Pátria

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Nunca da Terra – Versão Intermediária

O mundo não faz sentido
Mas há quem está tentando nos fazer à cabeça do contrário

Pelo que presenciei
A vida
É decidida em instantes
E as aparências contam muito
E os confidentes contam tudo

Essa é minha linha curva de raciocínio
Você sabe,
Eu acho...
Todas as coisas não são explicáveis,
Todas as coisas não são bem assim:
O que te dizem que é verdade é mentira
E o que te dizem que é mentira,
Talvez

Porque a gente é madura
Quando reconhece o acaso
Por trás de uma certeza

Porque o detalhe é complexo
E o complexo é superficial
E tanto faz como tanto fez

Porque o segredo das coisas não é viver bem
E sim morrer por uma boa causa

Eu vejo as pessoas com ternura
E acredito que todos têm sua chance
Por que o Sol é milhares de vezes
Maior do que a Terra

Contradição, gritante e tímida
Corta a carne do próprio pescoço
Depois de se engolir

Rasurando o destino
Irreverente em ser peão
De um jogo sem as peças

Se ganha um Cristo para a cruz
Formando o sucesso de mais um perdedor

Corajoso em ser covarde
Sendo mais em ser ruim
Sendo bom em adiantar meu fim
Revirando o estilo socrático
Espalhando a desinformação pelos quatros ventos e pelos sete mares
Violando o túmulo da esquerda
Atravessando o samba
Retirando medalhas fincadas em peitos de bronze
Curtindo o couro do inimigo
Glorioso de sua grama verdejante

Graças aos lampejos de uma genialidade absurda
Cabeças são servidas ao molho
De chaves que abrem o mundo para a porta

Com doçura
Sendo repartido:
A pátria que me dá o nome não me dá a vida
Eu não pedi pra nascer
E é minha culpa
Não fazer questão de sumir

Sumir devagar
O mais lento possível,
Sumir no tempo
Abraçado ao descaso,
Desaparecer minguando aos poucos
Encolher e diminuir
Na sina do meu fracasso,
Caindo como estrela
Como cometa já apagado,
Sendo esquecido pelas pessoas e devorado pelos organismos
Olhando para o lixo e sorrindo
Feito palhaço esfomeado
Que se mistura aos gurus pensantes das calçadas

Toda importância é injustificada
Visto que o caos é quem decide os meios

Nunca a impossibilidade foi tão exaltada

Foto de Fadlo

M Ã E

M Ã E

Ah, quanto já se escreveu e, quanto já se fez em homenagem ao anjo tutelar que nos trouxe à vida neste planeta. Que nos abrigou em seu ventre durante nosso período de formação e, que desde o alvorecer de nossos dias, até o findar de sua própria existência, nos tem a conta de infantes queridos ao seu coração abnegado, não medindo esforços ao nosso bem, nos conduzindo com amor através de alegrias, sempre ocultando seus sofrimentos, rindo nos nossos risos e chorando nos nossos prantos. Sempre orando por seus filhos ao Senhor da Vida, sempre perdoando nossos erros e nossas faltas e, sempre a nos chamar carinhosamente ao abrigo de suas asas protetoras.
Mãe, tu és esse anjo abnegado, por cuja missão sublime nos encontramos aqui e, a quem num preito de gratidão, genuflexos a teus pés, osculamos respeitosamente tuas mãos queridas e tua face, encanecida pelo passar dos anos, a retratar contudo, a vitória conquistada no desempenho da missão maternal, a ti carinhosamente confiada pelo Senhor da Vida.
Mãe, és digna de admiração e louvor, e em ti homenageamos todas as mulheres do mundo, neste dia a ti dedicado, embora teus, sejam todos os dias de todos os anos.
Todos os dias sois mãe, pois todos os dias nascem os teus filhos, quer nas mansardas suntuosas onde a vida flui no luxo e na opulência, quer nos barracos eivados da mais abjeta miséria. E sempre mãe, não te importa a condição social, pois és mãe, e a ti importa apenas o bem estar de teus rebentos, a quem outorgas todos os teus sacrifícios e teu amor incondicional.

Admiro-te mãe pequena, quando nos primeiros albores de tua vida, albergavas carinhosamente em teu pequenino seio aquela boneca de pano, inconsciente de que neste gesto eras sutilmente preparada para o glorioso porvir de tua existência, quando um dia, apertarás em teus braços o fruto de tuas entranhas, cujos vagidos serão música para teus ouvido, cujo riso lenitivo para tuas dores, e a quem orgulhosamente chamarás: meu filho.

