Saudades

Foto de jgdearaujo

insano

Não sei ficar sozinho
Casa vazia, paredes nuas
Vida vadia, saudades suas...
Logo me acalmo
Se te lembrar

Não caibo no meu corpo
Morada fria, cabeça cheia
Sangue rebelde, louco nas veias
Se fecho os olhos
Posso sonhar

O teu abraço é um abrigo
O teu olhar me arranha
Perdido, louco e só
Que encontra porto, vence o perigo
Acha socorro, busca o sorriso
No teu olhar

E se não sobra juízo
Parece estranho, ignaro
Insano, ingênuo, ordinário...
Mas não me furto
De perguntar...

Será que sinto sozinho?
Será que a vida me engana?
Mereceria um carinho?
Há algo que nos irmana?

Se nada existe
Meu corpo insiste
Divido contigo o sol
E isso basta, pra eu te sentir
Quem sabe amar...

Foto de Victor1979

Minha Princesa

Encontrei a flor mais bonita do meu jardim
Ja nao sei o q fazer pq o meu amor por ela nao tem fim
Tudo comecou como uma brincadeira pela internet
Depois de ver a foto dela, meu sorriso ficou mais brilhante
Tal como o sol ilumina a terra tu iluminas o meu coracao
A teu corpo sexy faz-me cometer crime com a minha propria mao
Tu es + quente q o fogo, + bonita q uma estrela, gosto desse teu jeito
Tua alma tem cheiro de paraiso, tu estas bem quardada dentro do meu peito
A unica pessoa neste mundo q eu conheco que tem o sorriso tao perfeito
E fantastico que eu ja te conheco bem, mais todos os dias te quero mais
Nao sei o q tu representas pra mim, mas sei q por ti tudo eu sou capais
Tens o meu coracao, meu amor e a minha alma, tudo q tu imaginares
Como o Boss A.C disse: Tu nao andas princesa tu frutuas
E cada minuto q penso em ti, sinto mais saudades tuas
Ja tentei mas nenhuma vai tirar o teu lugar/esse e um facto q n posso apagar/
O pior e q tu ainda me ves como amigo, mas q te amo isso n posso negar
O Sol nunca encontra a Lua, tao como o meu coracao nunca encontra o teu
Se eu estou assim tao Apaixonado por ti e pq Deus quiz assim la no ceu
E Sei q no fundo do meu coracao, tenho certeza q um dia eu serei seu
Victor Chilala

Foto de AnjinhaAzul

A SAUDADE

A Saudade

Meu coração iluminado
Pelo seu inocente olhar,
Ah! Seu eu vos visse renascer!

Meus olhos no seu sorriso,
Minh’alma na sua voz,
Felicidade, paraíso,
Ah! Se eu pudesse vos achar!

A gente tem saudades....
de tantos lindos momentos...
São saudades dúbias... ora rimos, ora choramos...

aquele sabor de felicidade...
Saudades felizes...
se temos doces lembranças!
Doídas saudades felizes...

Saudades das palavras meigas,
que me diziam baixinho,
quando estava triste.
Saudades do carinho que
me ofereciam,sem pedir...
Saudades mil significados tem.

Na fonte da saudade
bebo a água da tristeza
Te sentires triste,
infeliz, precisando rir,
pense em mim...
e eu estarei sempre
presente em teus pensamentos,
em uma saudade livre e feliz,
dos momentos em que vivemos juntos.

Sentia saudades realmente
infere de emoção em minha vida.
Descobri a saudade despertada
o que me faz realmente ter falta

Hoje tenho tuas lembranças tão lindas...
Saudades sei que não deixei,
mas confesso, saudades de ti eu carreguei! ...
Tentei escrever uma poesia,
extravassar meus sentimentos,
qual nada, os pensamentos ...

Assim é o tempo e a distância que insistem em
nos separar, fica na memória somente
a doce lembrança do teu sorriso.
Como é bom ter lembranças agradáveis,
com o tempo a te esperar,
lembrar do teu olhar,
o primeiro beijo, teus carinhos,
isso me consola e ao mesmo tempo
me deixa com mais saudades de você.

