deles como um brinquedo. Mas a minha inspiração transmite para minhas mãos as emoções que muitas vezes batem no coração da gente.
Não serei um imortal, pois o meu cérebro está sempre em fase de puberdade poética, estou herdando e conservando a fortuna literária que meus Pais me presentearam sem inventar muito, escrevendo o que a minha alma autoriza.
Poesia é isso... É o desprendimento total da alma
Agradeço a todos amigos poetas que defendem e comentam os meus textos, com seus radares potentosos detectando a essência que brota das idéias do coração de um humilde poeta, simples como os seus versos.
Nós somos responsáveis pelas nossas rimas pobres ou ricas, que não precisam usar roupas bonitas. Eu ainda estou amadurecendo minha veia poética e os elogios a mim dirigidos servem de incentivo para que tenhamos sempre, motivação e inspiração para fazer nossas obras.
Hoje tudo para mim é poesia. Fico feliz a cada comentário dos meus amigos, o meu ego é afetado pelas descargas positivas de carinho. Espero que minha fonte não se esgote, para continuar mandando meus versos.
Não sei até quando a nossa imaginação vai continuar fornecendo subsídios para transmitir em forma de poemas, ratificando toda nossa fome de escrever. Vou tentando fazer o que ela mandar respeitando fielmente os mandamentos dos meus sentimentos versais proferindo o discurso de nossa consciência.
As nossas escritas diárias são para o bem do nosso coração, com a interatividade constante nos proporcionando conhecer pessoas, e abrir o nosso leque de amizades. Estou sempre presente, dentro das possibilidades, em cada texto.
Abraços a todos os nossos amigos poetas.

Foto de Nana ´De Má

Uma história de Amor Puro.

Amor Puro.

Já fui descrente da existência do Amor Puro,
Até que em uma noite de solidão, com ajuda da tecnologia,
Por acaso em uma gostosa brincadeira, me deparei com ele,
Em primeiro momento era só uma conquista, mais uma pra mim,
Fácil, fácil demais, sem valor,
Eis que conquistei,
Mas depois fui conquistada, e então em uma teimosia freqüente comecei a desafiar este tal amor, pois ainda não acreditava em sua existência, nesse jogo perigoso o tempo foi correndo, se passaram dias, e logo se formaram meses, e a dependência e aceitabilidade crescia, não tive dúvidas, me vi vencida, vencida e agradecida, pois pensei jamais ser merecedora de tal dádiva, coisa bela e tão pura, simples e tão transparente, pequenas palavras, situações diminutas, e uma profusão de sentimentos desconhecidos nasciam sem pedir permissão, estou presa mas estou em liberdade, porque antes estava presa na hipocrisia do físico, da pecúnia e das convenções sociais, estou livre , estou livre,
Dantes era tão triste com essa tal liberdade, falsa e contida, hoje estou presa e feliz,
Loucura, pode ser, aceito as pedras de bom grado, estou presa a algo maior, a algo que me neguei durante a vida inteira, estou feliz, me sinto bem, sou mais gente agora, tiro forças pra coisas inacreditáveis e isso porque estou presa,
A força que tudo isso me dá é inacreditável, só posso agradecer,
Agradeço a alguém maior, que também deixei de lado a muitos anos, e hoje me abençoa com seu mais belo presente, obrigada Senhor, não sou digna, mas mesmo sabendo disso, quero me fazer merecedora, obrigada por abri meus olhos, obrigada por tirar as devesas de meu coração, construídas devido por espadas de quem merece perdão, porque não conhece hoje o que eu sei, perdão a estes seres infelizes, obrigada pelas cicatrizes, obrigada por me deixar sentir, hoje eu sei que existe, sim existe , pode parecer bobagem aos olhos de meus colegas sofredores, mas existe, O Amor Puro, existe, e eu o tenho, e quero isso pra todos vocês, porque é tão bom o sentimento que me recuso a ter só pra mim, quero pra todos também o mesmo belo sentimentos, por último agradeço ao guerreiro que agüenta dia após dia, as loucuras dessa sentimental pessoa, agradeço a ti amor por me acompanhar, por me apoiar e principalmente por me amar do jeitinho que eu sou, se por nem tirar.
Eu amo, e bom poder dizer eu amo, palavra esta usada por vários sem saber o sentido real, em minha vida só foi proferida no sentindo de amor entre homem e mulher a um único ser, ao qual me senti confortada e segura o suficiente pra me deixar tão sensível e aberta, é fácil e até necessário dizer sempre que amo-te, pois você é com certeza o meu Amor Puro.

Foto de Nana ´De Má

Declaração sem fim II.

