Passos

Foto de Gil Camargos

Dança da Vida...

"Acredito que a felicidade exige jogo de cintura. É preciso aprender bailar. A musica da vida nem sempre é o nosso ritmo predileto, mas se está na pista tem que dançar! Voce pode até errar alguns passos, mas o tempo te trará experiências e levezas. Em algumas musicas terá companhia; amigos, família, namorado ... noutras terá que dançar sozinha, mas isto não significa que a música não seja boa, apenas exigirá um pouco mais de voce...". Gil Camargos

Foto de Gil Camargos

Desperta...

"Desperta Garota! Tem um dia lindo e cheio de surpresas te esperando!
Se vista de levezas e animo. Use uma maquiagem resplandecente da fé!
Exagere nos adereços, longanimidade, bondade, mansidão, amor e perdão são joias preciosas que te farão brilhar! Use um perfume suave com toque de pureza e delicadeza. Calce os sapatos da coragem e persistência! Leve na bolsa sabedoria e paz. Caminhe com passos firmes e olhar confiante, lute, avance e conquiste! Você nasceu pra vencer!" Gil Camargos

Foto de Gil Camargos

Dança da Vida...

"Acredito que a felicidade exige jogo de cintura. É preciso aprender bailar. A musica da vida nem sempre é o nosso ritmo predileto, mas voce está na pista tem que dançar! Voce pode até errar alguns passos, mas o tempo te trará experiências e levezas. Em algumas musicas voce terá companhia; amigos, família, namorado ... noutras terá que dançar sozinha, mas isto não significa que a música não seja boa, apenas exigirá um pouco mais de voce...". Gil Camargos

Foto de Carmen Vervloet

Peregrino

Tenho os olhos cheios de estradas,
uma vontade louca de caminhar...
Por mais que sinta o cansaço
meu corpo não me fará parar.

Tenho o coração cheio de sonhos,
uma criança viva a me incentivar,
tenho tanta esperança nos meus passos,
só não sei onde vou chegar.

Tenho as mãos cheias de carinho
e braços que querem abraçar...
Tenho alma antiga cheia de ternura,
asas cheias de infinito prontas para voar.

Na peregrinação deste meu destino
sou querer disfarçado em peregrino,
sou aspiração disfarçada em mulher,
sou fragmento de sol posto e alvorada.

Foto de José Herménio Valério Gomes

UMA VISÂO DA VERDADE NO SEU ROSTO

CUBO NEGRO
10 de Maio de 2011 às 14:11

Dentro da luz do dia

Que vai acordando vida na cidade

Apagam-se as luzes

Como stores corridos nas janelas

E então cai uma noite inesperada

Mal-vestida sem lua nem estrelas

Para nos abrir a inspiração neste mundo

È aqui que acontece um abraço

Numa invasão de tristeza

Que percorre as minhas ruas

Como num quarto trancado por fora

Sem moveis para derrubar

Na procura das paredes

Moro calçado nos passos que dou

Cruzando uma multidão de vizinhos

Nas avenidas forasteiras

Eu queria tanto neste momento

Ganhar uma razão para sorrir

Eu queria tanto

Ganhar um sorriso para mim

Legendado de branco

Que faria a minima luz

Neste CUBO NEGRO

Para eu ver e escrever

Naquela parede à direita da porta

Que não vou ligar mais aquele interruptor...............zehervago

Foto de José Herménio Valério Gomes

CUBO NEGRO

Dentro da luz do dia

Que vai acordando vida na cidade

Apagam-se as luzes

Como stores corridos nas janelas

E então cai uma noite inesperada

Mal-vestida sem lua nem estrelas

Para nos abrir a inspiração neste mundo

È aqui que acontece um abraço

Numa invasão de tristeza

Que percorre as minhas ruas

Como num quarto trancado por fora

Sem moveis para derrubar

Na procura das paredes

Moro calçado nos passos que dou

Cruzando uma multidão de vizinhos

Nas avenidas forasteiras

Eu queria tanto neste momento

Ganhar uma razão para sorrir

Eu queria tanto

Ganhar um sorriso para mim

Legendado de branco

Que faria a minima luz

Neste CUBO NEGRO

Para eu ver e escrever

Naquela parede à direita da porta

Que não vou ligar mais aquele interruptor...............zehervago

Foto de carlosmustang

SHANGRILA(2) (NA MALDITA DUVIDA)

