Ouro

Foto de Apóstolo

DEUS DE PROMESSAS E ALIANÇAS....

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As palavras de Deus !
Vão se cumprir na sua vida...
Pode o sol não nascer...
Pode o mar secar...
Pode o firmamento acabar...
Mas as promessas vão se cumprir...

Talvez você tenha perdido a esperança...
As pessoas podem ter esquecido você ...
Pode sua famila até ter-lhe abandonado...
Mas o Sr JESUS jamais abandonará você ...

DEUS de Aliança...
DEUS de Promessas...
DEUS que não é homem de vir a mentir..
DEUS de Abraão
DEUS de Jacó..
DEUS de Isaque...

Mas o que DEUS prometeu a você....
Isto vai se cumprir...
Homem de pequena FÉ...
O Sr. DEUS é contigo...
Jamais vai abandonar você...
Poderá a mãe esquecer de amamentar seu filho...
O pai dar pedras para o filho comer...
Mas o Sr. DEUS nunca irá abandonar você...
Pois ele nunca lhe abandonou
e os seus olhos estão em você...

Talvez você esteja em prova..
Sofrendo...
Na miséria..
Sem esperança...
Sem dinheiro...
Sem saúde...
O decreto de falencia de sua vida já foi dado...
Talvez você esteja em um leito de hospital...
Mas o Sr. DEUS que eu sirvo e você tem fé,
ele mudará seu cativeiro...

Depois da tormenta vem a bonança
Pois o Sr. DEUS é Fiel ...
Ele mudará seu cativeiro tão rápido
como o raiar do sol na madrugada..
Suas lágrimas estão sendo recolhidas
em um tacho de ouro e prata
pelos Anjos do sr. JESUS...
E levadas a presença do Sr. DEUS...

Onde o próprio Sr. JESUS diz ao PAI..
Estas são as lágrimas
daquele por quem EU morri ...

Seus sonhos e seus planos
estão na mão do :
TODO PODEROSO...
EU SOU...
O DEUS de providéncia...
O DEUS de amor...
O DEUS do perdão...
O DEUS da restauração...

Lembra-te do cativeiro de JÓ ?
De suas lágrimas e sofrimento...
De suas perdas...
Assim mesmo O Sr. DEUS fará com você...
Recuperará tudo...
Restituirá-lhe tudo em abundancia...

O ouro se purifica no fogo..
O diamante é lapidado e trabalhado no atrito da pedra...
Tudo com muita dor e lágrima...
Assim, você está sendo purificado...
Olhe agora para o céu e glorifique ao Sr. DEUS ...
POIS SUAS PROMESSAS IRÃO SE CUMPRIR...

Ficas na paz de Jesus !

Se precisas de oração ou interseção,
me envie vosso pedido pelo meu e-mail :
oprofetadejeova@gmail.com |
E na madrugada quando for orar no pó,
te apresentarei ao Pai, junto com teu pedido!
Ficas desde já de posse de vitória...
Que o Senhor Deus esteja com vosco!
Ficas na Paz...
Um Ano Novo repleto de Paz
e misericórdia do Sr. Jesus de Nazaré

O Apóstolo

Foto de eliane rocha

Declaraçao ao meu amado.

Levanta-te, vento norte,
e vem tu, vento sul;
assopra no meu jardim,
para que se derramem os seus aromas.
Ah! venha o meu amado
para o seu jardim
e coma os seus frutos excelentes!
O meu amado é alvo e rosado,
o mais distnguido entre dez mil.
A sua cabeça é como o ouro mais apurado,
os seus cabelos como galhos de palmeira,são pretos como o corvo.
Os seus olhos são como os das pombas
junto as correntes das águas, lavados em leite,
postos em engastes.
as suas faces são como um canteiro de bálsamo,
como colinas de ervas aromáticas;
os seus lábios são lirios
que gotejam nmirra preciosa;
as sua mão cilindros de ouro,
enbutidos de jacintos;
o seu ventre, como alvo marfim,
coberto de safiras;
As suas pernas, colunas de mármore,
assentadas em basa de ouro puro;
o seu aspecto, esbelto como os cedros e desejável;
O seu falar é muitissimo doce;
Sim, ele é totalmente desejável.
Tal é o meu amado tal o meu desejado ele é
quem eu aguardo anciosa e cheia de desejos,
para desvendar cada parte desse corpo incomparável...

