Perguntas

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Mesmo depois de Tudo.

Eles se tornaram enamorados a muito tempo.

O destino os testou, maltratou.
Queriam amar, mas não sabiam como, queriam falar mas não sabiam o que.
Queriam curar, mas não achavam remédio,
Poderiam até morrer para que o outro pudesse viver.

Algum tempo se passou,
e o coração guardava,
o que nem mesmo eles sabiam que ainda poderia existir.

A Saudade...
noites mau dormidas, sonhos inacabados...
e todo aquele amor guardado.

A Coragem...
A vontade de saber, mas o medo de tentar...
algum tempo se passou.

O Contato...

Apenas naquele momento,
mesmo depois de tudo,
novamente escutaram-se.
O idioma do coração é universal, eles sabiam disso;
basta sensibilidade para ouvi-lo e deixá-lo falar,
mas é preciso querer resgata-lo

O amor lançou, no mesmo instante
em que se viram novamente,
mesmo depois de tudo
Uma flecha ardente aos seus corações
e um raio de luz ao seu espírito.

Os dois novamente, após terem-se ouvido
procuravam ver-se para se ouvirem melhor,
havia ali muita experiência, muita expectativa mascarada.
A curiosidade é o resultado dos primeiros conhecimentos.

Eles aproximaram-se; procuraram-se;
afastam os galhos; vêem-se depois de tanto tempo.
Deuses, que êxtase!
Nunca esperavam ter aquilo novamente.

É preciso ter o ardor de seus desejos,
o tumulto de suas idéias,
o fogo que anima seus sentidos,
para compreender a situação dos 2 naquele momento.

Durante algum tempo, permanecem imóveis;
são tomados por um tremor,
mesmo depois de tudo,
parece uma novidade do prazer para os seus sentidos.

Tocam-se; mantêm silêncio;
deixam no entanto escapar
algumas palavras mal articuladas.
Ela lhe diz: Deixa assim!
Ele sorri.

Mil perguntas um ao outro lhe sondam a cabeça
mas nada respondem com precisão;
Todavia, estão satisfeitos
com o que dizem um ao outro,
mesmo depois de tudo,
acham-se até esclarecidos.

Compreendem,
pelo menos, que se desejam,
E que encontraram o que procuravam,
o que estava esquecido.
o que só podiam encontrar um no outro
e isso é o que importava.

Eles tiveram um desses encontros
que o amor e o prazer transformam em delícias;
Desses encontros
que basta se ter tido um único na vida
para ser feliz e poder dizer,
valeu a pena.

Seja apenas pelo encanto de recordá-lo.
Quando o amor nasce,
tudo é mistério:
à medida que ele cresce,
tudo é confiança.

O local preferido deles é o lindo jardim,
onde em homenagem ao mistério do amor,
o dia só aparecia através das folhagens mais espessas,
onde sempre que quisessem,
fugiam do mundo para ir ali se encontrarem.
Mesmo depois de tudo.

Lá, a árvore amorosa inclinava seus galhos
com mais docilidade do que em qualquer outro lugar;
o tico-tico articulava, de cem maneiras diferentes, os nomes ternura e felicidade.
Noite e dia, o rouxinol lá cantava os seus prazeres; e sem cessar o pardal a eles se entregava.

É fácil fazer uma descrição romântica
dos lugares consagrados ao amor;
Mas como é possível lembrar o que dois enamorados
dizem um ao outro nos momentos de paixão?

Eu prometi guardar segredo
E, se traio a promessa,
é porque quero que os românticos
saibam de todos esses detalhes.

Porque valeu a pena!
O amor prevaleceu,
assim como nas histórias
do bem contra o mau
Não poderia ser diferente.
Tudo estava guardado.

O jardim secreto se mostrou ao mundo
Deu frutos que causavam inveja a própia felicidade.
Tudo estava consagrado, protegido.

E quem prova essa história....
o amor
Assim como fé, basta acreditar...

Os enamorados
nuncapoderiam ser mais felizes.

Mesmo depois de tudo

Foto de all_nites

qual o sentido de tudo isto???

