Poesia

Foto de Fernanda Queiroz

Figuras Linguísticas

Figuras de linguagem

Comparação: consiste em aproximar dois seres pela sua semelhança de modo que as características de uma sejam atribuídas a outro. Exemplo: Lívia é linda como sua mãe.
Metáfora: ´´e uma espécie de comparação implícita entre dois seres, já que o elemento comparativo fica subentendido. Exemplo: O samba é pai do prazer.
Metonímia: consiste no uso de uma palavra (x) em lugar de uma outra (b), em virtude de certas familiaridades que elas têm entre si. Exemplo: Você já tomou dois copos, agora chega.

Pleonasmo: é a repetição de uma idéia, com repetição ou não das mesmas palavras. Exemplo: Vi com meus próprios olhos!
Antítese: é o emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido. Exemplo: De repente do riso fez-se o pranto.
O emprego de palavras que se opõem também é denominada como, paradoxo ou oxímaro . Exemplo: ela chorou de tanto rir!

Prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir atitudes inanimadas ou humanas a seres inanimados ou irracionais. Exemplo: histórias em quadrinhos.
Onomatopéia: é a reprodução de sons e ruídos por meio dos sons das palavras. Exemplo: POOMP!!!
Eufemismo: é o uso de uma forma mais amena para dizer algo que possa chocar o interlocutor. Exemplo: Um senhor pegou seu carro sem lhe avisar e sem a intenção de devolver!
Ironia: ocorre quando se diz alguma coisa, querendo-se dizer exatamente o contrário. Exemplo: Todos os meus amigos têm sido campeões em tudo.
Hipérbole;
Hipérbato;
Sinédoque (metonímia);

Funções da linguagem

No ato da fala, pode-se observar:
o emissor: aquele que diz algo a alguém
o receptor: aquele com quem o emissor se comunica
a mensagem: tudo o que é transmitido do emissor para o receptor
o código: a convenção que permite ao receptor compreender a mensagem. Ex: Língua Portuguesa
O canal: o meio que conduz a mensagem ao receptor. Ex: a língua oral
O referente: o assunto da mensagem

Sendo assim temos as FUNÇÕES DA LINGUAGEM:

Função Referencial
Ocorre quando o referente é posto em destaque, ou seja, o objetivo do emissor é simplesmente o de informar o seu receptor. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Os textos desta linguagem são dotados de objetividade, uma vez que procuram traduzir ou retratar a realidade. Bons exemplos da função referencial são os textos jornalísticos e científicos.

Função Conativa (ou Apelativa)
Ocorre quando o receptor é posto em destaque, ou seja, a linguagem se organiza no sentido de convencer o receptor. Neste tipo de função é comum o emprego de verbos no imperativo e verbos e pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Bons exemplos da função conativa são os textos de publicidade e propaganda.

Função Metalingüística
Ocorre quando o código é posto em destaque, ou seja, usa-se o código lingüístico para transmitir aos receptores reflexões sobre o próprio código lingüístico. Bons exemplos da função metalingüística são as aulas de línguas, gramáticas e o dicionário.

Função Emotiva (ou Expressiva)
Ocorre quando o emissor é posto em destaque, ou seja, a mensagem está centrada na expressão dos sentimentos do emissor. É um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso de verbos e pronomes em 1° pessoa e também o uso de pontos de exclamação e interjeições. Bons exemplos da função emotiva são textos líricos.

Função Fática
Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem é apenas testar o canal, o que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Exemplos típicos da função fática são: "alô", "pronto", "oi", "tudo bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc.

Função Poética
Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se a atenção para o modo como foi organizada a mensagem. Bons exemplos da função poética são textos literários, tanto em prosa quanto em verso.

As linguagens da literatura

Versos são uma sucessão de sílabas ou fonemas formando uma unidade rítmica e melódica que corresponde, normalmente, a uma linha do poema.
Estrofe é um agrupamento de versos.
Métrica é a medida dos versos.
Ritmo na poesia se dá pela alternância de sílabas acentuadas e não acentuadas,ou seja, sílabas que apresentam maior ou menor intensidade em sua enunciação.
Rima é um recurso mundial baseado na semelhança sonora das palavras no final dos verso e, as vezes , no interior dos versos.
Aliteração é a repetição de sons consonantais idênticos ou aproximado.
Assonância é a repetição de sons vocálicos idênticos ou aproximados.
Paranomásia é o emprego de palavras de grafia ou sons aproximados, mas de sentidos diferente.
Paralelismo é a repetição de idéias e palavras que se correspondem quanto ao sentido

*Texto pesquisado em Fichário On Line

Foto de Zedio Alvarez

Amiga de Minas 2

Pegamos uma carona na tua leveza
Num vôo rasante de um Albatroz
A tua poesia adorna a tua beleza
Por ter dado asas ao destino de nós

Plane junto com a tua fraternidade
Levitando os nossos sonhos de outrora
Mas sem dizer à tua liberdade,
Que um dia vais embora...