Admiro-te, oh mãe, quando em festiva alegria, percebes que o primeiro balbucio de teu filho é a palavra mãe, muito embora, colocando-se em segundo plano, ensinava-o a dizer papai.

Admiro-te, oh mãe, nos momentos de abnegação quando a doença rondava teu pequenino filho, e insone te quedavas a cabeceira de seu berço em cuidadoso desvelo, a cuidar de seu restabelecimento, sem que de ti se ouvisse a mínima queixa.

Admiro-te, oh mãe, quando te desvelas a ensinar à teus filhos as primeiras letras, e te alegras como se fosse tua primeira vitória, o som da voz de teu filho a identificar as letras do alfabeto.

Admiro-te, oh mãe, quando ao despontar da estrela vespertina, e tangerem os sinos das igrejas, anunciando a hora do angelus, momento de melancolia e reflexão, em que carinhosamente juntas as mãozinhas de teu filho, e com ele oras a Ave Maria.

Admiro-te, oh mãe na tua sabedoria e humildade, quando em todos os momentos da vida de teus filhos, buscas orienta-los à uma vida correta e digna, nunca os abandonando mesmo quando, ao resvalar pelos escabrosos caminhos da marginalidade, tornam-se detentos nas penitenciárias, em cujas portas, muitas vezes te encontramos em prantos, a velar, sempre temerosa de que algo pior possa acontecer ao filho prisioneiro.

Admiro-te, oh mãe, quando não tendo frutos de tua própria carne, acalentas ao seio os filhos do abandono, dando-lhes carinho e proteção, como se de ti tivessem nascido.

Admiro-te, oh mãe, quando de coração partido, eras mãe em Esparta, e enviavas teus filhos à guerra em defesa da pátria, mesmo sabendo que não mais os tornaria a ver; ou quando em Cartago, cortavas os próprios cabelos à confeccionar arcos, para defender teus filhos do assédio da soldadesca romana.

Mas, onde mais te admiro, oh mãe, foi quando, Maria de Nazaré, conduziste teu divino filho ao sacrifício do calvário. Entre lágrimas e tendo o coração partido pelo sofrimento, aceitaste a missão de ser a mãe da humanidade, e te tornaste exemplo para todas as gerações, da mãe, cujo amor transcendeu os acanhados limites do egoismo humano, perdoando aos algozes do próprio filho, e se tornando na terra, operosa serva de Deus, a difundir os princípios básicos da nascente doutrina cristã.

A todas as mães, nosso preito de gratidão, e nossas felicitações por este dia tão seu.

Fadlo Dualibi Neto.

Foto de ushihaxandre

UMA COISA PUXA A OUTRA

O Machado sem o cabo
Não bota a mata no chão
Comandante sem soldado
Não forma seu batalhão
Sem bagunça e sem Baderna
quero ver minha nação
Uma coisa puxa a outra
Vai aqui minha opinião
Traidor da minha Pátria
não merece meu perdão
Sem o policial na rua
Não trabalha o escrivão
Sem juiz sem delegado
Não existe a prisão
O juiz e o delegado
Faz a lei e entra em ação
Uma coisa puxa a outra
Vai aqui minha opinião
O malandro vira santo
Quando o advogado é bão
Sem o animal de raça
Não existe exposição
Sem disputa e sem torneio
Não existe campeão
Sem boiada e sem tropa
Não tem festa do peão
Uma coisa puxa a outra
vai aqui minha opinião
O Rodeio de Barretos
Da o show de tradição
Sem o braço do caboclo
não existe produção
Não tem soja não tem trigo
Nem arroz e nem feijão
Sem auxilio da lavoura
Não vai nada pro fogão
Uma coisa puxa a outra
Vai aqui minha opinião
O que seria da cidade
Sem ajuda do sertão
Sem trabalho e sem luta
A gente não ganha o pão
Sem preguiça e sem moleza
A gente vira patrão
Pra quem gosta de moleza
Eu do sopa de algodão
Uma coisa puxa a outra
vai aqui minha opinião
Todos que vivem na sombra
Derrama o suor no chão

TIÃO CARREIRO E PARDINHO

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Pequeno Ditador

Era uma era, onde não havia vez. Nesse tempo vivia um pequeno ditador, cujo nome só podia ser entendido na sua própria língua, e esse pequeno ditador massacrava seu povo, e esse pequeno ditador promovia orgias com as riquezas acumuladas por meio da sua opressão. Num lugar esquecido pelo resto do mundo, ele, figura exótica, de nada lembrava as caricaturas chaplinianas do cinema ocidental. Era o fragelo da era, há meio século no poder. Quase um imortal.

