Saudades

Foto de onil

PAI AMADO

SONHEI COM O REGRESSO
DE QUEM TANTO AMEI NA VIDA
POR QUEM A DEUS EU PEÇO
EM MINHA ORAÇÃO SENTIDA

NUM SONHO SIMPLES SONHADO
EU CONSEGUI RECORDAR
ESSE ROSTO TÃO AMADO
COM SEUS OLHOS A BRILHAR

NO MEIO DA MULTIDÃO
EU DESCOBRI ESSE ROSTO
BATEU FORTE MEU CORAÇÃO
POR REVER QUEM DE MEU GOSTO

O SEU GEITO DE FALAR
DE SAUDADES ME ENCHE O PEITO
SUA FORMA DE ABRAÇAR
NOS MEUS BRAÇOS EU ACEITO

SEU ANDAR INCONFUNDIVEL
BRAÇOS FORTES VIGOROSOS
DEIXAM MEU PEITO SENSIVEL
DOS SEUS GESTOS TÃO SAUDOSOS

MINHA MÃE TRISTE E OLHANDO
NEM QUERENDO ACREDITAR
NO SEU ESPOSO LHE ACENANDO
COM SEUS OLHOS A CHORAR

MAS MEU SONHO SE FINDOU
FICA APENAS A ILUSÃO
MEU PAI JÁ SE EMBRENHOU
NO MEIO DA MULTIDÃO

ACORDEI DESTE MEU SONHO
E RECORDO SUA FEIÇÃO
ESSE SEU OLHAR RISONHO
QUE OCUPOU MEU CORAÇÃO

PELA DADIVA DA VIDA
AGRADEÇO ETERNAMENTE
NÃO ESQUEÇO SUA PARTIDA
DESTA VIDA FACILMENTE

BRAÇOS FORTES VIGOROSOS
NO PEITO JÁ DESCANSAVAM
TANTAS FLORES, CRAVOS CHEIROSOS
DAQUELES QUE O AMAVAM

LEMBRAREI POR TODO O TEMPO
SEU OLHAR AINDA COM VIDA
NÃO O ESQUEÇO UM MOMENTO
NUMA PRECE A DEUS ERGUIDA

NEM NOS VERSOS SEM IGUAL
DESTE POEMA SAGRADO
INSPIRAÇÃO CELESTIAL
QUE ME FEZ ESCREVER O FADO

FEZ-ME VER COM ESPERANÇA
ATRAVÉZ DE UM RESPLENDOR
UM ENSINO DE CRIANÇA
DE UM PAI QUE ME DEU AMOR

NO LIVRO DE MEUS POEMAS
UM ESPAÇO SERÁ SAGRADO
O SEU NOME ESCRITO APENAS
“BERNARDINO PAI AMADO”.

21.05.91
ONIL

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de onil

É ASSIM A MINHA TERRA

VOLTEI A PASSEAR NESTAS TERRAS
VI FLORES LINDAS NAS SERRAS
E DE SAUDADES ME ENCHI
LEMBREI TEMPOS DA MOCIDADE
EM QUE ASPIREI A LIBERDADE
NESTA ALCOFRA ONDE NASCI

VI CARQUEJA E O SEU DOIRADO
CÔR QUE NASCE EM QUALQUER LADO
É DA SERRA INFINDA BELEZA
OUTRAS CORES HÁ PELOS MONTES
ÁGUA FRESCA CORRE NAS FONTES
ASSIM É BELA A NATUREZA

JÁ VI NOS CÉUS A ÁGUIA VOANDO
NOS MONTES O MELRO CANTANDO
ESTA PAISAGEM ME ESPANTA
É COMO UMA CONCHA ESTA TERRA
Á VOLTA TEM LINDA SERRA
COM FLORA QUE ME ENCANTA

A ÁGUA NO RIO CORRENDO
ESPUMA BRANCA VAI FORMANDO
LEMBRANDO UM RENDILHADO
NO RIO DA BOUÇA SAUDOSO
FOI TEMPO MARAVILHOSO
QUE FICA NA MENTE GRAVADO

LEMBRO TEMPOS DE INFANCIA
NÃO ERA LONGE A DISTANCIA
DA MINHA ALDEIA AOS TAPADOS
NO RIO A ÁGUA PURA DESLIZAVA
A SEDE SAUDAVEL SACIAVA
RECORDAÇÃO DE TEMPOS PASSADOS

DO CIMO DO CABEÇO CARMOL
VI O ESPLENDOROSO PÔR-DO-SOL
Á SUA BELEZA FIQUEI PREGADO
JÁ CORRI TERRAS DO MEU PAIS
MAS SÓ AQUI ME SINTO FELIZ
NÃO QUERO VIVER NOUTRO LADO

