Realidade

Foto de josimar-almeida

Viajar em tua pele

Acordei de manhãzinha,
Ao abrir a janela
Vi o grande sol da vida raiar,
Recordei-me dela.
Dei um imensurável bom dia ao mundo
E então à ela quero falar...

Viajar em tua pele
Foi gozar da mais bela felicidade...
Saciar-me do cheiro e dos seus beijos
Foi transformar nossas possibilidades em realidade,
Realizando os nossos mais íntimos desejos.

Neste momento nossas vidas se igualaram,
Nossas bocas se tocaram
E enfim, nossos seres se completaram.

No auge da nossa explosão de intimidades
Fizemos de dois corpos um só calor,
Nossos olhares uma só direção
E dos nossos corações um só amor.

Peço-te, ó minha formosura,
Quando uma leve brisa tocar em seu rosto,
Não se esqueças que serei eu, em anjo de candura
Para juntos, vivermos o amor e seu gosto.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Flor do Desespero

“Para dizer a verdade, não nasci nem do Caos, nem do Orco, nem de Saturno, nem de Japeto, nem de nenhum desses deuses rançosos e caducos. É Plutão, deus das riquezas, o meu pai. Sim, Plutão (sem que o leve a mal Hesíodo, Homero e o próprio Júpiter), pai dos deuses e dos homens; Plutão, que, no presente como no passado, a um simples gesto, cria, destrói, governa todas as coisas sagradas e profanas; Plutão, por cujo talento a guerra, a paz, os impérios, os conselhos, os juízes, os comícios, os matrimônios, os tratados, as confederações, as leis, as artes, o ridículo, o sério (ai! não posso mais! falta-me a respiração), concluamos, por cujo talento se regulam todos os negócios públicos e privados dos mortais; Plutão, sem cujo braço toda a turba das divindades poéticas, falemos com mais franqueza, os próprios deuses de primeira ordem não existiriam, ou pelo menos passariam muito mal; Plutão, finalmente, cujo desprezo é tão terrível que a própria Palas não seria capaz de proteger bastante os que o provocassem, mas cujo favor, ao contrário, é tão poderoso que quem o obtém pode rir-se de Júpiter e de suas setas. Pois bem, é justamente esse o meu pai, de quem tanto me orgulho, pois me gerou, não do cérebro, como fez Júpiter com a torva e feroz Minerva, mas de Neotetes, a mais bonita e alegre ninfa do mundo. Além disso, os meus progenitores não eram ligados pelo matrimônio, nem nasci como o defeituoso Vulcano, filho da fastidiosíssima ligação de Júpiter com Juno. Sou filha do prazer e o amor livre presidiu ao meu nascimento; para falar com nosso Homero, foi Plutão dominado por um transporte de ternura amorosa. Assim, para não incorrerdes em erro, declaro-vos que já não falo daquele decrépito Plutão que nos descreveu Aristófanes, agora caduco e cego, mas de Plutão ainda robusto, cheio de calor na flor da juventude, e não só moço, mas também exaltado como nunca pelo néctar, a ponto de, num jantar com os deuses, por extravagância, o ter bebido puro e aos grandes goles.”

- O Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Louçã
A filha da morte
Mãe dos desencontrados
A Loucura, quente frieza
Tem a razão;
A Loucura assim em clareza
É pura escuridão

Esqueçam de cobra ou maçã
Pecados
De um raciocínio consorte
Falso cristão:
A simbiose, que é doce ilusão
O educar do prazer
A realidade do reproduzir
Não tem efeitos comprovados;
Se alguém tentar introduzir
O dever
Ou outra asneira em semelhança,
Se lembre de quando em criança
O mundo que nos parece acolher
Trai-nos em manso
Em lento avanço
De sermos adultos e suficientes
Sábios e clarividentes

Em ser injusto e imperfeito
O mundo que soa ideal
Passa longe de satisfeito;
Ou seja:
No final da vida é o final
Ao invés do que se almeja
Que se encontra ao natural;
Sem moral ou solução
Sem nexo de orientação;
Sendo a falha em seu ardor
A máquina em seu labor;
Eis o humano enfim descrito
Pequeno e frágil ao infinito;
Entregue
Ao destinar que lhe carregue;
Sendo insano por lutar
Por nadar em naufragar;
Pois isso explica a loucura
E o amor:
Nada mais que a abertura
O botão da semeadura
De um desespero em flor

Foto de Rafaela L. Duarte

Sentimental

Sempre chorei por amor
Sentimental eu sei que sou
E se você nunca amou
Então nunca soube o que é amor.

Na vida sempre choramos e sorrimos
Seja pelo amor acabado
Ou pelo amor encontrado
Mas um coração sempre partimos.

Se hoje choro por amor
Pode ser de felicidade
O amor nem sempre é dor.

Com o amor vamos sempre estar
Pois na realidade
Ele nunca vai acabar.