Foto de POETAREMOS

Promessa é dívida

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*
*

Quero o fundo do seu útero
Em nascer novamente
Quando o mundo promente
Pouco momentos de felicidade
Onde podemos voar
Em sintonia de outrem
Na caçada especial
Dos sonhos tombados
De tantas sombras do ontem
Que visita este presente
Tão particular do "`nós"
Antes do surgir por capricho
Respirar a opção
De abrir as portas do querer
Com chave de ouro
Em cada fato de passagem
Contar aos chegados
O grito do adeus arde pouco
Monitorado de perto
Com carinhos de apoio
O não estar só
Nesta empreitada
De superar os efeitos do amor.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Dennel

Canção da Alvorada - Dueto

Salomão...
Amor! Abra a porta para o seu amado
Que bate e chama à procura do seu afago
Trago nas vestes o cheiro de flores
Para nos enlaçarmos em infinitos amores

Sulamita...
Ah, amado!... Se soubesses os tesouros que eu daria
Pra enlaçar-me nos teus braços e, ao menos uma vez
Afagar os teus cabelos, aspirar o teu perfume
E amar-te entre as flores... Nem que fosse um só dia

Salomão...
Se soubesses o que trago em minhas mãos
Perfumes suaves valendo mais que tesouros
Em frascos vedados com rótulos de ouro
Abriria a porta para o seu coração

Sulamita...
Amado, não me tentes tanto assim
Bem sabes que te amo e te desejo loucamente
Quem dera, com os perfumes que trazes para mim
Pudesse banhar-me contigo eternamente

Salomão...
Abra a porta! O vento corta o silêncio da noite
Em uivos selvagens, cantando canções
Estrelas e nuvens disputam lugar
Abra a porta! Tenho que entrar

Sulamita...
Eu não posso... O vento que invade o silêncio e canta
Corta-me roubando a canção
Levando às estrelas meus uivos selvagens
E às nuvens os versos do meu coração

Salomão...
Abra a porta que a aurora não tarda chegar
Amanhecendo o dia quero te amar
As horas avançam numa rapidez sem fim
Quero repousar meu corpo em perfumado jasmim

Sulamita...
Já é dia. O sol brilha sobre nós dois
E a aurora feliz, sorridente se foi
Imploro amor, não se ausente de mim
Enfeite minha alma com florido jardim

Salomão...
Flores preciosas eu quero colher
Todas ofertar a Deus e a você
Perfumes suaves eu quero gozar
Juro sulamita! Não deixarei de te amar

Sulamita...
Quando longe estás eu nunca te esqueço
Beijo-te em versos e em louca paixão
Sinto o teu corpo no meu e estremeço
E abro-te as portas do meu coração

Salomão...
Com doces palavras, formosa canção
Alegra minha alma, oh meu coração
O lugar onde estavas não pude pernoitar
Voltei minha amada para te amar

Sulamita...
Beijo-te a nuca, me enrosco em teus pelos
E neles mergulho meus pequenos seios
Que cabem inteiros em tuas mãos
E sobem às estrelas sorvidos num beijo

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2005 All Rights Reserved

Foto de Osmar Fernandes

Dona morte

Dona morte

Pertinho de você
Eu sinto os seus olhos
Vigiando-me.
Longe de você
Eu sinto o seu vulto
Guardando-me.
Eu sinto medo.
Pois meu segredo é viver.
Eu sonho em ser como vinho...
Quero viver! Quero vida!
Não tenho prata, não tenho ouro.
Sou o andarilho do destino precioso.
Minha vida é meu tesouro.
Não apague a minha luz.
Sou feliz, sou seu mistério.
Desvie-me da sua cruz
E do endereço do cemitério.
Não tenho medo da velhice.
Ainda quero viver os anos da tolice.
Não sou como São Tomé!
Prefiro ser o escravo da vida
A ser o rei da morte.
Não tenho medo da velhice!
Pois ainda quero viver
Os anos dourados da tolice.

