Rosas

Foto de Henrique Fernandes

LIVRO DO DESEJO

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Beijar-te foi mais que um simples roçar de lábios
Foi um momento de muito charme e sedutor
Nele senti um legado de fábulas de amor
Contadas por uma emoção estruturada de paixão
E deixei correr a voz pelos sentidos atentos
Em que nossos corpos celestes estremeciam
E as galáxias ganharam o vermelho das rosas
Abrindo janelas para a doçura da noite
Que és tu quando sorris como um anjo sorri
És a arte do mais puro acabamento de amor
Saboreei da tua boca substâncias da tua alma
Tão pura e vital quanto a natureza do fogo
Beijar-te foi um canto sublime de sentimentos
Com acento profético nos tempos que antevemos
Um êxtase naquilo que há de mais alto
De maior, de mais forte, de mais puro, de mais belo
Entrechocando nossas áureas numa articulação perfeita
Aproximando-nos das portas do despertar
Da partilha de reacender o prazer de viver
Guardado entre nós na distância de um olhar infinito
Numa luxúria que procura a inocência e a beleza
Um feitiço lançando-nos apaixonados borda fora
Das tristezas da vida que perdem o nosso limite
Passando por todos os infinitos para amar em verdade
Semeada no nosso beijo que o calor colheu
Palavras portadoras de fonéticas originais
Inventadas por nós no caminho dos nossos toques
Para que comigo escrevas o livro do desejo

Foto de carlosmustang

MORTALHA

Se eu puder voltar pra terra
Onde não existe guerra
E a paz somente impera
Em todos os corações, em todas as almas!

Manteria minha calma, dentro desta floresta
Pois os bichos que há lá, me comem vagarosamente
Tão intensamente que não sentiria mais dor
Com os olhos serrados, sumiria num sonho!

E poderia brincar com algumas rosas
Sem o perigo de me ferirem intensamente
Pois como eu, estariam mortas interiormente!

Da ferida que insistia em me fazer abandonado
Nem sentiria o gosto da comida estragada
E finalmente, a maledicência, enterrada.

Foto de Henrique Fernandes

ROSAS DA PAZ

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A paz é o meu farol neste nevoeiro
Onde finto espinhos como oxigénio
Sinto o picar e o arranhar mas respiro
Entre arbustos que falam a linguagem
De sentimentos que choram sem lágrimas
Fazendo ninho no colo do meu ego
No coro de um coliseu sem eco
Cantando cantigas de dor
Tão subtis como o fio de uma lamina
Para uma plateia de orelhas moucas
Esperando aplausos conformados
Entre vaias de quem não entende
O meu lado de outra gente
Que não essa gente desse lado
O meu olhar silencioso é uma sinfonia
De sons deliciosamente afinados
E pautados nesta alma guerreira
Que transformou a espada fria e afiada
De aço pesado em palavras doces
Tão meigas que decoram o horizonte
Com pétalas de rosas belas quão bravas
Que nunca precisaram de espinhos no seu caule
Para serem rosas

Foto de DAVI CARTES ALVES

OH DAYANE! QUEM LHE FURTOU AQUELE SORRISO MEMORÁVEL?

Dayane,

quem levou teu sorriso, que devorava nossas almas enlevadas, sua graciosidade, faceirice, encanto?

Quem furtou a tua segurança de outrora, a tua convicção nas respostas, teu caminhar tão lépido, ágil, picando o chão, tua consciência de poder supremo, tua auto-suficiência tão imantada, que nos enchia de um querer-te tanto: “ tá então tchau!! ”,

e o Jardim Botânico virava o cálido Kalahari sem suricatos.

Quem apagou o brilho se seus grandes olhos límpidos, negros, e esfuziantes?

Lanchar com você no Dog do Queko, nos enchia de orgulho, falávamos alto entre a gente moça.

Teu beijo de despedida era tão aguardado, o premio de viver, depois, acariciava meu rosto, sorria pras estrelas me olhando da janela do quarto, elas me sorriam uma esperança, embalsamada em pudor de criança.

Me envolver naquele ritual de enleio , ao contemplar aquele seu jeito de corrigir os cabelos, os braços, nus, frescos, macios, em arco, como se tu fosse executar um passo de bailarina, leve, felinamente delgada, olhando pra nós petrificados, aquelas madeixas em anéis de seda que prendiam-me quais algemas n’alma.

Mudança Gradual

Oh Dayane, por quê atirar teu coração a pit bulls esfomeados, que só querem tua pele de mel, e seu coração sacrificam ao Deus Banal, ou melhor, ao Nabal de Abigail, ou ao Brutal da ..... que pariu, por quê deixar cavalos insanos pisotearem tua alma de flor, com velhas ferraduras?

Oh Day, não jogue assim suas “pérolas preciosas a porcos” mutilados de alma, ensandecidos, com cara de mau, não deixe mais cravarem em seu pescoço de cetim, suas presas como sanguessugas, para esvaziar sua alma melíflua, sugando todo o seu leite de rosas.

Não negocie assim sua altaneira estima de fada, em troca de um “ belo” invólucro que carrega dejetos de antes de ontem.

