Rabiscos

Foto de Joaninhavoa

Fada, onde estás...

Bem me parecia
que sem saber de nada
sentia e sinto no ar a voar
como que uma fada a deslizar!...

Vês! Estes versos têm degraus
os de cima, pr`a subir aos céus...
mas com a fada por perto, d`meus
passos... irão ter novos rumos...
por certo!...
Qui ça em rotas de rumos de remos
a remar... rabiscos, versos de tanto amar!...

Eu procuro, procuro e não encontro
mas sinto à minha volta
a tal fada!... ainda à pouco poucochinho em meu ouvido zumbiu... estou aqui tão pertinho, pchiuuu!...

Vou ter com ela pr`à tocar, falar perguntar, porque se foi tão
de repente!?!...
Pedir-lhe, anda de volta pr`à gente!...
Mas na casa ela está! anda por lá!... Nunca mais li seus rabiscos...
mas sei que os terei em intuição e com a ajuda da fada madrinha... Deveras! será como que numa primeira versão!...

JoaninhaVoa, in "Fadas Madrinhas versos Fadas Traquinas"
(03/02/2008)

Foto de Inês Santos

Rituais de uma poetisa...

Rituais de uma poetisa

Antes de começar a poetar…
Ponho a tocar um bom som…
Consumo-me em goluseimas…
Rebuçado, goma e bombom…
São os meus tira teimas…

Numa esplanada me sento…
Conjuntamente com raios de sol…
Sinto o sopro do vento…
Dou começo ao meu rol…

Escolho uma amálgama de temas…
Escrevo-os a limpo no papel…
Faço uma série de esquemas…
Saem riscos e rabiscos…
Começa a tomar corpo,até já está bel!

Palavras eu risco…
Enquanto petisco…

Oxalá não me ocorra vocábulos bizarros…
Se tal, corroi-o-me em cigarros….

Vou escrevendo….vou pensando….
-Já pensei !
Depois acabo repensando…
Com efeito de ver…
-Constatei…
Que lindo que ficou…
Com veleidade estou a vibrar…

Não foi a mente que sonhou…
É real, até o posso apalpar…
Que conjunto de versos cintilantes…
Leio, releio….
Que bem que aprecio….
Com riso e siso…
Entretanto creio…
Sou uma miúda fascinante….

Foto de Izaura N. Soares

Buscando Você

Quantas recordações eu guardo dentro do peito
Tentando entender o significado da palavra felicidade.
Quantas linhas foram traçadas.
Quantos rabiscos foram rabiscados
Para que você percebesse o quanto você é importante.
E, no entanto, vivo sempre cheio de saudades.
Busquei dentro de mim uma razão de viver e só encontrei você.
Ao te encontrar percebi que foi demasiadamente tarde
Não tive mais espaço e nem lugar no seu coração para alojar-me
Com carinho e emoção.
O que fazer com um destino perspicaz
Que nos joga um nos braços do outro
Sabendo que é tarde demais viver um amor que não foi
Feito para ele e que
Esse coração vive a sonhar e que sempre o esperou.
E quando o encontrou, não teve mais sentido viver esse amor.
Que demorou a chegar e o nosso tempo passou.
Mas restou um lindo sentimento que nos ensinou,
Que viver a vida plenamente é um presente divino
E que cada momento é para ser bem vivido.

Foto de Carolina Salcides

Carolina Salcides

..:UM POUCO SOBRE MIM:..

* Nasci em: 6 de setembro de 1980, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, onde moro até hoje.
* Virginiana típica: sou muito perfeccionista, detalhista e exigente....
* Busco: o melhor e dou o meu melhor para os outros. O melhor para mim é o equilíbrio (corpo, mente, alma), a sintonia com o universo, com nossa verdade, nossa essência. Se você está nesse caminho, tudo vem. A felicidade está dentro da gente, e o amor e o tudo... Não há o que buscar, há o que plantar para colher... E as sementes estão dentro de nós mesmos!
* Não existe: para mim, não existe meio termo, meio amar, meio viver. É preciso ser completa, ser inteira. Até existe, mas em “meias pessoas”. Escrevo para tocar a outra metade, a metade adormecida de cada um. Pretensão? Não. Sentimento, vontade! Despertar para a vida, para a arte, para a magia, para o amor. Para a inteireza!
* Preciso: de arte, beleza, liberdade – Diariamente!
* Não fico um dia sem: criar. Escrevo, desenho, pinto, crio, recrio, decoro a casa, fotografo...
* Gosto de: noites de luas cheias, silêncio da madrugada, borboletas, fadas, cheiro de terra molhada. De pôr-do-sol, crepúsculos mágicos, fogueiras, rodas, tambores, flauta, violão. Dança do ventre, dança cigana. De sentir o vento nos cabelos, a grama sob os pés, frio na barriga, calor no coração.
* Amo: tulipas!

