Rosto

Foto de Runa

7º Concurso Literário - No fundo das gavetas

Dou uma volta pelo fundo das gavetas
onde velhas palavras repousam
no pó amarrotado de folhas esquecidas

tinta seca de outros dias
na face por polir de versos rejeitados

Dou uma volta pela inspiração gasta
que geme na clausura do tempo
à procura de antigos sentimentos

qualquer coisa que faça renascer
a juvenil fantasia do teu rosto esbatido

Foto de Runa

7º Concurso Literário - No silêncio do teu corpo adormecido

É quando dormes,
no silêncio arrefecido das tuas noites profundas,
que desperta em mim
o esplendor amadurecido do teu rosto.
Envolto no musgo inocente dessa juventude gasta
bebo os resíduos palpitantes da tua respiração,
atravessando as colinas do teu corpo retalhado,
onde revejo as encruzilhadas que cruzámos,
de mão dada,
contornando o vazio dos abismos
e fugindo às armadilhas traiçoeiras do deserto,
de oásis em oásis,
onde nos deitávamos à sombra do veneno dos dias.

Tão perto e tão longe te acho agora,
mergulhada nas margens de um rio cansado,
fechada numa concha obscura
no mais fundo que há em ti,
onde em silêncio digeres
lágrimas antigas que não derramaste.

Dormes.
Olhos pousados no espanto do infinito,
vagando na glória indefinida de um sonho,
construindo mundos atrás de uma porta entreaberta
onde buscas o equilíbrio
perdido no pesadelo escarlate das horas.
Moves-te, sem gestos,
num arfar sereno e perfumado,
pequenos gemidos que crescem no sono,
numa litania que te embala o corpo
e sobressalta a inocência da tua nudez
debruçada sobre as asas da madrugada.

Quase nada sei de ti.
Dos segredos que ocultas nos labirintos do peito,
e que são só teus,
apenas vislumbro rumores desvanecidos
ecoando nos espelhos da ventania
que agitam, ao de leve, a tua sombra suspensa.
Embora tenha penetrado vezes sem conta
os abismos profundos do teu corpo,
em lentas e repetidas viagens
saciando o fogo de estranhos desejos,
e plantado, na luz suave do teu ventre,
as sementes que nos hão-de perpetuar,
quase nada sei de ti.

No silêncio do quarto povoado de velhas imagens,
permaneço, acordado a teu lado,
a soletrar as batidas do teu nome,
num sussurro que invade a noite demorada
tecendo um rosário de eternas lembranças,
à espera que o sol se levante no horizonte
para vir saudar as núpcias do teu despertar.

Foto de Runa

7º Concurso Literário - Amores moribundos

Ouço ainda o rumor dos teus lábios de cinza
a espernear de encontro às tábuas gastas do meu peito,
e dou por mim, num delírio febril,
a murmurar as sílabas nostálgicas do teu nome,
que dançam, numa vertigem de fumo,
ensombrando os versos obscuros do poema.
Um pássaro de cera derretida,
pousado no luar arruinado dos meus ombros,
digere a ressaca de um eco distante,
no vazio destroçado do papel
onde tento fixar as últimas sombras
do teu sorriso desfeito.

Vozes escondidas murmuram nos recantos da memória
a litania decadente dos ventos,
invocando, num ranger de ossadas,
a réstia contaminada de remotos sonhos
enterrados dentro de mim.
Sacudindo o feitiço,
acendo as palavras efervescentes do teu nome
e deixo-as, a queimar, no rebordo encardido do cinzeiro,
entre duas baforadas de fumo baço
e a insónia lenta da tua ausência,
renegando para os confins do poente
aquilo que já não me serve.

Esta noite, num derradeiro gemido,
entrego o teu rosto calcinado
às chamas fugazes do esquecimento
e, definitivamente, te fecho a porta.

