Pensamentos

Foto de InSaNnA

Quando..

Não!..não és um sonho!
És a mais bela realidade!
Senhor de mil encantos,
criador de belas palavras,
Tua sensibilidade ..
beleza de tua alma !
Tu és,um anjo,com asas de liberdade.
o teu võo..não é em vão..
A tua eterna busca ..
A busca da felicidade!
Quando me levarás em suas asas?
Quando entrarei em teus pensamentos?
Quando serei a tua melhor inspiração?
Ha..estou a sonhar!
Estou a desejar!
Poeta,me prometa um verso..
um cheio de esperança
Que acalme ,esse meu coração ansioso..
Que amenize essa dor..
Tão calada,tão solitária
Não me deixes morrer de amor!

Foto de taiguarapires

O Bom da Vida

Se a luz das horas pudesse dizer
tudo o que se passa no fazer
e refazer dos meus pensamentos,
com certeza diriam que o realmente bom da vida,
é pensar em você!

Dedicado a Carlos Eduardo.
Escrito em17.06.2006

Foto de jgdearaujo

Romance

Maria Rita de Cássia,
Cabloca d’olhos de mel,
Cabelos como os da Mãe D’água,
E boca feita a pincel;
Faz tempo, andava taciturna,
Nas mãos carregava um papel
Olhava que olhava, e não lia
A mensagem que viera com um anel.
Logo, duas lágrimas azuis,
Escorriam dos olhos de mel
E as feições bem feitas de Cássia,
Ganhavam contornos de céu,
Por mais doce fosse seu sorriso,
Tinham, agora, gosto de fel.

É que o José da Farmácia
Mulato bem posto e fiel,
Vira Cassinha na rua,
Na festa da Mãe do Céu
E seus olhos pretos como noite
Embriagaram-se daquele mel.
A boca imaginou o gosto
Dos lábios feitos a pincel.
E o olfato gravou o cheiro
Dos cabelos sob o véu.
O coração bateu forte
Firme feito nó de cordel
Agora e sempre seria Zezinho escravo
Daqueles olhos de mel.

Rápido, foi Zezinho ao boteco,
Pediu caneta e pincel.
Rabiscou meia dúzia de versos
Juntou a eles um anel.
Molhou com água de cheiro,
Chamou o moleque Chechéu.
Disse c’os olhos marejados,
Passando ao moleque o papel:
Entregue à cabocla Cassinha,
Aquela d’olhos de mel.
Diz que é o Zé da Farmácia,
Quem manda bilhete e anel.
Daqui ficarei reparando,
Os pensamentos ao léu

Correu ligeiro o moleque...
Cassinha recebeu o anel.
Sorriu feito noite de lua
Com medo, abriu o papel,
Mas os seus olhos não viam
A mensagem que trouxera Chechéu...
É que Cassinha, coitada
Nunca experimentara um pincel,
Nunca fora a uma escola,
Nunca lera nem cordel.
Por inteligente que fosse,
Jamais decifraria o papel...
Por isso, os olhos que olharam Zezinho,
Não transmitiam o seu mel.

Cassinha voltou pra roça
Nas mãos sempre o papel...
Então foi pedir ajuda
À Professora Isabel,
Que logo pegou o bilhete
E viu que não eram letras ao léu:
“Cassinha, cabocla bonita,
Encantei-me pelos teus olhos de mel.
Como prova do meu encanto,
Envio-te um beijo e um anel,
Que uses na mão esquerda
E juntos construiremos nosso céu”.

Cassinha olhou o bilhete,
Olhos vidrados no papel.
Como que enfeitiçada,
Segurou as mãos de Isabel.
Pediu que lhe ensinasse os segredos
De como decifrar o papel.
E daquele dia em diante
Tornou-se a aluna mais fiel...

Hoje, passados seis meses
Cassinha não larga Isabel.
Conhece já alguns segredos,
Da caneta e do papel,
E até escreveu um bilhete
Que mandou junto a outro anel.
Quem entregou pro Zé da Farmácia,
Foi o moleque Chechéu:
“José, você é bonito,
Brilha como as estrelas do céu...
Ah! Eu trago todos os dias,
Na mão esquerda aquele anel”

Foto de jgdearaujo

De pele

Um quase toque...
Lábios macios em sintonia
Respiração rápida
Percorrendo o corpo, sem tocar
Hálito quente. No pescoço
Sob os cabelos.

Os olhos... o olhar no olhar.
Olhos vendo mais do que olham
Firmes. Profundos
Pensamentos transmitidos
Os olhos e a boca
Sedenta. Suculenta
Um quase beijo. Desejo!