Márcia Esperidião
2004/05/12

Foto de Zedio Alvarez

De Pai pra Mãe

Tenho em ti a mais viva esperança
Entre mundo não existe outra igual
Relicário de rara beleza
Existência de todo o meu mal
Zelarei arduamente por teu nome
Indo embora ficarás no meu eu
Não me deixes a mim por amor
Hás de ver o quanto eu gosto de ti
Altiva, feiticeira és meu mal

Algum dia espero-te compreender-me
Linda jovem da cor maçã
Ver-te-ei debruçada em meus braços
Entre flores, risos, cantos musica, perfume e felicidade
Sempre minha um dia hás de ser.

Ah! Que saudades do meu QUERIDO PAI
Este acróstico encontrei no fundo do baú.
27 de Fevereiro de 1953

Foto de Christian Shaw

Amor e Dor

Vem sem recentimento....
Surge sem perdão...
Com sentimento...
Que vem do coração...

Se apoia na alegria...
Cria sua proprias feridas...
Vive de mentira...
Tem suas propria manias...

Sem pedir linceça...
Vem e te domina...
Com sua ingenua inocencia...
A decepção te ensina...

Vive de fantasias e sonhos...
Sem saber ao certo...
Que muito dos seus erros tolos...
São frutos de seu surgimento...

Bobo, louco e perdido...
Não consegue ficar em paz...
Sem orientação e sentido...
Sempre a procura de algo a mais...

Sente a tristeza...
Não entende de que maneira...
E diz com toda a certeza...
Que saira de toda essa besteira...

Trás doces saudades...
Junto com as piores lembraças...
Refletindo em suas atitudes...
Tolo, acretida na esperança...

Erro nao é pecar...
Pecar é um erro...
Em que saber quando parar...
Para nao começar seu proprio enterro...

Foto de Felipe Xavier rocha

Pq?

Porque vc escuta meus passos e se afasta...nao ve q estou aqui para amar vc...te prometi o céu,as estrelas,construiria jardins suspensos com seu nome,nao é o bastante...entao entrego a vc minha vida...se nao quer por favor feche os olhos, é o brilho deles q me levam para seu coraçao...mas mesmo assim por vc andaria sozinho nos mais profundos abismos,sendo guiado apenas pelo meu amor,para mais uma vez olhar nos seus olhos...
....um dia vc verá q o q sinti por vc não foi uma simples paixão...Um dia vc sentira q vivi so para vc...Um dia lembrara dos meus carinhus com saudades...Um dia mesmo estando cercado por todos sentira minha falta...Um dia acreditara de verdade em meus sentimentos...Um dia ira se arrepender e ira querer voltar no tempo...Um dia fechara os olhos para lembrar de mim...Um dia buscara nas palavras um conforto...Um dia poderá se ver como eu te vejo...PERFEITA..Um dia saberá q no fundo tudo oq fiz foi pensando em vc...Mais espero por um único dia, o dia em q vc ira acreditar q EU TE AMO para sempre...

Foto de Garfieldainlove

FICA MAIS PERTO DE MIM

Mesmo não te vendo
Mesmo que não me vejas
Estou te olhando
Mesmo não nos tocando
Nossos corpos estão se sentindo
Queria estar diante de ti
Olhar fundo em teus olhos e
Perceber o quanto valioso é ser
Amada assim, te beijaria
Colava os meus lábios aos teus
Me aninhava no teu colo onde pertenço

Confio que o amanha nos trará
Um novo sol, um novo dia
De mãos dadas enfrentaremos
Os desafios da vida quotidiana
A esperança volta
E com ela o desejo doido de te
Reencontrar

Saudades da tua voz,
Do teu toque, do teu sussurar no
Meu ouvido que me faz arrepiar
Saudades do teu cheiro, dos teus lábios
Do teu coração batendo a meu lado
Quando será que tem fim?
Quando será meu amor que ficas
Para sempre juntinho a mim?

