Sangue

Foto de Ana_Luar

Amo-te

Amo-te!
Sem enfeites, nem disfarces
Amo-te!
Do jeito seguro
Que se ouve nas canções de amor
Amo-te!
Com o mesmo amor
Com que folheio um livro.
Com paixão
Com entusiasmo
Com vontade de te ler
Amo-te!
Porque gosto de te amar
Amo-te!
Sem vergonha,
Sem ilusões,
Amo-te!
Na paixão
Que me atinge o corpo
Amo-te!
No tesão
Que o mesmo implora
Amo-te!
Porque em ti, tudo é natural
Elegante, perfeito, minucioso
Amo-te!
Quando unimos os corpos
E o prazer de nos possuir-mos
É a delícia infinita
De quem conhece o amor
Amo-te!
Na harmonia de um sorriso
Ou no reflexo da raiva.
Amo-te!
Preto no branco
No tudo e no nada
Na escuridão ou na luz.
Entre sussurros e gritos
Amo-te!
No êxtase máximo da posse
Um sem o outro não é amor
Juntos somos o verbo
Eu amo-te!
Tu amas-me!
Queremo-nos!
Somos propriedade um do outro
O sangue que corre nas veias
O fogo que queima a alma
Amo-te!
Como símbolo do efémero
Que eu desejo guardar.
Amo-te porque sei que me amas
Amo-te porque és amor
Amo-te!
Na alegria
E na tristeza
Até que a morte nos separe

AMO-TE!!!

Foto de Camillinha

Tu es...

Es tão belo que chega a cegar
Beleza rara de se ver
Beleza que choca e se nota
Nós olhos de quem a vê

Na sua pele bronzeada que esbancha sensualidade.
Seu corpo inteiro esbancha vontade.

Quando ti vejo meu sangue chega a ferver
Es o homem que sonho ter.
Es a beleza mais rara de se ver!

Foto de InSaNnA

A minha boca

A minha boca,rubra cor,
úmida,voraz,desperta de vontades,
se prepara,banha-se em saliva,
o corpo,molha-se em suor

Boca rubra..Pequena parte de mim!
Morde-se pela fome do seu desejo,
destila prazer,agarrados ao dentes
Se dispõe a tua boca..Te concedo!

Aquecida pela chama interna
Sangue!vinho sagrado,
Sem o sabor de tua vida
Minha alma se ausenta;hiberna

E essa mesma boca,ora, por agora,
Se fecha,ao silêncio,numa prece ardente
Pede,que um milagre,se apresente
Traga a tua boca,que tanto a minha boca, ignora

Que ato impensado o seu!
Não mataste,apenas uma parte de mim..
Mataste a mim inteira!
Roubaste o meu ultimo sopro de vida..
Ao negar-me,o sabor,de um beijo seu!

(Eu ainda achava,que vivia,mas a sua boca,nada sabia)

Foto de Mitchell Pinheiro

O infinito fim de um amor eterno

No despertar do dia
O compartilhar do sangue
Seguir do destino
Conciliar igualdade
Compreender o tino

Surge à noite
Desviando o destino
Estimulando o contraste
Separando o tino

O fim do ilimitável
A perfeição a se despegar
Por ser insaciável
O perfeito pode se limitar
E ressurgir no peito
Nova forma de amar
Esperando mais um término
Alimentando uma esperança
Que sempre após o fim
Restam eternas lembranças.

Foto de Peter

o grito

No deserto uma criança chora
Ela há muito que implora
Mas o seu pedido é esquecido
Simplesmente porque há outros valores
O poder, a ganância dão tudo por perdido

Eles não se importam por ela estar a chorar
Não se dignam a reflectir
Esquecem o que é amar
Esquecem o grito dos inocentes
Simplesmente deixam de sentir
E tornam-se dementes

Querem é guerra, a grande causa
Que se dane a paz
Querem é tudo, a grande causa
E os inocentes? Esses que chorem
Desde que vençam e ganhem, eles que implorem

O grito ecoa nas areias
O sangue jorra pelas veias
Mais uma vida termina
Graças a essa ganância que tudo extremina
Mais uma familía fica sem terra
Por causa dessa maldita guerra

Coroas e poder ganharam
Afinal foi por isso que mataram
Envolvidos em louvores
São esquecidos os horrores

Foto de Zedio Alvarez

Ah! Meu Brasil

Cadê o sol da liberdade?
Que não brilha neste instante
O Povo Brasileiro implora
Será que todo mundo vai embora?

