Seres

Foto de Fernanda Queiroz

Gêneros na Literatura

Genero Literário

Gênero é o modo como se veicula a mensagem literária. Há grandes diferenças de conteúdo e de forma entre os textos.

Plana

Forma:
Estrutura;
Prosa - parágrafos
Poesia - versos

Conteúdo:
Significação;

Gênero Lírico

Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os contos dos gregos. Por muito tempo, até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas, separando-se o texto do acompanhamento musical, a poesia passou a apresentar uma estrutura mais rica. A partir daí, a métrica, o ritmo das palavras, a divisão em estrofes, a rima, a combinação das palavras, foram elementos cultivados com mais intensidade pelos poetas.

A forma soneto é, dentre as várias outras formas fixas surgidas na história da literatura, que mais resistiu ao tempo, sendo um modelo acolhido pelo poeta ainda nos nossos dias.

Estrutura do soneto:
14 versos distribuídas em dois quartetos e dois tercetos;
Métrica: usualmente versos decassílabos e alexandrinos;
Rima

Quanto ao conteúdo, os poetas líricos se caracterizam pelo predomínio dos sentimentos, das emoções, o que os torna subjetivos. A poesia em geral pertence a este gênero.

Gênero Narrativos

Na atualidade passou-se a chamar gênero narrativo ao conjunto de obras em que há narrador, personagens e uma seqüência de fatos. É uma variante do gênero épico. Abrange várias modalidades de texto em que aparecem os seguintes elementos:

1 - Foco narrativo: presença de um elemento que relata a história como participante (1º pessoa)ou como observador (3º pessoa ). E, também há o narrador onisciente.

2 - Enredo: é a seqüência de fatos, podendo seguir a ordem cronológica em que eles ocorrem (sucessão temporal dos fatos), ou a ordem psicológica (sucessão dos fatos, seguindo as lembranças ou evocações das personagens, apresentando, muitas vezes flash-backs ou voltas ao passado.

3 - Personagem: seres criados pelo autor com características físicas e psicológicas determinadas.

4 - Campo e espaço: o momento e o local em que os fatores são narrados e onde se desenrolam.

5 - Conflito: situação de tensão entre os elementos da narrativa.

6 - Clímax: a situação criada pelo narrador vai progressivamente aumentando sua dramaticidade até que chega ao clímax, ao ponto máximo.

7 - Desfecho: momento que recebe o clímax, no qual se finaliza a história e cada personagem se encaminha para seu "destino".

Ao gênero narrativo pertencem as seguintes modalidades de texto:

O conto:
O conto, por ser breve e simples narrativa, é um gênero muito cultivado. Apresenta as seguintes características:
Apresenta apenas uma célula dramática.
Poucos personagens intervem na narrativa.
Cenário limitado, espaço restrito.
Espaço de tempo curto.
Diálogos sugestivos que permitem mostrar os conflitos entre as personagens.
A ação é reduzida ao essencial, há um só conflito.
A narrativa é objetiva, por vezes, a descrição não aparece.

Romance:
O Romance é uma narrativa longa, caracterizada por conter:
Enredo complexo.
Um ou vários conflitos das personagens.
Tempo, espaço ampliadas.
Vários personagens.
É a mais importante das modalidades narrativas em prosa. Envolve a narração de um acontecimento fictício, porém verossímil, ou seja, coerente com o universo real em que se espelha.

Fábula:
Narrativa inverossímil, com fundo didático, que tem como objetivo transmitir uma lição de moral. Normalmente a fábula trabalha com animais como personagens. Quando as personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo.

* Texto Fichário On Line

Foto de Anjinhainlove

Desabafo

Sinto ódio
Por me teres iludido
E logo enganado.
Sinto ódio
Por seres um concentrado
De todos os defeitos que mais detesto.
Sinto ódio
Porque dedicas o teu tempo a irritar-me
Porque me desrespeitas.
Sinto ódio
Porque estás em tudo
O que é errado na minha vida.
Sinto ódio
Porque a tua presença é-me maligna
E sabes que me incomodas.
Sinto ódio
Porque procuras fazer-me infeliz
E ao teu lado não sou bem vinda.

Foto de Nana ´De Má

Uma história de Amor Puro.

Amor Puro.