Te amo, te adoro, te quero e te desejo
Para toda a eternidade

Foto de Mor

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

Em época não muito distante, duas mulheres se encontram na maternidade de um hospital.
Joelma chega de uma cidade do interior e é internada, pois estava próximo o dia em que deveria dar a luz a uma criança. Lúcia, a enfermeira que atendeu Joelma sentiu naquele momento uma sensação estranha que nem sabia explicar.
- Qual é o seu nome?
- Joelma, Cláudia da Silva.
- Solteira ou casada?
- Solteira.
- É o seu primeiro parto?
- Sim.
- De onde é natural?
- Carminha.
- A que município pertence essa localidade?
- Canto Novo em Santa Catarina.
- Tem algum plano de saúde?
- Não tenho, vim encaminhada pelo SUS, meu parto pode ser difícil por esse motivo fui encaminhada para uma maternidade que tenha mais recurso.
Carminha fica no interior do estado sem qualquer recurso, nem Posto de Saúde existe naquele ermo sertão.
Fez o prontuário da futura mamãe e encaminhou a mesma para o setor de internação da maternidade.
Logo em seguida fez o relatório da situação da paciente, nos mínimos detalhes para ser entregue ao ginecologista de plantão daquele dia.
- Doutor a paciente vem do interior do estado, cuja localidade não tem condições de atender em caso de um parto difícil, o médico da cidade encaminhou a mesma para um hospital que tenha mais recursos.
- Você trouxe roupas para usar aqui na maternidade?
- Não, só trouxe comigo roupas que vim vestida e uma outra para quando retornar como também para o bebê, já tinham me informado que aqui na maternidade as roupas de uso durante a internação são fornecidas pela maternidade.
- Nem sei bem porque a maternidade fornece as roupas?
- Aqui temos os mais rigorosos controles de infecção hospitalar, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
A enfermeira da ala de internação da maternidade recebeu Joelma, anotou seus dados levando-a ao quarto indicando a cama que por ela seria ocupada, mostrou o local onde ficava o botão para acionar a campainha em caso de emergência.
Joelma levava consigo somente as roupinhas para o futuro bebê, que ficaram guardadas no setor de internação.
As roupas para seu uso, bem como para o futuro bebê eram fornecidas pela maternidade, com isso evitaria o problema de infecção hospitalar. A maternidade tinha um bom conceito em relação ao problema citado.
Mais tarde, Lúcia a enfermeira plantonista, que recebeu Joelma foi até o quarto, para saber se tudo estava em ordem.
Ela ainda estava impressionada com o que tinha acontecido quando da chegada de Joelma, pergunta:
- Está bem acomodada não falta nada para você? Estava preocupada, pensei que não tivesse um bom atendimento, muitas pessoas que chegam do interior são relegadas a um segundo plano no atendimento.
- Até parece que seu relato mostra que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde deixa algo a desejar.
Despediu-se de Joelma dizendo:
- Se necessitar de alguma coisa durante sua estadia aqui na maternidade, peça para a enfermeira de plantão me chamar, meu nome é enfermeira Lúcia, meu plantão está no fim logo eu retorno para casa, até amanhã.
E Joelma responde:
- Até amanhã e bom descanso.
Lúcia chega ao final do seu turno de trabalho, bate o ponto, troca sua roupa e vai para casa pensando:
- O que aconteceu comigo hoje? O que tem aquela mulher que vi pela primeira vez até parece um imã a me atrair, nunca me vi numa situação dessas.
Lúcia entra em seu carro, demora para acionar a chave e seguir em frente, até parece hipnotizada, diante daquela situação liga a chave e aciona o carro, sempre pensando:
- Será que o caso de Joelma é tão complicado? Como vai ser o nascimento da criança?
Claro que Lúcia como boa profissional estava preocupada, mas será que era só isso?
Finalmente chega a sua casa, entra no condomínio estaciona o carro e fica imóvel dentro dele e pensa:
- Como cheguei aqui, nem sei por onde passei, nem me lembro de quem encontrei no caminho.
Estava realmente fora de si diante de tal situação, finalmente sai do carro, dirige-se para o elevador e sobe para o seu apartamento.
Joga-se sobre a cama e fica delirando:
- Como pode acontecer tal coisa comigo, quem é ela, de onde veio, porque logo fui eu que tive que atender essa pessoa? Ela vai ser bem atendida, o caso dela pode ser grave se vier a falecer durante o parto, com quem vai ficar o bebê, será que vai nascer sadio?
Finalmente depois de algumas horas naquela situação Lúcia acorda daquele torpor e se levanta toma um banho e vai preparar o jantar, pois morava sozinha e não tinha companhia.
Sua mente ainda não tinha se acalmado daquela situação, continuava pensando.
- O que vou fazer, como vai ser amanhã quando chegar na maternidade, como terá ela passado a noite, certamente é a primeira vez que é internada em um hospital.