As mãos... medrosas.
Quase tocam. Percorrem
O corpo, sem tocá-lo
Seguem as curvas
Observam os segredos
Desejam os seios...
Quase tocam. Quase...
O olhar no olhar...

As mãos que procuram as mãos
Mãos que decidem, mãos que obedecem.
Confundidas, fundidas, cúmplices.
Agora o toque. Leve
O tecido leve, branco
Erguido pelo toque...
A cintura dentro das mãos.

O olhar sempre no olhar
As mãos no rosto, ombros
Tocando agora.
A boca, sem resistência
Bocas se fundem. O beijo
Desejo!
Lábios, línguas, boca
Intenso, total, um beijo.

E um abraço, forte.
Um laço. O tecido leve
Tão leve que flutua quando cai
E aparece o corpo. A pele de bronze
As curvas, os seios.
Ah! Os seios...

Os lábios exploram o corpo
Cada centímetro, beijos
Toques: pescoço, colo
Seios, barriga, umbigo
Coxas... virilha...
Beijos medrosos. Respeitosos
Beijos e beijos. De admiração.

Agora a pele confundindo-se
Fundindo-se...
Sem controle, com fome.
A pele na pele, cada centímetro.
E...
O que palavras não podem mais descrever...

Foto de Mell_22

Uma folha em branco

O amor começa assim
linhas a serem preenchidas,
mas nem sempre apagadas,
nós escrevemos a nossa historia,
abrimos o nosso coração,
mostramos a nossa alma,
dividimos aoenas um caminho,
pensamentos, momentos ...
pessoas nao preenchem o meu vazio,
eu te espero,
eu te sinto,
eu te chamo,
mas você não vem,
é estranho estes sentimentos,
por mais que eu tente eles permanecem,
não aguento mais me sentir assim,
você me marcou em vidas passadas,
cruzou os nossos corações,
entrelaçou as nossas mãos,
espero que saiba o que esta fazendo
o tempo nos pertence,
a caneta esta em nossas mãos,
a folha a nossa frente,
mas ainda nao estamos juntos...
e isso sempre dói...

Foto de Zedio Alvarez

Pecado Imortal

Tais brincando de pecado
Começou fazer tudo errado
Eros não irá te perdoar
Afrodite vai te castigar

Com certeza o mar é revolto
Só não arrisco em afirmar
Que o amargo do fel
É melhor que doce do mel

Sem bloquear os pensamentos
Pois são manaciais de alimentos
Sempre deixamos subsídios
Para irrigar nossas mentes

Tua sentença já saiu
Eternos anos de cadeia cumprirá
Está presa por desacato ao amor
Lamento, tua liberdade findou

Você se auto condenou
O amor estar sobrevoando a tua aura
Um dia bem forte ele chegará
E aí, “nessa” enxergará

Foi você quem inventou o pecado?
Seu destino deve estar traçado
Mas perdoe o pobre pecador
Que um dia reencontrarás teu amor

Foto de Stacarca

"A dor de uma saudade infinita "

Quando acordei e não te encontrei
Achei que fosse um sonho ruim...
Quando mexi nas suas coisas e você não estava lá,
Ainda achei que fosse um pesadelo ou algo assim.
Depois de um tempo quando pensei e quis acreditar,
Pude ver que aquele dia negro era real, que você tinha ido embora.
Algum tempo se passou, e ainda só consigo te amar,
Sabe porquê?
Você é o meu anjo, meu Santo e meu Deus...
E a minha dor nada mais é, que a tradução do que sinto por você..

Não se engane, não tenho só tristeza dentro de mim.
Ainda há o meu amor por você, e minha esperança de te encontrar;
E dizer que sempre te amei, e vou continuar a amar e amar.
Eu daria tudo por mais um momento com você também para dizer:
Que teria ido em seu lugar,
Que teria sofrido tudo o que você sofreu.
Somente para você continuar aqui e viver o que você perdeu...
Sim, Eu teria morrido por você, e ainda morreria se você me pedisse.

Ás minhas lágrimas e minha dor
São uma forma de te mostrar o meu amor,
De te pedir para que nunca saia do meu lado, mesmo que eu não veja.
Porquê com você fico mais forte, dia após dia.
Sim... O que sinto é “A dor de uma saudade infinita”.

Porquê nos meus sonhos eu não posso te tocar?
Porquê em meus pensamentos eu não posso te beijar?
Porquê eu não posso simplesmente ir até você para te abraçar?
E te mostrar o que sempre tive vergonha de falar...
“Eu Te Amo.”