Não repare se meus lábios sempre se abrem em sorriso espontâneo sempre que te vejo.
Não ria das minhas bochechas apertadas em alegria pelo simples olhar teu.
Não se choque com minhas palavras doces e gentis,
Sou assim dada a você e só a você,
De meus lábios saem gratas e doces palavras de amor,
Penso meu bem que deves acreditar em mim, pois como já foi dito é inédito isso pra mim, sabes que dedico a ti, sem medo e sem vergonha,
Acredito sim no mais puro e belo dos sentimentos,
Que boba sou, mas quer saber nem ligo se sou feliz.
É bom sentir o palpitar de meu ser pelo teu, é bom à alegria que sinto em alma,
vale repetir o quanto tudo é lindo e perfeito a nos, fácil assim, sempre fácil demais....

Foto de Nana ´De Má

Declaração sem fim I.

Estou iniciando algo novo nunca feito por mim,
Uma declaração continua e sem fim,
Começa com uma letra, e assim vai se transformando,
Neste momento quero eternizar o que sinto por alguém,
Que de segundos se fez perante mim,
As palavras vão saindo sem penas digitadas por estas incansáveis mãos
É algo que quero que todos saibam.
As alegrias que todos deveriam sentir.
A alegria mais pura de direito mais liquido que um ser humano pode querer.
Neste momento inicio vários momentos com palavras que ainda irei temperar,
E posso sim emprestar a quem servi se assim for dignas minhas palavras em mesma emoção.
Não sigo regras, não sigo harmonia só a emoção de um coração que se dilata em emoções tão fáceis e simples e continuas.
Falo do amor puro, do amor sem medo, do amor distante e desordeiro,
Daquele que acalma e machuca sem dó de quem o sente,
Falo da paixão crescente da eterna conquista e da continua luta de estar sempre bem.

Foto de farajanio

QUERER!!! (Uma declaração de Amor)

LÉA

“Aquilo que queremos nem sempre é manifesto da maneira que pensamos.”

Pensei que nunca mais veria os meus versos escritos com tanto sentimento,
dedicação e esperança quanto os que eu faço para ti.

Queria te dar tudo e nada.!!!
Tudo...,
para que não se encontre uma lágrima sequer em seu rosto.
e Nada...,
para que as muitas coisas não te roubem a simplicidade.

Queria poder voltar no tempo...
Corrigir os meus erros e melhorar os meus acertos,
mas me convenço que pelos meus muitos erros e por meus simples acertos,
cheguei até a ti.

Queria saber os muitos versos e poemas que falam do amor,
mas contento-me em ver que eles nunca saberão descrever a minha história.
E se hoje minhas palavras mudas contidas no papel gritam bem alto,
não é para que o mundo a ouça,
e sim para que a minha voz alcance a portas do teu coração.

Se atualmente sonho contigo e te desejo mais que a branca lua,
é porque sei que uma parte de mim vive em ti,
mas não tenho a certeza se uma parte de ti vive em mim.

Hoje tu habitas em meus sonhos, e mora em meus pensamentos,
não é porque eu não tenha com o que sonhar,
ou não tenha em que pensar,
mas é porque meus sonhos sem ti são delírios,
e meus pensamentos sem você são vazios.
Talvez, quem sabe quando minhas doces palavras forem filtradas por ti,
nossos corações palpitem em harmônica sintonia,
compartilhando os mesmos sonhos,
os mesmos zelos,
as mesmas alegrias,
a mesma esperança,
o mesmo sentimento.
Léa, não te peço que te esforces para me amar,
nem que me deixes aprisionado a meu próprio engano,
mas gostaria que soubesse que te quero não só como amiga,
não só como companheira,
não só como menina,
não só como mulher...
mas te quero para vida inteira, e lembrar em meus findos dias o rosto jovem desta menina que não me canso de amar.

Foto de Carmen Lúcia

Rainha do cais

Mais que um simples cintilar
Tênue gota sã de orvalho
Tanta estrela a destilar
Pelo mar, seu assoalho
Seus tão súbitos queimores.
A rosa, tangendo o cais
Turge escuros hormonais
E implora: Luz, não demores...
Vendo-a assim, intumescida
De anseios desfalecida
Carne em sismos abissais
Vêm ao espelho-mar cardumes
Dalvas, qual mil vaga-lumes:
Goza, rainha do cais!

_Carmen Lúcia/Lou Poulit

Foto de Lou Poulit

Poulit em Versos

Quando eu era adolescente, meu pai incentivava os filhos a estudarem, para as provas finas, usando uma estratégia muito sedutora: Me diga o que quer ganhar no fim do ano, se for aprovado em lhe dou. Era um tal de estudar como nunca antes. Em certa ocasião meu irmão Aristeu, tratado por Teco, um ano mais novo que eu e hoje arquiteto, pediu um violão, de verdade, e se comprometeu a estudar para passar de ano. O Velho achou que ele poderia ter escolhido uma coisa mais apropriada a um garoto de 12 anos, mas não deixaria de cumprir sua parte no trato. Pois bem, o Teco passou de ano fácil.