...

O pessoal da cozinha serviu o jantar para todos os doentes.
No hospital, ao cair da tarde, serviram o jantar para Joelma que estava calma, mas pensativa pela acolhida dada pela enfermeira Lúcia.
- Que bondosa ela foi comigo quando cheguei à maternidade, que primor de atendimento, muito diferente do atendimento dado nos Postos de Saúde do interior, me impressionou.
A enfermeira de plantão passa no quarto faz as recomendações necessárias e fala:
- Em caso de emergência acione a campainha que logo atenderemos.
Ela respondeu.
- Obrigado pelas orientações.
No quarto do hospital tinha televisão, assistiu o noticiário depois desligou, e fez suas orações.
- Senhor, protegei-me nesta noite, bem como meu bebê que está prestes a nascer, a todos que trabalham nesse hospital, principalmente a enfermeira que me recebeu quando aqui entrei, que ela seja feliz, peço pela minha família que ficou no interior, agradeço por tudo meu bom Deus Pai nosso que estais nos céus...
Logo em seguida adormece.

...

Lúcia em seu apartamento continua a pensar em Joelma.
- Será que serviram o jantar? Como deve estar pensativa longe de seus parentes.
A imagem daquela mulher não sai da sua memória, mas finalmente ela adormece.
...

Durante o sono já de madrugada acorda assustada, pois sonhara que a paciente que havia atendido a tarde tinha morrido na hora do parto naquela noite. Ao acordar fica pensativa:
- Será que esse sonho significa? Terá ela morrido, ou só foi um sonho meio maluco desses que sempre acontece comigo de vez em quando?
Vira para o lado e logo dorme novamente. Quando acorda com o ruído do despertador pensa:
- Vou levantar tomar banho e depois tomar meu café.
Em seguida ela vai até a garagem retira o carro; sempre impressionada com o sonho da madrugada, estava um pouco fora de si, na saída da garagem quase bate em outro automóvel que ia passando na rua pensa:
- Meu Deus o que estou fazendo? Quase bati meu carro.
Sai com mais calma e segue até a maternidade, ansiosa para saber como está passando a paciente que tinha chegado para a internação, estaciona o carro e vai direto até o setor da Maternidade e fala com a enfermeira chefe:
- Como vai Joelma aquela moça que foi internada ontem à tarde?
- Ela vai bem, entrou em serviço de parto na madrugada passou um pouco mal, pois o menino era grande pesou seis quilos é muito lindo e gordinho.
- Qual é o quarto que está?
- Está no quarto anexo a enfermaria número 3 e está passando bem.
- Vou fazer uma visita.
Lucia vai até o quarto que Joelma está internada bate na porta e entra.
- Bom dia como está passando?
- Agora estou boa, mas o parto foi difícil, o menino era grande e demorou mais, para nascer.
- Há pouco, ele estava aqui mamando depois levaram para o berçário.
- Qual é o número que tem no braço?
- É o número 3A.
- Depois eu vou lá ao berçário ver o menino.
Lúcia retorna, pois está na hora de começar o seu trabalho na recepção da Maternidade, continua pensando:
- Como será o menino; branco, moreninho e seus cabelos que cor têm, tudo imaginação.
Mas realmente quem não saía de sua memória era Joelma:
- Continuava pensativa. O que vou fazer quando entrar no berçário para ver o menino? Deixa isso pra lá.
Depois do almoço, Lúcia vai até lá, para conhecer o filho de Joelma, nesse horário quem estava atendendo o berçário era sua amiga Maria. Chegando Lúcia fala:
- Oi! Maria que bom que é você que está aqui, vim ver o menino que nasceu essa noite passada.
- Você sabe o número que ele tem no braço?
- Sim sei é o número 3A.
- Ele está no berço número 6.
- Lúcia chegou perto do berço e viu um menino robusto gordinho bem claro cabelos pretos ele estava enrolado numa faixa e dormia.
