Rosto

Foto de Sirlei Passolongo

Veneno

Há um veneno
em minhas veias
Que embriaga minha alma
Fez meu coração em teias
E do meu sangue tirou a calma

É um venero, é um vicio.
Sem antídoto,
Um feitiço!
É um veneno que queima
Que amarga
Embriaga
alucina
contamina
Todo o meu viver

Na boca ainda sinto o gosto
Do veneno doce que você deixou
Agora, sem ver seu rosto
Só seu veneno restou.
E no meu peito o sufoco
de um veneno que mata aos poucos
E morrendo estou devagar
Sem você para me salvar.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Sentimento sublime

Tua Ausencia! Osvania

Tua ausência!

Que me deixou hoje de ti
Com tamanha carência.
M'alma na maior eloqüência.
Vive por você a suspirar.
Bateu uma saudade imensa
No meu coração a rondar.
Levando-me ao portão.
Deixando-me a imaginar.
Que por um pequeno momento
Você viesse ali chegar.
E ao meu amor se entregar.
Fazendo-me a mulher mais feliz,
Acredite!
Minhas lágrimas sem que eu perceba
Começa em meu triste rosto rolar.
Ao sentir que jamais você aqui.
Um dia meu amor poderá voltar.
Lágrimas que molham m’alma
Não sei se de alegria ou saudade
Tenho que voltar a realidade
Porque a minha maior felicidade
Com certeza seria junto de você estar.
Foi somente uma miragem, uma ilusão.
Desse pobre coração
Que por ti não se cansa de esperar.
Continuarei vivendo de ilusões
De sonhos de canções de poesias.
De lindas e mágicas recordações.
Que você veio um dia
Em minha memória plantar.
Quero dizer-te enfim.
Que por mim você foi muito amado.
Não ficará somente em meu passado guardado
Porque as lembranças que tenho de ti
Ficou em um cd gravado
Em minha memória, baixado.
Triste, quieto, calado.
Quem sabe um vulcão em extinção.
Pronto a entrar em erupção.
Ao ouvir as batidas de teu coração.
Perto do meu chegar
Levar-te-ei comigo por onde quer que eu vá.
Já que meu amor não sabe nunca esperar
E quando em mim a saudade de ti
Quiser meu peito sufocar.
Apertarei somente o play da memória
Nosso filme eu verei passar.
Momentos em que estivemos juntos.
Irei nosso amor recordar.
O teu corpo como magia.
No meu corpo a tocar
A tua boca em minha boca,
Meus lábios a molhar.
A tua língua em minha língua,
Unidas entrelaçar.
Assim seria minha felicidade
Um paraíso na verdade
Não sei quando e se um dia
Meu sonho tornará realidade.
Contento-me em relembrar
Nossos belos e mágicos momentos
Em que você em meus braços por minutos
Pude tê-lo para amar.
Descrevo aqui meus mais puros e reais sentimentos.
De que consciente com tua ausência
Tenho amor que me acostumar.
Nunca se esqueça por um segundo
Que o amor maior do mundo
Está em meu peito guardado.
Sempre pronto pra te amar.
Em qualquer hora, tempo ou lugar.
Osvania

Foto de NiKKo

Eu jamais te esqueci.

Remexendo velhas cinzas do meu passado,
aperto em minhas mãos antigas fotografias.
Que embora amareladas pelo tempo ainda trazem em si
marcas de um tempo cheio de alegrias.

Sem que eu queira pelo meu rosto descem lagrimas
que eu inutilmente tento em meu coração estancar.
Porque não assumo nem para mim mesma
que embora eu me iluda, eu jamais deixei de te amar.

Engano a mim mesma que são apenas recordações
de um tempo onde tudo era paz e tranqüilidade.
E que por isso meu coração está oprimido em meu peito
por isso agora eu choro de saudade.

Na foto vejo teu sorriso iluminado pela luz de seus olhos
que moldava teu rosto sob a luz do luar.
Mesmo não querendo minha pele se arrepia de desejo
e o sabor de teus lábios, na minha boca parece aflorar.

Em desespero rasgo tuas fotos e bilhetes.
Coloco tudo junto para no fogo destruir.
Quem sabe assim consiga de uma vez por todas
arrancar você de meu coração e voltar a sorrir.

Embora eu tente convencer-me disso
meu coração em silencio, me diz que não será assim.
E cada soluço que sufoco em minha garganta
diz-me que você ainda mora em mim.