Numa noite, chegando das minhas amadas peladas em rua de paralelepípedos, ou das caronas, pendurado nos estribos dos bondes, até hoje tradicionais do bairro Santa Teresa, morro contíguo ao centro do Rio de Janeiro, entrei em casa todo suado e sujo. Eu amava, mas minha mãe detestava isso: Direto pro banho, menino! Não encosta em nada! Como eu adorava esportes. Sentir o corpo suado, o corpo-a-corpo às vezes perigoso das peladas. Gostava de sentir o limite dos músculos, de ser íntimo da dor física controlada. Jogávamos mesmo à noite, a luz tênue dos postes distantes, ainda do tipo incandescente, refletindo nas pedras do calçamento. Que saudade da minha meninice... Bem, então voltando ao violão, entrei em casa e dei de frente com ele em cima da cama do meu irmão.

Fiquei fascinado. Era lindo e novinho em folha, brilhava demais. De boa marca e corpo grande, era até algo desproporcional para meu irmão. O velho não fizera por menos, mas era seu jeito. Era calado, emburrado em casa, gastava dinheiro nas farras, porém nunca foi sovina com os filhos. Não resisti à tentação e peguei o violão para experimentar. O som era bem mais alto do que o dos violões que conhecia, e chamou a atenção do Teco, que logo apareceu. Reconhecendo-me suado, devolvi o instrumento ao seu dono. Afinal de contas, eu também havia passado de ano.

Começaram as aulas de acompanhamento, os primeiros acordes, mas também logo vieram as primeiras bolhas na ponta dos dedos. Meu irmão não superou essa fase e em alguns poucos meses, o violão já havia ganho um lugar escondidinho para ficar, entre o guarda-roupas e a parede, no canto quarto. Ficou ali por vários meses. Um dia, vendo-o ali abandonado, tornei a pegá-lo e me assustei quando ouvi algo cair no chão. Despencado sobre os tacos de madeira clara, estava um livreto que me apressei em pegar do chão. Era um Método Prático Para Violão e Guitarra. Folheando-o compreendi que eram cifras para acompanhamento. Foi um momento mágico. Não pude naquele momento imaginar, que era apenas um pequeno instante, o despertar de um amor que me acompanharia, uma emoção que se repetiria pelo resto da vida.

Lendo o método, exercitando e, principalmente, observando alguns colegas que já sabiam tocar mais que eu, em pouco tempo já sabia o básico de acompanhamento e já me arriscava em solos iniciais. Gostava tanto que suportei as bolhas. Como bom aqüariano, não me contentava em tocar e cantar as músicas da moda. Com pouquíssimo tempo de aprendizado, já fazia minhas primeiras composições, ainda muito simples e com letras ingênuas. Mas era nisso que queria chegar desde o início desse texto: o violão me levou a começar a compor letras. Na escola, minhas notas em Português (na época se dizia Linguagem) eram sempre as mais baixas, detestava. Que ironia, hoje amo escrever.

Embora adolescente, muito novo e sem experiência de vida, quando escrevia letras para as minhas músicas (compunha ambas ao mesmo tempo) tinha a sensação plena de ter domínio sobre o que escrevia. E vivenciava aquelas emoções de verdade, sem tê-las jamais experimentado. Os adultos da família não entendiam bem. Mas nunca me senti inseguro. Era como se eu já soubesse fazer aquilo há muito tempo. Vejam como, com cerca de catorze anos ainda, eu me via “grande”, até pretensioso, nessa letra que pertence à minha primeira composição:

“Vida, vida minha
Não te perdoarei jamais
Por ter levado o molequinho...
Isso não se faz”.

Ora, eu me esqueci de que ainda não era mais que um moleque! Embora já andasse com mania de ralador, não tinha ainda tramas de amor para contar. Mas vejam o tipo de sentimento implícito nessa outra letra, da mesma época ou pouco mais:

“Vou partir
Pra bem longe
Vou-me embora
Deixo aqui meu coração
Minha casa, meu portão.

Ah, se um dia
Eu pudesse voltar
Eu iria ver de novo
Minha terra, meu lugar
E os meus tempos de criança
Poderia recordar”.