Lúcia se despede de Maria e volta para seu posto de trabalho. Quando na portaria chega um senhor de mais o menos 50 anos e pergunta:
- É aqui que está internada Joelma?
- Ela responde sim, é aqui que ela está internada e ontem a noite deu a luz ao um lindo menino, ela está passando bem.
- Quem é senhor?
- Sou o pai dela.
- Qual é o seu nome?
- João da Silva.
- Posso visitar ela?
- Sim pode, espere vou preparar seu crachá.
- Aguardo.
Lúcia chama uma atendente:
- Nair venha aqui leve o senhor João até o quarto anexo da enfermaria número 3 ele é o pai da Joelma que deu a luz a um menino ontem à noite.
- Sim, por favor, senhor me acompanha até o quarto.
Nair bate na porta e pede licença e fala:
- Joelma seu pai veio lhe visitar.
- Obrigada por ter trazido ele até aqui.
- Até logo, eu já vou.
O pai de Joelma entrou, cumprimentou a filha e perguntou:
- Como foi o nascimento do menino?
- Apesar de ter sido um pouco difícil ele nasceu forte e robusto.
- E onde ele está?
- Está no berçário.
- Ele não fica com você?
- Só vem aqui na hora de mamar e só faltam cinco minutos para o trazerem aqui, quando o papai vai conhecer seu neto.
Nesse momento Maria a atendente do berçário chega com o menino para ser amamentado e pergunta:
- Dona Joelma quem é esse senhor?
- É o meu pai ele veio me visitar e conhecer o seu neto.
- Pensei que fosse o pai do bebê.
Maria por curiosidade olha a ficha no pé da cama e nota que Joelma é mãe solteira e quem sabe nem saiba de quem é seu filho e pensa:
- Posso ter cometido uma gafe, em não ter olhado essa ficha antes, posso ter melindrado os dois com essa minha pergunta boba.
Maria aguarda até o final da amamentação, e do avô ver seu neto e ficar um pouco com o bebê no colo para, na volta, contar a sua esposa Virginia. Seu pai pergunta:
- Quando vai ter alta e voltar para casa?
- Não sei bem certo, mas devo ficar internada segundo o médico por mais quatro dias, mas depende de quando vem à ambulância para que eu possa voltar.
- Logo, que chegar à cidade irei falar com o prefeito para saber esses detalhes para telefonar e informar o dia que eles vêm.
- Quando o senhor for sair fale com a enfermeira Lúcia e ela lhe dá o telefone da Maternidade com todos os detalhes do dia da alta.
Estava chegando o fim do horário de visitas e o pai da Joelma iria se retirar à noite retornaria a sua cidade de origem, e disse:
- Eu vou até a Portaria falar com a enfermeira e depois vou voltar com a Ambulância da Prefeitura, espero que logo você retorne para casa, todos querem conhecer o bebê.
- Boa viagem papai; que Deus o proteja um abraço para a mamãe. Quando eu voltar vou relatar o que aconteceu aqui.
- Fique com Deus minha filha.
Chegando à Portaria a enfermeira Lúcia já tinha tudo pronto, entregou todas as informações ao pai de Joelma e disse:
- Obrigado por tudo que fez pela minha filha, que Deus lhe proteja em sua atividade profissional.
O senhor João partiu de volta para sua cidade de origem no interior do Estado, levando a lembrança do bom atendimento que recebeu quando da visita que fez a sua filha e pensava:
- Vai ser uma festa quando ela voltar no dia do batizado. Vou começar a preparar tudo antecipadamente. Qual será o nome que vamos dar a esse pimpolho? Bom, isso eu vou deixar para quando ela voltar.
Durante a viagem de regresso no final de outono início de inverno, as noites eram frias ainda mais a cada cem quilômetros ia subindo até chegar à altitude de mais novecentos metros acima do nível do mar. Em alguns trechos durante a madrugada se via fina geada nos campos quando o sol raiou trazendo um calor que foi aquecendo aos poucos e derretendo a geada. Quando já chegava o fim da viagem de retorno, o senhor João perguntou ao motorista:
