Fuga do meu ser!
Quantas vezes cheguei a acreditar,
Que o problema era comigo,
Vivi assim muito tempo,
Desacreditando em mim,
Fugindo das responsabilidades,
Com medo de não conseguir...
Ainda hoje não compreendo meus motivos,
Meu sentir já se tornou tão confuso,
Que meu humor é tido como misterioso...
Meus olhos se escondem da luz,
Por medo de minha alma encontrar,
E tudo o que desconheço,
Vir assim, tirar meu chão...
Quantos pensamentos tenho eu,
A procura de tantas respostas,
Mas como é difícil achá-las
Uma vez que nem mesmo os livros me ensinam,
Uma vez que o saber me incomoda...
Hora ou outra descobrem meu segredo,
A chave de meu coração,
E entre lágrimas eu sinto entregar-me,
Abandono sincero do meu ser,
Desconforto total de minha alma,
Prazer supremo em me perder nas revelações
Que tão qual uma flor, aos poucos se revela,
Vagarosamente, cuidadosamente, intensamente,
Também eu assim os faço...
Mente...
Aqueles que não tem momentos assim...
Que fogem pra não se encontrar,
Eu bem que tentei,
Mas descobriram meu segredo
Abriram as portas de meu coração...
E agora sinto-me frágil diante o medo,
Vitima de minha própria sedução,
A sedução do passado, do presente,
Do futuro que me persegue,
Dos desejos que me traem,
Do que eu realmente sou!
E do que posso ainda ser!