Já fui descrente da existência do Amor Puro,
Até que em uma noite de solidão, com ajuda da tecnologia,
Por acaso em uma gostosa brincadeira, me deparei com ele,
Em primeiro momento era só uma conquista, mais uma pra mim,
Fácil, fácil demais, sem valor,
Eis que conquistei,
Mas depois fui conquistada, e então em uma teimosia freqüente comecei a desafiar este tal amor, pois ainda não acreditava em sua existência, nesse jogo perigoso o tempo foi correndo, se passaram dias, e logo se formaram meses, e a dependência e aceitabilidade crescia, não tive dúvidas, me vi vencida, vencida e agradecida, pois pensei jamais ser merecedora de tal dádiva, coisa bela e tão pura, simples e tão transparente, pequenas palavras, situações diminutas, e uma profusão de sentimentos desconhecidos nasciam sem pedir permissão, estou presa mas estou em liberdade, porque antes estava presa na hipocrisia do físico, da pecúnia e das convenções sociais, estou livre , estou livre,
Dantes era tão triste com essa tal liberdade, falsa e contida, hoje estou presa e feliz,
Loucura, pode ser, aceito as pedras de bom grado, estou presa a algo maior, a algo que me neguei durante a vida inteira, estou feliz, me sinto bem, sou mais gente agora, tiro forças pra coisas inacreditáveis e isso porque estou presa,
A força que tudo isso me dá é inacreditável, só posso agradecer,
Agradeço a alguém maior, que também deixei de lado a muitos anos, e hoje me abençoa com seu mais belo presente, obrigada Senhor, não sou digna, mas mesmo sabendo disso, quero me fazer merecedora, obrigada por abri meus olhos, obrigada por tirar as devesas de meu coração, construídas devido por espadas de quem merece perdão, porque não conhece hoje o que eu sei, perdão a estes seres infelizes, obrigada pelas cicatrizes, obrigada por me deixar sentir, hoje eu sei que existe, sim existe , pode parecer bobagem aos olhos de meus colegas sofredores, mas existe, O Amor Puro, existe, e eu o tenho, e quero isso pra todos vocês, porque é tão bom o sentimento que me recuso a ter só pra mim, quero pra todos também o mesmo belo sentimentos, por último agradeço ao guerreiro que agüenta dia após dia, as loucuras dessa sentimental pessoa, agradeço a ti amor por me acompanhar, por me apoiar e principalmente por me amar do jeitinho que eu sou, se por nem tirar.
Eu amo, e bom poder dizer eu amo, palavra esta usada por vários sem saber o sentido real, em minha vida só foi proferida no sentindo de amor entre homem e mulher a um único ser, ao qual me senti confortada e segura o suficiente pra me deixar tão sensível e aberta, é fácil e até necessário dizer sempre que amo-te, pois você é com certeza o meu Amor Puro.

Foto de Ednaschneider

Quem fica e quem parte

Para quem fica é calamidade
Para quem parte é missão cumprida
Para quem fica é saudade
Para quem parte é nova vida;

Para quem fica é solidão
Para quem parte é esperança
Para quem fica é emoção
Para quem parte é o sorriso de criança.

Para quem fica é desespero e lágrima
Para quem parte é renovação
Para quem fica é ter que dar a volta por cima
Para quem parte é ressurreição.

Quando os seres humanos nascem
Todos sorriem, só o recém nascido chora.
Porém todos choram, na hora que partem.
Só demonstra o sorriso, àquele que vai embora.

É algo inexplicável a morte
Faz parte da vida tal acontecimento
Seja azar, ou seja, sorte.
Já morremos a cada dia a partir do nascimento.

Joana Darc.

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Ednaschneider

Atrás da tela

Atrás desta tela somos todas iguais
Não há distinção de raça ou cor;
Nem tampouco de níveis sociais.
O que somos é palavra e o seu teor.

Caso sejamos apaixonadas
Demonstramos na forma de teclar.
Caso sejamos amarguradas
Não adianta disfarçar
Os dedos acabam por nos entregar
Quando no teclado as letras vão procurar.

“É da abundância do coração que a boca fala” *-Reflita
Essa é uma verdade...No nosso mundo real
E do coração saem as palavras que são ditas
Na forma digitada: diálogo do mundo virtual.

