Seus olhos são imagem,
de tua alma ansiosa.
Tua pele em corpo sedento
de contato me faz relembrar,
que possivelmente não terei
tuas mãos fortes,
nem te sentirei a altura dos
meus quadris.
O licor que escorre do teu corpo
não é ao meu que ungirá.
A curva de teu tórax exala
perfume de mar que pressinto
ao longe.
Tuas pernas e teus quadris
não estremecerão sob mim,
e ainda assim saberás
nunca te esqueci.
Amarei muitos homens,
não como tu,
por que a ti não tive.
Bem aventurada quem te amar
mas não serei eu.
Beberei vinhos e seus destilados,
amarei homens e seus segredos,
escreverei loucuras e meus anseios.
E quando eu fechar os olhos
não será em gozo,
consolo único de tua ausência.
Em meu último suspiro,
olharei teus lábios e pedirei um beijo.
Fecharei meus olhos e direi em
confissão:
- A ti somente a ti
nunca te esqueci.
Não despirei tuas vestes,
nem te tocarei por dentro,
Mas te farei imortal em mim...