Sempre

Foto de Poetando

Vida de loucura

Vivemos tempos de correria
Numa vida de loucura
Parece que andamos todos
A correr sempre à procura
Já não convivemos com os amigos
Não sabemos o que procuramos
Nesta vida de tanta loucura
Também já não nos encontramos
O convívio que antes havia
Hoje nesta vida de correria
Deixou de todo de existir
Já não há amigos como havia
Vivemos numa correria louca
Os tempos já não são como outrora
Em que todos convivíamos
Eram outros amigos que não como agora
Que vida de loucura agora vivemos
Sempre em correria desenfreada
Deixamos de ter tempo para os amigos
Ficamos sem tempo para nada
Levamos toda a vida acorrer
A correr sempre à procura
Deixamos de ter tempo para os amigos
Vivemos uma vida de loucura

De: António Candeias

Foto de Poetando

Meus Sonhos

Os meus sonhos me levaram
Para longe e como amei
Andavam a tua procura
Não mais eu te encontrei
Foi uma viagem maravilhosa
Que fiz enquanto sonhei
Quando estava mais amando
Foi quando do sonho acordei
Faço em poemas para ficarem
Para de mim não te esqueceres
Que eu sempre te amei e amarei
Muita vez não te tenha parecido
Vaguearam os meus sonhos
Foram encontrar-se contigo
Bem que te quero esquecer
Em sonhos eu não consigo
São sonhos maravilhosos
Mas que me causam só dor
Saber que nunca serás minha
Porque te amo tanto meu amor
Estes sonhos que me levam
Para tão grande distancia
Só em sonhos estou contigo
Quando preciso te esquecer
Para ter paz este meu viver

De: António Candeias

Foto de Poetando

Quando a escrever faço amor

Quando a escrever faço amor
Falando baixo aos teus ouvidos
Que tenho tantas saudades de ti
Que mexe com todos os sentidos
A escrever-te estou abraçando
Para ti vai meu pensamento
No teu corpo estou enlaçado
Como eu te estou sentindo
Que estou em ti enlaçado
A escrever te estou beijando
Minhas mãos te fazem caricias
Desejos que me enlouquecem
Beijando-te a boca com malícia
Faço sempre amor contigo
Enquanto estou a escrever
Acariciando todo o teu corpo
Sinto que estás louca de prazer
Quando me ponho a escrever
Digo tudo o que por ti sinto
Nossa distância é um tormento
Este amar como te amo
Não sais do meu pensamento
Com a escrita eu me solto
Escrevendo digo o que por ti sinto
O quanto te estou a desejar
Amava contigo puder agora estar
Tu entre os meus braços
Contra o meu peito te apertar
Nesta minha escrita singela
Falo dos meus sonhos e desejos
Como te estou tanto amando
De te cobrir toda de beijos

De: António Candeias

Foto de Poetando

Ser o teu namorado

Não sei como te hei-de dizer
O que meu coração por ti sente
Que a toda a hora só penso em ti
No meu pensamento estás presente
Que pena estares de mim tão distante
Não estares aqui a meu lado
Para te puder dizer ao ouvido
Como por ti estou apaixonado
Queria que estivesses ao meu lado
Dizer-te como meu coração te adora
Como amava ser teu namorado
Hoje e sempre a toda a hora
Não sei como te vou dizer
Que o coração por ti sente
Não me sais do pensamento
Que a toda a hora estás presente
Não sei como te vou eu dizer
Que queria ser por ti amado
Estar dentro do teu coração
Amava ser o teu namorado

De: António Candeias

Foto de Poetando

Posso ser a tua estrela

Posso ser a tua estrela
Para sempre te apoiar
Conta sempre comigo
Que eu contigo amo estar
Nas tuas horas tristes
Que precisas desabafar
Sabes bem que comigo
Tudo tu podes contar
Posso ser a tua estrela da guia
Para te poder encaminhar
Quero te ver sorrir e feliz
É esta assim a maneira de te amar
Vou iluminar-te o caminho
Para não mais tropeçares
Estarei sempre contigo
A amar-te e a mimar
Não te quero saber mais a cair
Nem nas quedas a pensar
Quero-te de cabeça erguida
Para ninguém ter que falar
Agora podes triste estar
Mais logo a sorrir irás ficar
Posso ser a tua estrela
Para sempre te apoiar
Porque contigo amo estar
Tudo sempre farei
Para te ver feliz e sorrir
Porque estás no coração
E como eu amo ver-te rir