QUERO SENTIR O AR NO ROSTO
SUAR COM O CALOR DE AGOSTO
PORQUE ISSO ME DÁ PRAZER
A MINHA ALDEIA É TÃO LINDA
ESSA BELEZA NÃO FINDA
NINGUÉM DELA VAI ESQUECER

LEMBRO-A EM POEMAS ESCRITOS
FALO DE SITIOS BONITOS
QUE DÃO GOSTO EM VISITAR
A MINHA ALDEIA É CERCADA
POR CARQUEJA AMARELADA
NA SERRA QUE A ESTÁ A RODEAR

NA PRIMAVERA SEUS PRADOS
POR VERDURA ORNAMENTADOS
FAZEM-NA SEDUTORA E LINDA
A QUEM POR AQUI PASSAR
ESTA BELEZA VAI AGRADAR
E A SUA VISITA NÃO FINDA

CADA ESTREITA CALÇADA
DÁ UMA HISTÓRIA CONTADA
DO POVO QUE NELA VIVEU
PORQUE AQUI NASCERAM E AMARAM
NAS TERRAS DURO TRABALHARAM
MAS ALGUÉM NUNCA OS ESQUECEU

SOU POETA E TENHO AMOR
Á MINHA ALDEIA E DOU VALOR
A TODOS QUE AQUI NASCERAM
QUEM FICOU TEVE A CORAGEM
E ESTA É A MINHA HOMENAGEM
AOS QUE NA NOGUEIRA VENCERAM

MAS A TODOS EM GERAL
QUE DAQUI SÃO NATURAL
ESTE POEMA DEDICO
EU POR MIM SONHO VOLTAR
E PODER SEMPRE VISITAR
NOGUEIRA E A VILA-DO-PICO

26/05/09
ONIL

Foto de julianai1998

Para Sempre meu passado! Pra sempre amor!

Não sei se fui feliz ao seu lado.
Alguns momentos que vivemos juntos foram de deixar saudades, de acelerar o coração quando lembrados ou fazer um sorriso nascer no rosto, mas ec os outros momentos, aqueles momentos que meu ser foi tomado de pura tristeza?
De vez enquanto me pego lamentando por esses momentos terem existido, por eu ter permitido que eles existissem. Sei que poderia ter sido diferente... eu poderia ser diferente, uma pessoa melhor.
Quem sabe assim as brigas nunca aconteceriam e as lágrimas de raíva, ódio, rancor magua jamais rolariam em meu rosto.
Mas de uma coisa eu jamais me arrependo:
_Te ter TE AMADO!
Meu futuro é incerto, mas se nosso caminho se cruzarem novamente saiba que EU TE AMAREI, porque em meu coração sempre avera um lugar para você.

Júnia Silva

Foto de Ivanifs

Amei de verdade

Uma certa vez, eu devia ter uns seis anos.Morava com minha família no centro da cidade aqui mesmo, São Bernardo.Da casa onde eu morava, avistavam-se todas as avenidas.De lá bem longe eu vi vindo na minha direção, uma cadelinha branca, bem vira-lata, com aquele olhar pidão, só faltava falar: - Ai fica comigo vai!
Então... eu na minha inocência plena não resisti.Coloquei-a pra dentro do portão, e minha mãe não gostou da idéia, chamou-me a atenção mas eu continuei tratando do bichinho com tanto amor que parecia que eu havia ganhado um prêmio na loteira. Os dias se foram, e mal sabia eu que minha alegria estava com os dias contados. Mais uma bronca por estar eu cuidando da coitadinha.Batizei o bichinho com o nome de Dona Filhinha. Ela era branquinha e boazinha, tal qual uma vovózinha que eu conhecia com esse nome. Ai! Como eu amava aquela cadelinha! Sem mais nem menos num dia não muito propício, minha mãe surtou, tomou ela dos meus braços entregou-a ao meu irmão e disse: - Leva pra bem longe, eu não posso cuidar desse bicho!Eu comecei a chorar descontroladamente, meu coração doía tanto, eu não aceitava aquilo daquela maneira não tive reação.Era só uma criança e não tinha autoridade.Assim... lá se foi a Dona Filhinha com o olhar tão triste que parecia que a estavam tirando de sua própria mãe.Continuei chorando por muitos dias, até que passasse a dor, sonhei muito com ela até depois de crescidinha, espero que ela tenha tido uma vida feliz, num lar onde todos a amaram muito. Sinto saudades dessa época da minha infância,tenho certeza que amei de verdade aquele cãozinho.Amei de verdade...

Foto de Arnault L. D.

Exposição

Das tramas da história fiz tela,
neutra e alva de ingênua pureza
Tons de branco, lapsos de memória.
Busquei por armação eu e ela
e dos cravos ao peito, a fiz presa,
cavalete, tela sem estória.

Co’o emaranhar de nossa vida
fiz pincéis, juntando-o em maços.
A meu modo aparei as verdades.
Com o fio d’sperança partida
amarrei aos meus dedos por laços,
dez trinchas eu montei de saudades...