Teus delírios acionaram o nosso bip,
Justificando as vibrações de uma emoção
Fazendo-nos viajar na tua poesia, acredite!
Liberando a nossa alma numa oração

Ocupaste os espaços da nossa convivência.
Teu acesso não foi negado à tua inspiração
Queremos caminhar com a tua consciência,
Com a compassada batida do teu coração.

Dependemos muito de ti Amiga de Minas,
Precisamos da tua mão poética...
Quero conviver sempre com a tua rima,
Para moldar toda a nossa dialética.

(Para Fernanda Queiroz)

Foto de Lou Poulit

Soneto Inglês Para a Mulher Amada

O formato alcunhado de "soneto inglês", pelo gosto do seu povo e pela predileção de Shakespeare, é para mim muito sedutor. Primeiro, porque em 18 versos (no caso decassílabos) se tem um pouco mais de conforto para sintetizar o sentimento, comparando-se com os 14 versos do soneto tradicional. E segundo, porque o encerramento com dois versos conclusivos, destacados no corpo da poesia, oferece ao poeta algumas possibilidades importantes, como reforçar certo ponto ou sugerir outro, que não tenha sido claramente contemplado.

Eis o último que construí, mais uma evocação do poeta perdulário, que nunca consegue pagar sua dívida de devoção. Espero que gostem tanto quanto eu:

AH, MULHER...

Ah, mulher... Não sabes o quanto eu te amo...
Como aparei das pedras as arestas
Rasguei o abraço de úmidas florestas
Me dessedentei no amor que proclamo:

Venham sobre minh’alma os julgamentos
Meu castelo é de cristais transparentes
Devasso o peito, teus beijos de dentes
Meu indulto, inequívocos sentimentos!

Ah, mulher... Com que loucura desejo
Descer ao ápice do teu abismo
E nos teus escuros ver-me sem pejo
Qual bicho amante, cheirando teu sismo.

E pacificado, de um grito ledo
De um verso último, branco e vigoroso
Largar-me em tua vertente, cioso
Só, ciente, senhor do teu levedo.

Ah, mulher... Exala essa paz de amada
Cuja estrela se me esvai... Saciada.

Foto de CarolComPoesia

TEU AMOR

O teu amor vem me encontrar todas as manhãs
acorda-me de um sono de estrelas,
acende meu dia em contentamento,
acalenta-me alma, peito e corpo
e depois alimenta-me as horas,
aquece as sensações que afloram de súbito
e resfriam o dia.

Pois o teu amor não se achega sem motivos
vem tirar o incômodo das horas passantes
e fazer o peito como antes, adolescente,
sorri para mim e nem questiona meus quereres
chega-me de um jeito impetuoso, o teu amor

alicia a alma, abocanha o corpo e poesia
contenta-me em sorrisos à toa,
enfeita minhas tardes de terças enfadonhas,
navega em calmaria, em sintonia,
conhece minhas verdades todas
e aceita-as na medida certa de cada uma

O teu amor não é coisa pouca,
ou coisa alguma, é o desprazer de senti-lo longe,
o querer constante e a vontade de um peito delirante
que tem sede e fome da presença, e geme
por saudades ocasionais, quando solidões surgem
sem explicações e urgem por esse amor

O teu amor,
ah! O teu amor!

(Carol)

Foto de Homem Martinho

Poetisas da Lingua de Camões

POETISAS

Andando a procurar
Mulheres a escrever poesia
Fiz uma viagem de encantar
Por entre encanto e magia.

A poetisa Fernanda Carneiro
Êxtase e “Com você aprendi”.
Erotismo belo, nada brejeiro,
Como muito pouco já vi.

Aline Poeta “melhor é teu amor”;
Karine K. “Rogais por Ti”;
Pstella “Malagueta” e “Dor-Amor”;
Camillinha “Você já amou assim”.

Aninha Wagner “Não diga nada”;
Sandra Saraiva “Escuridão”;
Joana Darc Brasil “ Acorda-me na madrugada”;
NuzzyII “Meu erro” e “Solidão”.

Anandini “Falar com Você”;
Ângela lugo “Rosas Belas”;
É da mais bela poesia que se lê,
Poesia de poetisas singelas.

Anjinhainlove “Desejo Incompreendido”;
Cármen Lúcia “ Desfile das flores”;
Poemas lindos tenho lido,
Falam de partidas e chegadas, de amores.

