Portas

Foto de Fernanda Daniela

Dueto

Quem sabe se eu fosse outra
Outra coisa outra pessoa outro lugar
Algo diferente de mim mas tão igual
Algo que habita em mim , mas se esconde?

Poderia alçar maiores voos
Ganhar maiores alturas
Mas os tombos seriam maiores também
A beira o precípicio o vento é mais forte.

Aflorar a alma que guardada dorme
Velar a alma que agora escondo
Deixar as portas abertas para o vento Sul
Inflar as velas do barco e partir...

Cansada e imersa em dores
Prantos e falsos amores
Enganos e desilusões... Minh'alma grita

Sou dama da noite
De todos e de ninguém
Vou prá quem souber me levar
E isso é tão fácil... tão simples...

Na calada da Noite sou Tua Devassa
Prá fazer o que quiseres
Meus desejos ... são teus desejos
tuas vontades.. as minhas...

Meu corpo pertence a tí
E aos outros por tí trazidos
Desejos e prazeres
Sou um receptáculo das tuas vontades...

E mesmo assim não me queres...
E mesmo assim duas em uma...
Senhora e Devassa... não sou boa prá Ti...

Foto de @ngel

Sentimentos

Oque eu sinto agora não consigo explicar,uma dor no peito uma angustia insuportavel e o coração a doer,
Parece que de repente e chão sumiu debaixo dos meus pés,
e tudo que era porto seguro , desabou..
me deixando a mercê do sofrimento
e hoje não sei nem o porquê,
Uma tempestade de palavras passam por minha mente e eu só consigo me ver em um quarto escuro ,de portas fechadas,
mãos amarradas,coração batendo descompassado, quase sem forças,
me pergunto oque fazer mas não existe oque fazer,
pra onde fugir , não existe este lugar
e essa vez eu prometi pra mim mesma que seria diferente,
Ficarei , levantarei minha cabeça , mesmo que meus pés tropecem no meu sofrimento,
e minhas pernas tremulas não souberem pra onde ir,
e minha cabeça desorientada, não ache a direção
eu vou ficar....
e essa tempestade da minha vida vai passar ,e com certeza certamente algo me ensinará,
eu não quero ficar mas vou,
minha vontade é fugir , mas vencerei meu espirito covarde,
e direi a mim mesma que tudo vai passar...
e logo mais tudo voltara a ficar bem.

"A Tempestade pode durar uma noite mas o sol brilhará pela manhã"

Foto de paulobocaslobito

O perdão que devo aos amigos

Quantas vezes nos sentimos tristes por não sermos compreendidos?
Porque aquilo que se disse, se escreveu ou se pensou, afectou profundamente os sentimentos desses ou dessas pessoas em causa...
Quantas vezes desejamos pedir desculpas, sem nos escusarmos de lamentar todos os nossos erros ditos, cometidos, sentidos, pensados ou não.
Quantas vezes deveriamos lamentar sermos tão arrogantes, para nos desculpar-mos e assumir-mos a nossa cota parte da "culpa"? Se é que nos julgamos culpados de algo!
Lamentamos, porque é muito mais fácil lamentar. Lamentamos, porque é mais simples não assumir. Lamentamos, porque desejamos fugir. Lamentamos, por falta de coragem. Lamentamos, por tudo e por nada. Lamentamos da vida, das pessoas e de nós.
Mas, não lamentamos mudar; não lamentamos mudar porque nos é bem mais difícil. Porque nos falta vontade; sendo: perdemos os amigos e as amizades, e a vida.

Sinto-me triste muitas vezes, porque não me compreendem, sinto-me triste porque me engano e principalmente, porque os meus pontos de vista não são de modo nenhum uma tirania. Pois que todos têm o direito deles objectar ou vetar; assim como outros têm o direito de ou não os elogiar ou votarem neles.
Sinto-me triste muitas vezes, porque as palavras têm dois sentidos e milhares de interpretações; mas a culpa delas só a mim me cabe defenir.

Aquilo que se faz, diz ou se escreve, pode sempre ter dois sentidos; sendo: deveriamos também pensar nesse sentido...

