Realidade

Foto de Azahhy

Amor virtual...

Como aconteceu?
Não sei, não recordo...
Mais posso falar que
Não quero que pare!

Eu nunca pensei que
Um dia pudesse acontecer.
É inesplicável,
É muito mais que maravilhoso!

Mudou minha vida,
Mudou meu “eu”
E continua mudando.
Ficando cada vez melhor!

Se você sente o mesmo?
Não sei!
Tenho medo de saber
E acabar descobrindo que é ilusão!

Por isso,
Jamais pergunto amor,
Se você sente o mesmo,
Se também me amas!

Prefiro viver uma ilusão,
Mais feliz!
Do que uma realidade
Cheia de saudades!

Assim que me sentir preparada
Para enfrentar a realidade,
Seja qual for,
Lhe perguntarei: me amas?

Por enquanto,
Não me digas nada
E vamos viver
Este amor virtual!!!

Foto de Azahhy

O Beijo...

Sabe aquele beijo?
Aquele que nunca aconteceu
Mais que ainda esta presente!?
Eu guardo comigo!
Por nem um momento do dia ou da noite
Eu deixo de senti-lo!
Será que um dia
Vamos senti-lo mais real?
Vamos realmente realizá-lo?
Espero que sim!
Pois,
Se somente a lembrança de algo
Que, realmente, nunca aconteceu
Já me maltrata de saudades
A realidade pode ser que me mate,
de prazer, de desejo...
De querer mais uma vez
Sentir teus lábios encontrarem os meus.
Mas, hoje,
Eu fico só com a lembrança
De um beijo que nunca aconteceu!!!

Foto de Senhora Morrison

Liberta

Livra-me do seu sentimento de posse.
Amar, não sabe o que é.
Livra-me do seu moralismo vil.
Honra, nunca tivestes.

Ris da dor alheia
Mas não suporta a tua própria
Engenhava-me mais sofrimento
E tivestes minha devoção!

Chama-me verme
Julga-se forte, viril.
Mas faz-me seu escoro
Seu chão, para que pise, pise...

Só sabe ploriferar o medo
Ganhas-me no grito
Violenta minhas entranhas
Sempre que se sente só

Eu que parecia lhe dever
Nunca ousaria seus olhos
Dei-te a submissão
Fui-te um depósito de gozos, esporros...

Era só o que valia
Só o que me fazia valer
Diante de um semblante psicótico
Acompanhava-me da incapacidade

Almejar-se-ia seu reconhecimento
Se não lhe descobrisse agora
Tão fraco, tão fora.
De realidade que ainda desconheço

Tu foste meu primeiro, meu único.
E com mãos de ferro
Marcava-me com sua brutalidade
Com prazer em me sangrar

Jamais saberia ter força olhando estas marcas
Não poderia sequer tentar fugir
De sua presença negra e duras palavras
Mediante suas perspectivas

Nunca tiveste um horizonte
Não me mostraste as rosas do mundo
Deixara as pétalas a outras
E me enfeitava de caules e espinhos

Acostumaste-me a pouco amor
Mas minha alma já cumpriu sua sentença
Agora que com fôlego caminho para a luz
Sinto-te ainda mais agressivo

Nunca me ganhaste
Não me amedronte
Mesmo em flagelos irei recomeçar
Aqui ou em qualquer lugar

Vou curar minhas feridas
Com minha saliva
Tenho a mim
E isto me basta

A dor me abriu os olhos
Vejo-me tão capaz
Vejo que te suportei além
Sozinha será mais brando.

Suas ameaças já não me martirizam
Tão pouco o cumprimento
Nunca tive nada a perder
Não me destes nada

Vou antes de tudo acontecer
Antes que nada se faça
Ainda que respiro
Agora que me livro...

Então dormes homem
Que ontem foste digno do meu amor
Dormes que enquanto isso
Vou para onde não alcance seu cheiro

Que seja embalado em sonhos malditos
De murmuras e lamentos
E que quando desperte
Tenha uma vida em sofrimento

Aqui jaz tudo que fui pra ti
Neste ímpeto de coragem
Deixo-te, a querer que esqueça.
Que um dia existi...

Senhora Morrison
30/05/2006

Foto de Jack Morena

Você faz parte do meu mundo

Você faz parte do meu mundo, do meu reino tu és rei,de mim tu és tudo.
Nesse ,indo você me ama, e nosso amor arde em chamas, chamas que nem DEUS pode apagar,pois és maior que o mar.
Então volto a realidade, e vejo que não és verdade, que é apenas uma ilusão,então,é apenas mais uma letra de qualquer canção.
Canção à qual te pertence,pois o amor sempre vence.
Quando te vi, pensei ter encontrado o amor da minha vida, mas o que achei foi minha própria vida.
Volto ao meu mundo e você ia lentamente até mim...desaparecendo assim...feito magina, mas quem sabe um dia...essa magia lhe trará até mim.