Alguns anos depois, pela primeira vez na vida senti a receptividade de pessoas que não eram familiares. Me inscrevi, por exigência de um grupo de amigos, num festival escolar de música. Escolhemos juntos quatro músicas minhas. Aquela que mais gostávamos foi apresentada pelo grupo todo, mas estávamos tremendo demais para tocar e cantar no palco improvisado. Os jurados não ouviram nada e “Santa Terra” foi desclassificada. Vendo minha tristeza, uma jurada, professora de inglês, veio me explicar o critério utilizado diante da dificuldade de julgar. E nesse dia aprendi a amar e odiar os critérios.

Porém, como reaprenderia em muitas outras ocasiões futuras, a tristeza dá sentido à alegria, assim como as sombras à luz. Com as três músicas restantes, que apresentei sozinho, voz e violão, consegui o segundo (Vou Partir), o terceiro e o quinto lugares do festival. Não obtive o primeiro lugar, mas os prêmios foram pagos em dinheiro e voltei pra casa rico, considerando a situação financeira da época. Mais rico do que o vencedor, que tinha uma música belíssima.

Os anos vieram e a vida mudou muitas vezes. Os campeonatos estaduais de vôlei, o trabalho, a faculdade, o casamento e o descasamento, a vida é uma sucessão de sonhos e pesadelos. Mas também uma grande escola e isso se reflete no produto do artista. A poesia seguinte na verdade é letra de uma música, composta no anos noventa. Sempre fui um apaixonado pelas manhãs. Em uma prosa cheguei a afirmar que elas também foram feitas à imagem e semelhança do criador. Tendo que recomeçar minha vida, tornei-me um amante ainda mais apaixonado pelas manhãs, a ponto de amalgamar as minhas amadas e as “Nossas Manhãs”:

“Porque são as manhãs
tão humildes manhãs
Saram o que as noites cortam
Lavam, abortam estrelas vãs
Vem, que me desperta
Essa rosa madura
Sob a renda flerta
Captura o meu instinto, vem
Me joga no orvalho do jardim.

Vem de mim por ruas dormidas
Que dores banidas
Não despertarão tão cedo
E ninguém contará a ninguém
Que ainda tenho medo
Porque são as manhãs
Tão humildes manhãs.

Porque são as manhãs
Tão lúcidas manhãs
No estreito vão da janela
Um corpo que foi meu se esfarela
Num rastro distante
Guardo os pássaros no peito claro
Ardo e perto me declaro amante
Vestindo as chamas
Que restam das velas
Dançando com elas beijo
Beijo e protejo o seu despertar.

São nossas primícias, nossas milícias
Cavalgadas e reconquistas
Quando o sol entrar pelas janelas
Jamais sairá nas revistas
Mas são nossas manhãs
As mais belas manhãs
As mais belas manhãs”.

Não considero que esse texto tenha esgotado o assunto. Gostei da idéia de mostrar poemas e letras de músicas como pedaços pedaçudos de uma sopa auto-biográfica. Creio que aqueles que tenham gostado poderão esperar mais.

Foto de JG_essicas

Batalhas do amor...

Manhã chuvosa e fria
olhei para o ceu e nele seu rosto refletia,
vasta chuva que meus sentimentos varria...

Depois da chuva só me restou,
as cinzas do fogo que ela apagou,
desalentos e angústias no meu coração ficou,
são lembranças de quem nunca me amou...

Com um beijo me traiste e roubaste,
me feriu num simples combate,
me derrubou e me massacrou
depois com palavras bonitas você me deixou...

Voce preferiu um novo amor,
deixou o velho a chorar com muita dor,
nessa batalha nao ha vencedor
voce perdeu por simplesmente rejeitar o meu amor...

Foto de Andrea Lucia

Ninguém...(Andrea Lucia)

Ninguém...(Andrea Lucia)

Ninguém vai machucar meu coração
...Vai me dar chateação
...Vai me maltratar

Ninguém vai me aborrecer
...Vai me entristecer
...Vai me destratar

Ninguém vai me tirar o juízo
...Vai me roubar o riso
...Vai me perturbar

Ninguém vai me enlouquecer
...Vai me fazer sofrer
...Vai me fazer chorar

Ninguém vai destruir meu canto
...Vai me tirar o encanto
...Vai me silenciar

Ninguém vai ofuscar meu brilho
...Vai ofender meu filho
...Vai me provocar

Ninguém vai me impedir de ver a lua
...Vai me impedir de ficar nua
...Vai me censurar

Ninguém vai me impedir de ver o sol
...Vai me esconder sob o lençol
...Vai me aprisionar

Ninguém vai me colar no chão
...Vai me entorpecer de razão
...Vai me embotar

Ninguém vai me impedir de sonhar
Nem vai interromper meu caminhar...

Porque meu coração
É simples canção
Só sabe cantar!

Meu coração
É só perdão
Só sabe amar!

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