Essa máquina chamada computador
Pode até ter menos “Gigas” ou menos “memória”
Não importa...Mas eu passo a minha história
No modo de teclar também mostro meu amor.

Pois a máquina pode não ser a mais potente
Mas por trás dela tem uma mulher...
Um SER de memória e história constante;
Que mesmo distante, tenta passar nas palavras o que quer.

Por isso digo que atrás desta tela somos todos iguais.
Buscamos amizades, lazer, estudo, uma palavra de carinho.
Tentamos ser amigos mesmo sendo virtuais.
E dessa forma não nos sentimos seres sozinhos

Pois o mundo real é mesquinho
Nos afastam uns dos outros
Cada qual no seu “ninho”
Cada um por si e Deus por todos!

Joana Darc

*(Palavras de Jesus livro Bíblico Lucas 6: 45)

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Fernanda Queiroz

Figuras Linguísticas

Figuras de linguagem

Comparação: consiste em aproximar dois seres pela sua semelhança de modo que as características de uma sejam atribuídas a outro. Exemplo: Lívia é linda como sua mãe.
Metáfora: ´´e uma espécie de comparação implícita entre dois seres, já que o elemento comparativo fica subentendido. Exemplo: O samba é pai do prazer.
Metonímia: consiste no uso de uma palavra (x) em lugar de uma outra (b), em virtude de certas familiaridades que elas têm entre si. Exemplo: Você já tomou dois copos, agora chega.

Pleonasmo: é a repetição de uma idéia, com repetição ou não das mesmas palavras. Exemplo: Vi com meus próprios olhos!
Antítese: é o emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido. Exemplo: De repente do riso fez-se o pranto.
O emprego de palavras que se opõem também é denominada como, paradoxo ou oxímaro . Exemplo: ela chorou de tanto rir!

Prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir atitudes inanimadas ou humanas a seres inanimados ou irracionais. Exemplo: histórias em quadrinhos.
Onomatopéia: é a reprodução de sons e ruídos por meio dos sons das palavras. Exemplo: POOMP!!!
Eufemismo: é o uso de uma forma mais amena para dizer algo que possa chocar o interlocutor. Exemplo: Um senhor pegou seu carro sem lhe avisar e sem a intenção de devolver!
Ironia: ocorre quando se diz alguma coisa, querendo-se dizer exatamente o contrário. Exemplo: Todos os meus amigos têm sido campeões em tudo.
Hipérbole;
Hipérbato;
Sinédoque (metonímia);

Funções da linguagem

No ato da fala, pode-se observar:
o emissor: aquele que diz algo a alguém
o receptor: aquele com quem o emissor se comunica
a mensagem: tudo o que é transmitido do emissor para o receptor
o código: a convenção que permite ao receptor compreender a mensagem. Ex: Língua Portuguesa
O canal: o meio que conduz a mensagem ao receptor. Ex: a língua oral
O referente: o assunto da mensagem

Sendo assim temos as FUNÇÕES DA LINGUAGEM:

Função Referencial
Ocorre quando o referente é posto em destaque, ou seja, o objetivo do emissor é simplesmente o de informar o seu receptor. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Os textos desta linguagem são dotados de objetividade, uma vez que procuram traduzir ou retratar a realidade. Bons exemplos da função referencial são os textos jornalísticos e científicos.

Função Conativa (ou Apelativa)
Ocorre quando o receptor é posto em destaque, ou seja, a linguagem se organiza no sentido de convencer o receptor. Neste tipo de função é comum o emprego de verbos no imperativo e verbos e pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Bons exemplos da função conativa são os textos de publicidade e propaganda.

Função Metalingüística
Ocorre quando o código é posto em destaque, ou seja, usa-se o código lingüístico para transmitir aos receptores reflexões sobre o próprio código lingüístico. Bons exemplos da função metalingüística são as aulas de línguas, gramáticas e o dicionário.

Função Emotiva (ou Expressiva)
Ocorre quando o emissor é posto em destaque, ou seja, a mensagem está centrada na expressão dos sentimentos do emissor. É um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso de verbos e pronomes em 1° pessoa e também o uso de pontos de exclamação e interjeições. Bons exemplos da função emotiva são textos líricos.

Função Fática
Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem é apenas testar o canal, o que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Exemplos típicos da função fática são: "alô", "pronto", "oi", "tudo bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc.