Nossa pátria estar de luto
Oh! Brasil! Por favor não chora
O nosso Povo ainda é escravo
Mas derrama o sangue do desagravo

A ética foi banalizada
A democracia abalada
O Povo tem que reconhecer
Que político não vale nada

Foto de ederator

Drapacídio mórbido temporário

Constante deturpação, arreda o engôdo, traça em arco uma ponte;
na tortura pela ausência, na ausência nauseabunda, triunfante caminha;
Pequena infante, suicida, irrigada, tolerante, progressiva;
Construo castelos de ossos, em um paraiso de abelhas famintas;
Tirânia solene, da insanidade colegial;
Preponderância maxima de outrem;
Ès imagem nevasca mórbida, morde o canto superior dos lábios;
Sangra com sede, e com volupia aperta as mãos;
Em sinal puro gestual de oração difama a própria glória;
Grita insistentemente, derruba paredes sólidas;
Prende cordas, conecta fios de cobre;
Sangue suga, apregoam pedaços de carne viva no alto de sua ignobel presença;
Renuncia a vigilância, vai como se estivesse vindo;
Abre os braços, com as mãos grossas de sangue e argila;
Notavél criança mau amada; sustenta vicios ludicos em busca do real deturpador;
Carrasco infame observa ao longe, seu reflexo condicionado, imovel, mudo.
Transmutação original metamorfose,
Mudam-se estações, transmições de pensamentos interrompidas;
Telepatia, comunicação precária, sem sinal, narra alucinações perdidas;
Interrupção, luz apagada;
Drapacídio Mórbido Temporário;
Interrupção radical do racional

Foto de jgdearaujo

insano

Não sei ficar sozinho
Casa vazia, paredes nuas
Vida vadia, saudades suas...
Logo me acalmo
Se te lembrar

Não caibo no meu corpo
Morada fria, cabeça cheia
Sangue rebelde, louco nas veias
Se fecho os olhos
Posso sonhar

O teu abraço é um abrigo
O teu olhar me arranha
Perdido, louco e só
Que encontra porto, vence o perigo
Acha socorro, busca o sorriso
No teu olhar

E se não sobra juízo
Parece estranho, ignaro
Insano, ingênuo, ordinário...
Mas não me furto
De perguntar...

Será que sinto sozinho?
Será que a vida me engana?
Mereceria um carinho?
Há algo que nos irmana?

Se nada existe
Meu corpo insiste
Divido contigo o sol
E isso basta, pra eu te sentir
Quem sabe amar...

Foto de Fatima Cristina

Ainda choro!

Sera que mereco o meu proprio lagrimar?
Lembro de ti, do teu rosto, que quero tocar...
De um amor quase perfeito.
Daquela tarde que te disse adeus, nao porque quis, mas porque mo pediste.E fui embora, na mala levava um pouco de esperanca e dor, no coracao lembrancas e magoa.
Chorei, quando fiz amor contigo pela primeira vez, porque tudo foi tao perfeito, o susurro da tua voz no meu ouvido, aquele conjunto de palavras "te amo".Foi preciso tao pouco pra ser feliz, foi me preciso apenas tu e mais ninguem.
Chorei, quando descobri que a verdade nao passava de uma mentira criada no teatro da tua mente, construida com os teus actos, dita por falsas mas belas frases.

E eu era tao nova, ingenua, humilde, o mundo se vestia de cor de rosa para mim, mas foi pelo brilho de uma cor vulgar que eu me apaixonei, a cor dos teus olhos castanhos cintilantes, o moreno da tua pele, o preto dos teus cabelos, e o branco do teu sorriso, essas foram as cores do meu arco iris.

Tu, Danilo, meu marido, meu homem, meu amante, que em tempo me fazias chorar de felicidade, me fazes chorar de tristeza hoje.Nao te tenho mais, nunca te tive talvez mas enquanto durou foi lindo, foi uma fusao de sentimentos que nao podiamos controlar, nunca sentirei jamais algo assim.