Foto de Henrique Fernandes

TÃO BONITA AO ACREDITAR

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És tão bonita ao acreditar na minha mão aberta
E no quanto sentes o pulsar da emoção e desejo
Na palma que segura o sol que me faz crescer
De semente esquecida na lama da solidão
Até hoje árvore pomposa que sobressai adulta
Nesta floresta de coisas boas desvendadas
Na fúria alegre que pinta e repinta o meu céu
Em tons de azul que combinam com o teu sorrir
O teu sim de ser minha são asas de mim pássaro
Fénix nesta vontade de voar a tua imensidão
De abraços donos de carinho e senhores da vida
Que lado a lado colorimos com cor de ternura
Bebida de um arco-íris entre os nossos peitos
Deitados sobre uma esteira de certeza que baloiça
Com peso de ouro pelos milénios que precedem
O agora deste amor moldado em volta do teu nome
Baptizado nas utopias que absorves tão feliz
No meu jeito de homem e poeta que te ama e escreve
Um ser que te respeita e o profundo te entrega
Com verdade numa passadeira que te encaminha
Até mim em vésperas da eternidade de nós
Num olhar de mãos dadas e sorrisos entrelaçados
No calor de um nó que só nossas almas canalizam
Por canais que são metáforas sãs das rugas
Escavadas sem fim por loucas procuras do amor
Agora por nós encontrado com muito ainda dele
Por saciar ao jantar da nossa saborosa união

Foto de pttuii

Almoço, lanche e fuga

Amorzinho,
Cospe sangue,

Dor,
Brita de ouro,

Lama,
Almocei, mais para menos,

Congelou,
Saí para a cor ficar bem,

Escrevi,
Se o mundo limar unhas,

Saí,
Porque já tenho fome....

Foto de Henrique Fernandes

AMANTE DE SEMPRE

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De mão dada aos meus sonhos,
desces rainha dos títulos do meu encanto
pela rua do imaginário.

És doçura de jasmim repousando suave
na essência do meu olhar.

Aliada da minha loucura
apresentaste generosamente elegante,
assimétricamente sóbria na amplitude
da paixão dando um toque especial ao cruzamento
do nosso karma em comunhão com o sol e a lua,
no meu colo para te receber no celebrar da vida.

Um suspiro de alegria
rubrica o teu nome com as cores da natureza,
és flor no ouro do meu mundo real,
desmascaraste o meu destino
num momento de certezas vadias
pela maternidade da existência.

Enriqueces de luz
os prazeres de uma vida simples,
com o aroma das tuas palavras
serenamente adultas,
perfumando a minha inspiração
com a grandeza da tua beleza humana.

Despertas a musica nas paisagens do paraíso,
fazes descer os céus à terra na dança dos planetas
em toda a sensualidade que há em ti,
apetecível feminina nas asas de borboleta
fascinante.

Desconhecida amante de sempre
pousaste na minha vida cheia de glamour,
verdadeiramente preciosa trazes no olhar
a cumplicidade do poema que me lava a alma,
sobre o altar do teu mar de mulher,
baptizando o meu rosto
com as carícias da tua perfeição.

És poesia de um amor
em segredo no texto do tempo,
escrito em relevo de alto brilho
num ninho de sentimentos repletos de pérolas,
confessando todos os pormenores
da vitrina dos meus desejos,
expostos no destaque do teu sorriso
semelhante à minha realidade.

És a minha realidade
trajada de verdade num abraço meigo.

És embaixadora dos meus instintos...

Foto de MarvinCesvaz

Crônica da Felicidade

Sustentamos como evidentes estas verdades:
Que todos os homens são criados iguais
e que são dotados por seu Criador
de certos direitos inalienáveis.
Que entre estes estão:
A vida, a liberdade e a busca da felicidade

Engraçado como isso não faz sentido, não?
Penso;
A felicidade, é algo que não se procura.
Se lhe dissessem que tem o direito de ir atrás de seus sonhos e,
se Deus quiser, isso te faz feliz, provavelmente acreditaria. ( mentira? )
Talvez eu esteja errado, e não que eu tenha razão ou seja vidente, no entanto,
só não esta implícito como é evidente; e Deus me perdoe e eu estiver errado...
Mas evoluímos condicionados a isto: "A busca da felicidade e sua falsa Promessa."
Esquecendo-nos ou nem nos dando conta de que, pode ser surpresa e surpreendente,
e não estar somente (ou nem um pouco) nos objetivos e ideais. Não é isso que é felicidade.