Então não mais suportando esse vazio atroz
deixo que minhas lágrimas rolem soltas sobre o papel.
que recebe meus versos em forma de poesia,
onde o amor é declamado em forma de fel.

E as lagrimas que caem no papel vão marcando
uma a uma as frases eu que escrevi.
Tornando todas inlegíveis, menos uma.
onde se lê, “eu jamais te esqueci”.

Foto de Ricardo Barnabé

Enterrado no próprio jardim

Questionas o fim da tua vida
sem sequer teres morrido num dia qualquer
Ficaste despido de todas
as tuas purezas, e refugiaste-te
nas cidades cobertas pelas tuas tristezas,
Rastejando sobre as paginas perdidas
do livro da tua vida, tentando apagar
cada palavra escrita pela tua vivência
cruel adormecida pelas chagas de todos
os que fizeste sofrer. Queres redigir
um novo viver, em cada pagina da tua vida,
mas no teu passado, sempre voltaste
as costas ao futuro, e agora, esse livro, fechado está
porque glorificaste-te com o sangue que foi derramado por ti,
por um mundo inteiro a teus pés, em que
procuraram no teu universo, o amor
que ao qual rejeitaste e transformaste
na sua maior dor, a dor essa, que hoje
se apoderou de ti, a dor de todos, os
que fizeste sofrer, é hoje a dor que te
furtou o perdão e sem pudor, todas
as pétalas caidas das rosas do teu
jardim, transformou-se nas tuas lagrimas de arrependimento que penetraram
sobre o teu corpo, deixando-te marcado
cada rosto tatuado, na tua mente, para
que sempre desejares o verbo
perdoar, de olhos fechados ou abertos, veres
cada traço dos seus corpos desfeitos pelo
muro cruel que abateste sobre as suas vidas
e assim recordares sempre de todos os
que tu não foste capaz nem soubeste amar
Sendo nas tuas mãos desfeitas pelo proprio prazer
a tua felicidade que pelo vento,e sem te aperceberes, a deixaste escapar

Penso que agora, já nao te iras questionar
sobre o fim da tua vida, porque simplesmente
morreste para todos, vives na solidão, enterrado
no jardim do teu rancor, pelas areias do teu mundo cruel

E agora meu amigo (a), simplesmente, é tarde demais,
para voltares atrás...

Ricardo Barnabé

Foto de Ricardo Barnabé

Dias tristes e banais ( Parte 2 )

Lento do teu sofrimento
o teu fim é o teu caminho
que cresce por dentro e por fora
de bocado a bocado a cada
compasso marca o teu rosto
desesperado e rascado
como um pedaço de farrapo
desfazendo-se na minha mão

Brilho, no teu luar
é a sombra do teu triste
final que está prestes a chegar
Corpo ardente,como fogo
que te queima na tua mente
absorvendo cada letra
da palavra do meu perdão
extinguindo-se a toda a hora
do meu sofrido vocabulário
passando a ser o verbo perdoar
a miragem que não consegues alcançar
desejando ardentemente por um dia
ao meu mundo poderes regressar!

Foto de Cecília Santos

SÓ UM RECOMEÇO

SÓ UM RECOMEÇO
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Há sempre uma lágrima em meu olhar.
Por mais que eu queira não dá pra disfarçar,
Ela me trai, não se retrai, e cai.
Escorrendo pelo meu rosto,
morrendo em minha boca.
Que se transforma em espelho d’agua
refletindo a minha dor.
Fiz da minha vida um longo caminho sem marcas,
pra não saber voltar.
Fiz de mim mesma um sonho a realizar.
Busquei nas nuvens, as gotas de chuva.
Nas minhas veias o sangue quente a jorrar.
Nos rios as curvas, e cascatas,
que por fim se abriu no mar.
Há sempre uma lágrima em meu olhar.
Silenciosa , e insistente.
Que me lembra que o amor trás a felicidade.
Que trás um tempo de risos e de lágrimas.
Que trás verdades sem palavras, mentiras em gritos.
Que torna a vida, simples, serena, às vezes
difícil de ser suportada.
Que intimamente me mostra as curvas do meu vôo.
Livre por entre mundos que eu mesma escolhi.
Me mostra que o fim, é só um recomeço...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/11/007*