Foto de Deni Píàia

Do outro lado da vidraça

Lado A

Entrelaçando-se à árvore nua o vento uivou um tom acima do habitual. Trouxe com ele folhas secas, sensações molhadas, lembranças amargas. Do outro lado da vidraça a mulher, cúmplice, com seu coração seco, face molhada, um gosto amargo na boca que ansiava por outra boca. Via na árvore seus próprios braços a se agitarem em desespero, o desespero dos abandonados, tentando se agarrar ao rastro que ficou. Nem viu o tempo passar convidando-a para seguir com ele. Preferiu o conforto da autopiedade ao incômodo da verdade.
Do lado de fora, bem próximos à arvore, dois olhos mergulhados em arrependi-mento esperavam ser notados. Absorvidos pelo medo do regresso, pela incerteza do acolhimento, aguardavam que a fantasia do reencontro se realizasse por si só. O medo... Sempre o medo. E ninguém notou que tudo estava do outro lado da vidraça.
O vento fechou a janela para, em seguida, abrandar. Cada um voltou ao seu mundo e, tristemente, tudo virou rotina outra vez.

Lado B

Uma árvore nua colocava-se entre ele e a janela atrapalhando a visão. E para piorar, o vento barulhento que enchia a atmosfera de poeira, folhas secas e pingos de uma chuva que prometia não desabar. Muito pior, porém, era o nó na garganta, a boca seca, os olhos encharcados que procuravam a visão tão esperada de alguém do outro lado da vidraça. Pensou no tempo passado que, certamente, já teria apagado seu rastro deixado quando foi embora, quando preferiu seguir em frente, buscar algo que nunca soube o que era, não se dando conta da besteira que fazia. Agora só o medo da volta, da rejeição.
Lá dentro um rosto quase colado à vidraça, dois piedosos olhos inundados de arrependimento por nada terem feito, aguardando por um retorno que parecia tão distante. Quanto sentimento guardado! Mas o tempo atrapalhou tudo e eles não se notaram.
O vento fechou a janela para, em seguida, abrandar. Cada um voltou ao seu mundo e, tristemente, tudo virou rotina outra vez.

Foto de Alicinhalinda

Pena que nada posso ter

Pena que nada posso ter
Viver
Sentir
Ao lado teu
Já que não é a mim que você ama...

Pena que não posso sonhar
Acreditar
Imaginar
Amar
Já que você já fez a sua escolha...

Pena que nunca vou ouvir de você um eu te amo
Eu te quero vamos ser felizes para sempre
Pena que só posso sonhar com isso
Sem que você saiba
Sem que você sinta
Sem que você queira...

Pena que o mesmo destino que nos uniu
Nos separou
Nos uniu novamente
Mas você não permanecerá
Como eu desejo...
Pena que você se foi...
E deixou dentro de mim esse vazio
Que me sufoca
Que me enlouquece
Que me deixa aflita sem saber o que fazer

Pena que não posso mais tocar teu rosto
Sentir teu gosto
Teu cheiro gostoso
Que ainda paira no ar

Sei que sou tua
Na minha casa ou na tua
Num motel ou até mesmo na rua
Isso você não pode negar.
Fui sua amante e amiga fiel
Igual a mim você nunca achará.

Pena que agora só vivo a chorar
Mas sei que um dia vamos nos reencontrar
Para novamente nos amar

Foto de Hirlana

Quando...

O abraço entrelaçar no laço a segurança
O beijo estalar nos ouvidos o 'eu te amo'
O aperto de mãos mostrar seguramente o respeito
A palavra pronunciar sons de paz na alma
O olhar brilhar a esperança de um futuro
A saudade vir acompanhada da lembrança dos sorrisos compartilhados
As lágrimas rolarem no rosto que reflete no espelho a paixão
Quando eu me dei conta que você era meu mundo,
Quando eu quis de volta o laço do teu abraço, o beijo estalado, as mãos carinhosas, as palavras carregadas de doçura, a troca de olhares... só me restou a saudade que alimento com as lembranças dos momentos e, estas lágrimas que molham e esfregam no meu rosto que eu te perti.
Quando o tempo passar, mais e além do que já passou, levará cravado em cada dia minha oração suplicando o teu retorno.
Quando enfim, eu tiver a grande e talvez única oportunidade de estar ao teu lado a sós só mais uma vez, nada direi desse meu penar e em silêncio farei uma oração contemplando e agradecendo a Deus o brilho do teu olhar que a cada dia é meu sonho de luz do Sol ao acordar!