Qual o sentido de tudo isto?
Acordei esta manhã com este estranho pensamento. Abri os olhos a pensar em algo que torturava a minha cabeça ao longo dos tempos. Essa pergunta impertinente não me largava e tudo o que eu queria fazer, era despachar-me para ir para escola. Tanto ela me chateava que decidi, por fim, sentar-me na cama desarrumada e pensar sobre o assunto.
Tudo o que estava a pensar tinha a ver com o sonho que tinha tido. As imagens e os filmes do meu subconsciente passavam rapidamente na minha cabeça e sem problemas, consegui finalmente, perceber a base de tudo isto. Como é que tudo se formou?
É claro que segundo a ciência, a vida formou-se na Terra, devido a condições favoráveis, ou seja, os quatro elementos criaram uma situação estável de forma a permitir a formação de aglomerados moleculares, células e por fim seres vivos.
Mas a minha pergunta não ia para tão perto, ela ia ainda mais para longe. Os animais formaram-se através das células, as células formaram-se a partir de moléculas, as moléculas provêm dos átomos e então, “DE ONDE VÊM OS ÁTOMOS?”.
Finalmente! Tinha conseguido achar a pergunta. Mas faltava o mais importante, a resposta. Ninguém sabia a resposta. Desde daquele tipo de pessoas fúteis, que não se interessam por nada e só querem viver as suas vidas segundo o padrão social, até aqueles grandes cientistas e filósofos, mentes brilhantes que atravessam a vida pelos caminhos mais difíceis e mais sabedores, como Platão, Newton ou Da Vinci, não têm uma resposta certa quanto a essa resposta.
Bem, o certo é que, depois de tudo isto, tive que me despachar a vestir e a comer para não chegar tarde à escola.
O dia foi interessante. Era uma Quarta-feira e por isso as únicas disciplinas que tinha eram Educação Física, Filosofia e Matemática.
Em Educação Física, a minha turma teve a jogar Softbol (parecido com o basebol mas com uma bola de ginásio) e consegui fazer um Home-run.
Em Filosofia, teve-se a falar da ciência, um tema porreiro quanto a mim, e o professor deu-nos um trabalho para fazer ao longo do terceiro periodo. O que nós tinhamos de fazer era criar um texto em que se falasse dos limites da ciência, segundo a nossa opinião e não com ideias retiradas de outros lugares.
Eu já tinha um tema acerca do trabalho.
Durante as férias da Páscoa, eu surgi com uma teoria acerca da viagem inter-espacial. Falei com os meus amigos, João Jalé e Rui Gamboa e todos concordámos em realizar essa experiência. Essa ideia consistia em comparar a massa e a carga de um átomo de modo a construir um modelo semelhante a essa partícula, mas em tamanho real.
Toda a experiência foi projectada. O modelo foi desenhado e os objectos eram de fácil acesso mas, o pior foi os cálculos. Segundo um átomo de hidrogénio (que é o mais leve de todos os elementos), para construir um sistema de massa 5g a energia necessária para fazer a carica viajar no espaço, não era nem mais nem menos, do que 2 x 1013 volts. Bem isso era um bocado díficil de atingir e por isso esquecemos essa ideia.
Mas agora podia falar dela no trabalho.
Cheguei a casa, coloquei-me em frente ao monitor e fui buscar toda a informação que possuia da experiência. Retirei os textos que explicavam a actividade, os gráficos e esboços do projecto e comecei a escrever um texto, a expôr a minha ideia.
Demorei pouco tempo a fazer o trabalho pois já tinha muita informação.

