Atmosférico ar que respiro,
Doce ar que me adoça pensamentos,
Senta-se ao meu lado,
Brancas penas,
Nesse banco de praça,
Onde me consome a tristeza
Onde me embriaga a loucura...
Onde o anjo solene
Declara poemas, versos
Metáforas de amor
Ao tempo, aos dias
As lágrimas, são apenas
Fôlegos ainda vivos,
Etapa sinalizada
As minhas costas
Felicidade 200 km
Boa viajem...
olho...
Ponto vazio,
Ônibus atrasado
Todos
Esperam esse dia
Encontro, família,
Outros passeios, adeus, despedidas...
Ocasião sempre sofridas
Aonde vai doer a saudade.
e...
sentado no banco da praça,
estou,
o mundo parece tão pequeno
mediante ao extremo
de minha atmosfera,
do banco, dos pombos,
barulhos de carros,
sapatos que não
preenchem meu mundo,
mais passa em minha frente
sem notar minha presença.
Acho...
Por eu estar sujo,
Suponho que não exista,
Só porque me acomodo,
Ao banco,
Não sou nada,
Um lugar vago,
Sou o palhaço
Desprendido
De um palco,
Que ri na lágrima
E acalma minha raiva
Que pouco conheço.
Apesar da distância
Que me repele
Das pessoas que passam-
Se deslocam de lado a lado,
Apesar do ônibus
Não chegar e os
Pássaros perderem suas penas
Tudo é normal,
Até mesmo a fome...
Que além de me consumir,
Já é mais uma
A pedir abrigo no meu banco...