Foto de Lou Poulit

O Beiço da Feiosa

Cansado demais para continuar meus trabalhos de pintura no ateliê, de falar com meu próprio silêncio, decidi dar um tempo a mim mesmo. Assim também, escapava um pouco do convívio com o senso crítico de artista plástico. Tinha e ainda tenho esse hábito. Em arte, faz bem de vez em quando apagar tudo o que há no consciente. Depois deixar que o subconsciente, onde de fato habita a arte, aos poucos recomponha toda a estrutura de critérios e conceitos. Fazia uma tarde morna e abafada, típica do verão carioca. A tática era escolher um lugar sossegado no calçadão da praia de Copacabana, de onde pudesse observar de perto as milhares de pessoas que vão e vem caminhando. O apartamento da rua N. Sra. De Copacabana, onde havia instalado o ateliê, era de fundos e de lá não se via ninguém. Um artista precisa observar, muito, como um exercício diário. Apenas observar e deixar que seu silêncio assuma o lugar do piloto. Então uma série de impressões, não apenas luz e forma, serão armazenadas. E quando ele voltar ao trabalho elas estarão lá, disponíveis no subconsciente.

Depois de alguns poucos minutos esparramado numa cadeira de quiosque, já havia conseguido reunir tantas observações que era difícil mantê-las na mente de modo organizado. E ainda mais concluir alguma coisa daquela bagunça. Tentei interromper a observação para fazer uma seleção prévia sem novos dados. Muitíssimo difícil. Minha mente estava de tal modo seduzida pelo que estava em volta, que não podia evitar o assédio da sucessividade. Sempre que sentia a alma crescer e “viajar” nas próprias avaliações, subitamente era trazida novamente ao fundo do abismo por alguma sensação irresistível, como num grande tombo, que só poupava a cadeira de plástico. Tentei fechar os olhos então, mas isso também se mostrou inútil, ainda pior. O estímulo causado pelas demais percepções, que dessa forma ficam mais conscientes do que o normal, era poderoso o suficiente para provocar a mais estranha angústia de não ver com os olhos. Reabri-los seria quase um orgasmo!

Mas depois de um obstinado esforço consegui finalmente identificar algo suficientemente freqüente e interessante: muitas pessoas aparentam imaginar que são alguma coisa muito diferente do que aparentam ser! Talvez ainda mais diferente do que na realidade sejam. Achou confuso? Não, é muito simples. Veja, o nosso senso crítico tem a natural dificuldade de voltar-se para dentro, ademais, os defeitos dos outros não são protegidos pelas barreiras e mecanismos psíquicos de segurança que criamos para nos defender, inclusive de nós mesmos. Por exemplo, um jovem apenas fortezinho e metido numa sunga escassa, parecia convencido de ser uma espécie de exterminador do futuro super-dotado. Um senhor setentão, parecia convencido de ser mais rápido e poderoso que o Flash Gordon (um dos primeiros desses super-heróis criados pela fantasia americana do norte). Uma mulher com pernas de uma cabrita, difícil descobrir onde guardara os seios, fazia o possível para falar, aos que ficavam para trás, com uma linguagem de nádegas, que na verdade mais parecia uma mímica de caretas.

Mas houve uma outra (essa definitivamente feia, tanto vindo quanto partindo) que me surpreendeu, me deixou de fato muito fulo da vida, me arrancou dos meus pensamentos abrupta e cruelmente: vejam vocês que ela torceu o beiço pra mim, em atitude de desdém, como se eu houvesse dirigido a ela algum tipo de olhar interessado... Onde já se viu?! Quanta indignação! Ora, se com tanta mulher bonita no calçadão de Copacabana, de todos os tipos e para todos os gostos, passaria pela cabeça de alguém que eu dirigisse algum olhar interessado logo para ela? Só mesmo na cabeça dela.

Assim que ela passou me aprumei na cadeira, levantei-me e tomei o rumo de volta para o ateliê. A princípio me senti muito irritado com aquela feiosa injusta, no entanto, como caminhar no piloto-automático facilita as nossas reflexões (embora aumente o risco de atropelamento) já a meio-caminho havia mudado de opinião. Não quanto à sua feiúra, nem tão pouco quanto àquela grosseria de sair por aí torcendo o beiço para as pessoas, inocentes ou não. Mas o motivo de promovê-la a feiosa perdoável era o seguinte: sem querer, me ofereceu muito mais do que havia saído para procurar! E por quê?

Bem, antes de mais nada demonstrou ter se apercebido de mim. Não tenho esse tipo de necessidade, normalmente faço o possível em espaços públicos para não ser percebido, mas o fato é que algumas centenas de pessoas também passaram no mesmo intervalo de tempo sem demonstrar nenhum julgamento, nem certo nem errado, bom ou ruim.