Mas acontece que ele não era imortal. Certo dia, após uma entrevista para uma televisão estrangeira, o pequeno ditador teve de esperar a chegada de seu motorista oficial. Logo ele, o pequeno ditador, tendo que esperar! Não costumava ter um minuto de sossego, com bajuladores indo e vindo. Mandou todos para longe da sua presença e, aborrecido, pôs-se à meditar solitariamente na solidão de seu poder.

Teve a idéia de rezar. Não soube bem explicar à si mesmo a causa. Não precisava de mais nada. Viu-se na obrigação de orar por proteção divina, mas com tantos seguranças, e um exército à disposição, não tinha tanto o que pedir. No seu país era mais poderoso que Deus. Sua palavra era o que apontava a salvação e determinava a morte.

Mas, que poder era esse, poder de bombardear a própria pátria; de destruir sonhos de mães, filhos, irmãos; de arrasar um deserto, vejam só, um deserto, tornar a vida impossível num lugar que já é árido; prender aqueles que tanto sofrem pela liberdade, ao ponto de viver num lugar onde ninguém mais poderia para preservá-la.

O Pequeno Ditador, como um Narciso que lambe a própria imagem, curvou-se hipócritamente diante de seu superior imediato, e implorou brandamente a piedade de seu universo. Por um momento se envergonhou. Por um momento foi humano, em se titubear. Por um momento acreditou que o mundo é bom, mas as pessoas são egoístas e o estragam por besteiras. Um instante que revelou toda a sua vida.

Mas foi somente um instante. Alguém bate forte à porta. Será o motorista? Tomara? Ou não, será o inesperado, pedindo a passagem do imponderado...?

Nesses tempos nada é tão improvável.

Foto de odias pereira

" BRASILEIRO COM MUITO ORGULHO "

Moro pertinho do céu,
Numa palhoça linda de sapê.
Aqui no alto, as nuvens cobrem as montanhas como um vél,
Ah ! ... como é bonito de se vê.
Esse lugar aqui é um paraiso,
Um lugar que só vive os previlegiados.
Aqui tem tudo que eu preciso,
Ah !... como é lindo os pés de ipês roxo florádos
O nosso Brasil é lindo e maravilhoso,
Tem beleza em qualquer canto.
O nosso pavilão é bonito e formoso,
O nosso hino é belo é um encanto.
Tenho orgulho de ser brasileiro,
Honrro a pátria de quem sou filho.
Não devo nada pra nenhum estrangeiro,
E em tudo que disputo eu brilho.
Visto a amarelinha com muito orgulho,
Disputo qualquer competição.
Quem disputar comigo eu traço e embrulho,
Eu sou tetra campeão...

São José dos Campos SP
Autor : odias pereira
18/02/2011

Foto de Wilson Numa

Angola

Angola
Minha Terra, minha Mãe
Minha Pátria, minha Nação
De Cabinda ao Cunene,
A Oeste ao Oceano Atlântico,
És linda e inigualável, és única
Tuas paisagens impressionam
Da Baía da Restinga, à Ilha de Luanda,
Das Quedas de Kalandula, às Cachoeiras do Bimba,
Da Ponte da Catumbela, ao Rio Kwanza,
Dá Serra de Leba até ao, Cristo Rei
Do Estádio de Ombaka, ao Estádio 11 de Novembro
Todos teus pontos irresistíveis
Quem os vê nunca poderá esquecer
Obrigado, pela oportunidade que me das
Em viver e estar contigo e em ti,
Como o teu Hino Nacional diz
“Orgulhosos lutaremos Pela Paz
Com as forças progressistas do mundo,
Angola, avante!
Revolução, pelo Poder Popular!
Pátria Unida, Liberdade,
Um só povo, uma só Nação!”
Agora termino dizendo
“Meu coração é o meu País”.

Foto de Carmen Vervloet

7o CONCURSO - BRASIL, ASSIM O SONHAMOS (SÍMBOLO DE AMOR)

Pirâmide onde o ápice expande luz...
Acende-se como estrela de cinco pontas,
e cada ponta, a energia, em amor conduz.
Num colorido jardim, a base alegre desponta!