O período passou num instante. Faltava poucas semanas para terminar as aulas e o prazo de entregas dos trabalhos para Filosofia era hoje. Apesar de ter uma semana para entregar, só me tinha lembrado de trazer o trabalho para a escola no último dia.
Entreguei o trabalho ao professor assim como os outros alunos e expliquei ao Jalé e ao Rui o que tinha escrito. Eles disseram que segui um bom exemplo para o trabalho e que era boa propaganda da ideia.
Tocou para saída, arrumei o material e juntamente com os meus colegas saímos da sala em direcção ao átrio da escola. Encontrei a Diana, a minha namorada e cumprimentei-a com um beijo doce.
O intervalo era de quinze minutos e por isso não valeu a pena sair da escola. Quando estava quase a tocar para a entrada, um certo indivíduo colocou-se à minha frente era o meu professor de Filosofia.
- Podes vir comigo ali fora para eu te apresentar uma pessoa? – perguntou-me ele apontando para a saída.
- Claro, tudo bem. Diana, já vai tocar, podias ir já para a aula.
- Está bem. – respondeu ela dirigindo-se para as escadas que levavam às salas de aula.
Acompanhei o professor até à saída da escola e junto ao passeio, estava a estacionar, um Mercedes SLK 600. Um senhor de fato saiu do carro e dirigiu-se a nós.
- Bom tarde, doutor.
Apertaram as mãos após o senhor também cumprimentar o professor.
- Doutor, este é o Bruno. – começou ele. – Tiago, este é o Doutor José Cunha, ele é o responsável por um laboratório situado perto daqui.
- Olá. – disse eu apertando a mão ao Dr. José.
- Olá. Então és tu o génio que deu asas a esta ideia? – perguntou ele.
- Qual ideia?
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço.
- Hã... Sim fui eu. – disse eu embaraçado.
- Estou espantado! Onde arranjaste tal ideia?
- O meu pai tem um livro antigo e nesse livro está a falar de um experiência Top Secret, que não se sabe se existiu ou não, chamada Philadelphia Experiment, a Experiência do Filadélfia.
Então eu lá falei durante minutos sobre a tal experiência que a marinha norte-americana tinha feito durante a segunda guerra mundial, eles tinham conseguido, sem se saber como, fazer desaparecer um navio em alto-mar e fazê-lo aparecer numa baía. A marinha negou tudo mas houve muitas testemunhas. Após ler aquilo fiquei curioso e pus-me a pensar sobre o assunto. Tanto pensei que, por fim, veio-me à cabeça uma ideia: qual é uma das únicas coisas instantâneas no mundo? A passagem de nível electrónico dos electrões para a camada seguinte. Segundo a química, quando um átomo recebe demasiada energia, os electrões ficam excitados e por isso passam instantaneamente para uma camada electrónica superior. Fiquei com esta ideia na cabeça mas foi logo substituída por outra, e se desse para criar um modelo com as semelhanças de um átomo mas numa escala real. Pensei mesmo muito nisso, fiz textos sobre isso, desenhei projectos, fiz tudo, inclusive os cálculos que estragaram tudo, pois era preciso uma carga de 2 x 1013 volts para o objecto de 5 g passar para o nível seguinte e viajar no espaço, e por isso desisti do projecto porque com uma energia dessas, mesmo que fosse possível criar, poderia fazer estragos com tamanha carga, como no caso dos trovões.
Acabei de explicar tudo e reparei que ambos olhavam para mim fixamente.
- Espectáculo! – disse o doutor. – Há anos que tento arranjar alguma forma de viajar no espaço e tu conseguiste primeiro que eu. Queres juntar- -te à minha equipa?
- Uau! Seria um prazer. Quando?
- Sei lá, talvez nas férias.

Falámos por mais uns momentos, mas já eram três e meia e tinha que apanhar o autocarro. Dei o meu contacto ao Dr. Cunha e despedi-me.
Ia a caminho de casa, no passeio junto à estrada e uma criança ia à minha frente a andar também, mas mais devagar. Acelerei o passo para a passar ao lado da menina e quando passei por ela, uma voz fina dirigiu-se a mim.
- Não o faças! – disse a menina com um ar triste. – Por favor, não estragues o mundo!
- Não faço o quê? – disse eu espantado pela reacção da criança.
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço. – disse a menina levantando a cabeça e mostrando os seus olhos azuis brilhantes.
Fiquei paralizado, como é que ela podia saber? Não contei a ninguém, a não ser ao Jalé, ao Rui, à Diana, ao professor e ao doutor. Eles não iam espalhar isso por aí e mesmo assim, como é que uma miudinha conseguia perceber isso?
A criança virou-se e começou a caminhar para o lado contrário.
- Espera aí! Como te chamas? – perguntei eu acompanhando, por momentos, a menina.
- Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado. – disse ela olhando de relance para mim. – E não me sigas. Adeus pa....
- Adeus quê? – disse eu gritando para ela já ao longe.
Ela não respondeu. Começou a correu e virou para uma rua escondida. Durante minutos fiquei ali parado espantado pela situação.
Cheguei a casa lentamente a pensar sobre este estranho episódio. Entrei em casa, abri a porta para os cães irem à rua, abri os estores da sala e deitei-me no sofá. Estava muito cansado e custava manter os olhos abertos. Tudo se escureceu e por fim adormeci.