Dizias que adoravas fazer amor comigo, que ninguem te realizava mais que eu,que eu soube te satisfazer todos os teus desejos e saciei a tua fome de amor.E por isso chorei por tanto te amar, as vezes nao acreditava que um homem como tu se pudesse apaixonar por alguem com tantas incertezas,com a unica certeza sendo tu, mas foi a minha pureza, a minha docura que te conquistou, e foi contigo que me fiz mulher, com o suco do teu sexo provei a formula magica e eterna da paixao.

Sem limites foi como me senti, foi como tu me fizeste, tornaste me capaz, forte e poderosa, usei toda a minha sensualidade pra te provocar, fui sexy ate mesmo quando nao devia para te ouvir gemer loucuras.

E de todas essas vezes, no fim eu sempre chorei, a minha sensibilidade jogava comigo e nao pensei que te ralasses com o meu choro, mas no dia que juntos choramos, foi como um dia em que chove e faz sol ao mesmo tempo, e quando isso acontece, nasce um arco iris.

Nessa noite, o nosso choro nao foi pela mesma razao, mas mesmo assim tu foste sempre o meu arco iris, mas incompleto...Porque nele existe apenas as cores que eu quero, o castanho dos teus olhos, o preto dos teus abelos, o branco do teu sorriso, e o vermelho, das lagrimas de sangue que me escorrem do peito.

Em 02/06/2006 as 23horas.

Fatima Cristina

(texto manuscrito na mini edicao de "Nunca percas esse sorriso")

Foto de Senhora Morrison

Coração Tranquilo

Mais um gole
Enquanto observo lá fora
Do alto,
Desta janela...
Sentindo o ar frio em meu rosto
Encolhendo-me como a querer proteger...
Proteger do que?
Se minha vontade...
É saber voar
Ir pra onde nada pese...

Meu corpo frio,
Meu cérebro a mil...
Somos pensantes
Ha, Ha, Ha...
Nunca somos um todo
Inteiro, de verdade.
O que me falta, já não sei.
E essa melancolia
Essa gana de não sei o que
Essa precisão...
Essa lucidez saudosa
De tempos, atitudes, horizontes...
Que se foram? Existiram?

Se tem alma
Este corpo a aprisiona...
Este corpo que padece
As ações do tempo
Das irresponsabilidades
De noites mal dormidas
Sabe-se lá com quem...
Sabe-se lá por que...
Dos tragos e tragos a mais...
Das risadas por diplomacia...
Dos choros por conveniência...
...desde o berço...
Dos amores por necessidade...
...de um colo no fim da noite de gemidos e fingimentos...
É tudo irreal, superficial...

Sou sozinha,
Sou uma peça,
Sou o desfecho...
...fundamental
Essa subserviência desnecessária
Esse interesse proposital
Essas décimas quintas intenções...
Não quero mais isso
Isso tudo me acaba
Isso tudo me sufoca

Mas não mata
Nunca mata
Nunca morre
Nunca mata...
O dia seguinte sempre segue
E ainda abro meus olhos
E ainda respiro este ar fétido
De gananciosa poluição
Não vale mais
Nunca valeu
Não tenho mais credibilidade
As fichas acabaram

Os sorrisos sinceros são milimetrados
Esporádicos, anulados
Por bombas caseiras e de efeito moral
Não dá pra ser inteiro,
Sou parte disso
Meus fragmentos sofrem
Como sorrir
Sinto meu sangue pulsar
Do outro lado dos continentes...
Com os mesmos olhos...
Que vêem o que não querem

Calo-me
Mas ainda vejo meu reflexo
Neste maldito espelho
Que não refleti o que o mundo determina
Mas...
Transparece a límpida alma
Que pouco importa
Sempre consigo me anular
Vou à busca dos meus
Este mundo não me pertence
Mas continua a flagelar
Pobres mortais
Dignos da esperança...
De etnias impostas por outrem
A condenar sem motivos
Desencorajando sonhos
Cortando as garras
E começando tudo de novo
Sem um fim plausivo

Agora recosto minha cabeça ao travesseiro
Sem alardes e acontecimentos
Deixo a inércia tomar conta
Do corpo
Da mente
Permitindo...
Querendo mais uma vez
Acalmar minha fúria
Atravessando uma senhora no farol...
Contribuindo pra cola com uma moeda...

Quem irá mudar o prisma do mundo...

Senhora Morrison
28/05/2006

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