...Semântica?
Não, é filosofia!
A felicidade é intangível, é uma emoção.
Não pode ir a sua busca.

Então um de nossos fundamentos está enganado?
Se quiser considerar desta forma, é exatamente isso.
A felicidade não é um causador;
É causa! Não é dinheiro, objeto ou um estado.
Não é uma ciência física, não é estratégia, uma invariável nem material.
A felicidade é simplesmente felicidade.
Algo derivado e que se deriva.
Não se planeja não encomenda, simplesmente vem; vem-nos; chega
E não procuramos nem buscamos.
Primeiramente, ela não esta perdida!
Segundo pode se dizer que simplesmente, ela não nasceu.
Está para nascer, esperando, ou ainda não fomos apresentados.

As vezes indesejável (indesejada), as vezes de proveta.
Por fim, quando nasce ou se apresenta
É um bebê, um filhote, é uma constante e mutável.
O emprego da(de) felicidade na construção de frases pode ser um recurso estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame atenção do leitor ou do ouvinte.
Ou ela pode não ser empregada, e ser autônoma (na integra desempregada);
Um cachorro sem dono, um gato sem lar ou simplesmente ser vida e/ou vivida.
Finita ou infinita não importa.
Pode ser limitada ou ilimitada, durar 100 anos ou 10 minutos.
E, a felicidade pode ter vários nomes,
Se chamar "Pai", "Mãe", "Filho";
Se chamar "Amante", "Esposa" ou "Amigo".
Pode também não ter nome nenhum.
Cada um tem sua visão, seu ponto de vista.
Opinião pessoal, sua intuição e tradução específica, ou singularidade; diferencial.

Há quem conhece a felicidade ainda inocente
Pode alguém também levar uma vida inteira sem saber o que de verdade seja isso.
Talvez eu tenha mais dez anos em vida,
Talvez não acorde para contar história, ou que viva dez vezes em anos o que já vivi e conquiste, quiçá até lá, meu nome no livro dos recordes (“O Homem mais velho”) e contudo, poderia eu morrer sem conhecer ou saber o que é:

“F-E-L-I-C-I-D-A-D-E”

Irrefutável espírito
Espírito em estado e não estado de vida, nem status
Felicidade, estado de espírito e não vida balizada.

A minha (por exemplo) pode vir das esperanças de um sonho
Uma vida em comunidade, uma rua de mão única, ou, uma conquista profissional.
Ou, pode se encontrar depois de uma encruzilhada,
(Seguida confim) N’uma casinha com cercadinho branco, pequenina e no alto do morro
E pode estar sujeita a mudar e ser em uma mansão, ou naquele AP apertadinho do centro;
Em um bairro afastado (é indiferente), no entanto, recheada com esposa e lindos filhos.

Não importa! A felicidade é o inesperado, como disse,
Indiscutível, irretorquível e indescritível anseio.
Felicidade é contudo, passar pela porta estreita.

Muitos até individualizam felicidade com paixão absoluta
Embora não seja somente isso!
E outros, vêem felicidade como um mercado fechado
Apenas segurança se esquecendo do sentimento.
Se formos focalizar, por exemplo, felicidade quando confundida a contos de fadas
Relacionadas ao coração (tolos aqueles que se limitam apenas à)
Obteremos então um caminho mais abrangente.
Assim, é legal por hora, lembrar que
Na vida real, os amores não são como nos contos de fada.
A pessoa escolhida para ser amada é bem concreta, com defeitos e qualidades.

Aos quinze anos, espera-se que o príncipe encantado venha montado num cavalo branco.

Aos vinte, a exigência torna-se menor: o cavalo pode ser pardo.
Aos vinte e cinco, admite-se a possibilidade de que o cavalo nem é mais necessário, pode vir num jegue mesmo!