- Quando será a próxima viagem a capital?
- Não sei bem certo temos alguns pacientes que tem que fazerem exames especiais, mas temos um pequeno problema, no momento esses exames estão suspensos, por falta de verba; pode ser que surja alguma emergência, porque da sua pergunta.
- Você sabe a Joelma está internada na Maternidade e deve receber alta dentro de poucos dias e ela poderia voltar na ambulância para casa, depois vamos conversar com o pessoal da prefeitura.
Finalmente chegaram à cidade. O motorista foi até a prefeitura, para saber se tinha alguma coisa a fazer com a ambulância o responsável pela saúde disse:
- Vá para casa dormir, viajou toda à noite e tem que descansar. Volte amanhã no horário normal.
O Senhor João foi para casa e sua esposa já o esperava para saber as notícias de sua filha e também saber se tinha nascido o filho (a) de Joelma. Na chegada foi uma festa e todos a rodeavam fazendo perguntas:
- Como foi a viagem?
- A viagem foi boa com muito frio na volta.
- Como vai a Joelma?
- A Joelma vai bem, nasceu o seu filho é um pimpolho muito lindo, gordinho e saudável.
- Quando ela vem daqui a alguns dias depois de estar recuperada o parto não foi fácil.
Na capital ficou a Joelma na maternidade pensando em seu pai que viajou de volta para casa, ela pensava:
- Como foi a viagem essa noite foi fria lá na serra devia estar mais frio, será que tudo correu bem e quando chegou em casa quais foram às perguntas?
De manhã serviram o café e logo mais tarde a enfermeira Lúcia veio visitá-la e saber com tinha passado aquela noite e perguntou:
- Seu pai viajou ontem à noite?
- Sim ele retornou com a ambulância da prefeitura deve ter chegado hoje de manhã em casa.
- Quando ele vai voltar para levar você de volta para casa?
- Vai depender de saber o dia da minha alta e se a prefeitura naqueles dias tem uma viagem até a capital para eu retornar.
- Posso fazer uma pergunta?
- Sim, pode fazer.
- Você gostaria de ficar morando aqui?
- Como vou ficar aqui longe de meus pais e como vou cuidar de um filho? Sem emprego isso seria difícil.
- Sei que pode ser difícil, mas não impossível.
- Com pode ser isso se não tenho ninguém por mim aqui?
- Isso se dá um jeito.
- Qual seria o jeito?
- Depois vamos falar sobre o assunto.
Tinha chegado a hora da enfermeira começar seu turno de trabalho, então se despediu dizendo:
- Antes de você voltamos a falar sobre esse assunto.
Joelma ficou pensativa todo o dia a imaginar o porquê daquela proposta da enfermeira Lúcia pensava em tudo:
- O que realmente ela quer fazendo essa proposta para mim, mas nem posso fazer isso e minha família o que vai dizer? Na certa, papai foi preparar a festa para quando eu chegar e já tenha marcado o dia do batizado do meu filho. Nem posso imaginar alternativa para ficar aqui, deixa para depois quero ver em que vai dar.
No dia seguinte quando o médico fez a visita de rotina, como vinha fazendo todos os dias desde sua internação, ele disse:
- Dona Joelma, eu vou marcar o dia da sua alta para que você comunique a seu pai para providenciar seu retorno para casa.
- Qual vai ser o dia Doutor?
- Daqui a três dias será o suficiente para se comunicar com ele?
- Ele deverá ligar amanhã para a portaria da maternidade.
- Eu vou falar com a enfermeira Lúcia e deixo o comunicado com ela.
- Assim ele terá dois dias para providenciar com a prefeitura para mandarem a ambulância me buscar.
- Nesses dias farei as visitas normais até o dia da alta.
- Doutor muito obrigado pela sua amável atenção.
- Tenha um bom dia.
Joelma fica a pensar:
