Passos

Foto de ivete azambuja

MOMENTOS DE UMA POMBA

Inteiramente destoante do cinzento dos edifícios e da multidão de carros barulhentos, ali estava ela...

Era como se, de repente, tivesse sido aberta uma clareira no meio daquela selva, para ela, inabitável.

Era como se fosse uma concessão feita, especialmente para um incrível momento delicado.

O momento triunfal em que ela,
toda branca,
atravessava, a passos lentos, a imensa avenida!

Foto de pttuii

O pintas escatológico

Cheira-me a paz de orgasmos. E quando o faço por menos que entender esse insulto, pululo por intensidades rosadas. Já me sentia original, todo descoberto, filho de altas pressões estratosféricas.
São esperanças. Pé ante pé, com a lama depurada nos calcanhares. A plantar comida, desvendando fome.
Já fomos húmus. E gritos desvairados, ranger de dentes, rasgos assoberbados de medo. Se nos devemos a algo, talvez seja ao que de original representam os nosso passos. Para tudo, menos para trás. Para trás de onde estamos.
Não esperam por nós sonetos. Nunca fomos feitos do que as estradas nos devem. Quanto muito somos o passos, pés de barro que caminham erectos, vislumbrando. Nem sequer pensamos no que se antecipa do fim. Da possível glória. Mas que glória? Sonos feitos de pedra. Rochosos vislumbres da luz eterna, daqueles sonhos que deixam o homem ainda mais solitário do que sempre foi. Será a solução para aquele mistério intrínseco que nunca soubemos explicar?
Sim, olho em frente. Ando sem ser para trás, a pensar, com achaques diversos para minimizar. Com dimensões, pretéritos por ser perfeitos, banhados em ilusões. Quero ser um desnorteado, mas nem isso consigo ser de mim. Caminho, consciente do que resta para mim.
Passos firmes, superlativos, para tudo caber na esperança de mudar. Para que o que nos torne bons, seja por fim, o fim.

Foto de pttuii

Rosa e quem a vê

Ontem à noite houve amor, a julgar pelo sorriso transversal. Uma boca assim diametralmente oposta ao pescoço, esforçando-se por assegurar os primeiros raios de uma madrugada preguiçosa. Se calhar é Rosa, porque Margarida é branca.
Sem sal.
Incongruências que não há, quando se observa de perfil.
Salta à vista um golpe.
Não, dois.
Com certeza três.
Estão na coxa translúcidamente morena, pouco acima da rótula.
Rosa é recatada, da porta para fora. Mal o último fio de cabelo cor de noz se escapa à prensa da porta do apartamento, muda. E muda porque sim. Simplesmente, porque o mundo não tem nada a ver com um universo de petulâncias auto-impostas. E Rosa gosta.
E Rosa delirou na noite passada. A tranquilidade da auto-confiança, ajudou a que caísse peixe na rede. Foi trazido para casa, dissecado toscamente.Abusado, mas não violado. Rosa gosta do vento que lhe afaga a boca quando tem na mão o coração de um homem. Por isso deixa a janela do quarto aberta. O ângulo é o suficiente para o néscio olho do mundo ver tudo o que se passa. E depois comentar.A manhã rompeu, não particularmente.
Observatório de emoções, não contundentes.
E quem escreve sobre o que vê, assume que adora o que descreve. Mede a profundidade dos supra-citados golpes de paixão. Admira curvas que não são dizíveis na retórica de um criador.Participa, quanto muito, na acção. Na côncava descrição de factos. Não opina sobre eles. Relata-os, esperando que eles se desfaçam na bruma da aceitação de quem lê.
Rosa é por muitos, aquilo que nunca foi por ninguém. Espera pelo mundo, quando ele já há muito que não espera por ela. Nota-se isso, quando deixa cair um toque sensível nas costas de quantos estranhos lhe passam por casa. Afaga-os, dilata-os, diminui esperanças. E hoje saiu de casa com uma vida invisível pela mão. Um, dois, três golpes para trancar o seu mundo, e dois passos para entrar no outro. Aquele que despreza, e dava tudo para exterminar.
Segura a bolsa dos desejos reprimidos, enquanto passa olhos de amendoa pelas primeiras da manhã. Rosa queria que o mundo estivesse sempre de pijama. Que fizesse amor com ele numa perspectiva de desvario cósmico, talvez porque o homem é um eterno apaixonado pelo contínuo da criação. E a mulher imita, porque sempre imitou tudo, para fazer melhor que o homem.
A história acaba, porque tem de acabar. Quem descreve, não é omnipresente. Quem é descrito, não pode perceber que é dissecado.
E Rosa vai voltar logo à noite.