Dos planos, extrai pigmentos
e dilui os tons em lágrimas,
da base, ao nada doei gameta.
Cor primária mesclei de fomentos
e menti matizes de obras primas.
Minha pele distendi por paleta.

Do d’oiro de seu cabelo fiz sol,
e da paixão pincelei o carmim,
do céu de ilusão fiz o infinito,
das auroras não tidas, arrebol
e dos planos que ficaram sem fim,
sombras, perspectiva descrito.

Pintei um quadro belo de nós dois,
criei, por estes que não fomos nós.
Do rascunho preenchi os vazios,
sobrepus demãos, antes o depois...
Corrigi proporções e o após,
cores quentes para sonhos frios.

Pintei este painel, cheio de mim,
secando-me de forma espaçada.
Usei do ardor, luz para a exposição,
numa galeria de vazio sem fim.
Apenas nosso quadro e mais nada,
em salão fechado, o meu coração.

Foto de David--Ávila

Noite

O silêncio da noite me tira a consciência
Faz-me ver a vida de modo diferente
Meus sentimentos flutuam em minha mente
Me perco em um abismo de incertezas.

No luar é onde minhas forças são restauradas
Meu corpo entra em equilíbrio com o meio-ambiente
minh'alma parece tocar cada estrela
A lua me transmite uma energia inefável.

E assim o tempo se prende à seus caminhos
O desejo se vai restando saudades
O efeito passa, mas os sentimentos ficam
A noite se vai dando origem a um recanto de luz.

Foto de Manuel Conde

Como uma Onda

como uma onda
que aos poucos tenta fugir do mar,
e regressa como um filho perdido e arrependido...

Como uma Onda...
como uma onda,
que pensa em fugir do mar,
que acaba voltando do mar,
porque sente saudades do mar...

Como uma Onda
como uma onda do mar,
que nao consegue estar um só
e somente um só segundo distante do mar,
como uma onda do mar,
sao os meus sentimentos por Ti
que as vezes sofro por Ti
passando noites sem dormir por Ti
que as vezes penso em Ti
passando dias felizes contigo

Como uma Onda...
como uma onda que vai mas acaba voltando pro mar,
Essa é a esperanca de que mesmo distante de Ti
o nosso Amor nao envelhece,
a saudade sera bem mais forte,
e carregar-te-hei
sempre e sempre
bem no fundo meu coracao

Como uma Onda

como uma onda do mar,

...Vai...

...o nosso Amor como Uma Onda.

Manuel Conde

Foto de Elias Akhenaton

EXPRESSÕES D'ALMA (auto-retrato)

Nos versos que trago no peito
Que deixo fluir neste instante
Retratam com sinceridade
A pluralidade
Dos meus sentimentos...

Não estranhem minha forma de poetar
Dos sentimentos que me ponho a falar,
Da diversidade dos temas
Da poesia ou do poema,
São simplesmente expressões d’Alma
Inspiradas e exteriorizadas no ar...

Às vezes com toque de suavidade,
Delicadeza e o
Perfume das flores,
Palavras d’Amores,
De paixão, emoção
E sedução...

Em outras;
Palavras de conforto e
Esperança que encorajam a caminhada
De um eterno aprendiz na sublime e
Sagrada jornada...

Mas como ser humano tenho
Minhas fraquezas e imperfeições.
Quem não as tem?!

N’alguns momentos brotam palavras
Tristes, palavras de saudades
Que sangram o coração,
São relatos das noites mal dormidas
Onde somente escuto os uivos dos chacais
Trovões e temporais
Que se fundem com meus ais...

Mas eis que surge a Luz, um novo alvorecer!
Um novo dia resplandece
E floresce n’outro sentimento;
Eis o momento
Da transformação
É chegada à hora da Alquimia
Tracejar simples
Versos de uma nova e
Eterna Poesia.

Elias Akhenaton

Foto de Fernando Vieira

De braços abertos

Fico lembrando
Dos nossos momentos
Saudades, bobagens
Que nós nos falamos

Sentimentos, Verdades
Palavras ao vento
Uma casa, uma cama
Aonde nós nos amamos

Você esta em mim
E não posso negar
O teu cheiro, teu corpo
A me atormentar

Pensamentos vagueiam
Não consigo evitar
Penso em ti o tempo todo
Meu desejo é te amar

Me beija, me abraça
Preciso do teu calor
Me aceita, e me deixa
Tocar o seu corpo nu

Princesa...
Você faz parte de mim
Eleita...
Pra ficar comigo até o fim

Deixa de tolice
Vamos superar
Tu és a minha Rainha
Esta escrito no meu olhar

Vê se não complica
Vem correndo me encontrar
Pois eu estou aqui
De braços abertos a te esperar

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