Acordei agitadamente, saltando do sofá violentamente e caindo para o chão. Olhei para o telemóvel, eram seis e vinte e tinha uma chamada da minha mãe.
Sentei-me no sofá e levei as mãos à cabeça, tinha tido um sonho horrível, o fim do mundo. Tinha sonhado que a terceira guerra mundial tinha rebentado devido a uma associação criminosa que usava a minha teoria para tudo o que era mau. Roubar, infiltrar e até matar. Parecia tudo tão real.
Finalmente tinha compreendido o que queria dizer a rapariga sobre o estragar do mundo. Finalmente tinha percebido que, se calhar a minha teoria não era assim tão boa como tinha pensado. Possivelmente era mais negativa do que positiva. Era boa como transporte rápido de pessoas e mercadorias mas era mau devido aos assaltantes e associações criminosas que eram facilitados no seu trabalho devido a esse transporte.
Estava decidido! Ia esquecer tudo. Era difícil mas era o melhor. Tinha que pôr tudo nas costas. Tinha que dizer ao Rui e ao Jalé o que se tinha passado e explicar ao meu professor e ao doutor a minha opinião.

Na sexta-feira, dirigi-me ao professor de filosofia que estava na sala dos professores e expliquei-lhe tudo certinho e o mais directo possível. Após acabar a explicação, o professor com uma cara de desânimo virou-se para mim.
- Tens razão. – disse ele. – Também já tinha pensado nisso.
- Então quer dizer que o professor me apoia nessa escolha.
- Claro que te apoio. Foste tu que criaste isto e és tu que tens a escolha de desistir do projecto. – disse ele pondo o braço a minha volta. – O Dr José é que vai ficar muito desiludido.

O professor voltou a chamar o doutor e eu expliquei a situação toda outra vez.
- Tens a certeza que queres fazer isso? – perguntou o doutor.
- Tenho, muita certeza.
- Que pena! Era uma grande oportunidade para seres famoso. Pelos vistos afinal vou ser só eu o famoso.
- O que quer dizer com isso? – perguntou o professor.
- Bem, já que ele não quer levar o projecto avante e como já tenho conhecimento acerca da teoria, levo eu isto para a frente.
- Não pode fazer isso! A ideia é minha e para além disso você vai provocar muita alteração no mundo. – gritei irritado com a atitude.
- Está bem! Quando me mostrares o Pai Natal, eu acredito no teu sonho.
Ele dirigiu-se para o carro e foi-se embora em grande velocidade.
- O que se pode fazer para evitar? – perguntei ao professor.
- Nada! Tu não patentiaste a ideia logo ele pode usá-la à vontade.
- Onde fica o laboratório dele?
- Fica no Bombarral. – disse o professor.
- O professor tem carro? – perguntei insistindo numa hipótese.
- Tenho.
- Então vamos fazer-lhe uma visitinha. – disse olhando para ele à espera de resposta.
O professor pensou durante momentos, até que por fim concordou comigo. Entrámos dentro do carro dele e fomos rapidamente até ao Bombarral.