Ora, o meu objetivo ao sair não era o de fugir do julgamento alheio, mas sim do meu próprio senso crítico, que mais parece um cão farejador infatigável e incorruptível (capaz de desdenhar altivamente todos os biscoitinhos que lhe atiro), sempre fuçando eflúvios psíquicos e emocionais nas minhas reentrâncias almáticas. Outro ponto a favor da boa bruxinha: o julgamento alheio desse tipo (au passant) não permite qualquer negociação, como acontece por exemplo quando criamos subterfúgios e argumentos para falsear nosso próprio juízo, às vezes oferecendo até uma boa ação como magnânima propina!

Pensando bem, ela me deu algo muito mais importante. Pergunte comigo: não seria razoável imaginar o tipo constrangedor de reação que ela recebe quando homens jovens, bonitos ou interessantes têm a impressão de perceber alguma intenção no olhar dela? Claro, não apresentando nada de bonito nesse mundo onde todos somos tão condicionados à superfície das coisas e pessoas, qualquer reciprocidade seria mais provavelmente uma gozação. Então, nesse caso, a minha presença (não intencional) na prática ofereceu a ela a generosa e graciosa oportunidade de se vingar! Ou, dizendo isso de uma forma mais espiritualizada: de restaurar sua auto-estima e elevar o nível dos seus pensamentos. Quer saber? Me deu uma vontade de estar lá todos os dias.

Depois de algum tempo, certamente eu a levaria às portas do céu! Isso parece muito penoso? Nadica de nada, esforço nenhum. Veja bem, eu precisaria de muito mais tempo, abnegação, e força de vontade (dentre outras) para levá-la às portas do céu por meios, digamos, mundanos! Isso seria tarefa para um desses rapazes “bombados”, cheios de tatuagens, pierces, juventude e vigor, e sem 40 anos de alcatrão nas paredes arteriais! Nunca leram o Kamasutra, ou O Relartório Hite, ou coisa do tipo, mas pra que? Quando eu era jovem não os tinha lido ainda e não senti nenhuma falta disso.

Em resumo, de quebra ainda fiz a minha boa ação do dia e assim posso manter a esperança de chegar algum dia às portas dos céus, digo dos céus celestiais, lugar cuja direção desconheço completamente... Agora, penoso mesmo (e definitivamente brochante) seria encontrar a dita cuja lá! Sim, por ter chegado antes ela poderia sentir-se à vontade para fazer o meu julgamento e proferir solenemente que todas essas palavras que aqui escrevi não são mais do que uma mísera propina, só para liberar a minha mísera auto-estima do meu sentimento sovina de rejeição! Se assim acontecesse, eu não daria mais para a frente o passo consagrador, ao invés disso daria muitos de volta (sem saber em que direção ficaria o meu ateliê). Ainda juraria para todo o sempre aceitar o meu próprio senso crítico (assim como as demais pessoas comuns do meu convívio) e nunca mais sair do ateliê, interrompendo o meu processo produtivo, com o mesmo fim.

Copacabana, mar/2006

Foto de biankinhaaaa260693

*+*Ainda te amo*+*

Hoje percebo...
o quanto tive medo...
de dizer..
que ainda amo você

Te perdi
mas não te esqueci
está ainda em meu coração
essa dolorosa paixão

Criei tanta ilusão
machucando um coração
Pensei que daria certo
Você já estava tão perto

Relembro do passado
Nossa como foi errado
Essa história
vai ficar para sempre na memória

Me vi sem coração
em completa solidão
Aprendendo a viver
sem você

Ah! Realidade
Que me trouxe a verdade
Nunca gostou de mim
Fui tola sim

Fui enganada
Trocada,
por gostar de você
e já não pode viver

Como sofri
E não te esqueci
Você encontrou a felicidade
E eu? Nem a verdade

Ainda choro pelos cantos
Por amar-te tanto
Você é tudo pra mim
Ainda te amo e fim!

Foto de Mirror Man

Espero-te! Sempre!...

Espero-te pela manhãzinha
Quanto o sol acorda e os sonhos
Cor-de-rosa, são substituídos
Pela realidade do dia à dia!
Vens num comboio, rápido,
Sem paragens intermédias,
De costa à costa do sentimento,
Repleto de imagens em movimento!
Imagens de amor, de desejo,
De sombras de luz e anseios,
Sorrisos tristonhos, e suspiros,
Amargo-doces em nossas bocas,
Coladas num amplexo sem fim...
Estou na estação terminal...
E o rápido vem à hora!
Na hora certa, afinal!
A tempo de nos amarmos!
Sem tempo limite para acabar...

