Sepulturas

Foto de Edevânio

EGITO, UMA DÁDIVA

Por Edevânio Francisconi Arceno

Quem deseja ser um bom “istor”, ou seja, uma testemunha, deve ser capaz de relatar um fato histórico com imparcialidade e credibilidade em suas observações. Será que um Historiador do século XXI, não pode escrever ou discorrer algo sobre a Pré-História ou Antiguidade, somente porque não testemunhou tais eventos? Claro que não, pois quem testemunhou sobre as famílias de Australopitecus evoluindo para Homens habilidosos e posteriormente eretos. Com o advento da Arqueologia, mal vista na idade média, pois suas descobertas colocavam em dúvidas certos mitos, no século XX atingiu seu apogeu e contribui de forma significativa e atualmente ela é imprescindível na reconstrução da nossa história. Através desta parceria, foram descobertas grandes civilizações, porém nenhuma está sendo tão elucidada quanto à história do Egito. Este povo que surgiu às margens do rio Nilo, transformou-se em exímios agricultores porque conseguiram dominar através de canais de irrigação a abundância do Nilo. Uma das riquezas retiradas das margens lamacentas do Nilo era o papiro que serviu para registrar não só a história egípcia, mas também a de outros povos. Da lama deste rio, também surgiu a matéria prima para a confecção de tijolos e vasos, objetos que fariam parte da sua cultura, muito mais do que imaginavam. Um dos fatores que transformou o Egito na sociedade antiga mais estudada e compreendida foi a riqueza de objetos, escritos, construções e esculturas ligadas a sua Religiosidade. O povo egípcio era politeísta, pois acreditava que para cada circunstância havia uma divindade e a eterna dualidade entre o bem e o mal, ficou a cargo dos irmãos Set, o invejoso e Osíris o virtuoso, e como em toda cosmogonia, o mal aparentemente vence. Mas a incansável deusa Ísis, demonstra toda a sua obstinação em reencontrar o amado Osíris, por isso é presenteada com uma gravidez milagrosa e concebe Hórus, que viveria e reinaria para sempre através dos Faraós do Egito. Por acreditarem que ressuscitariam após a morte, construíam gigantescas tumbas, verdadeiros monumentos que até hoje mexem com o imaginário das pessoas que atribuem estas construções a gênios da Arquitetura e até mesmo a seres de outro mundo. A prova cabal desta excelência arquitetônica são as Pirâmides, como as de Gizé, que resistem ao tempo por mais de 4,5 mil anos. A verdade é que o Egito não possuía apenas conhecimentos arquitetônicos e matemáticos, mas também dominavam algumas técnicas da medicina, pois já praticavam cirurgias e eram profundos conhecedores e detentores dos segredos da mumificação, conservando por mais tempo seus cadáveres. Observe o que relata a historiadora Joelza. Os Faraós construíam para si e sua família túmulos magníficos, como as pirâmides, que levavam muitos anos para ficar prontas. [...] Os túmulos podiam ter várias salas, onde eram guardados alimentos, objetos, armas e mobília para o morto usar na outra vida. (RODRIGUE, p.114). Cremos que de certa forma os egípcios conseguiram viver após a morte, não de forma eterna, pois a beleza de Nefertite não resistiu aos anos, mas a longevidade inerte de seus mortos, com suas tumbas e sepulturas tão ornamentadas, nos revelam a cada dia, a riqueza de sua cultura. Este povo obstinado como a sua deusa Ísis, que esperou o faraó Aquenaton morrer para voltar a ser adorada, nos enriquece com milhares de anos de História, e as mesmas dúvidas e inquietações que levaram Julio César a suspirar em companhia de Cleópatra diante da beleza do Egito, fazem-nos sentir da mesma forma, mais de dois milênios depois. Este é o Egito, uma civilização que por muito viver das dádivas do Nilo, tornou-se uma dádiva à humanidade.

REFERÊNCIAS RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documento. 5ª Série. São Paulo: Ftd, 2006.

Foto de Paulo Gondim

Face a face

FACE A FACE
Paulo Gondim

Vem, que te darei meu último beijo
Fruto de meu último desejo
Desse amor como castigo
Recebe meu último abraço
Como prova do fracasso
Que foram teus dias comigo

Vem, recebe meu último sorriso
E sente o quanto amenizo
Tua dor, tua saudade
Vem, recebe meu último afeto
Goza o abrigo de meu teto
Pois já morre tua vaidade

Vem, sepulta a última quimera
Vês o que foste nessa terra
Apenas desilusão
Descortina teu sorriso triste
Não negue o amor que ainda existe
A quem lhe abriu o coração

Olha para mim
Face a face, assim
Sem trama, sem falsidade
Pela última vez, não finja
Não converta a verdade em cinza
Encare a realidade

Vai, pois te sentes nas alturas
Não temas as sepulturas
Que se abrem para ti
Bate de frente com a morte
Entrega-te à própria sorte
Vês a morte te sorrir

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

ACORDA BRASIL

ACORDA BRASIL!
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Quando o sol escaldante estiver nos castigando
Com seus raios poderosos
Onde nos refugiaremos para ter um pouco de conforto,
Ja que ja nao existerem as arvores?

Quando buscarmos agua para saciarmos a nossa sede
E molharmos um pouco os labios ressequidos
Onde beberemos para vivermos mais um pouco
Ja que que os rios ja secaram seus leitos antes bonitos?

Nenhuma ganancia ou riqueza
Garantirao a sobrevivencia do ser humano
Mesmo que voce tenha todo o dinheiro do mundo
Mas o que comprar, o que comer?
Se ja nao existe mais nada?
Pensem e meditem bem profundo

As florestas e todos os seres que vivem conosco
Digo conosco, porque somos partes destas florestas
Estamos inseridos nelas diariamente.
Entao, porque nao respeita-las como um presente?
Ja que ela nos dao tudo?
Agua, animais tao lindos
Arvores, frutos, perfumes,
Materias primas para diversos remedios
Animais que podem nos trazer a cura?

Ha milhoes de pessoas chorando a extincao
Do tigre da Tasmania da Australia
Uma peca valiosa do quebra cabeca que esta faltando
Daquele pais.
Agora imaginem o Brasil sem milhoes de animais?
Sem nossos recursos florestais?
Sem nossos recursos fluviais?
Quem se sentiria feliz?

Agora meus irmaos brasileiros
Nao cavem nossas proprias sepulturas
Com ganancias e destruicoes insanas
Porque nem as maiores fazendas
Aquelas que somem de vistas
Nem as grandes contas bancarias
Que compram Brasilia

Nao podem comprar o ar que respiramos
Nao podem comprar a agua que bebemos
Nao podem comprar o fruto que saboreamos
Nao podem comprar os animais que estao enterligados a nos
Se o mundo virar um deserto tao grande
Que ninguem jamais ouvira uma so voz

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 - Luiz

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