De: António Candeias

Foto de Poetando

Não sou nenhum poeta

Sou apenas um aprendiz
Escrevo o que tenho na alma
O que o coração me diz
Para poder ser poeta
Tinha que saber escrever
Assim como não o sou escrevo
O que sinto dentro do meu ser
Sou simplesmente aprendiz
Umas letras vou rabiscando
Chamo-lhe os meus poemas
E assim eu os vou debitando
Não me chamem poeta
Porque poeta eu não sou
Escrevo o que estou sentido
O presente e o que passou
Sou simplesmente aprendiz
Que esta sempre a aprender
Escrevendo vou dizendo
O que foi todo o meu sofrer
De: António Candeias

Foto de Jardim

deslizo desnudo

deslizo desnudo,
sem rumo, sem prumo,
aos ventos.

singro, sangro
sem tino, sem norte,
à sina, à sorte.

naufrago, calado, mudo,
sempre existirão
tormentas, tormentos.

sinto o cheiro
do que se foi,
do que se espera

em cada primavera,
a forma perdida
procura seus etcéteras

nos ritmos da matéria,
no fora, no dentro,
em algum lugar

onde o avesso
do inverso
insiste em ficar.

agarro o grito
agudo que brota
curto da garganta.

sussurro
o espasmo lento
de um gemido surdo.

assomam as sombras
insones, sortidas
em meio ao escombro.

Poema do livro Diários do Desassossego
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Foto de Jardim

se me falta o chão em que piso

se me falta o chão em que piso, busco no próximo passo a convicção de firmeza e se o agora é inconsistente me volto para o futuro que desconheço. carrego comigo o peso de outras vidas. junto forças que não tenho para fazer do meu rastejar minha andança nesta árida estrada. trago no peito a fé dos que acreditam no implausível e aguardo a redenção adormecida. foi preciso te perder e que me perdesses para aprender o significado da palavra deserto, para encontrar o itinerário que precisa ser refeito, para entender que tudo passa, tudo volta, tudo sempre está, para que conhecesse quem realmente somos, quem não éramos, para descobrir que existiam outras mãos e em cada uma delas outras linhas do destino. em cada lábio que encontro recolho uma hóstia.

Poema do livro Crônicas do Amor Impossível
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Foto de Jardim

antes que eu pudesse

antes que eu pudesse me dar conta, desde o princípio, antes mesmo
de te conhecer, já te amava. cultivava este amor repleto de
promessas imprevistas, em outro hemisfério, em terras distantes, em
outro continente, por cruzar mares e oceanos até me encontrar. já
amava a tua cor e o teu toque, tuas palavras antes que as ouvisse, já
previa o emaranhar de nós e nosso abraço, minha ânsia em percorrer
teus relevos e teus segredos, teus pelos em minha boca, a umidade
entre tuas pernas. já tinha minhas mãos à espera das tuas, sempre
aguardando a tua chegada, o momento delas envolverem os teus
peitos. te esperei, repleto de histórias de outras tantas que se
desvaneceram no momento em que teus lábios se encontraram com
os meus.

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Foto de Siby

Mãos de poeta

O que mãos de poetas escrevem,
Nem sempre é apenas ficção,
São coisas que saem do coração,
Dele jorram sentimentos que não se retém.

Palavras que na poesia se unem,
E o poder de ação de cada mão,
Lideradas pelo coração e razão,
Revelam tudo o que a alma contém.

Mãos impulsionadas pela sua emoção,
Descrevem o tema que a poesia tem,
Com palavras que vem de sua inspiração.

Brotam as ideias e as palavras vem,
Entrega-se, escrever é a sua paixão,
Nascem as poesias nas mãos de alguém.
(Siby)

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