É o horizonte que vou
Para passos percorrer
Se assim tem, vou querer
Quero estar aqui, pra ter

O gozo da vida é utópico
A vontade é dilacerante
Dessa vida sou amante
Então distante, faço em mente

O amor que estar aqui, viver
De conhecer, esperar passos
Vindo acordar de sonhos lutos.

Flutuar, amar, delirar...
Viajar, consternar, desejar
Ignorar tontices, acreditar em deus.

Foto de Drica Chaves

Meu Anjo Azul

Tudo pode ser um sonho
Porque sonhar é realidade
Nuvens brancas num céu anil
Cascatas de luz em expansão
Derramam raios em todas as direções
É chegada a hora encantada
Inundada de pássaros radiantes
Anunciando a aurora onírica
Dando boas-vindas ao Anjo Azul!
Asas que batem em liberdade
Ser livre é ser feliz!
Felicidade também se aprende
E viver é construção.
No emaranhar-se nos fios da vida
Encontros e reencontros escritos na linha do destino
De azul revestiu-se o meu mundo
Claro e brilhante
Anjo Azul pousou em mim
Leveza doce, sabor de chocolate
Sacia e numa fantasia
Sou também alada e de mãos dadas
Amamos em profusão
Espalham-se labaredas ao mundo
Em cânticos românticos
Um Anjo Azul no meu compasso
Passos ritmados pisando o céu!
Harmoniosa sinfonia
Embala a dança das asas entrelaçadas
Auréola solar
Consolidada!

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo Final

Amanheceu e chegou setembro. E quando setembro chega, por essas bandas do hemisfério sul, a primavera se faz presente e espalha as suas flores de plástico que não morrem, as pessoas ficam felizes, elas renascem das angústias e amansam seus ímpetos, elas colocam enfeites nas janelas, esperam a banda passar, alçam os pensamentos ao mais alto Parnaso e para a mais verdejante Arcádia. Os corpos se aqueciam, como se um forno tivesse sido aceso na sua mais adequada temperatura. Tudo parecia lindo.
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A turma do pastoreio gritava em sonoros brados:

- Baco! Dionísio!

Os tambores ressoavam o vento dos leques, os Miami Bass dos moleques, os maculelês dos pivetes. Sonos eram interrompidos pela festa popular. Num determinado momento, dois ou três já desfilavam sem roupa. Quando a balbúrdia foi notada, os ditos dominantes trocavam de pele na rua. Não se obedecia a nenhuma hierarquia estabelecida. As pessoas nasciam e morriam no torpor da natureza humana, viva e bruta como a de qualquer outro animal, os instintos eram deflagrados, nem Freud e nem Jung eram mais uns reprimidos. Lembrava em certo ponto até o Brasil.

- As flores! Não se esqueçam nunca das flores!

Os miseráveis eram coroados e os nobres decapitados, mas ninguém deixava de ser alegre. Um tarja preta virtual assegurava a plena satisfação dos envolvidos na comédia. O paradeiro de muito era desconhecido. O que importava isso agora? Me diz? É dia de rock, bebê. Se você não entende a sensação de atravessar a Sapucaí e repetir o batuque da bateria, então vá embora, o seu lugar não é aqui. Dona Clarisse, com seu erro ortográfico e seu rosto reconfigurado, até arriscava uma derradeira conclusão.

- Eu nunca mais quero acordar desse sonho...
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Luís Maurício, que não havia se manifestado até então, pede a palavra:

- Amigos, é chegada a hora da reconciliação. A hora em que seremos livres de todas as nossas culpas e arrependimentos. Eu declaro anistia geral! Constituiremos desde já uma nova república, uma democracia quase que direta, uma pátria do Arco-Íris e do pote de ouro, um paraíso na Terra, um novo Éden, a Canaã que deu certo!