Uma dúvida dissipa-se discutindo, e abolindo-se o "não verdade", desvanece-se ao podermos pedir desculpas pelos nossos enganos ou desenganos, esbate-se por nos entendermos.
Não nos adianta de nada colocar-mo-nos em "offline", cada vez que acessamos o "msn", não nos adianta nada não respondermos as mensagens que nos enviam, não nos adianta de nada fugirmos de portas trancadas e escondidas do mundo lá fora; isso chama-se: Covardia!

Sei que sou também culpado por coisas que assim acontecem... algumas porque a vida te impõe, outras por falta de tempo ( que desculpa! ), outras porque não tens resposta e outras por seres imbecil!
Então, só me resta ser submisso dos meus próprios erros, mesmo que eles traduzam dois significados pois há sempre um lugar na Terra para nos arrependermos e para nos entendermos; há sempre uma hora em que tudo o que somos, somos por dizermos e desculparmos, e, se não o fizermos, podemos nunca sermos felizes.
Não custa nada pedir-te desculpas pelos meus actos e as minhas ideias impostas, não custa nada pedir-te desculpas por não ter atendido aos teus chamamentos e mensagens e ou ter discordado de ti.
Não custa nada mudar desde que nos sintamos capazes de querer.
Não custa nada, porque sinto vergonha, porque não te quero perder, porque em algum momento da minha vida, o que fizeste, disseste, escreveste ou me levaste a sentir; não me mereces que te perca.
Por isso te peço perdão, nem que seja como amigo ou simplesmente como és e pelo que és...

Paulo Martins

Foto de Eryck Oliveira

Tudo por você

Portas e janelas que eu abri
foram todas para você,
sonhos e idéias que eu sempre tive,
foram todos com você

Vem comigo, vem
sonhar ao meu lado
na terra, no mar
não importa onde for,

Eu não quero que isso
acabe jamais
ou pra mim e pra vc
isso vai causar muita dor

Pense que eu sou para sempre seu
e de mais ninguem
assim jamais esqueça que eu
ti quero só pra mim tambem...

Foto de Carlos Magno

Dor e amor

Se as portas agora se fechassem, se as luzes não mais me iluminassem, buscaria no escuro de meu peito fechado a razão da minha loucura...
Sai de mim um vazio torturante que me consome, que me esmaga, que me corta feito navalha, que me acalma como inferno...
Perdi meu ser, minha luz de viver. Procurei certezas, encontrei nada, nada e nada...
Não sei chorar, não sei o que é dor; sinto somente um vazio que me aquece e me faz frio...
Minha boca seca quer não mais um beijo, não mais um lábio apaixonado... quer o amargo e vermelho sentimento da da própria inveja.
Porque lágrimas não desprendem de meus olhos?
Porque soluços não judiam de minha alma?
Amo minha dor como migalhas amam o chão em que caem, e eu me busco no infinito, no vazio de meu peito, na dúvida se existo, na certeza de que nunca me encontrarei...

Foto de InSaNnA

Sou a tua poesia

Pensar em vc..
me inspira a poesia...
me perco em rimas incertas..
minha vida fica de portas abertas !
exponho meus desejos e loucuras..
em palavras que descrevam a minha insensatez
mergulho em fantasias..em que o prazer me espera
tudo ganha cor..a cor do amor!
quero me perder nesse mundo..que vc me deu...
um mundo poetico.. que minha alma teceu..
estou agora entregue..
sinto o melhor da tua presenca...
sua alma..linda.. se faz em versos..
teu corpo ..minha inspiracao!
vc...me faz ..mulher..nessa alma tao menina..
em metamorfose.. tua poetisa..amante felina..

Foto de sonhos1803

Brincando de viver

Foi brincando de viver,
Que me apaixonei por você,
Foi chorando,
Que aprendi que se ama amando,
Foi aceitando,
Que te perder,
Fazia-me ganhar,
Que crescer não era só sofrer,
Era reviver,
Reacender as chamas,
Abrir as portas da alma,
Sorrir sem medo,
Rasgar todos os segredos,
Empregar a dor, em cada linha,
Em velhas rimas,
É pairar nos olhos,
Como um pássaro,
A voar,
A espalhar cada nova paixão,
Sem um sim ou não,
A embaralhar os fatos,
A tropeçar os passos,
A cair de braços abertos,
Em um céu incerto,
Na certeza de respirar,
Em cada boca a deixar,
A desejar, a despejar,
O ar, que vem,
No que vai,
Pulsando,
Crescendo,
Florescendo,
No calor,
Deste mundo cinzento,
De perfumes, em ardumes,
Com tantos costumes.