Quando chegámos ao laboratório, este não era nem mais nem menos do que uma fábrica velha de tijolo.
- É aqui? – perguntei.
- É. – disse o professor. – Ele usa o laboratório debaixo da fábrica.
Entrámos dentro da fábrica e fomos dar a uma porta que necessitava de uma palavra-chave. O professor digitou uma combinação de números, a porta abriu-se e um elevador levou-nos para baixo.
Descemos poucos metros e quando a porta se abriu fiquei paralizado de novo. Já estava tudo pronto para a experiência. Os meus projectos já estavam todos construidos à minha frente e uma contagem decrescente de três minutos tinha-se iniciado.
O laboratório tinha aproximadamente três andares e no último estava, dentro de uma sala apenas com uma janela, o Dr Cunha. Ele viu-nos e rapidamente começou a descer as escadas. Ouvia-se da sua boca as palavras “Continuem a contagem”. Após descer os três andares e aproximou-se de nós com um passo rápido.
- Então gostam da minha experiência? – disse ele ironicamente.
- Pára já com isto! – disse eu directamente olhando bem para os olhos dele.
- Não sabes o que estás a fazer! – disse o professor.
- Claro que sei!
“Um minuto e meio para actividade.”
- Com essa potência, toda a população desta vila vai morrer electrocutada. – disse eu.
- Não vai não! Estão a ver estas paredes todas à volta. – disse o doutor apontando para elas. – São feitas de um material que isola grandes cargas eléctricas.
- Cala-se! – disse eu. – Voçê vai provocar muitos estragos mundiais e eu vou evitar.
- Como? A fazer birra? – deu uma gargalhada seca.
“Trinta segundos”
Comecei a correr em direcção ao projecto. Poderia fazer qualquer coisa para evitar. Estragar a experiência, rouba o objecto, qualquer coisa.
O doutor seguiu-me e quando cheguei perto do projecto, ele agarrou-me fortemente.
- Não me vais estragar tudo! – disse ele com um tom de voz irritado. – A experiência é minha.
- Não! É dele! – olhei para trás e vi o professor a dar com uma cadeira no Dr. Cunha deixando-o inconciente sobre o projecto.
- Obrigado. – disse eu.
“Dez...nove...”
- Temos que sair daqui! – disse ele.
- Mas e o doutor?
- Não dá tempo! – disse o professor agarrando-me na mão e puxando-me até ao compartimento, de onde saiu o doutor, atrás das paredes isolantes.
Um forte clarão se deu durante segundos e após ouvir-se um estalo intenso tudo se normalizou. Esperámos uns segundos e por fim volt´mos à sala. Tinha desaparecido! O doutor e o objecto tinham desaparecido totalmente. Não havia sinal deles.

Com toda esta confusão, após fechar-se o laboratório e isolar-se os acontecimentos, eu quis voltar para casa. Não podia contar isto a ninguém, não convinha. Poderia acontecer tudo novamente.
Sentia a mente aliviada enquanto ia no carro com o professor. Eu e ele não tinhamos falado mais sobre o assunto. Simplesmente agradeci-lhe por tudo.
Cheguei a casa. Já o carro se tinha ido embora e ia eu abrir a porta quando um “Obrigado” surgiu de uma voz fina. Olhei para trás e vi a menina do outro dia. Agora ela já estava feliz e despreocupada. Eu tinha tantas perguntas para fazer mas limitei-me a dizer:
- Gabriela do Paço Castanheira Eguedelhado né? Não me vou esquecer desse nome. Obrigado eu por tudo.
- Não vai ser preciso lembraste. – disse ela sorrindo e voltando a correr, afastando-se de mim.

Era Sábado e por isso estava com a Diana. Contei-lhe a situação do laboratório, ela era de confiança apesar de ter sido difícil fazê-la acreditar.
Falei-lhe da rapariga mas não sei porquê, não me lembrava do nome dela.
- Diana, se tu tivesses uma filha, que nome lhe davas? – disse eu tentando-me lembrar do nome dela.
- O meu nome favorito é Gabriela e, se neste caso, tu fosses o pai ela chamava-se Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado.
Voltei a paralizar. Será possível? Será que aquela rapariga era de facto, minha filha?

Fim

Foto de all_nites

pra todos os apaixonados

No teu olhar eu procuro as respostas
As perguntas que não tenho coragem de fazer
As duvidas que me provocam pensamento
As carícias que desejo ter
No teu olhar eu encontro o conforto
Dos teus carinhos que encontrei
Dos teus beijos que me fazem sonhar
Dos teus pensamentos que me fazem viajar
No teu olhar eu descobrir que vale a pena
Ser criança a brincar
Ser tolo em amar
Ser homem e te desejar
No teu olhar eu sinto o calor
De um sol interno e profundo
De uma fogueira a queimar
De uma brasa que nos funde em paixão
No teu olhar eu desejo ter esperança
De uma sedução incontrolável
De uma sensação de prazer
De uma vontade de te ter
No teu olhar eu falo asneiras
faço parecer as palavras tolas
De quem ama sem saber amar
De quem deseja sem saber o que desejar
De quem encontra o que não estava a procurar
No teu olhar eu vejo a criança
Que existe na tua alma
Que nos ensina a viver
Que nos mostra a pureza de querer
No teu olhar me entrego
Aos pensamentos loucos de uma paixão
Aos desejos de ter no meu coração
Aos infinitos sonhos de uma ilusão
No teu olhar eu procuro e encontro
Descubro e sinto
Desejo e falo
Vejo e me entrego
A uma paixão que me faz viver e sonhar

amo-te

Foto de Dirceu Marcelino

Ó MUSAS DO JARDIM ENCANTADO II

Ó MUSAS.