Espero-te pela tardinha,
Quando o Sol começa a descer,
A caminho do descanso,
Depois de ter nos dado,
Tanto da sua luz e calor!
Trazes-me um pouco mais,
Daquilo que me dás,
Todos os dias, simplesmente...
Por existires e teres cruzado,
Um dia no meu caminho!
Lanchamos, de olhos nos olhos,
Frente a frente, tocando-nos
No peito o sentimento,
Que não cansa, antes descansa,
E nos dá a força, para viver,
E continuar a querer,
Cada vez mais, sonhar...

Espero-te à noitinha,
Depois do jantar, à luz das velas,
Depois do beijo de sobremesa,
Aquele beijo doce mel,
Derretendo calorias imensas,
Acendendo fornalhas intensas...
Na caminha, à luz da candeia,
Tremeluzente, brilham nosso olhos,
De paixão, docemente, incandescente
Teu corpo, enroscado no meu,
Tomando conta de mim,
És minha, sou teu,
Possuímo-nos, docemente,
No principio, e à medida,
Que a noite avança,
Abrimos o ar de nossos pulmões,
E a fornalha aquece, acelerando
A paixão, já de si intensa...
Alagamos os lençóis
Com nosso desejo despejado
Em beijos, catadupas e gemidos,
No cansar nosso de cada noite,
Um cansar que mais que nunca,
Nos descansa, quando o sono,
Toma conta de nós...
Sem sequer darmos conta...
E nossas respirações,
Antes aceleradas,
Tomam o ritmo de duas crianças,
Abraçadas e renascidas,
Num sono de criança,
E sonhamos de novo,
Os sonhos de nossa infância,
Como dois miúdos,
Felizes sem medo do futuro,
Que amanhã, de manhãzinha,
Vem de novo, sorrateiramente,
Ao nosso encontro,
E nos encontra, abraçados
E confiantes...

Mirror Man

Foto de Edilayne Campos

VIDA

No seu nascimento fiquei banzado, pois não acreditava que aquilo era real,
Parei para te paragonar com a sua mãe, e vi que vocês eram idênticos.
Ela havia partido dessa para melhor, mas não me deixara na mão. Me deixara você, me deixara as lembranças dos traços dela em seu rosto.
Foi triste a despedida daquela que o pariu. Na hora pensei que ficaria enfernado, mas não, meu filho querido, pois você me mostrou a outra face dessa realidade.
Você me levou ao céu outra vez, e fez me crer que vida não tinha parado, e que essa foi apenas mais um curva de uma estrada longa, cituada num lugar chamado VIDA.

Foto de Senhora Morrison

O resgate

Suas mãos estão a caminho de descobrir-me
Anseia meu corpo já estremecido só de pensar
Saberá de meus segredos
Será meu tesouro
Teremos as almas unificadas
Num amor explosivo
Contaminando o mundo em pura felicidade
Amo-te como sempre achei que poderia
É o meu sonho em realidade
Minha esperança de felicidade
O meu príncipe em seu cavalo branco
Vindo me salvar de dias sem você

22/08/2006
Senhora Morrison

Foto de Neryde

Não é somente "amizade" há algo mais na verdade...

Tudo começou com uma simples conversa.
Após alguns e-mail's trocados e
outras conversas por telefone.
Depois de alguns dias,
As palavras escritas
E por outras vezes ditas,
Começaram a mostrar algo diferente.
Então finalmente nos encontramos frente a frente.

Parecíamos tão íntimos,
Que a primeira reação foi se abraçar
E se beijar, na intenção de acabar,
Com a grande "saudade"...
Saudade esta até engraçada de sentir na verdade,
Pois nunca tínhamos nos visto na realidade!
Entre beijos,conversas,risos e momentos de amor,
Pude sentir, seu carinho, seu calor, seu sabor.

Hoje cedo acordei
E de você me lembrei.
Então senti uma solidão,
Invadir o meu coração.
Queria ter você aqui comigo,
Te beijar, te abraçar,
Conversar, te acariciar
E sentir todo seu carinho.

Não sei o que pensar...
Ou talvez eu não queira aceitar,
Que o que sinto na verdade,
É algo mais que amizade...
O que fazer?...
Esquecer?...
Tentar entender?...
Entender o quê?...

Sei que o que tenho em meu coração,
É verdadeiro e intenso,
Pois não consigo te tirar,
Do meu pensamento ,
Em nenhum momento.
Como posso querer me enganar,
Se é sobre o "amor",
Que vivo à falar.

Mas o que fazer se neste mesmo momento,
Começo também a sentir "medo".
Esse sentimento que não deveria existir,
Pois me impede de agir e ter coragem para falar,
Que desejo te amar!!!
Talvez não tenha o mesmo amor pra me dar,
Mais isto não interessa,pois a nossa amizade,
É tão pura ,verdadeira e será para a vida inteira!!!

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