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..:COMECEI A ESCREVER:..
Sou filha do escritor Paulo Ricardo Salcides, falecido em 2001, então acho que escrever já estava no sangue, mas só fui descobrir isso em 2000, quando comecei meus primeiros rabiscos... E não parei mais. No meu perfil, que o site Absoluta publicou, digo porque eu escrevo: http://www.absoluta-online.com.br/conteudo_vivencias_expressao_carolina.html

..:PUBLICAÇÕES:..
* Só em agosto de 2005 resolvi tirar minhas poesias da gaveta e publicá-las, na internet, num blog que eu mesma criei, chamado Fadas e Poesias (duas coisas que gosto muito).
* Publiquei também em alguns sites para escritores como: "Site de poesias", "Recanto das Letras", "Garganta da Serpente", "Poetas Del Mundo" e "Blocos Online".
* Em março de 2006 fui convidada pela Andross Editora a participar de uma antologia poética com vários autores.
Publiquei então, minha primeira poesia, "Mais uma Vez" no livro Mosaico- Antologia Poética e, em julho desse mesmo ano, publiquei "Sutilmente Te Digo" na coletânea Caleidoscópio (da mesma editora).
* Em julho de 2006 comecei a escrever prosas...
* Em setembro de 2007, lancei meu primeiro livro solo: O VÔO DA BORBOLETA - NAS FASES DA LUA, pela CBJE (Câmara Brasileira de Jovens Escritores – RJ), com minhas melhores poesias.

"Um vôo poético pelas diferentes faces da alma feminina
em sintonia com as fases da lua."

* Já estou escrevendo meu segundo livro, de prosas, sem título ainda.

•ღ•‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗•ღ•

..:INSPIRAÇÃO:..
Cada um escreve o que vai na sua alma, como vê a vida e sente as coisas...
Eu exponho o que há de melhor em mim. Escrevo o que minha alma grita (isso pode ser bom ou ruim)... Mas ela não grita só por mim! São muitas mulheres, vivências, amores, dores, sonhos, desejos. São sentimentos universais...

“Sou um ser contido no mundo e contenho o mundo dentro de mim."

Escrevo muito sobre deusas, fadas, bruxas, ciganas... Todos os arquétipos femininos. Gosto do universo da magia, da beleza e encantamento... Do sutil, do místico, do verdadeiro.
Fadas e borboletas: criaturinhas leves, livres e belas que estão sempre presentes na minha vida, alegrando, inspirando e trazendo muitas coisas boas.

Inspiração? Minha felicidade me inspira. Meu amor, minha fé, minha vida.

Obrigada pelo carinho, Carolina Salcides

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Foto de Sirlei Passolongo

Salivas Amargas

Sobre a mesa um bilhete mal escrito
em trêmulos rabiscos.... É o que restou,
das juras de eterno paraíso.

A boca engole as mágoas
nas salivas amargas da separação
As mãos, as lembranças guardam
dos momentos em que tudo era ilusão... O amor!

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Marta Peres

Meus Rabiscos

Com traços leves vou moldando palavras
e com a luz da alma busco meu pensar,
assim inicio meus rabiscos
falando o que vai no coração.

Ele está cheio de esperança,
olha com olhar inquieto
tanta beleza que enche o coração.

Vivo dentro de um jardim florido
onde rosas brotam nos mais diversos tons,
as cores do arco-íris vão se formando
sigo em frente no meu caminhar.

Procuro traço firme que fale de sonhos
em águas cristalinas sigo a navegar
meu barco parte do cais lentamente
mostrando o traço da poeta a remar.
Marta Peres

Foto de Magroalmeida

Quando acaba o Amor

QUANDO ACABA O AMOR

Tudo começa de forma lenta,
gradual e imperceptível...
Aos poucos os espaços vão sendo
preenchidos por desencantos e
desgastes aparentemente naturais
e que inevitavelmente se revelam insuportáveis.

