Sangue

Foto de Hanilto josé Da Silva

VINHO DE CANAÃ

Soberbo amor
debulhando o trigo,
a massa do pão na
carícia do amanhã
embriaguez do vinho
de canaã,navalha na carne.

Que retalha,dor que agasalha
que convence o amor e o amor
vence.

Amor vencido comovido
entregue acolhido,é sangue
que corre nas veias,palpitar
que campeia o instante em
um só momento que treme
ternura de ambas criaturas,
bocas que procura.

É inferno de carinho
de braços abraçados
mutilados,em contos
de alegres risos desse
céu tão preciso.

Sol de lilas esplendor
num mundo de amor,
tocante com amarelo berrante
rosadas faces de murmúrios
amantes.

Cálida rosa
de ébrio furor
pétalas em sonhos
alada agônia fecundada
em susurros de uma bela poesia.

É a lei do amor
na nossas mãos
de juiz,nossa
setença é ser
feliz.

Hanilto 18 08 2011

Foto de von buchman

´Lágrimas de um eterno amor proibido...

Quisera poder parar as lágrimas,
que vertem dos meus olhos
e queimam a minha face ao rolar...

Minhas lágrimas, são gotas de sangue
que migram do meu coração,
vertendo pela janela da alma,
desabafando minhas emoções...

Lágrimas
de um sonhar, de um amor perdido
que nunca vou poder reencontrar...

Lágrimas
de ódio daquela noite de sofrimento
por não poder te ter,
nem te amar ...

Lágrimas de erros cometidos,
nas vezes que não valorizei devidamente,
o teu mui gostoso amar...

Lágrimas
da dor do meu coração partido,
do meu amor esquecido
do teu eterno abandonar...

Lágrimas
da fome de teus beijos,
da tua doce boca molhada que levam-me
a um mui gostoso sonhar e delirar...

Lágrimas
do não saciar das minhas fantasias em tua carne,
do não realizar a plenitude de nossos desejos
na mui sutil arte de amar...

Lágrimas
de felicidades dos momentos puros e belos,
que pude ao teu lado viver,
muitas vezes em sonhos e fantasias,
nos eternos momentos do nosso amar...

Lágrimas
por implorar teus dengos, teus deíiciosos
e o teu jeitinho gostoso de se dar...

Lágrimas
de um adeus,
que um dia você me deu
e nunca mais quero provar...

Lágrimas
de um amor proibido,
que nem teu doce nome posso dizer,
restando-me o viver de fantasias e do sonhar ...

Lágrimas
de uma louca paixão,
que tenho por ti,
que nunca consigo esconder ou disfarçar...

Lágrimas
do meu eterno amar,
que a teu lado, ou longe de ti
eu jamais vou poder negar...

Ai...Quantas lágrimas derramadas
em noites acordadas
num verdadeiro martírio por muito te amar...

Lágrimas
do meu puro coração
feito só e unicamente para te amar...

Estas lágrimas que agora venho a derramar por ti:
São da minha eterna paixão,
do frenesi do meu do desejar
na concepção do realizar de minha carne,
no mui gostoso sonhar e realizar....

TENHAS MEU MAIS PURO CARINHO
MEU ETERNO ADMIRAR...
E O MEU MAIS OUSADO DESEJAR...
BEJOS MUI DELICADOS
E MIMOS DE ETERNA PAIXÃO,
NESTE LINDO E PURO CORAÇÃO...

http//www.www.recantodasletras.com.br/autor Von Buchman
http//www.poemas-de-amor.net/blogues/ Von Buchman
http//www.youtube.com/Von Buchman
http://brasilpoesias.ning.com/profile/Vonbuchman
VON BUCHMAN...

Foto de Rute Mesquita

Lacrimosas da noite

Chora a noite,
brotando-se escura e melancólica.
Sombra sem desquite,
desta tristeza alcoólica.

Choram-se as árvores,
despindo-se das suas folhas.
Implorado é o cântico das aves,
perante estas demolhas.

Choram as pedras da calçada,
por caminhos reprimidos.
Por de luz nunca ser alcançada,
choram-se restringidos.

Chora-se a água,
convertendo-se em sangue.
Ditado desta noite: ’ a mágoa,
que nos cegue.’