Da poesia ao poeta.

Foto de @iram

Rebentos do ser

Rebentos soltos
fragmentados na imaginação do ser,
são os pensamentos talhados
na imagem do querer.
Falam de tudo
sem nada para dizer,
libertam-se sem se conseguir vencer.
Não se talha a imaginação na alma
porque é sopro sem querer viver.
Loucura amena
são as portas deste renascer
que não sabe onde nasce
e desconhece se vai morrer.

03-03-06 Lídia de Sousa

Foto de @iram

Explosão

Se não balançares,
Não cais.
Se te entregares,
Já sabes para onde vais.

Sentido.
Seguro.
Vivido.
O restrito dos ideais.

As portas num só caminho,
Abertas de par em par.
Um só destino,
Feito do mesmo caminhar.

Entreguei-me na escuridão.
Achei-me no teu olhar.
Procuro-te na imensidão
Da terra e do mar.

Viajo nos teus braços,
Sem nunca me entregar.
Prendo-me nos laços,
Feitos do mesmo viajar.

Doce azul,
Mergulhar...
Perco o norte e o sul;
Há um beat a palpitar!

Vai explodir, vai explodir;
Música do mesmo ecoar.
Bomba a decidir: cronómetro;
Se és feito do mesmo acordar.

18-06-2004

Foto de TrabisDeMentia

Ela

Olho de novo para as maciças portas. Tento olhar para as maciças portas. Imagino que olho para as maciças portas. Não vejo as maciças portas, mas que importa? Passam doze minutos e não aparece. Há doze minutos que deram as doze badaladas. Há vinte sete minutos que eu entrei, e não aparece. O pé treme no chão, não de impaciência, mas de receio. Antes não apareça.
A sala é quadrada, a mesa é quadrada, os bancos são quadrados, alguns redondos. A sala é estranha, a musica é estranha, a minha voz é estranha... eu sou estranho. Porque é que as minhas palavras soam a falso, a premeditado?! As luzes de LSD, vermelhas e verdes, bailam por entre as quatro beatas no cinzeiro e o copo de whisky outrora cheio. Mando vir mais um... e mais outro. Outra badalada, outro cigarro e os meus lábios secos pedem por mais. O fumo a haxe intensifica-se, semicerro os olhos como que embriagado, mato e vegeto. Olho o relógio, o meu negro relógio, que já tão pouca falta me faz e olho de novo para as tão frágeis portas... tão frágeis... tão... Que linda música!
As portas do bar erguem-se á sua volta. Olho o relógio sem ver as horas. Só penso nela e no que lhe hei - de dizer... e as minhas palavras soam a falso, a premeditado. Não me cumprimenta. Como eu queria que ela me beijasse! Perdi a deixa. Sacudiu a camisa desfraldada e sentou-se. Sorriu, e como eu gosto desse sorriso! Inclinou ligeiramente a cabeça, deixando cair os seus longos e belos cabelos castanhos sobre os ombros, fitou-me com os seus profundos e belos olhos negros... e perguntou-me com a sua bela doce voz:
- Como vai a vida?!
Engasgo. Tremo. Eu sei lá. O significado chega-me pouco depois. Olho para a mesa quadrada e riscada e penso, ou melhor, tento pensar. O seu olhar incomoda-me, e hoje está mais penetrante do que nunca. Sinto-o, mesmo por entre o fumo denso e azulado. As palavras esfumam - se e o torpor aumenta. Que letargia!
- Como tem que ir! Vai como tem que ir!- Gritei para me fazer ouvir, tentando retribuir o sorriso. Mas cedo ele se esvai. Olho para o lado e tenho a incómoda sensação que fui ridículo. Soou a falso e a ridículo. Sem dúvida que fui ridículo. Por entre a música surge o perturbador silêncio, que não deixa de ser ridículo também. Meu deus! Que ridículo! Só espero que ela assim não pense. Que tudo é estranho, quadrado e ridículo.

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