Sabe Dayane, quase entrei em pânico, quando o Zeca ligou do Terminal do Pinheirinho, e me disse pressuroso, arfante, que você estava chorando naquele banco perto do ponto do ônibus Fazenda Rio Grande,

chegamos correndo, é incrível como tem gente no Terminal do Pinheirinho, parece que tem um chafariz de gente naqueles túneis escuros, onde agora , forram o chão com uma colorida colcha de retalhos de dvds a 3 por 10, como borbota gente e mais gente a granel , ejetadas a centenas.

Cortou a alma ver-te, cabisbaixa, sorumbática e taciturna, chorando a cântaros, lágrimas aos cachos, aos molhos , tuas mãozinhas nacarada, em uma um estojinho de Aldol, entre comprimidos no chão, no colo, no cabelo, e na outra, um resíduo de bombom caseiro de morango, manchando o best seller da Ronda Byrne, The Secret.

O mais triste, é ver você render-te a toda essa angustia, só porque aquele sapo bombado além de quebrar todas as suas varinhas de condão que tanto nos enfeitiçaram, não quer mais o teu beijo, que tanto desejamos.

Oh Dayane, quem levou teu sorriso, que devorava nossas almas enlevadas, sua graciosidade, faceirice, encanto?

Quem furtou a tua segurança de outrora, a tua convicção nas respostas, tua auto-suficiência tão imantada, que nos enchia de um querer-te tanto, “tá então tchau!! ”, e o Jardim Botânico transformava-se em Kalahari sem suricatos.

Lembro-me, como seguravas firmes na mãos, as rédeas do charme, do encanto, fascínio e sedução!

Quem apagou o brilho se seus grandes olhos límpidos, negros, e esfuziantes? Que nos fuzilavam uma e muitas vezes? E agora, semi - cerrados, com grandes olheiras de guaxinim com febre amarela.

Quem foi capaz de fazer isso Day?

Day, quando o assunto é nossa felicidade, “quem não tiver mais pedras, que se atire”, reaja!! Esse é o segredo meu anjo de mel.

Vem , anime-se, vamos tomar um ônibus para o Jardim Botânico, sentir aquela brisa deliciosa de outrora, lembra? Correr atrás dos pombos, jogar conversa fora, ligar pra tua amiga Dora, tomar um sorvete de amora...

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO XIV - (Depois do último tango - em baixo dos lençóis... )

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* Homenagem a Carmem Lúcia = Açúcena
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"Vejo-te...
Na luz diáfana de cada alvorecer
Trazendo resquícios prata do luar
Que ainda não teve tempo de se apagar...
...
Vejo-te...
Sob os lençóis da cama, a me saciar
Os desejos insanos, que a alma reclama
E que acorda só, pois não estavas lá... ( Carmem Lúcia = Açúcena )

Dirceu

É como se tu não soubesses?

Mas estou em baixo dos teus lençóis, em tua cama.
No escurinho de um dia que lá fora começa a clarear
E tu dás uma olhadinha com os verdes de teus olhos
Que iluminam a alma de quem te ama.

Não só te vejo,

Mas sinto o cheiro, o perfume, o aroma
Que exala uma mulher que quer amar
E dá uma “piscadinha” com um olho
E faz com que haja uma derrama,
De fluídos, de néctares
De prazeres...

Das Ninfas ...

As mesmas que nos oferecerem seus lábios,
Em forma de conchas e recheadas,
Do mel que só em tuas bocas podemos encontrar
E, então, beijamos-te, das formas mais voluptuosas
Até as mais carinhosas, pois, sóis as rosas,
As flores mais gostosas...

Que nos dão suas pétalas,
Para nos satisfazer e saciam
Nossos prazeres
Com os fluídos de seus amores.

Então, temos mais que a obrigação,
De retribuir-lhes por nos dares a luz da vida
E de nos encherem de mimos de paixão.

Devemos dar-lhes sensualmente nossos amores,
Fazendo-lhe gozar o bom da vida
E encher-lhe os corpos de paixões.

E tuas almas de amores.
Pois, sóis Mulheres
E, nós somos
Homens.

OBS.: Vocês já assistiram o vídeo-poema da "Gata de Olhos Verdes". Assistam e saberão de qual "piscadinha" ou "piscadela" eu falo.

Foto de Henrique Fernandes

ORQUESTRA DA VIDA

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Ao longe um som de violino acompanha o meu olhar
Pousando leve como uma pluma no horizonte
Suspiro confiança como quem tecla um piano no escuro
Produzindo sons afinados para que rimem com a vida
Um violão tocado lentamente por de trás de uma nuvem
Traduz a falta solar que compõe a minha tristeza
Censurando a limpidez dos meus sentimentos escondidos
Entre um rufar de tambores num longo silêncio quebrado
A vida é orquestra de dias fonéticos em tempo maestro
Um musical por avenidas reféns do passado
Iluminadas por esperança ao toque alegre de um clarinete
Fazendo os reflexos da alma saltarem em notas soltas
Num sorriso que sopra timidamente o saxofone da certeza
E uma harpa cantante faz-me deslizar atento até amanhã
Em sinfonias relaxantes de rosas que bailam no meu peito
Perfumado de amor lembrando de como é bom estar vivo
Paixão é jovem cantora que interpreta o meu personagem
Encenado por um elenco de emoções aplaudidas pela alma
Um rock and roll suave misturado num clássico estrondoso
O tempo maestro não se cansa de ser director musical
E a orquestra da vida passeia de mão dada com o destino
Saído do Sol nascente que iluminou as grutas sombrias
Com sintonias de amor e narrativas verdadeiras
Recrutando novas melodias para a minha dança de gente

Foto de NiKKo

Quem me dera.