Essa dor que corrompe o meu coração aumenta a cada dia.
Sempre que penso que você não está aqui para me amar
Que esse sentimento só irá “passar” quando eu te reencontrar
Quando eu puder te dizer Eu Te Amo uma única vez...

Escura e fria são os dias que não te vejo...
Amarga são às horas que passo longe de você!
Mas o brilho da esperança que sinto eleva o meu desejo,
O meu desejo de te ver e sentir o seu calor.
De poder tocar à sua pele e mostrar o quão perfeito você foi!
Ah! Como isso dói (viver sem você e ter o seu amor)

Eu me recuso a acreditar, a vida não pode ser só isso...
Deus não seria tão imperfeito a ponto de nos separar.
O “Para Sempre” nunca foi tão verdadeiro em minha vida;
A dor e o negrume jamais sairão do meu coração;
(enquanto você não estiver ao meu lado)
Para me amar e me dizer que está “acabado”?

Mais uma lágrima cai de meus olhos neste momento,
Mais uma vez não consegui segurar...Desculpe-me
Eu sei que isso te faz sofrer, mas isso é o meu “amar”
Eu sucumbiria à minha vida para te encontrar,
Mesmo tendo que enfrentar o mais escuro mundo (1)
Só assim o que sinto iria embora como um todo;
Só assim essa dor deixaria minha vida, porque ela é:
“A dor de uma saudade infinita”.

(1) Inferno, Purgatório, Mundo Inferior ou negro.

Foto de Senhora Morrison

E quando você chegar...

E quando você chegar...

A noite trouxe seu cheiro
A saudade vaga em meu leito
Sinto-me queimar
É uma euforia, uma dependência.
Eu luto pra adormecer
Mas sua presença é forte
E aguça meus pensamentos
Então cansada de lutar, penso.
Penso em você
Meu homem
Meu filho
Meu rei
Meu escravo
Você chega me devorando com os olhos
Deseja-me e me tem
Entrego-me sem medo
Como se não houvesse amanhã
O amor sem pudores
Sem limites
Pertencemos-nos sem culpa
Sem cobranças
Palavras não são necessárias...
Liberte-me com seus toques
Faz-me mulher a cada beijo
Sentir-me desejada por você
É um presente
Amo teu cheiro
Tua respiração
Teu calor
Amo a vida que exala de ti
A necessidade de ti aumenta
Mas já é tarde pra voltar
Então continuo a sonhar
Suplicando que entre por esta porta
Tomando-me em seus braços
Conduzindo-me ao êxtase...

Senhora Morrison
17/07/2002

Foto de ederator

Drapacídio mórbido temporário

Constante deturpação, arreda o engôdo, traça em arco uma ponte;
na tortura pela ausência, na ausência nauseabunda, triunfante caminha;
Pequena infante, suicida, irrigada, tolerante, progressiva;
Construo castelos de ossos, em um paraiso de abelhas famintas;
Tirânia solene, da insanidade colegial;
Preponderância maxima de outrem;
Ès imagem nevasca mórbida, morde o canto superior dos lábios;
Sangra com sede, e com volupia aperta as mãos;
Em sinal puro gestual de oração difama a própria glória;
Grita insistentemente, derruba paredes sólidas;
Prende cordas, conecta fios de cobre;
Sangue suga, apregoam pedaços de carne viva no alto de sua ignobel presença;
Renuncia a vigilância, vai como se estivesse vindo;
Abre os braços, com as mãos grossas de sangue e argila;
Notavél criança mau amada; sustenta vicios ludicos em busca do real deturpador;
Carrasco infame observa ao longe, seu reflexo condicionado, imovel, mudo.
Transmutação original metamorfose,
Mudam-se estações, transmições de pensamentos interrompidas;
Telepatia, comunicação precária, sem sinal, narra alucinações perdidas;
Interrupção, luz apagada;
Drapacídio Mórbido Temporário;
Interrupção radical do racional

Foto de Mell_22

Este Doce...

Tenho inveja deste doce
Ele tem sorte de poder tocar os seus lábios,
Sentir o seu gosto,
Penetrar no seu corpo
Como tenho inveja deste doce
Dentro de sua boca,
sentindo a sua lingua
Sendo absorvido em seus pensamentos..
Este doce tem sorte....
de ser sugado por você
de ser tocado pelas suas mãos
Ahhh...Este Doce...
Eu queria ser este doce..
O seu Doce

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