Portas

Foto de fabio fan

Quanto vale um elogio?

Quanto vale um elogio?

Certa vez em enorme sala estavam vários vendedores
Pretendiam vender para o magnata rei do aço dos E.U.A.
O empresário não era bem quisto, e dele se falava horrores
Sua fama era de que ninguém ocuparia muito do seu tempo
O vendedor que com ele ficasse mais que dois minutos
Tinha motivos para muito se gabar, e sair com muito alento

Entre eles estava um jovem, que indagado sobre o que vendia
Disse carvão, que nas indústrias do magnata muito era usado
Gargalhadas ecoaram como um céu tonado
Disseram lhe atreve se a concorrer com a empresa que já o cedia?
O jovem disse deixa eu primeiro entrar e verão que uma hora com ele vou ficar

O rapaz duas horas depois estava de volta, com bloco de pedido repleto
Incrédulos os demais indagaram, como conseguistes tal intento?
Humilde o moço diz entrei na sala, ele nem para mim olhou
Mas quando eu lhe disse que o admirava e me sentia honrado
Por estar ao lado do homem que um império construiu
Ao perguntar como ele tinha conseguido brilhantemente tudo aquilo
Ele passou a me mostrar por uma hora meia às fotos de sua trajetória
A outra meia hora fizemos um contrato de compra mensal de carvão

Amigos se um poderoso magnata se curva diante de um elogio sincero
Que dizer de nos?O elogio abre portas incentiva, da razoes para se viver.Salva vidas.

fabio fan

Foto de Carmen Lúcia

Aquela rua...

Aquela rua...

Retorno àquela rua...
Não é a mesma, nem há mais lua...
Escondeu-se entre prédios e assédios
E tímida, já não se mostra nua.
Pisaram a poesia que havia nela
Roubaram-lhe o encanto, meu recanto...
Fecharam-lhe as portas e janelas...
Amordaçaram seu sorriso e o seu pranto.
E as pedrinhas reluzindo dia e noite,
Trocaram-nas por asfalto... um açoite,
Arrebatando-lhe os sonhos de criança
A rua onde guardei a minha infância.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Creio em ti...

Antecipa-me o céu...
Bem de leve, sem escarcéu,
clareia-me a escuridão,
mar de atrocidades, turbilhão,
onde a hipocrisia se cria
gerando só falsidades
e a poesia se esconde
em meio à desarmonia...
Anseio a paz que há em ti,
reviver o que já cri.

Abre-me portas, janelas,
incita meu voo livre,
ampara-me em tuas asas,
junto de mim convive...
Preciso do ar que exalas,
ouvir de teu coração
a melodia que espalha
ressuscitando emoção...

Devolve-me a paixão esquecida
me faz forte... guarida,
põe-me diante do novo,
de novo, diante da vida...
estanca a minha ferida
sopra de mim essa dor,
livra-me de qualquer rancor,
devolve a fé que perdi.
Só tu podes...Creio em ti...
És o Amor!

_Carmen Lúcia_

Foto de Gregório H

Sorriso sol

Acredito que posso voar
Que posso chegar ao terceiro céu
Mais perto de Deus
Onde o mais oculto será revelado
Teu sorriso me faz acreditar que sim

Abre as portas do desconhecido
Dá poder, me faz acreditar e ter fé.
No amor, fé no falho homem que sou.
Que construiu para si uma fortaleza
Cujas as paredes ruíram

O que fazer? Pra onde fugir?
Se o que mais temo é o que mais desejo.
Mesmo sabendo que oculto e proibido
Morreria ou mataria por um mísero beijo
Mas não levaria comigo um coração dividido

Se tivesse chegado antes,
Se tivesse voltado o tempo,
Se os desígnios me fossem dado
Se tivesse um chance
Seria uma vez feliz

Foto de MARCELO NAZARIO

SEMPRE NO SEU TEMPO

Cavalgo no seu tempo.
Se sois gueixa, origami
Se Helena, Tróia!
Sob teus gritos
Aos grilhões da senzala!

Sou teu spalla de ofício.
Desde os bastidores até o palco principal
Uma longa e sinuosa estrada
Cuja perfeita partitura
Em sustenido ou bemol
Só se compara ao pujante Bolero de Ravel.

A cada arrepio arredio
A fúria de um samurai em combate;
Até que a taquicardia se comova
Chore, copiosamente, na alcôva
E abra as portas da lânguida senzala.