Foto de danialex

DANIELA ALEXANDRA

"Momentos da nossa vida..."

Todos os momentos da nossa vida são importantes,

Para crescer e aprender,

A vida é feita de etapas,

No caminho da vida, tenhamos sempre viva a lembrança, do “Criador”,

Sejamos sempre humildes,

Somos feitos de emoção, sensibilidade e amor

Então vamos ser sublimes, intensos e verdadeiros.

Abraçar o mundo com força e graça,

Traçar nossa estrada com determinação,

Sermos firmes passando pelas pedras que há caminho,

Ouvir o nosso coração, e ter sempre a lembrança da razão.

As belezas da vida estão, em simples detalhes,

Num sorriso singelo, nos olhos das crianças, nas flores

Nos animais, no por do sol, nas nuvens emaranhadas...

Vamos olhar para a vida e ver em tudo e em todos o que há nela.

A vida é bela,

Temos que olhar e ver, sem fugir da realidade.

Sermos transparentes para nós mesmos

Sem receio, e de alma nua

Vermos o que pensamos e o que sentimos

Olharmos para dentro da alma

E vermos que há luz

Porque nós somos filhos da luz...

Nosso Pai é a nossa luz...

Então Brilhem!

E Brilhem sempre com amor no coração!

E a felicidade na alma!

Com amor e muita luz

Daniela Alexandra

Foto de Rute Mesquita

'Compreender o que os matemáticos entendem por infinito é contemplar a extensão da estupidez humana', Voltaire.

O que é em parte o infinito para os matemáticos? E para um homem vulgar?
Creio que o infinito para os matemáticos, são os números. Dentro destes, infinitas são as fórmulas em que se conjugam. Infinitas são as rectas que estes mesmos originam. Infinitas são as suas coordenadas, as suas constantes, os seus produtos e imagens. Infinitos são aqueles algarismos que os envolvem em raciocínios. Mas, na verdade, tenho a certeza porém, que dominam de infinito, ao que desconhecem. E é precisamente nesse ponto que coincide e se manifesta um Homem vulgar.

Para um Homem vulgar, é-lhe entendido que o infinito é algo inacabado, que se prolonga para lá dos seus conhecimentos, para lá do seu alcance. Um Homem vulgar só conhece o finito da sua experiência e o infinito dos seus pensamentos. Não lhe é permitido compreender do que se trata o infinito neste caso, para e na matemática. Mesmo que nesta fosse entendido, ‘conheceria’ aqueles infinitos e saberia apenas que se prolongavam, vindo no fim a comprovar/constatar que nunca os conheceu.

Um matemático é um Homem, com perícia para os números, com dotes de um raciocínio desenvolvido e com uma lógica constantemente treinada. Contudo, e dando ênfase, ‘é um Homem’.
E como tal, escolhe num conjunto de infinitas possibilidades, um finito. Um finito no qual se alberga, um infinito do qual terá de ir aos seus radicais para partir do principio. Num processo, que a pressa é o pior inimigo. Num processo que se é fácil divagar, pelo que o tem de fazer cautelosamente. Um processo baseado na experiencia, nos deixados para a posterioridade. Um caminho muito longo e finito.

Concluímos, que somos demasiado finitos para compreender o infinito. E que o facto de um Homem vulgar querer entender o que é um ‘infinito’ para e na matemática, que como argumentei, julgo que nem mesmo os matemáticos podem estabelecer um infinito por si só, deixa muito a observar, pois assim o Homem assume logo à partida a sua ignorância com a grande marca da sua inocência.
Sabendo que o Homem é um ser curioso e que vive permanentemente insatisfeito com a realidade, não admira que queira compreender o que é incompreensível. Se é esta a estupidez humana? Não sei bem, só sei que toda a estupidez também teve um início e que se prolonga para o infinito.

Foto de Paulo Gondim

Mágaos

MÁGOAS
Paulo Gondim
06/08/2011

Meu infortúnio não foi perder você
Mas a certeza amarga de me ver
Frente a frente, no espelho
Só eu e minha imagem fosca
Que demonstra um estranho ser

Não sou eu. Não me reconheço.
Essa imagem nunca foi minha
E diante da ausência da verdade
Desfeito em sonho e realidade
Melhor ter sido assim...

Hoje, somos apenas fantasmas
Cada um com medo da escuridão
Que envolve nossas pobres almas
Num labirinto escuro, de mágoas
O que sobrou dessa triste paixão.