Choram-se os meus olhos,
queixa-se o meu corpo moribundo.
Aproximam-se os medonhos
e cobrem este mundo.

Chora-se assim a natureza,
como uma criança, como um adulto.
Como na noite perdeu a sua beleza,
em prol do seu tumulto.

A luz deseja-se,
à mais de cem anos de escuridão.
A alegria despeja-se,
se de longe vir a salvação!

Foto de KAUE DUARTE

SINTOMAS DE AMAR

Pairar...
E me derreter em plumas sedentas de glória
Na minha história escrever com sangue
Dar de mim, aquilo que me resta
A minha essência, o melhor
Ver o céu aqui comigo
Deixando que a atmosfera sustente meu desejo
Desejo de voar
Ser o sonho que flutua sobre nós
Ser as partículas de amor
Emitidas por almas que se cruzam apaixonadas
Em micro aspecto ser o projétil
Que aflige seu coração
Que te fere no mais profundo
Ser o fragmento de sua fraqueza
Sua molécula de prazer
Sua endorfina, dopamina
Adrenalina que te conduz a aceleração
Que pausadamente se corrompe
Num fluxo absoluto de amor.

Foto de Paulo Gondim

Evidência

EVIDÊNCIA
Paulo Gondim
04/08/2011

Conheço seu jeito de sorrir
Seu jeito de olhar, de ouvir
Sua forma de sentir-se
Seu jeito de despir-se

E quando se despe
Num encanto só
Na leveza do gesto
As luzes se ofuscam
Enquanto se buscam
Os toques de afeto

E no suor da pele
No sangue a pulsar
Desejo latente
Depois do prazer
Há pouco a dizer
É tudo evidente

Conheço seu jeito de amar
Quando despida e louca
Havida por beijos, oferece a boca
Num êxtase total
Me toma por completo
Me deixa perplexo
Nesse encontro fatal

Foto de Rute Mesquita

Choro rosas

Choro rosas…
choro as rosas que me deste
brotando compulsivamente
por entre soluços
cada pico…
E coro,
por sinais da minha mente,
me envolver nos beijos que me destes
e suplico:

‘Dá-me rosas, meu amor,
só tu podes rejuvenescer
esta roseira sombria…
Mostra-me as poças,
que do arco-íris decompõem a cor’,
implorava, enquanto tremia.
Deixa-me ouvir-te dizer…
que tens mais sementes,
para me cativar.
Não quero, perder-te,
sei que nunca me mentes,
e que nunca amas-te por amar.

Continuo aguardando,
a chegada do meu agricultor…
Chorando rosas.
Ai, como fazem lacerar sangue…
Como me corroem a alma,
os dantes, da saudade daquele amor,
quer nos meus poemas, quer nas minhas prosas,
choro rosas… choro rosas…

Foto de Rute Mesquita

Lua sangrenta

Minha lua,
minha luz baça.
Aqui para ti
danço,
preparando o meu próprio sacrifício

Vê, como estou tão nua
como o sangue que brota da tua taça.
Brinde ao nosso descanso!
Brinde a este doce precipício!

Agora bebe-me, quero te sangrenta!
Vamos juntas saciar a nossa sede
Nós somos a ‘rede’
Nós vamos matar
até à alma mais ausenta!

Leva-me
nesta demolha,
vamos juntas fixar o terror.
Nós somos a obscuridade,
e vamos dar sem escolha,
a provar à humanidade,
o veneno do seu amor.
Vamos dar uma nova cor ao mundo,
vamos domá-los,
fazer deles criaturas que são!

O que esperas?
A ti me fundo,
faz-me arder na tua paixão!

Foto de Rute Mesquita

O pacto

O Mundo gira,
as trevas ausentam o sol...
Sinto a minha ira
acima da cantiga daquele rouxinol.
A lua cheia,
contrasta com o céu
e eu acordo com uma voz que diz:
‘Vinde tomar a sua última ceia.
Vinde ao meu acordo
e verás que não estás só’.
O meu corpo,
levantou-se,
correspondendo ao chamamento
contradizendo,
a minha mente que ia enfraquecendo.
Movo-me num andar assombroso.
Rastejo-me… num olhar penoso…

†††

Chego, à grande sala do castelo,
vejo uma mesa enorme cheia de sacrifícios.
A minha alma diz que de nada tem belo
mas, a voz interfere:
‘Eis os nossos delícios.
Sentai e brindai comigo’.