Foto de Diario de uma bruxa

Seria eu seu grande amor!

Queria saber cantar
Para cantar uma canção
Que te fizesse chorar
Que tocasse bem fundo no seu coração
Que fizesse você me ver

Poderia ser sua inspiração
A chave secreta do cadeado
Que tranca as portas do seu coração
Seria eu seu grande amor!

Queria saber recitar sem gaguejar
Versos que te fizessem voar
Que penetrassem em sua mente
Que se fizesse semente
Para florescer mais tarde em seu coração

Fazer de mim seu jardim
Onde seus segredos estariam guardados
Desejos, tremores sentimentos
Seria eu seu grande amor!

O que seria de mim
Sem você
O que é você
Sem mim.
Seria você meu grande amor!

Poema as Bruxas

Foto de BRUCE ALEX

Perdido

Vou seguir como alguém que procura uma saída
Deixarei agora as luzes da cidade acenderem
As portas abrirem
Andarei até sozinho pelas ruas
Não precipitarei nem hesitarei
Haverá um silêncio em mim

Vou seguir a vida
As estrelas me guiarão para novos caminhos
Tenho muita coisa para colocar no lugar
Muitas promessas que nem sei o que fazer
Não sei onde chegar

Existe brilho na infinita escuridão do espaço
Estarei apoiado no futuro
O acaso vai me proteger enquanto estiver distraído

Sem insistir e buscar
Nada de me enganar
Será espontâneo
Chegarei lá sem mesmo notar

Foto de Carmen Lúcia

Rua do Porto

Rua do Porto...

Reduto dos desencontros,
úmida, sombria e torta,
ancoradouro dos confrontos,
vazia de janelas e portas
onde o silêncio deixa uma fresta
e seu eco recua diante dela.

Rua do Porto...

Lugar de almas atravancadas,
sem calçadas, esburacada,
onde o sol se esqueceu de entrar,
onde a lua jamais vai brilhar
e as manhãs já não querem acordar.

Rua do Porto...

Onde a noite aporta sem lua
E um tapete umidificado de limbo
mofa a ilusão da chegada e da espera
de transeuntes que passaram por ela
ludibriados buscando quimeras...

Rua do Porto...

Beco onde a vida se infiltra
a procura de um brilho oculto
que lhe passe a ilusão de luar
ou revele nos recônditos dos seus vultos
uma alma de luz a brilhar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Azke

"Vago"

das moradas trancadas de minha mente
soltas,
em padecer pretérito de meras outras ilusões
outras, pois tendem a se afastar
fixadas
repensadas
mas de maneira feral
a despeito de qualquer que seja o rumo normal,
as janelas
trocadas,
ascendem, de maneira errada,
ao filtro cálido do lume esquálido,
que precede o sonho real...

em quartos separados
ou vastos quadros meus,
entulhados
de fé, abnegados,
referem-se a si
como desculpa tola de verter o que vi...

algo a mais de ti...

és real?
o toque úmido dos meus rastros te silencia?
qual esta corda desfiada
qual serves-te este, o meu coração,
alimentas-te?

o lado refreado por um tempo sublinhado...
tantas e tantas vezes,
continuado
na guerra dos meros invictos
a duelarem,
consigo em nós,
desatados,
afrouxados,
na corda pouca desfiada
das portas trancadas
que se escondem em vãs noites de convulsão...

Foto de Carmen Lúcia

Apesar de...

Apesar dos caminhos truncados
e dos sonhos não alcançados;
apesar dos estilhaços, tropeços e fracassos;
das derrocadas inesperadas e cruentas,
das lutas consigo mesmo, sangrentas,
dos embates com as incoerências
impostas em nosso cotidiano;

apesar das ingratidões marcadas pelo pranto
que desaba mesmo sem querer,
visto a dimensão do desengano;
amores aos quais nos demos tanto
e que se foram ...e que perdoamos;
dos torpedos lançados à queima-roupa,
covardemente, sem aviso, de improviso
a arrancar-nos o chão... a alma e o coração...

apesar das perdas irreparáveis
de entes queridos, amigos admiráveis,
apesar do cansaço, da fria solidão, da ausência de abraços,
das dores mescladas com sorrisos
amargos e sofridos, escancarados e corrompidos;
ainda assim há o lado bom da vida,
de portas abertas a nos acolher.
Nem precisa bater...
Basta crer que vale a pena viver...

Carmen Lúcia

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
25/02/2010

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