Quem me dera que você pudesse-me ver como sou,
que sem medo me permitisse de você se aproximar.
Veria que trago rosa vermelha em minha mão,
um jeito muito triste, mas sincero no olhar.

Veria que não tenho nada a oferecer além de versos e rimas,
e um coração ferido que retrata o quanto já amou.
Verias nas entrelinhas dos poemas entre soluços reprimidos,
teu nome guardado como relíquia, que a saudade endeusou.

Se você aceitasse o meu amor, minha vida se modificaria.
Minha alma iria transbordar de alegria e emoção.
Mesmo que meu céu continuasse a ser noturno e vago,
eu poderia voar ao sabor do vento, mas sempre na sua direção.

Eu sei que a vida é cheia de caminhos e muitos atalhos.
Quem sabe em um deles você se depare comigo frente a frente.
Quem sabe olhando em meus olhos, você me veja,
e resolva dar ao meu coração, a oportunidade de ser diferente.

Pois o coitado está tão cansado de chorar,
de mentir para todos dizendo que já te esqueceu.
Que embriaga a mente e os sonhos nas taças das aventuras
querendo arrancar do peito o amor que ainda é só seu.

E por não se importar se é por horas ou momentos sequer
como louco, ri de si mesmo ao se entregar sem qualquer pudor.
Tudo para arrancar o gosto suave dos seus lábios de minha alma,
tudo para apagar a sua imagem, e tirar-me do peito essa dor.

Mas se você me aceitasse e me permitisse aproximar-me de você,
veria que meu coração só tem amor e carinho para lhe dar.
Veria que as rosas vermelhas que trago simboliza o sangue
que deixam meu céu noturno e triste de tanto chorar.

Mas se acaso você permitisse que meu coração
se aproximasse para demonstrar-lhe todo o meu carinho,
transformaria meu céu em nosso paraíso secreto e particular
onde a felicidade por ter o seu amor, seria o meu ninho.

Foto de Henrique Fernandes

NA TUA CALMA

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Sou o teu novo dia
O teu braço pelo universo
És o teor da alegria
Que completa o meu verso

O teu olhar é um mar de rosas
Que cede em mim fabuloso
Os teus sorrisos são prosas
Caprichando o maravilhoso

És o viveiro das minhas criações
O teu toque afaga-me a alma
És ilustre nas minhas emoções
Que pernoitam na tua calma

És janela que mantenho aberta
Sem cortinas sobre os segredos
És fruto que me desperta
E secas-me a raiz dos medos

Foto de Carmen Vervloet

EU TE OFEREÇO

Para Jorge, meu amor para sempre.

EU TE OFEREÇO...

Eu te ofereço...
Lágrimas de arrependimento...
Por ter perdido tantos momentos...
De pura ternura... De afeto...
Deste nosso amor intenso e completo...

Eu te ofereço...
O meu sorriso franco...
O meu desvelo e meu encanto...
Para secar teu pranto...
Para inspirar teu canto...

Eu te ofereço...
Minha vibrante alegria...
Este sol dourado... Esta magia...
O manto da harmonia...
A luz... O som... A sinfonia...
Os versos da minha poesia...

Eu te ofereço...
Caminhos cheios de cor...
O sonho... A semente... A flor...
Uma nova vida... Viço... Esplendor...
Eu te ofereço... Meu eterno amor!...

E serás o maestro que rege minha vida...
Que será por carinhos... Florida...
Rosas... Cravos... Miosótis... Lírios...
Beijos... Afagos... Carícias... Delírios!...

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor

Foto de leandro landim

Rosas e Jóias

Rosas, regadas com lágrimas
Jóias, moldadas para o seu corpo
Rosas descoradas e esquecidas
Jóias de cores reluzentes
Rosas fechadas e translúcidas
Jóias guardadas no quarto
Rosas fincadas em vasos
Jóias para simbolizar o sentimento
Rosas para demonstrar a paixão;

Dou-te jóias e rosas
Para meus sonhos você regar
Com carinho e esperança
E meu coração lapidar;

Rosas que alegram e te fazem acreditar
Jóias que te embelezam e te fazem sonhar
Rosas com espinhos e para o perdão
Jóias para os olhos com emoção
Rosas unidas em um buquê
Jóias reunidas para você
Rosas, poucas conseguem dizer
Jóias, sozinhas dizem o porquê;

Dou-te jóias e rosas
Para ter você sempre em minha vida
E torná-la mais vistosa
E muito mais divertida.

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