Foto de Izaura N. Soares

Um Vôo Além do Infinto

Um Vôo Além do Infinito
Izaura N. Soares

Olhando a natureza que é tão perfeita
Eu passo horas a fio sem me entediar.
Observo sua singeleza
Revelo meus segredos mais íntimos
Trago dentro de mim a sensação de pureza
Sem sentir meu rosto ruborizar.
Meu vôo vai muito além do infinito...
Transportando meu selvagem instinto
Para um lugar calmo e sereno...
Adormeço entre o céu e o mar...
Sonhos adentram sob os meus pensamentos
Entre a luz do dia e do luar!
E quando a brisa suave toca minha pele
Uma doce nostalgia se repele
Puxando de dentro para fora toda magia
Retraída de um corpo à espera.
Os meus olhos se fecham de prazer
Onde a emoção toma conta do meu querer
Transfere a alegria para o meu coração
Preenchendo uma lacuna; com desejos e paixão!

Foto de Ednaschneider

Lágrimas

Estas lágrimas que de meu rosto escorrem
São misturas de sentimentos que se esvaem
Alguns sentimentos que nascem outros que morrem
E lembranças que se eternizam.
Em palavras
Que foram inspiradas
Em lágrimas.

Lágrimas estas que nasceram
De um coração emocionado
De olhos que já sofreram
De sorrisos evitados.
De emoções que surgiram;
Em um corpo já surrado.

Mas corpo que também sentiu
Os prazeres do “pecado”
E um sorriso que se abriu
de um momento inesperado
Quando de longe surgiu
Um amor eternizado.

Eternizado por dois corações
Para sempre apaixonados.

Joana Darc Brasil *
19/11/07
*Direitos autorais reservados

Foto de CarmenCecilia

CORCEL NEGRO

VIDEOPOEMA
POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO:CARMEN CECILIA

CORCEL NEGRO

Lá vem ele pelas pradarias todo garboso
Cavalgando com seu ar soberano e majestoso
Pelo lustroso como veludo negro
No seu trote ligeiro.

Com seus olhos grandes e vivos...Todo sacudido...
Pescoço musculoso e bem dirigido
Peito amplo e profundo e o dorso prolongando-se com a garupa
Sempre é o líder do seu grupo!

Tendões de aço! Aprumos excelentes! Um reprodutor!
Ciente da sua ascendência.
Já se vê na sua prole a procedência
Sabe da sua compleição. Perfeição!

No haras detém o controle do seu harém.
E com tudo tem extrema habilidade.
É o rei do hipódromo...O de maior agilidade
Marcha elegantemente e segue sempre na frente

E lá vem o dia!
Do momento em que Prelúdio
Disputa o grande premio
Para ele nunca tem páreo

O treinador o preparou com exímia dedicação
E ele aluno aplicado, devotado
Nada teme e por todos é reverenciado
O jóquei segreda as últimas instruções
“Somos eu e você campeão”

É dada a largada!
E lá vai ele em disparada
Mas na última virada,
A meio corpo da chegada...

Um golpe traiçoeiro leva-o ao chão
Toda a arquibancada levanta-se então
Com o coração na mão!
Prelúdio campeão! Não vá embora não!

Mas o corcel negro na cabeça foi atingido
Aturdido meio que perdido
Em meio a poça de sangue.
Despede-se da multidão

Os anos passaram e Prelúdio virou lenda!
Em toda roda lembram da sua contenda
Das suas façanhas, seus inúmeros troféus
E dizem deve estar no céu!

Eu aqui fico calado
Com um nó na garganta e amargurado
Uma lágrima de saudade brota...
Dou meia volta e vou embora com minha revolta.

Em noites de lua cheia...
Uma brisa me toca o rosto
Volto-me para a colina meio que a contra gosto.
Onde pareço ouvir seu relinchar e ver seu vulto

E cheio de emoção
Ouço bem baixinho
Não fique assim não peão
Vim aqui só pra te avisar e sossegar
Pois um dia a gente vai se encontrar!

Carmen Cecília

Foto de Marta Peres

Espera

Espera

Nasci para amealhar sonhos,
Não nasci por nascer,
Não nasci em vão
E sonho e guardo na lembrança
Meus sonhos
Dentro da caixa do meu silêncio.
Nas madrugadas quando não durmo
Abro a janela, olho o céu, as estrelas
e todo o firmamento.
Chove, deixo a chuva beijar meu rosto
E o calor do pensamento intensifica,
Espero, você não vem!

Marta Peres

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