Função Poética
Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se a atenção para o modo como foi organizada a mensagem. Bons exemplos da função poética são textos literários, tanto em prosa quanto em verso.

As linguagens da literatura

Versos são uma sucessão de sílabas ou fonemas formando uma unidade rítmica e melódica que corresponde, normalmente, a uma linha do poema.
Estrofe é um agrupamento de versos.
Métrica é a medida dos versos.
Ritmo na poesia se dá pela alternância de sílabas acentuadas e não acentuadas,ou seja, sílabas que apresentam maior ou menor intensidade em sua enunciação.
Rima é um recurso mundial baseado na semelhança sonora das palavras no final dos verso e, as vezes , no interior dos versos.
Aliteração é a repetição de sons consonantais idênticos ou aproximado.
Assonância é a repetição de sons vocálicos idênticos ou aproximados.
Paranomásia é o emprego de palavras de grafia ou sons aproximados, mas de sentidos diferente.
Paralelismo é a repetição de idéias e palavras que se correspondem quanto ao sentido

*Texto pesquisado em Fichário On Line

Foto de Carmen Lúcia

Delírios de um poeta

Caminha lado a lado com a lucidez e a loucura,
Sem nunca recuar,eterna é sua procura...
Ora sóbrio...sofreguidão,ora ébrio...fixação.
(Ambos sedentos de emoção...)
Galopa sem cavalo,voa sem asa,levita sem ficção...
Serra armaduras em seu peito atravancado,
Liberta pensamentos amaldiçoados,seres transfigurados,
Monstros alucinógenos,bichos-de-sete-cabeças,demônios,
Que presos,deixam a alma mutilada,causam estragos.
Mergulha fundo em seu universo ilimitado...
Pensa no Apartheid...descrê por um segundo...
Do amor...maior razão do mundo...
Fica louco,uiva feito um lobo ao ver a lua,
Clama por inspiração que acalme sua loucura...
E lúcido,em criança se transforma,ao se enternecer
Diante da beleza da flor que começa a nascer...
Sóbrio ou ébrio,canta as amarguras e as venturas,
Lúcido ou louco, vai à guerra,da morte se aproxima...
Relembra angustiado a "Rosa de Hiroshima",
Pede a paz agora...reza...implora...chora!!!
E assim segue o poeta...
...por essa vida afora...

(Poema inspirado nas "criações" do poeta Gaivota).Talvez ele nem saiba disso...rs.

Foto de Neryde

Voz do coração...

Quero servir,
Sem esperar ser servida.
Acabar com essa mania de encontros,
Entre almas especialmente afins.
Gerando sempre desencontros
E algumas vezes desfechos ruins!
Quero superar as diferenças,
As carências bilaterais.
Infelizmente somos seres incoerentes,
Que esperam sempre demais!
Quero ouvir o que vem do meu interior,
Esquecer por um momento a razão.
E sentir todo o calor
Da voz que vem do meu coração!

Foto de amarvtd1

Retas e curvas...

O que acontece nos corações chagados?
O que acontece nas mentes que não param?
O que acontece nas vidas cobradas?
O que acontece nos sentidos aguçados?

O que acontece na sombra do interior?
O que acontece no íntimo de alguém?
O que acontece nas almas confusas?
... E nos dias nublados...

Chove.

Chovem águas e prantos.
Chovem dúvidas e receios.
Chovem angústias.
Chovem até esgotarem...
e transbordam felicidades.

Antagônicos seres-humanos.
Linhas retas cedendo às curvas.

Foto de Gaivota

NÃO VÁ!

*
*
*
NÃO VÁ!

Não vá
pois que me partes
como
gelo triturado
no verão.
Não vá!
Não me deixes com palavras roucas
pois que és
brilho
incandescente.
Fagulha
que estoura miolos
e os deixa
em agonia
Não vá!
Deixe que suas
madeixas
olhem-me com ternura.
Não vá!
Sua saia de margaridas
falantes
estão em prantos
porque
querem
a brisa do campo.
Pensa bem..
Pássaros são seres estranhos
mergulham na água fria
deslizam no negro véu.
A noite me engole
abrançando
o dia que já passou.
Não vá!

RJ – 18/08/2006
** Gaivota **

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