De repente as mãos rendem-se
ao peso das desilusões e o espelho cai e trinca,
despertando a inquietude contida em nossa alma.

A imagem que passa a ser refletida mostra-se
desfigurada, distorcida e marcada
pelas rugas das mágoas, das insatisfações,
das agressões verbais, dos ressentimentos e do ódio
inconsciente que tenta invadir o nosso coração.

A partir daí, torna-se impossível encontrar
aquele fio de esperança capaz
de recompor a harmonia, a paz, a compreensão,
a cumplicidade, o respeito as individualidades,
o carinho e o amor.

Chega-se, infelizmente, ao fim de uma estrada sem retorno.
Percebe-se, então que, ao longo dessa viagem,
tivemos como companheiros inseparáveis
nossos mortais inimigos: o silêncio e a acomodação.

É fato também que, a trinca causada no espelho
da nossa alma, por menor que seja, torna-o incapaz
de refletir a nossa imagem com o brilho
da paz, da felicidade e do amor.

Por mais que lutemos, nossa mente passa
a não responder aos apelos da alma.
Nossas mãos, aliam-se aos nossos corações
mas não conseguem redesenhar o futuro.
O traços são meros rabiscos imperfeitos,
disformes, desfigurados, desencontrados...

Infelizmente não dá mais...o amor acabou...
partiu sorrateiramente sem avisar ao nosso coração...
é o fim!

Diante de todos esses acontecimentos
resta-nos, apenas, seguir em frente.
Caminhar por uma estrada desconhecida
em busca de novos horizontes.
Em busca de uma nova vida e,
quem sabe, de um novo amor
que possa trazer de volta a alegria de viver.

Mas, certamente, jamais se apagará
de nossa memória toda a história
que um dia escrevemos no portal da nossa vida.
As lembranças jamais nos dirão adeus.

Lágrimas poderão brotar em nossos olhos,
mas não serão de arrependimentos,
serão das saudades que se perpetuarão em nossa alma
durante o nosso novo caminhar pela vida.

Assim, cabe exclusivamente a nós abrirmos o nosso coração
para que a felicidade nos brinde no novo amanhecer que nos espera.
E, certamente, seremos felizes outra vez
onde quer que estejamos.

Mar/2007
Magroalmeida

Foto de francineti

Luiza minha menina

Luiza cantada por Jobim,
planejada e tão desejada por mim
minha menina pequenina e danadinha,
saudades minha filhinha,
saudades de te ver brincar,
de ver-te sorrir para mim,
saudades de te ver correr para me contar como foi na escola
abres a mochila e tiras tanto bagulho só para me mostrar,
mostras teus rabiscos, tuas letras, teus desenhos...
inventas tuas estórias infantis
quanta imaginação para criar ilusão
eu fico encantada,
repito sorridente: como você é inteligente
Eu te abraço,
Te ponho no colo,
falo das fadas,
leio contos de fadas,
você sempre pede: mãe repete
Rapunzel, patinho feio, chapeuzinho vermelho...
Eu digo já chega,
você me beija e me abraça
cansada adormece
eu velo o teu sono
aos pesadelos imponho: não pertubem o sono do meu bebê

Foto de Ludiro

Insônia

Insônia

Áspera e tardia
Aurora pra chegar
Nas entranhas dos meus sentimentos
A volúpia dos meus pensamentos

Na agonia, no anseio
Aflora a inspiração
Poucos versos, mais desejos
Ai! Quanta solidão

Palavras caem no papel
Como se fossem lágrimas
A distância do amor
O desejo, a dor

Fazem da caneta e papel
A união que faltou
Em traços e rabiscos
Veja o resultado que chegou
Ludiro
05/02/2006

Foto de TrabisDeMentia

Correndo atrás do amor

Gostava de sentar e escrever
Sobre si, meu amor, mil palavras
Mas voçê passa o tempo a correr
E só saem rabiscos, bobagens

Me conceda talvez um só dia
Uma hora ou meia, me deixa
Um minuto, só um de alegria
Um seg..? Passou. Que seja.

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