Ceci_Poeta “Ausências”; Ivone L. “Quero”;
“ Você me assanha” da Crystina;
Poemas escritos com muito esmero
Por uma linda senhora ou menina.

Diana Pilatti “Sonho” e “Embebida”;
InSaNna “Singular” e Friiisson”;
Neryde “Vida, estrada comprida…”;
Escrevem o amor no mesmo tom.

“Lembranças de Ti” de Maria Goreti;
“Ouça quanto sinto saudades” de Thathá;
“Meu amor…” da poetisa Ivaneti;
É poesia do melhor que por aí há.

Neguinhavi “Conselhos apaixonados”
A série “Além do horizonte” Fernanda Queiroz
São como uma bendita fonte
Que nos sacia a sede a todos nós.

Um beijo grande para todas.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/04/20

Foto de Carmen Lúcia

Desfile das Flores

Num reino encantado de olores e cores,
Onde a fantasia sugere poesia,
Desfilam faceiras, abertas aos amores,
As flores mais belas do “Rancho das Flores”.

Vem a margarida, tão cheia de vida,
Com saia de pétalas, girando, atrevida,
E a orquídea esnobe, altiva e rica,
Lembrando a nobreza da corte esquecida.

Agora...suspiros...rubores...pudores...
Maria-sem-vergonha, de ardores, fulgores,
Tão discriminada, até ultrajada...
Porque dá à toa...Que triste! Coitada!

Logo em seguida, o lírio do campo,
Com sua pureza, vestido de branco,
Recompõem-se as flores num clima de paz,
Recobram os valores, a moral se refaz!

A um certo perfume...silêncio total...
É a dama-da-noite, beleza fatal...
Atrás dela o jasmim, que saiu do jardim
Para a dama aplaudir...e sonhar...e sorrir...

E no ar, de repente, um calor eloqüente,
Faz as flores tremerem, suores intermitentes
Exalam fragrâncias,ao vê-lo à distância...
É o amor-perfeito com um cravo no peito.

Brilhante tal qual uma estrela, a papoula vermelha,
Fazendo “caras e bocas” a quem quiser vê-la,
Mas quem roubou os olhares foi a tulipa amarela,
Com boa postura,elegância e sua beleza singela.

O ponto alto da festa, momento de esplendor...
As violetas dançaram a “Valsa do Imperador”!
Só não se apresentaram as viçosas açucenas...
Perderam-se pelos caminhos por conta das cantilenas.

Chegaram as onze-horas colorindo a passarela,
Dando passagem a ela...à flor mais bela...
Curvaram-se todos em respeito à nobre donzela,
A rosa rainha de espinhos,suas sentinelas!

De repente...um acidente...e fala a bromélia:
-Caiu de cima do galho,a insinuante camélia!
Um chourão choramingando surgiu do jardim,
E com uma placa na mão anunciava:Fim!

_Carmen Lúcia_

Foto de Zedio Alvarez

Obrigado Poetisa

Seus agradecimentos vou aceitar.
Mas se as minhas composições,
Vem no tempo certo do rimar,
Liberando a alma em orações...
Que do teu coração faz Minar

O que direi da tua Maestria?
Sob as Bênçãos dos Deuses da Poesia.
Curta toda a tua real emoção
Justificando as tuas vibrações
Oriundas de um amado coração.

(Para Fernanda Queiroz)

Foto de Anandini

Falar com você...

Falar com você...
Falar com você é poder ser livre
é poder sentir
a força ,os caminhos
onde se pode chegar
quando se ama alguém

é poder ousar, é não ter medo
de se entregar

é expor a alma...
limpa,verdadeira
como uma flor aberta
que se rende a entrada do sol

quente e ardente
Simplesmente sente

Falar com você é
abrir os braços para a poesia
é criar sem forças um caminho
que só a gente sabe onde vai dar...

Falar com você é
ter liberdade para subir num vagão
ir de encontro ao infinito
em um trem que partiu em silêncio,sem grito

Falar com você
É sentir na pele
o tamanho
dos seus medos e tédios

pedir clemência a morte
pedir a Deus a vida.
é tentar fechar a ferida

com lagrimas de sangue
que anestesiam a dor
e devolvem a alegria

São palavras ,letras que ora surgem
que ora se escondem
que não se despem como devem
Que se medem, não se entregam

Uma agonia,misturada com poesia
linhas fortes,sentidos confusos
rabiscando o desejo e matando o prazer

Falar com você
é criar asas,é se deixar levar
é viver a realidade de palavras
que não se concretizam

pois a alma aflita
não sabe pra onde partir
se confunde se perde
entre a morte e a vida.

falar com você é
transportar-se para um mundo distante
onde só cabe nós dois

e tudo o mais,deixar pra trás
e distantes de tudo
só há espaço pro amor

e o depois?