†††

O meu corpo obediente,
ergue o corpo que derramava sangue.
A minha mente fraquejava e fraquejava…

†††

Aquela voz suava a mestre,
a possessão, a poder,
e fazia-me nas suas palavras ferver
como se me afundasse no manto da crosta terrestre.

†††

Brindámos e a minha visão alterou-se…
Tudo se cobria de vermelho
e nós gargalhávamos sem razão.

†††

Eu acabara de perder a minha alma,
Havia punido
e estava na sua grande palma.
Tornei-me uma criatura insaciável.
Já não era aquele ser racionável.
Agora, sou uma predadora
e à noite saio do castelo.
Sempre com um ar de desconhecedora,
sentada naquele jardim,
afagando o meu cabelo.
Tentando parecer normal
para atrair atenção.
Desejando, que alguém caísse na tentação
do mal.
Na verdade, conheci muitas bocas,
que me elogiavam
mas, tinha de levá-las às minhas tocas.
as minhas presas assim o ditavam.
Conheci muitos corações,
uns puros, outros marginais.
Hum, como já tanto saboreei por dois furos,
aqueles racionais.

†††

Continuarei a crescer,
continuarei a matar.
Não me assusta morrer
mas, sim ir sem te provar.

Foto de Edson Cumbane

MILAGRE DO AMOR

A beira da morte eu surgi:
Ela olhou-me fixamente,
Um sorriso de mim emergi:
Porém foi melancolicamente.
Ela sorriu outrossim para mim:
E questionou: o que aconteceu?
E eu disse: Estava eu na rua
Pensando em ti loucamente
Um florista por mim passou
Não hesitei e as flores comprei...
E dentro de mim imaginei
Como receberias estas flores
Que com amor comprei
Esqueci dores e disabores
Naquele preciso momento...
Repentinamente um estrondo:
Era um tiro...
Um bala perdida
Que me atingiu...
Por isso, amor:
Eu sangro agora,
A bala me atingiu
No ventre... é só sangue!
Mas se eu morrer:
Morro feliz!
Porque nunca havia eu:
Te oferecido um ramo de rosas!
E eis-me aqui com as rosas...
Aceite meu amor:
É de coração!
E depois disso:
Perdi a voz!
Pois, as dores eram fortes!
Ela não disse nada com palavras,
Pois, o meu amor, ela, é muda!
Apenas fez-me um gesto dizendo:
Que me ama! E desenhou um coração
No ar com os dedos... ambulância...
Não pôde chamar ao telefone
Pois, é muda!
Eu sangrando
Ela sorriu chorando
Eu desfalecendo
Quase que morrendo
Ela beijou-me!
Eu apaguei-me, desmaiado!
E acordei num leito do Hospital
Claro, ela ao meu lado:
Sorrindo para mim novamente,
E com um gesto disse:
Eu te amo! E disse:
Não te podia deixar morrer:
Meu amor!
Não sei como ela fez
Não sei o que ela fez
Só sei que:
Um beijo dela me fez
Adormecer...
E o amor dela:
Me fez voltar a viver!
Eu amo essa mulher!

Foto de Carmen Lúcia

Trégua

Demos uma trégua!
Que cessem os tambores de guerra,
ouçamos os doces acordes de melodias
entre gritos de dor e almas vazias...

Salvemos os sonhos das noites de orgia...
que voltem a pulsar sãos de monotonia.
Brindemos, da vida, as doces lembranças,
as que se revelam num sorriso franco,
ou no olhar intrigante ao velho realejo
que brinca com a sorte de modo fagueiro.

Cacemos palavras inversas em versos
dos quebra-cabeças da vã filosofia...
Mudemos os fatos...
Façamos um pacto com a poesia.

Alcemos nova bandeira num resgate às suas cores
por ora mesclada de branco do lírio e sangue vermelho
a tremular incrédula entre falsos amores e velhos rancores.

Façamos apologia ao novo dia,
vibremos de esperança no amanhã...
Calemos nossas dores, sejamos matizes
a colorir de amor novos tempos felizes.

_ Carmen Lúcia_

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