Pronomes demonstrativos todos conhecem. São aqueles que mostram, apontam os substantivos: “esse” e sua turma, “este” e seus derivados, “aquele” e suas variações. Mas, quando usar “este”, quando usar “esse”, ou “aquele”... Meu Deus, ah! Dúvida cruel.
O uso moderno da Língua Portuguesa aponta uma tendência pela preferência do uso do “este” em detrimento do “esse”. Tudo bem. Toda língua é uma entidade viva, que só prevalece porque seus falantes a modificam a cada dia, fazendo com que esta evolua e esteja sempre apta a representar com excelência os anseios de seus falantes. Isso quer dizer que ao falante é permitido utilizar “este”, “esse”, ou aquele... Ao seu bel prazer. Importa é comunicar-se. Mas, na hora de escrever, a coisa muda de figura... Existem regras, e regras rígidas. Portanto, se quer escrever corretamente, ou fazer concursos, vestibulares; preste muita atenção a este texto.
A escolha dos pronomes demonstrativos determina a localização da coisa demonstrada em relação ao espaço, ao tempo, ou a localização no texto.
LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO: Este, quando a coisa demonstrada estiver próxima de quem fala (1.ª pessoa). Esse, quando a coisa demonstrada está próxima da pessoa com quem se fala (2.ª pessoa). Aquele, quando a coisa demonstrada estiver longe dos interlocutores.
LOCALIZAÇÃO NO TEMPO: Este, para presente: Este ano de 2006. Esse, para passado recente ou futuro próximo: Nesse ano de 2005, o Brasil viveu uma grande crise política. Nesse ano de 2007, pretendo arrumar minha vida. Aquele, para passado remoto e futuro distante: Naquele ano de 1964, o Brasil iniciava a mais negra página de sua História. Naquele ano de 2050, a terra era invadida por ets.
LOCALIZAÇÃO NO TEXTO: Este, quando a coisa referida ainda não tiver sido citada: Este é o meu ideal: conquistar o mundo. Esse, quando a coisa referida já foi citada no texto: Conquistar o mundo: esse é meu ideal.
Estas são mais algumas dicas que julgo serem úteis. Se alguém se dispuser a ler, ou ama a língua de Camões, ou tem sede de conhecimento. Quaisquer que sejam os motivos, muito me lisonjeará tê-lo como leitor, e muito me agradará responder aos e-mails que, porventura, me enviem.
Obrigado. JG