Foto de Romantico por natureza

DESCULPE-ME

DESCULPE-ME

Desculpe-me, por amá-la, como nenhum outro jamais a amará.
Desculpe-me, se você acha que exagero ou que simplesmente, falo por falar.
Você para mim é a definição de tudo, é meu universo, meu mundo, a vontade louca, o desejo a solta, o calor na madrugada fria, o sonho que nas noites de solidão para mim sorria, é a realidade que se faz presente, mesmo estando longe, mesmo estando ausente.
Você não é nada além que meu destino, os passos a direção e o caminho, é a saudade que bate a minha porta, cada lágrima de emoção a sua volta.
Desculpe-me, quando falo que minha vida resumisse a você, mas eu mentiria se te dissesse o contrário, pois, viver para mim é estar ao teu lado.
Desculpe-me, se tudo que digo seja verdade, mas o amor muito ensina ao que nada sabe.

Foto de Carmen Lúcia

Só o amor!

Fala-me com doçura...
Necessito embalar-me em tua paz!
Momentos de brandura,
que só tua presença traz.
Ajuda-me a renascer!
Já morri tantas vezes...
Ensina-me a viver!
Quero voltar a crer.
Abraça-me com ternura
e no mesmo compasso
da mesma emoção,
sejamos um só coração.
Afasta-me dos medos,
sombras e fantasmas
que impedem meus passos,
sufocando meus sonhos.
Vens libertá-los...
E, juntamente sonhá-los.
Traze-me de volta a mim
antes que seja tarde
e nosso tempo acabe...
Está em tuas mãos...Socorre-me!
Coisas que só o amor pode.

Carmen Lúcia

Foto de pttuii

La Bemol Ajardinado

amoricos,
de gladíolo é o
respeito,
desnorte,
amparado em malmequer
que felácio,
que danado felácio,....

mas à rosa morta,
ebúrnea sombra da
tua felicidade,
buraco roto,
sombra de desnível
com bojo,
sem alma,...

lá sem o fim à mão,
e com ironias de diamante
a pontapé,
que se descompare o
amor,

em busca eterna de passos,
ficam-se mortos os
que tentam durar mais
perto do Sol.....

Foto de Carmen Lúcia

Frágil bailarina...

Nos passos da bailarina
há brilho, versos e rimas...
E todo universo se inclina
ao encanto que a ilumina...

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Amar outra vez...

Enterrei o passado
e com ele, lacrados,
desenganos, fracassos,
meus sonhos frustrados
e tudo que fez estrago
dilacerando meus planos.

Dos caminhos trilhados
retirei os meus passos
e seus resquícios amargos
cruzados com os meus...

O meu corpo viciado
de carinhos ousados,
livrei dos pecados...
Confessei-os a Deus!

Apaguei as palavras,
falsidade incrustada
que você descreveu...
(ao deixar de ser eu)

Mudarei a história,
amarei mais que outrora...
Meu passado morreu!

(Carmen Lúcia)

Foto de Dennel

Na roda do girassol

Quisera eu dar-te os raios do sol
Ou a beleza da sua iluminura
Quisera dar-te flores de pétalas douradas
A mais viva, linda criatura!
Uma flor fantástica, um girassol
Sei que vivo um conto de fadas

Quisera eu segui-lhe os passos
Em busca do sol da minha vida
Seguindo sempre em compasso
Em busca do seu imenso calor
Em busca da palavra bendita
Dita, sussurrada com fervor

Quisera que não houvesse nuvens
A eclipsar o meu sol
Deixando-me vertigens
Em busca de um girassol

Quisera que noite fosse dia
Que o dia fosse alegria
Que nuvens fosse sol e chuva
E as crianças brincando
Nos campos floridos de girassóis
Cantando: sol e chuva: Casamento de viúva

O que mais havia de querer
Ou desejar de bom embaixo do céu de anil
Se as noites estreladas foi meu viver
E hoje vivo estação primaveril

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de jeankarlos

HIPOCONDRIA ( JK INSANO )

Melancólicos são nossos passos em nossos caminhos estreitos.
Inseguros são nossos sorrisos em nossos rostos indefinidos.
Triste é tempo solitário e eterno dos nossos dias.
Escreveram com tinta preta em nosso peito “Hipocondria”.

Acrobáticos são nossos sonhos que duram alguns segundos.
O desanimo do nosso corpo é interminável.
O medo inevitável.

Depressivos são nossos ambientes, desbotadas nossas certezas.
Extensas são as frases negativas que podemos criar.
O melancólico depressivo é capaz sequer de amar.

E as nossas flores, as crianças, nossos amores e alegrias.
Guardamos numa caixa chamada “HIPOCONDRIA”

JK ( INSANO ).........................................................................

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