Clarisse recosta-se ao palanque improvisado.

- Eu posso ficar...? - Silaba.

- Evidente.

- Que sim ou não?

Feito isso, ela coloca-se para se despedir de Dimas.
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Um homem estava parado no meio da multidão. Ele dava alguns passos para trás, com o devido cuidado de não deixar nenhum folião o encochar. Ele andava de lado, como quem ia para fora. Clarisse o viu perto do portão pelo qual se sai para sempre da Sociedade.

- Espere... Eu tenho que te falar mais algumas coisas...

- Diz.

- Eu não te amo e nunca vou te amar um único segundo da minha vida.

- Eu sempre soube e nunca me iludi do contrário.

Tânia, incógnita até então, não se sabe observando de longe ou entretida com outra orgia, puxa o lixo pelo braço e faz cara de que se estivesse com ciúmes.

- Ele é meu, ouviu? Meu! Dá o fora logo sua vaca! Vai procurar o homem dos outros! Ele já tem a quem comer, tá, queridinha! E não adianta dizer que ele tá te querendo, que se você tentar alguma coisa, eu mato os dois! Sua puta, sua piranha! Você não me conhece! Não sabe o que sou capaz de fazer! Eu sou mulher de verdade, sua vagabunda! Rapa fora daqui!

Dimas sorriu, e por um exato milésimo de segundo sentiu-se amado de verdade. Clarisse debochou com a mão, engoliu a tragédia de ter desperdiçado o único sentimento cristalino que já havia presenciado e deu suas costas, andando tropegamente de volta ao seu destino. Uma lágrima furtiva caiu sobre seu cenho? Procurou a corda mais próxima? Não saberemos, e nunca vamos saber. Ela disse que não se importava, e esta ficará sendo a versão oficial. Se falarem alguma coisa sobre o que aconteceu com ela ou então comigo é mentira, o que vale é o que está registrado nessas linhas. Enfim, temos um final.
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- Vamos, amor, ser felizes para sempre?

Tânia e Dimas atravessaram o portal daquele mundo.

Ao que se sabe, não existiriam mais pessoas de sangue frio ou quente naquela realidade. Apenas pessoas, Tudo aconteceria conforme o planejado, por todas as eras, e nunca mais mudaria, pois não era necessário.

O casal apaixonado corria nu pelos prados. Correram até não aguentar mais, até um lugar que parecia longe o distante para que fizessem amor pela eternidade. A tarde caia, e com ela o pulsar atingia seu auge. Tânia e Dimas se abraçaram e deitaram na relva, um beijo selaria a felicidade interminável consagrada naquela união.

- Eu te amo e pra sempre vou te amar! - a Torta nunca fora tão reta na sua declaração.

E ela foi sincera como poucas vezes se viu em toda a existência.

Até que um dia sua pele começou a descascar...

Foto de Carmen Lúcia

Percalços da vida

Agora que já fomos tão longe...
Enfrentamos temporais, sufocamos nossos ais,
amparamo-nos, um ao outro, nas derrocadas,
choramos, dançamos, demos gargalhadas,
brigamos como todo casal normal,
amamo-nos e feito cúmplices, em segredo,
guardamos em silêncio nossos momentos...
Inesquecíveis momentos...
Os mesmos que agora jogas para o ar
esperando que o vento os venha dissipar.

Agora que já fomos tão longe
pedes, irredutivelmente, para eu voltar ...
Voltar pra onde? Esqueci o caminho...
Tua caminhada foi meu pergaminho,
andei teus passos sem olhar para trás,
cegamente obedeci aos teus comandos
pensando um dia encontrar a paz...
Mas teimas prosseguir sozinho,
de meus carinhos hoje te desfaz...

São as intempéries do destino,
dragão demolidor de sonhos,
que faz do tempo um momento breve
onde a volta não se cogita jamais
e o percurso se resume em ida
nesse curto espaço que se chama Vida.

_Carmen Lúcia_

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