Ó POETAS,

Também, meus antigos e atuais Professores, ajudem-me a responder duas perguntas do Menino Marcelino, Bom Menino:

É possível escrever uma poesia sem letras?

Se alguém escrevê-la, que denominação daríamos a ele?

Não é enigma, pois, também, não sei a resposta.

Ó Diretora da Escolinha da Fernanda,

Me ajudem...

Por favor

Obrigado, a todos e me desculpem se a pergunta for inconveniente e inoportuna.

Foto de Sirlei Passolongo

......................... "SE"........................

Tem dias que a gente se pergunta tantas coisas, se iremos atingir nossos objetivos, se vamos realizar nossos sonhos, se iremos continuar casados, solteiros... Se nosso trabalho irá satisfazer nossos ideais... e assim vamos colocando tantos “ses” em nossa vida que nunca paramos para agradecer o que já realizamos, os sonhos que conquistamos, o amor, o trabalho... a saúde...
E o tempo? O tempo passa tão rapidamente e quando nos damos conta já se passaram tantas coisas em nossas vidas e por bem poucas vezes nos lembramos de agradecer... Quase sempre nos lembramos de pedir, mas agradecer...
Agradecer pela manhã, pela oportunidade de recomeçar que nos é dada todos os dias quando acordamos...
Agradecer pela chuva que molha a terra, pelo sol que ilumina as plantações... Pela água que bebemos...
Não nos lembramos de agradecer por nossas pernas, nossos braços, nossos olhos, nossa boca... poucas vezes agradecemos por nossa saúde sem termos ficado doentes. Foi preciso que adoecêssemos para nos lembrar de agradecer pela saúde quando ela retornou...
E quase sempre passamos nossa vida a fazermos perguntas que demonstram nossa insatisfação com o nosso momento presente e os “ses” acabam permeando nossa existência,
Mas um deles é muito importante... se eu morresse amanhã? Certamente não teria me dado conta que poucas vezes agradeci por existir.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Carol Apolinário

O Amor e o Medo

Há muito tempo lhe procurava, mas nunca o encontrava;
Andei por muitos lugares querendo encontrá-lo.
Passei por lugares escuros e sombrios; lugares bonitos e alegres, mas ainda assim não o encontrava.
Cheguei até a pensar que fosse você quem não quisesse me encontrar;
Mas não desisti.
Continuei essa longa procura, mas sempre imaginando que poderia ser uma procura em vão.
Quando me dei conta já havia passado vários anos e eu não tinha o encontrado.
Só que de repente você apareceu:
Bonito, alegre, meigo, as vezes um pouco descontrolado e muitas vezes até chegava a me machucar por dentro; mas essas feridas logo cicatrizavam pois eu sempre me lembrava de que procurei muito por você e não queria perdê-lo nunca mais.
Mas um certo dia você se foi...
Se foi, pois muitas feridas acabaram por não cicatrizar, mas confesso que doeu muito mais quando você partiu....
Por muito tempo, senti sua falta e jurei nunca mais procurá-lo novamente para não correr o risco de machucar-me ainda mais.
Após você Ter me deixado, eu comecei a sentir algo que jamais havia sentido anteriormente: angústia e desafeto por todos, era algo muito triste....
Então comecei a me perguntar:
“ Quem é você que eu jamais procurei mas ainda assim me encontrou”?
E depois de tantas perguntas vazias, eu obtive uma resposta.
Era o medo....
Medo de apaixonar-me novamente e encontrar o amor mais uma vez.
O amor? Perguntou o medo!!
Sim, aquele amor que era bonito e alegre, mas que deixou feridas quando se foi....
Então o medo me disse:
Vá atrás do amor, pois enquanto não o encontrares novamente e fazê-lo ser sempre uma alegria em sua vida eu estarei presente ao seu lado!
Não deixe que o amor que você tanto procurou vá embora assim, ache-o novamente e sejas feliz eternamente; não o deixe machucá-lo e nem permita que ele se torne algo triste e cheio de cicatrizes....
O amor é algo bonito, alegre e humilde; é o mais puro dos sentimentos!

