Penso, quantas ilusões e sentimentos dormem silenciosamente em meu peito.
Em cada segredo trancado a alma como um cão de guarda fiel
De tantos dias e suas linhas e que nada condizem com realidade dos dias...
A cada instante que passa e que posso sentir ao vento da noite veloz a me atingir
Do que hoje nem eu mesma suporto sentir
Mas o dia se aproxima e perto do fim me pergunto a quem entregar a incógnita de meu coração.
... Como hei de revelar tantos lamentos se os tive a cada minuto de minha vida
Haverão de surpreende – se com tantas injúrias, pela fúria de meus próprios sentimentos.
Sobre tudo que se esconde atrás de minhas lágrimas
E quisera eu ser tão grande, capaz de ver-me e não somente quando olho ao espelho – onde nada vejo, além da cólera que acobertada entre meus olhos, me pune na sentença de minhas próprias palavras.
E que no fim de meus dias não somente as entrelinhas revelarão meus caminhos por mim escolhidos, onde nada mais poderá me atingir senão a particularidade de como tudo pude transformar e até a mim que hoje sinto como outrém.
... Tantos poetas e pensadores, mentes gloriosas que se abriram ao mundo e que por ele se fizeram grandes.
Todos aqueles quais se ergueram sobre a sentença instigante de suas palavras, todos grandes, de palavras e que hoje posso entendê-las.
Grandes homens que feneceram diante a eternidade lhes dada, mas que de grandes somente as suas palavras e que sem elas, nada poderiam ser além do que seus próprios olhos puderam avistar."
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