É mais ou menos assim que as expectativas de felicidade (em amor) vão se acomodando dentro do coração da gente à medida que o tempo passa.
Quanto menos enxergamo-nos a nós mesmos, mais são as exigências que fazemos.
Isso deveria nos fazer parar para rever nossos conceitos. (“Que isso, pura bobagem!”- sociopatia)

Entretanto a vida é real e, por ser real, os cavalos não são tão brancos, os príncipes não são tão belos e as princesas têm frieiras nos dedos dos pés.

No momento em que percebemos a inadequação entre o sonho e realidade,
descobrimos que tal felicidade e o amor que pensávamos que tínhamos pelo outro na
verdade não passava de uma projeção de carência e idealizações.

Não podemos nos esquecer de que o amor humano só é possível a partir da precariedade. Somos a mistura de qualidades e defeitos, de belezas e feiúras.
O amor só é verdadeiramente consistente no dia em que descobrimos o que o outro tem de melhor e de pior.
O problema é que, na projeção de nossas necessidades, cegamo-nos para o real, para o verdadeiramente possível.

Assim, nos tornando passivos no sentimento, à uma emoção inerte,
Ignorada e posta a morte, enquanto amamos e felizes somos na passiva ate que, amor ou felicidade não tenha passado de mais um conto d’uma pagina em nosso livro.

Com isso, passamos a esperar o que não existe, o que não se dará justamente por estar fora do horizonte de nossas possibilidades (ou exigências/conceitos e pré conceitos mal formados) e que, a felicidade (assim neste aspecto) se torna utópica e então criamos além e também, inúmeras e varias outras, e barreiras, que não caberia de impedir um bem maior. (o que infelizmente se sucede)

Assim sendo, o seu príncipe tão esperado pode até existir.
E a sua princesa tão desejada pode estar escondida em algum lugar, mas por favor, seja realista!
É preciso baixar as expectativas.
O amor de sua vida e sua felicidade virá, mas não creio que seja tudo isso que você espera.

Cavalos brancos e pote de ouro no fim do arco-íris são muito raros nos dias de hoje.
É mais fácil o seu príncipe chegar num fusquinha azul clarinho modelo 67 e sua felicidade se encontrar em uma casinha na beira de um pequeno lago.

E a sua princesa, até creio que ela esteja esperando por você, mas não que ela esteja numa torre, envolvida numa atmosfera de encanto.
É mais provável encontrá-la atrás de um balcão de padaria ou até mesmo no caixa de supermercado mais próximo.

Não tem problema...
Embora os moldes sejam diferentes dos contos de fadas, todos têm o direito de viverem “felizes” para sempre!

Simplesmente espero que, não tenham certo julgamento a respeito de felicidade.
Amor é amor, alegria é alegria e Felicidade é felicidade e não “Feliz-Cidade”!
Abram os olhos, não está a “olho nu” e sim além...
A felicidade está em você, a felicidade agrega, é você; somos nós!
E não se acomode ou acanhe por conta da sociedade
Pois você se conhece, os outros, só te imaginam...!” ( MarvinVaz – Crônica da Felicidade )