Em cada flor orvalho de felicidade,
matizes de fraternidade e alegria,
venturas recebidas com simplicidade,
rastro de perfume que se faz magia.

Deveres cumpridos com prazer intenso,
direitos recebidos no sopro dos bons ventos
que chegam às nuanças de cada decorosa ação...
Magnólias que desabrocham na paz do reto coração!

Brasil, de tantas raças, cores e amores...
Brasil, de grãos tingidos em vermelho, rubis de café,
Brasil, de mesas fartas exalando odores,
Brasil, de sabiás, palmeiras e samba no pé!

Brasil, da igualdade onde cada homem é rei,
Brasil, de tantos olhos que irradiam esperança,
Brasil, de cidadãos cumpridores das suas leis,
Brasil, de dignos representantes despertando confiança!

Brasil, de suor, trabalho, galhardia e verdade,
Brasil, onde cada gesto é mais que um primor,
Brasil, onde reluzem, a cada sol, as prioridades,
Brasil, nossa pátria amada, símbolo de eterno amor!

Carmen Vervloet

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - A LÍNGUA DO AMOR

A LÍNGUA DO AMOR

No ápice da entrega, naquela labareda passional que deixava vermelha de vergonha até mesmo a língua pátria, pouco se importavam se a denominação daquele vício de linguagem seria tautologia ou pleonasmo. O que realmente interessava para os dois é que naqueles impetuosos beijos – boca devorando boca, dentes mordendo lábios, um passando a saliva no outro – a língua simbolizava muito mais que um simples “elo de ligação ou de união”. Era a prova cabal do picante paladar irresistível da paixão que, como sangue quente, ricocheteava nas veias de cada uma das partes dos seus mais íntimos, alucinados e latejantes desejos. Sem pruridos nem segredos. Mas quem se importa, já que a língua do amor é universal quando fala das coisas do coração.

Foto de Carlos Henrique Costa

Patriota

Querida e amada pátria, venho a ti conhecer,
Saber a respeito da verdadeira existência tua!
Quase nua, a humanidade caminha pela rua,
A implorar o pão, um pedaço de vida pra viver.

Oh mãe gentil, ao deitar-se no colo do anoitecer,
Não enxerga o teu filho, andarilho na luta sua,
A mendigar nos becos e botecos ao olhar da lua,
Por apenas, um prato de comida para se comer?

Minha pátria mãe, meu Brasil de fúteis ilusões,
Quero conhecer as tuas poções de imaginações,
E mergulhar na cívica civilização a própria sorte,

A mercê dos grilhões e dos condenados de morte,
Por te amar, na loucura quietude de minhas razões,
Vou te guardar no fundo de milhões de corações.

Foto de Gabrielaa

O amor escandalizado.

Amor,palavra simples,mas com significado esplêndido.
Sem saber se lá de dentro do fundo mesmo da alma explode um sentimento meio que evasivo,cheio de ternuras e expressões.
Sentimento que inspira até os últimos momentos,nos faz escravos.
Palavra coerente em nosso cotidiano,mas que as vezes é afastada dentro de uma guerra,dentro de um conflito,dentro de um ato imoral,dentro de um delito.
E eu me pergunto onde está o amor desses povos?
Onde está a solidariedade que nós dizemos ter pelo outro?
Onde está a confiança entre um homem e uma mulher,entre mãe e filho,entre avô e neta,entre tio e sobrinha?
Onde está o amor,se a cada dia ao abrirmos o jornal na página principal está escandalizado que pai engravida filha,que filho mata a mãe?
O amor,a solidariedade,a confiança,a alegria cada vez mais são extintos dentro do coração e não nos persegue mais como um cão de guardas.
Traficantes matam e em nossa frente a realidade nos bate à porta.
Cada esquina que pisamos é um político corrupto,é uma trouxinha de maconha,é um filho viciado,a cada esquina é uma realidade vivida pela sociedade e quando nos deparamos com o surreal,acreditamos que poderemos fazer da nossa vida contos de fada e iniciativas privadas.
Estamos nos fazendo escravos da solidão,do medo,da dor e da angústia.
A cada dia menos amor demonstramos ter pela nossa vida e menos ainda temos compaixão pela nossa Pátria mãe gentil,ao cantarmos no hino dizendo que ela será sempre a “nossa pátria amada idolatrada,salve,salve”.

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