O depois vamos ver
analisar,entender

se sonhamos demais
ou se as palavras
impregnadas,de ´Sim
são apenas um nada

são apenas palavras
que se forem apagadas
rabiscadas ou rasgadas
continuam a valer

e se impõe e se firmam
entre ter ou não ter

a coragem,de buscar
a realidade em seu ser

e fundir-se, doar-se
assim

eu
e você.

Falar com você...
é não falar
é ouvir
é amar
é sorrir
é ficar
é partir
é estar sozinha

tu sem mim
e eu sem tí.

Cadê você?

Foto de Fernanda Queiroz

Literatura

Literatura

Na literatura o real ou a realidade que tem sentido denotativo, cria ou origina a imaginação que por sua vez provoca a imaginação que tem o sentido conotativo (polissêmico), e compõe a escrita na literatura.

Gêneros Literários:
Todas as obras literárias estão agrupadas em gêneros literários devido a alguns fatores: escrita em prosa/poesia; presença ou não de narrador; personagens, enredo, espaço, tempo, diálogo...

Classificação:
Gênero Lírico: ("Eu"):
Obras escritas em verso (a maioria), cujo conteúdo é sobre amor, alegria, tristeza, sofrimento, saudade, morte...
Não existe um narrador, pois é a alma (coração) do poeta que fala.
Destaques:
Cora Coralina
Castro Alves
Mário Quitana
.
Gênero Épico: (em verso) presença de narrador (3º pessoa):

São obras históricas, grandiosas, com fatos, guerreiros aliados ou não à mitologia.
Exemplos: O Uraguai, Os Lusíadas, Odisséia.
Clássicos:
Verso, rima métrica.
Narrador, 3º pessoa (observador)
Herói - gosta de um sofrimento
O Uraguai:

Verso, métrica, sem rima.
Narrador em 3º pessoa onisciente
Herói: infeliz, triste

Introdução à Literatura

Literatura: litera(palavra)
Trabalha a palavra de maneira artística.
Componentes de um ato de fala:
Locutor: é quem passa a mensagem;
Mensagem: tudo que é transmitido para o interlocutor;
Interlocutor: quem recebe a mensagem;
Código: convenção social que permite ao interlocutor compreender a mensagem;
Canal: o meio físico que conduz a mensagem ao receptor;
Referente: assunto da mensagem;
Denotação: quando empregamos a palavra no sentido comum (dicionário);
Conotação: quando a usamos em sentido figurado, diferente daquele que lhe é próprio.
Funções da linguagem:
Emotiva: quando o emissor é posto em destaque; expressa o eu - lírico (ex: prosa ou poesia centradas nos sentimentos ou emoções do locutor);
Apelativa: quando o receptor é posto em destaque(ex: propagandas de produtos);
Referencial: quando o referente é posto em destaque;informa objetivamente o interlocutor(ex: jornais e revistas);
Metalingüística: quando o código é posto em destaque(ex: dicionário ou aula de português);
Fática: quando o canal é posto em destaque(ex: para iniciar um diálogo:"Oi!");
Poética: quando a mensagem é colocada em destaque(ex: poema).
Texto Literário
Verso e prosa.
Gêneros
Lírico: eu (expressa sentimento).
Épico: poema em verso narrativo (passado histórico)
Drama: peça teatral
Elementos da narrativa
Personagem, narrador, tempo, espaço, fato(enredo, ação), conflito, clímax, desfecho.
Os gêneros literários
Gênero lírico: texto no qual o eu lírico (a voz que fala no poema, que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, idéias e impressões em face do mundo exterior.
Gênero épico: há a presença de um narrador que fundamentalmente conta a história passada de terceiros.
Gênero dramático: trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Ela "acontece" no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens.
Estilo de época
Em cada período da literatura, chamados de estilo de época, existem obras de autores que apresentam certas afinidades entre si. Ou seja, pode apresentar semelhanças entre duas obras quanto à linguagem, aos temas, à forma de ver e sentir o mundo.

*Texto pesquisado em Fichário On Line

Foto de aninha wagner

Declaração de Amor

Declaração de Amor

Preciso escrever
Uma declaração de amor
Que alivie meu peito
Que traduza em poesia
Toda essa agonia
Que me pegou de jeito
Essa paixão não revelada
Que me deixou desorientada
Esta saudade contida
Que me torna dividida
Que muda minhas maneiras
E me deixa com olheiras
Esta paixão secreta
Que me faz ficar alerta
Eu preciso da tua mistura
Pra acabar com minha loucura.

Ana Wagner

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