CONCLUSÃO
Nunca deixe que o amor se transforme em medo, pois se isso acontecer o medo de amar sempre o acompanhará e você nunca será feliz o suficiente para dizer EU TE AMO! Não permita que sua procura pelo amor seja em vão....faça-a valer a pena!!

CAROLINA APOLINÁRIO

Foto de carlosmustang

'''SONHOS'''

Quando eu olhar pra fora da janela...
Mesmo que meus olhos se ofúsquem pela luz
E toda uma nova força que conduz
Solitárias celulas fez juntar-se!

E apenas eu, somente eu...
Com tantas experiências sobre as costas
Sem nada entender, sem respostas
E talves ter que fadar-me a um só caminho!

Oh, tantas perguntas...
Umas confusas, outras absurdas.
Mas estou sozinho!

E me atrevo a não te amar
Porque se és um sonho!
Eu vou acordar.

Foto de NiKKo

Vai se dificil me esquecer

Deixei minha mente deslizar para o passado
pois ali eu sabia que de novo te encontraria.
Já que no meu presente a sua ausência predomina
e que por causa de sua distancia, eu não tenho alegria.

Eu me pergunto onde estarás agora?
Quem será que tu chamas de amor e de meu bem?
Será que nas suas madrugadas frias e solitárias,
essa pessoa está a seu lado também?

Será que quando as lagrimas vertem pelo seu rosto
deixando seu olhar meigo ainda mais triste,
essa pessoa chora contigo ou provoca teu riso
e para te alegrar, mesmo com lagrimas nos olhos, nisso insiste?

Será que quando você quer da vida se esconder
com medo que a vida negue a você um pouco de carinho.
Será que a pessoa que está contigo agora tudo deixaria
e pisando em espinhos, flores colocaria em seu caminho?

Será que nas suas horas de dor e tristeza,
quando seu corpo treme de angustia e solidão,
por não ter mais nada o que falar ou fazer,
simplesmente ela pega e segura forte em tua mão?

Será que teu corpo reage a calor do corpo dela
da mesma forma como reagia ao calor do meu?
Será que você se entrega com tanto desejo como outrora,
será que gemendo baixinho diz: meu corpo é teu?

Confesso que para essas perguntas eu não tenho resposta,
afinal você de mim se afastou e já não me quer.
Mas mesmo que você nunca admita e esconda de muitos,
em meus braços você foi muito mais mulher.

Eu despertei em você desejo e emoção
fiz você descobrir que como uma Fênix, você poderia renascer.
Juntas, voamos em nosso céu particular e secreto
e mesmo que você não queria, vai ser difícil me esquecer.

Foto de elcio josé de moraes

DESLIZE

Porque me deixaste sozinho?
Nem quer falar mais comigo?
Sinto muita falta do seu carinho,
Sem ele para mim é um castigo.

Talvez eu tenha sido inconveniente,
Com minhas perguntas lhe ferido.
Sem querer, fui um tanto quanto inconseqüente,
E quem sabe até, por demais atrevido.

Não deveria ter entrado no seu destino,
Queira por favor me perdoar
E desconsiderar o meu triste deslize.

Pois diante de ti sou tão ínfimo,
Que nem aos teu pés eu posso chegar,
A não ser um tapete, para que você pise.

Escrito por elciomoraes

Foto de Rosita

VOCÊ

Deitada olho o céu estrelado
Sinto meu corpo sendo visitado
Por leve brisa envolvente
E fico pensando em ti somente

Imagino um sorriso que ilumina
Um olhar que envolve e acaricia
A voz faz meu coração acelerar
O jeito de ser só faz me encantar.

Só posso ficar a imaginar, a sonhar
Tentando mil momentos criar
Quando um dia for te encontrar

Mil perguntas invadem minha mente
Surge o receio de vir a te perder
Perder quem não cheguei a conhecer.

Rosinha Barroso
25/12/2007

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