Foto de Fernanda Queiroz

Olhos de menina

Olhos de Menina

Queria olhar-te com olhos de menina
Dar-te um abraço apertado
Desprovido de fardos acumulados
Ou dos lábios silenciados
Queria passar por esta porta
Sem que ela gemesse
Como o pranto que não segurei
Ou como os gritos que não dei
Queria sentir que a esperanças
Não se transformasse em lembranças
E o teu rosto poder ter
Por todo meu viver
Não quero escrever triste
Você sempre foi mais que alegria
Que habita todos meus dias
Que faça com que eu exista
Mas sei que está sendo profundo
Pois você é o meu mundo
Não há como negar
Ou tentar enganar
Por você imploraria
A quem fosse dono e senhor
Por você me humilharia
Em qualquer crença for
Pedir-te-ia com jeito
Ressoando eu meu peito
Este mais puro amor
Ver surgindo do nada
Uma mão espalmada
Que fosse grande o bastante
Para apenas por um instante
Transformar sonhos de dor
No milagre do amor.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Lucas Cândido Valadão

Quero Te querer .

Você me Ilude com seu jeito de ser
A cada dia mais quero te queerer
O seus olhos , Seu rosto de Bebê
Sempre sonhei em um dia te ter

O seu jeito meio timido de ser
Essa boca que eu quero um Dia ter
O Seu nariz ,o seu Sorriso
Sua boca é o paraiso

O Meu coração ja ficou confuso
Mais a ti escolhi, Tirei os Arbustos
A todo momento penso em nos dois
quero que esse amor Fike no Agora
E não pra depois!

Meu Anjo , Minha princesa
Meu sonho, Meu Viver
Minha vida , Meu Tudãoo
Saiba que você mora no meu coração

Foto de Eddy Firmino

A BAILARINA

Linda bailarina que dança
Ao som do suave piano
Passos perfeitos
Rosto dum anjo

No embalar da canção
Na suavidade da sinfonia
Você tão bela entre luzes
Na mais perfeita sincronia

Nada mais nesta hora
Apenas a emoção de quem vê
Alegre em teu esplendor
O palco é você

Arrisca um breve sorriso
Como a mais bela atriz
A platéia radiante admira
Você tão feliz

Num rodopiar tão perfeito
Em seu final majestoso
Linda bailarina que dança
Que maravilhoso!

"Dedicado à minha querida irmã e eterna bailarina"

Foto de heisenhein

me apaixonei...

Me apaixonei...
Pela sua doce voz,
O seu belo rosto perfeito amei...
O amor se transforma em vicio atroz,
Mexe com a alma, os sentimentos
Traz a tona a beleza de momentos
Faz tudo mudar, tudo se transformar...
Há...isso sim, que é te amar...

Te amar é complicado,
Tudo é diferente,tudo é transformado,
Tudo lembra você,confunde o pensamento...
Tudo ao meu redor, é transformado no momento...
Tudo,tudo lembra você,
Eu,eu só sei te querer...
Eu não consigo te explicar...
Essa coisa maravilhosa que é te amar...

Há...como eu amo...o amor...
Não sei porque isso traz dor...
Acho que é a distância...
Acho que é a sua ausência...
Mas...vou sobreviver...
Vou te amar, até morrer...
Vou te amar, pra sempre...
Vou te amar, pra sempre

Será mesmo, que é pra sempre?
Acho que não... vai além disso...
Chega...não existe um final pro amor...
Sem meio, começo,fim... infinito
Meu amor por você é bonito...
È raro, é envolvente...
Vejo você em meu olhar...
Em meu pensar...enfim...só sei te amar...!

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