Foto de Osmar Fernandes

O mundo encantado de Isabel

O mundo encantado de Isabel

Em uma terra muito distante, vivia uma menina que se chamava, Isabel. Essa terra, onde ela morava, era um lugar encantado. Havia fadas, gnomos e duendes. Nesse lugar encantado as flores falavam e todos os animais se comunicavam entre si. As nuvens eram feitas de algodão doce e os rios eram formados de sucos, refrigerantes e água potável. A menina Isabel adorava essa terra de sonhos, era o seu mundo encantado. Todos, ali, viviam felizes.
Um dia a menina Isabel e a sua amiguinha – a fada Raio de Sol, ficaram desesperadas ao verem a floresta do mundo encantado pegando fogo. Uma enorme nuvem negra era vista pelos quatro cantos do mundo encantado. Formou-se um cataclismo. Viram que um imenso Dragão do mal estava incendiando a floresta, soltando muito fogo pela sua boca. A menina Isabel ficou muito angustiada, indefesa e sem saber o que fazer. Foi quando teve uma idéia supimpa e falou de supetão à sua amiguinha:
- Fadinha, você tem que me ajudar a salvar o mundo encantado, urgente, antes que seja totalmente destruído pelo dragão do mal. Transforme-me num animal poderoso para que eu possa dominar e conter a fúria desse monstro de asas.
Tristemente, a fadinha lhe respondeu:
- Não posso fazer isso sem a permissão do poderoso mago, Merlin. Ele é o comandante do meu reino. Se ele descobrir que alguma fada principiante, como eu; desrespeitou o livro sagrado, ele a manda para ser julgada no Tribunal das Fadas; e dificilmente a ré obterá a absolvição, pois é falta gravíssima e a condenação é inevitável. Além de perder todo o poder mágico, a fada condenada volta a ser uma simples mortal. Para mim, é sentença de morte. Não posso correr esse risco. O castigo é muito severo.
A menina Isabel, chorando, respondeu:
- O mago, Merlin, nunca vai saber disso. Será o nosso segredo para o resto de nossas vidas. É causa justa, é caso de vida ou morte! Se você não me transformar logo, vai ser tarde demais. Todos irão morrer. Aquele dendroclasta está exterminando o meu mundo. Amiguinhos meus estão morrendo indefesos. Pelo amor do criador do mundo do faz-de-conta, ajude-me a salvá-los, por favor!?
A fadinha amiga, piedosa que era, não vendo outro jeito, comovida, repleta de compaixão, resolveu desobedecer à ordem do seu superior, e, ao estatuto de sua lei, e decidiu ajudar a menina Isabel.
Pôs o seu dedo mindinho no narizinho dela e pronunciou as palavras mágicas, dizendo:
-Pirilim, trintrinc, trimplintrinc... Repetiu três vezes, e, de repente, o corpinho da menina Isabel foi sofrendo uma mutação, e transformou-se numa ave grande e forte e muito formosa – numa Águia Dourada.
Bem baixinho, a fadinha sussurrou ao pé do seu ouvido, dizendo:
- Voa, voa, voa bem alto minha linda Águia Dourada, e salve o mundo encantado e todos os habitantes do reino da menina Isabel.
A ave deu um vôo rasante, e aos poucos começou a voar, voar bem alto e poderosamente, como nem outro pássaro jamais havia voado em todo o mundo encantado.
A fadinha sentou-se muito preocupada diante da sombra de uma bela arvoreta, e, resmungando, disse a si mesma: “Por Merlin! Como vou sair dessa?... Desobedeci o mandamento mais sagrado do livro das fadas. E, agora?!”
Só aí ela se deu conta do que tinha feito. Não havia mais jeito de voltar atrás. O grande problema, além de sua desobediência, era que não sabia desfazer aquela mágica. A menina Isabel poderia viver eternamente como uma Águia Dourada. Era sua primeira mágica, sua iniciação.
Enquanto isso, a Águia Dourada fora ao encontro daquele monstro destruidor da floresta e ao se aproximar dele, furiosamente, disse:
- Por que você está destruindo o mundo encantado da menina Isabel?
O dragão respondeu:
- Porque alguém deste mundo encantado roubou o ovo de ouro do meu povo, e, sem ele, todos os dragões desaparecerão. Será o fim da minha espécie. Eu soube ainda, através da bruxa Doroti, que, o sumiço do ovo foi a mando do mago Merlin, porque ele quer dominar todos os mundos.