- O que vai acontecer quando o Doutor falar para enfermeira Lúcia que vou receber alta daqui a três dias, ela vai vir aqui insistir naquela sua proposta, mas não posso aceitar sem voltar para casa, quem sabe depois.
Naquele dia a enfermeira não visitou Joelma, como de costume. Ela estava preocupada pensou:
- Deve estar com muito serviço por isso não veio até aqui.
No dia seguinte cedo seu João telefonou para a Portaria da Maternidade, para saber noticias do dia da alta de sua filha Joelma. Quem atendeu foi à enfermeira de plantão:
- Alô! Que fala?
- É a enfermeira Lúcia.
- Aqui é o pai da Joelma queria saber se o médico marcou o dia da alta.
- Sim ele marcou ontem e deu a contar de hoje três dias.
- Ontem fui à prefeitura saber do dia a ambulância vai até a capital informaram que vão viajar daqui a três dias chegarão aí no amanhecer do terceiro dia, ela que fique com tudo pronto para voltar para casa, aqui todos estão com saudades dela. Vou comunicar para ela daqui a pouco.
- Obrigado pela sua atenção e tenha um bom dia.
- E o Senhor também.
Naquele momento a enfermeira Lúcia levou um choque, não sabia o que fazer, ir logo ao quarto avisar Joelma? Seria uma saída, iria ela tentar mais uma vez convencê-la da sua intenção. Chega lá discretamente e pergunta:
- Já tem uma resposta para a proposta daquele dia?
- Pensei muito nesses dias, mas vai ser difícil estou esperando que ele telefone para saber do dia da minha alta, ou ele já telefonou?
A enfermeira Lúcia fica num êxtase nesse momento sem saber o que responder Joelma pergunta:
- O que aconteceu Lúcia? Parece que morreu, meu pai ligou ou não ligou?
- Ele ligou agora de manhã eu passei todos os dados que o doutor deixou comigo ontem e ele disse que a prefeitura está mandando a ambulância para buscá-la no dia marcado.
- Quanto a sua proposta depois que eu voltar para casa e ajeitar tudo por lá voltamos a conversar sobre o assunto com mais detalhes.
Naquele momento chega ao quarto a chefe do berçário com seu filho e diz:
- Está na hora de amamentar o nenê.
Lúcia sai cabisbaixa sem nada falar. Joelma amamenta o nenê e no final entrega dizendo:
- Daqui a três dias retorno de volta para casa.
A chefe do berçário tomou o menino no colo e levou para sua cama sem nada falar. Aquele foi o dia mais nefasto para a enfermeira Lúcia, uma noite interminável, estava mesmo atordoada e só pensava:
- Porque ela não aceitou a minha proposta, nem me deixou apresentar o que e tinha a dizer a ela.
Chegou o dia da partida de Joelma tudo tinha sido preparado na véspera recomendações médicas e quando deveria retornar para uma nova consulta. O motorista da prefeitura chega à portaria da maternidade e pergunta:
- A dona Joelma está pronta para viajar?
Lúcia responde que tudo está pronto.
Logo ela chega na portaria cumprimenta o motorista:
- Bom dia o senhor veio me buscar?
- Sim daqui a pouco vamos partir tudo está pronto para carregar na ambulância?
- Sim tudo está aqui às malas e mais o meu filho que ainda não escolhi o nome dele.
Joelma se despediu de todos e também da enfermeira Lúcia. Agradeceu a atenção e o atendimento que deram a ela no tempo que esteve internada embarcou e partiu de viagem. Lucia com os olhos cheios de lágrimas ficou pensando.
- Será que ela vai voltar um dia...
A viagem transcorreu dentro da normalidade e no final da tarde chegaram à cidade, em frente à prefeitura estava a família de Joelma esperando-a. Quando ela desceu sua mãe falou:
- Que bom minha filha que você voltou com um neto para sua mãe.
- Obrigada mamãe por essa recepção.
- Filha, no domingo será batizado o meu neto, o padre vem rezar missa na Igreja e seu pai já providenciou tudo só falta escolher o nome e os padrinhos.

