Pacifismo

Foto de Wilson Madrid

PAZ UNIVERSAL

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Que o espírito da paz paire sobre os cinco continentes,
que em nenhuma esquina do mundo se encontre um só indigente
e que o homem descubra o prazer de viver simplesmente,
ao constatar que o que importa não é ter, mas ser gente...

Que a guerra seja contra a injustiça, a miséria e a fome
e as armas sejam apenas a faca, o garfo e a colher,
que as balas sejam de açúcar e as bombas de chocolate
e levem vida à criança, ao velho, ao jovem, ao homem e à mulher...

Que os aviões disparem rajadas de trigo, arroz e feijão,
que os navios disparem mísseis de amor e de fraternidade...
e que nos fronts todos os soldados sorrindo se abracem
comemorando a vitória da paz e a morte da fome do irmão...

Que o homem alimente a pomba branca do pacifismo mundial
a partir das atitudes que semeia no seu próprio quintal
e que impere, afinal, a fundamental e vital paz universal...

Foto de Wilson Madrid

A RIMA DA PAZ

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Amor rima com fraternidade,
exclusão não rima com irmão,
inclusão rima com igualdade
e discriminação não rima com união...

Egoísmo e orgulho rimam com ilusão,
humanismo não rima com mediocridade,
submissão rima com escravidão,
e decência não rima com falsidade...

Individualismo não rima com altruísmo,
companheirismo rima com reciprocidade,
autoritarismo não rima com pacifismo
e socialismo só rima com liberdade...

Vida rima com respeito e solidariedade,
direito humano rima com dignidade
e paz só rima com justiça!

Foto de Rodrigo obelar

Nação sem Esperança

Sangra vinho
No centro do mundo,
Sangra nos olhos da pátria,
A bandeira que um dia
A bravura pintou com cores,
Um Brasil varonil.

O verde que semeava a esperança,
Perde-se para a cor da morte,
O amarelo da fortuna,
Escorre como o coração do povo,
Em eterno sofrimento,
A formosa ordem, cria tumulto __
Perde-se no tempo o progresso.

“transparecem sentidos,
no mundo que não se vê”.

Invisíveis lâminas de arrogância,
Cruzam horizontes,
Acaba os batimentos, inconsciência.
O ventilador do mundo
Espana sabedoria sobre
Pedras sem raciocínio,
Como pessoas que não falam,
Somente existem__
Divido continentes,
Laço rios com margens,
Ironizo o mundo perdido.

“A ilusão do mundo,
Mantém a esperança viva,
E adormece a dor do povo”

O solavanco da terra,
Agita as misturas de raças__
Flutuo no vácuo da ignorância.
O racismo, preconceito,
São opiniões sentidas
Na profundeza da carne,
Na decisão da lágrima...
A sabedoria da alma,
Cicatriza a agonia,
Amarguras de indiferenças.

“Um mundo que não é feliz,
Se perde para a carne crua,
Da solidão”

Banho-me no pacífico,
Pacifismo paleado,
Contraio vagas idéias,
Procrio sentimentos de cor,
Quebro barreiras flamantes
Da humildade__
Queima a brasa da incompreensão.

“Um mundo que chora”,
Apodrece o coração da nação

Peço em lágrimas integridade
aos filhos do mundo,
Coagulam em minhas veias
O choro da humanidade.
Crava flechas no peito
Da pátria mãe gentil,
Ó insolente julgamento.
Sem notas
Canto o hino nacional,
Dor em meu corpo,
Sangue injusto derramo.

“Medalhas de um mundo sem paz,
Apedreja a ordem, feridas em um progresso”

Mancho com gotas de dor
A bandeira que o vento balança,
Sacode a infelicidade que
Arde nos olhos do povo,
Morro eu a esperança,
A essência da vida,
Que grita do útero do mundo:
Morte sem independência.

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