Foto de Amy Cris

Simplesmente gótica

Quando a escuridão cai sobre a cidade
e a neblina envolve os túmulos em um cemitério qualquer,
lá estou eu, a ouvir o silêncio da noite
e fugindo de um mundo difícil de compreender.
Sou o esquecimento do passado,
a certeza do hoje
e a dúvida do amanhã.
Sou a poetisa da realidade,
aquela que guarda suas ilusões
e se deixa levar por uma boa música.
Sou a admiradora da lua,
aquela que sente fascínio pelo céu noturno.
Aquela que você dificilmente verá chorar
pois, não tem medo da vida,
não se sente humana
e quer mesmo é ver o tempo passar.
Sou o que poucos têm coragem de ser
Sou quem você apenas fingirá entender;
aquela a quem você não conseguirá enganar.
Sou aquela que se conforta com frio e chuva
e que sorri quando o sol se vai.
Tenho o negro pintado nos olhos, unhas e roupas
e me sinto bem por assim estar.
Sou simplesmente gótica
e sem com os outros me importar,
sempre serei eu mesma,
não me intimidarei com força alguma
e aconteça o que acontecer,
serei eu o ser da paz noturna.

Foto de Paulo Gondim

Intriga

INTRIGA
Paulo Gondim
05/08/2011

Sei que me incluis nas tuas dores
No teu circo de horrores
Mas o fazes sem desculpas
Não fosse a tua maldade
Pois, há tempo foges da realidade

Somente procuras um lenitivo
Mesmo que encontres um motivo
Serei sempre eu o teu algoz
Pois assim pensas e me culpas
Do infortúnio que restou de nós

A receita é simples: A verdade.
Mas é muito grande tua vaidade
Que te deixas cega, impotente
Não vês um palmo a tua frente
No fundo de tua insanidade

Não sou eu quem te castiga
Pois nunca te causei intriga
Apesar do mal que me fizeste
Na verdade, vítima é o que sou
Da vil herança que de nós sobrou

Foto de Rute Mesquita

Imagem - Inspiração (Nós da vida)

A vida é como um pequeno elástico
na nossa mão.
Quando muito esticado,
torna-se frágil e embaraça-se nas mesmas.
Deixa-nos limitados dentro de um saco de plástico,
abrindo portas à solidão…
Um saco vulgar e num saco antiquado,
ao lado,
encontram-se resmas…
de contas, de preocupações, de desacatos,
mas, vamos manter-nos interditos à realidade?
Ou vamos ‘dar corda aos sapatos’?
Vamos sem presas,
com muita crença em cada movimento,
desembaraçar estes nós.

São nós da vida,
uns de tempo e outros do momento
mas, terão de ser superados.
Sim, exacto como se de um quebra-cabeças
se tratasse.
Que nos compromete com um pensamento,
que obriga uma delicada concentração.
E no fim um fomento,
que nos mete no caminho da solução.
Um caminho que nos testa, que mede a nossa fé,
pesas face às nossas crenças
e que finalmente nos leva àquela sé
e deixa-nos a questionar:
‘o que seria de mim se não acreditasse,
que por mim tenho sempre alguém a olhar?’
É quando vemos a luz incandescente,
que desenlaça todos os nós,
e sentimo-nos crescer.
Passando de uma nascente,
a uma foz.
Agora sabemos como outro alguém
aconselhar.
Nesta viagem aprendemos,
que escolhemos o bem,
basta-nos acreditar.

E assim despimos aquele carregado tejadilho,
de angústia, de solidão, de melancolia,
e até mesmo de loucura.
Pois a felicidade perdura,
e como eu bem dizia:
a fé deve ser o nosso espartilho.

A vida,
é como um pequeno elástico na nossa mão,
um elástico muito brincalhão
e será a sua quebra a única saída?
Depois disto, creio que não.

Foto de Edigar Da Cruz

Uma Amanhã Apenas

Uma Amanhã Apenas

Viver a procura de um viver!,..
Um motivo para sobreviver!!!,..
Os momentos que a vida para e faz esquecer,..
Procuro todas as conexões nenhuma responde
Pois falta algo para complementar..
Falta um olhar!
Falta um sentir!!!..
.Falta uma caricia nova..
Falta um olhar brilhante de felicidade,..
Apenas viver ao acaso nada mais!!
Apenas mais uma nova manhã!!!,..
Um novo sonhar e idealizar e realizar
Vagando atrás dos sonhos,.. a buscar,..
Até encontra um novo começo, meio, que nunca seja ao fim para mais em alguém se perde!,.
Se a vida e um presente e todo dia da um novo..
Cadê esse presente que não chegou!!
Ou foi extraviado
Será que esse mundo há jeito! com tantos preconceitos quando estais preso ao mundo negro ,..sem cor.recolhendo os pedaços que restou
Nem ao mesmo sei que será rescontruido depois de pegar todas as partes perdidas,..
De como um Tolo ou sádico apenas,..
Que acredita em sonhos,..
Na procura de um esquecer
Que fizeram brotar uma singela flor cheirosa
Para junto carregar ao peito esse mundo moderno
Mais JURASTICO E HIPOCRITA e crer que ainda tem jeito não a príncipes ou princesas apenas a um conto de fadas de palavras da realidade preconceituosa

Autor: Ed.Cruz
Dedicatória a um amigo que perdi pelo preconceito social e irracional

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