Foi a mais bela festa realizada na cidade. Com muita comida, churrasco, porco assado e galinha recheada.

São José/SC, 9 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

Foto de paulobocaslobito

Esta distancia

A distancia separa
A distancia dói...
Mas, o destino é por nós traçado,
O destino, somos nós!

Nós e os nossos pensamentos
Nós nos nossos argumentos...
... Nós na vida
... Nós!

Alguns, choram por serem mais fortes
Outros por serem mais fracos
Outros nada sabem...

A distancia é o crime perfeito
Que nos mata aos poucos.

É uma vela de fogo acesa
Consumindo-nos a alma aos poucos
... E, o corpo.

A distancia sou eu
...Eu... sou tu!
Juntos a fizemos e lhe demos vida:
Juntos!

Sou e tu
Na escuridão
Da bela noite turva e imensa
Sonho de um momento passado
Estrelas cadentes de um céu em fogo
... E, fomos tão felizes!
E nos amamos tanto!
... Fomos livres!!!

E agora?
Porque choramos no tempo??
Porque choramos reclamando
A sua volta?

Hoje tão longe no tempo
No cheiro
Na emoção
No sabor
Na irrealidade...

Longe de tudo.
Do calor...
E do amor
Mas, seria um absurdo para-lo
(O tempo).

O tempo que já está tão velho
De tanto correr.
O tempo que corre
E corre...
E se esquece de nós!
Oh saudades!

... Quem vive sem sofrer
Não pode saborear a dor
Ou viver sem respirar,
Mas não nos leva a distancia
Não nos leva ao amor
Nem ao sonho...

Oh saudade
Prima do amor e da dor
Como "dóis",
Oh saudade.

Quanto te quis amor
Quanto amor sem fim
Quanto amor que não tive
Quanto dele não te dei!?

Será tarde?
Será tarde para te amar; ainda?

Porque choro de ter saudades tuas,
Porque choro...?
Não sei...

Paulo Martins

Foto de Don Juan sp

Sinto Saudades

Sinto sua falta, não sei bem o porque, só sei que sinto e não há nada que tire esse sentimento de dentro do meu sofrido coração.
Quando me deito adormeço pensando em você e ao acorda você é meu primeiro pensamento.
Gostaria de poder voltar no tempo, tempo esse que eu era feliz, minha vida fazia sentido.
E hoje depois do ocorrido, passa um filme na minha mente, eu a amava, eu me prendia a você e talvez por eu me prender com tanto amor e carinho não reparei que você não estava em sintonia com os meus sentimentos, não posso nem dizer que você me enganou, pois eu entrei nessa relação de corpo e alma, você nunca me prometeu nada.
Mesmo assim, ainda hoje sofro cada vez que me pego pensando naquela tarde que você foi e consigo levou minha essência, meu brilho no olhar, meu porto seguro, pois, era assim que lhe via.
Fiquei ali tentando entender o porque, vi meu mundo se desfazer de um jeito friu e desumano e assim você se foi.
Más, mesmo assim sinto saudades do ontem que lhe tinha, do ontem que vivi os melhores dias da minha vida, do ontem que bastava um sorriso seu para encher meu coração a ponto de não caber dentro do peito e hoje ainda sinto saudades más, sem magoas, sem ressentimentos e feliz, pois ainda hoje me basta saber que você esta feliz para que eu me sinta feliz.

ASSIM SENDO!!!!!!

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