A Águia Dourada, ficou entristecida e muito pensativa... Na verdade, o que aconteceu, de fato, foi que a bruxa malvada invejosa queria destruir a felicidade do mundo encantado da menina Isabel, e, ao descobrir o segredo do ovo de ouro dos dragões resolveu roubá-lo, e pôr a culpa no mundo da menina Isabel.
A Águia Dourada, levantando a cabeça, emocionada e preocupada com a mentira da bruxa, respondeu ao dragão:
- Como você pôde acreditar numa loucura dessas! Você sabe que a feiticeira é cheia de inveja, de ira; ela tem ciúme de todo mundo que vive feliz. Você acha que o poderoso mágico de todo o universo, o criador de todo o mundo do faz-de-conta, precisaria mandar alguém do mundo encantado roubar o ovo de ouro dos dragões para aumentar o seu poder e dominar todos os mundos? Você não acha que aí tem coisa? Tem o dedo podre da feiticeira?!
O dragão, fazendo uma pausa, parou e pensou... Deu um vôo extraordinário, foi até o rio do mundo encantado, encheu sua enorme boca d’água, e, sobrevoando a floresta em chamas, como um verdadeiro bombeiro, começou a apagar aquele incêndio, que ele mesmo havia provocado.
A Águia Dourada ficou muito feliz com a atitude do Dragão, e começou a ajudá-lo. Depois de muito trabalho, o fogo foi controlado e apagado, e o incendiário disse à sua ajudante:
- Desculpe-me, perdoe-me! Causei muitos estragos, sofrimentos, tristezas e mortes. Eu estava enfurecido, descontrolado, irado, e não parei para refletir. Acreditei na conversa mole daquela malévola feiticeira e fiquei fora de mim. Acreditei em quem não deveria, e, agora, estou arrependido. Vou tirar isso a limpo, vou até o castelo daquela maldita e vou exigir suas explicações, minuciosamente, detalhadamente, e, se ela não me disser a verdade e não me devolver o ovo de ouro, destruirei aquele lugar fedorento e horrendo.
Animada, feliz com esse procedimento, disse ao Dragão:
- Vou junto contigo, quero olhar bem no fundo dos olhos daquela invejosa, e quero ouvir o que tem a dizer.
O monstro concordou imediatamente, e os dois voaram três dias e três noites rumo ao destino almejado, o castelo da bruxa.
Mas, antes que eles chegassem, a feiticeira foi informada pelo seu olheiro, que vivia no mundo encantado – o seu Piolho, seu puxa-saco – de tudo o que havia visto e ouvido... E que o Dragão e a Águia Dourada estavam a um passo de seu castelo.
A feiticeira não perdeu tempo e convocou o seu exército do mal para impedir a ação do Dragão e da Águia Dourada.
O exército da feiticeira armou uma cilada, uma tocaia para os invasores, que foram surpreendidos, feridos e imobilizados, acorrentados e presos no calabouço do castelo.
Longe dali, no mundo encantado, Dona Arvoreta despertou subitamente e acordou a fadinha angustiada e disse:
- Eu tive um sonho muito ruim, um mau presságio. Vi o seu Dragão e sua amiguinha – a Águia Dourada, tocaiados pelo exército do mal da feiticeira e foram surpreendidos, feridos, acorrentados e presos no calabouço do castelo da bruxa. Correm perigo de vida. Você tem que fazer algo imediatamente, senão eles vão desaparecer para sempre.
Meio sonolenta ainda, e sem compreender direito, a fadinha disse, de supetão:
- Mas, como assim? Que conversa fiada é essa? Quem me diz uma asneira dessa?
Só um pouquinho depois, ela se deu conta de que estava sozinha, que havia sonhado, tido uma premonição ou algo parecido... Confusa, olhou para os lados, não viu ninguém... E dona Arvoreta mais uma vez insistiu, dizendo:
- Não, não é devaneio seu, sou eu que lhe falo.
E, despertando a fadinha, dona Arvoreta lhe mostrou, através do seu espelho mágico, o Dragão e a sua amiguinha, presos. E, contou-lhe tudo o que havia acontecido... e ainda, disse-lhe:
- Somente você pode salvá-los. Faça isso antes que seja tarde demais, pois a bruxa malvada pretende transformá-los em soldados de seu exército maligno. Esse castigo é pior que beber do veneno da própria morte.
A fadinha, chocada com essa notícia, não viu outro jeito, senão pedir socorro para o grande mago, Merlin, e lhe contar toda a história, acontecesse o que acontecesse. Era tudo ou nada! Era caso de vida ou morte! De súbito, transportou-se para o Castelo do grande Mestre. Imediatamente, marcou uma audiência e foi ter com ele, e lhe confidenciou:
- Senhor, criador do planeta da imaginação, do mundo encantado e do mundo do faz-de-conta, cometi um grave erro, um pecado mortal, desobedeci a lei do grande livro das fadas. Sem o seu consentimento transformei a menina Isabel em uma ave poderosa. Mas, afirmo-lhe, senhor, foi por causa justa e urgente, caso de vida ou morte! O Dragão destruidor, estava incendiando o mundo encantado. Perdoa-me, senhor, por isto! Mas, a menina, Isabel, desesperada, vendo o seu mundo em chamas ardentes e os seus amigos morrendo, suplicou-me, e, naquele instante, agi de acordo com o meu coração, e vi que a única forma da menina enfrentar a fúria do monstro era através da minha ajuda, por isso, fiz o que fiz.
A fadinha contou-lhe toda a história, e disse que precisava de sua ajuda para salvá-los das garras da bruxa malvada, senão eles poderiam morrer ou tornarem-se escravos do exército da feiticeira. O poderoso mago, respondeu:
- De fato, você cometeu uma gravíssima falta e será julgada de acordo com o seu erro, pelo Tribunal das Fadas. Se for condenada, nada poderei fazer para ajudá-la. Se for absolvida, dar-lhe-ei poderes para que lute contra o exército do mal e os feitiços de Doroti, e salve os seus amigos.
A fadinha ficou detida no palácio do mago. Mas, naquele mesmo dia, o grande mestre convocou o Tribunal das Fadas, para julgá-la, assim composto: O juiz – O mago Merlin; o defensor público do livro sagrado – o papa das fadas – o senhor Bagú; o advogado da fadinha – o doutor Galileu; O corpo de jurado – formado por sete fadas madrinhas, dois duendes e dois gnomos.
Iniciado o julgamento, o defensor do livro sagrado do mundo do faz-de-conta, disse, após a leitura dos autos:
- As leis do livro sagrado são bem claras, e diz: no seu capítulo I - art. 4°. “-Nenhuma fada iniciante poderá fazer qualquer mágica sem a permissão do grande mago, Merlin. Aquela que desobedecer a lei perderá o seu poder mágico e viverá como uma simples mortal, e será jogada e abandonada para sempre no calabouço do mundo da escuridão.” Por isso, peço ao corpo de jurado que a condene, para que isto sirva de exemplo para as outras fadinhas principiantes. Não podemos abrir nem um precedente, para que não caiamos na ridicularidade em casos futuros. Peço pena máxima para a fadinha desobediente.
Levantando-se, o advogado da fadinha disse:
- Excelentíssimo senhor Defensor se esqueceu de que toda regra tem a sua exceção. A fadinha não fez uma mágica por achá-la bonita ou para se aparecer. Ela socorreu uma amiga em apuro, que, desesperada, implorou-lhe ajuda para salvar o seu mundo da fúria do Dragão e do incêndio da floresta. Foi caso de vida ou morte! Se a fadinha não tivesse tomado essa atitude naquele momento, todo o mundo encantado teria sido destruído e se transformado em cinzas, e todos os seus habitantes estariam mortos agora. Não vejo nenhum crime nisso. Provavelmente, se ela não tivesse tomado aquela decisão, naquela hora, estaríamos aqui, não a julgando, mas condenando-a por omissão, o que seria de fato um crime imperdoável.
Nesse momento, a platéia, que era formada por muitos gnomos, duendes e pelos habitantes do mundo encantado, pronunciaram: “Ela é inocente! Inocentem-na! Salvem-na, antes que seja tarde demais! E o Juiz, o poderoso mago, Merlin, com o seu martelo prateado, bateu-o várias vezes em sua sineta, pedindo: silêncio! silêncio! Senão vou colocá-los para fora do tribunal.
O Julgamento foi suspenso por duas horas. O júri reuniu-se para tomar a decisão final.
Logo depois, recomposto o julgamento, o juiz, o todo poderoso mago, Merlin, perguntou ao Presidente do júri:
- Senhor presidente, qual foi o veredicto do júri?
O senhor presidente respondeu:
- Excelentíssimo senhor juiz mago Merlin, o júri, depois de muito raciocinar, por unanimidade, chegou à conclusão de que a fadinha Raio de Sol é inocente!
A felicidade do auditório foi de grande euforia... E o senhor juiz determinou que ela fosse solta, imediatamente. A Fadinha agradeceu o seu advogado e todo o júri, dizendo: “Muito obrigada! Por Merlin, muito obrigada!” E, foi ter com o juiz, em seu gabinete, dizendo:
- Senhor, meu poderoso mago Merlin, ajude-me a salvar o Dragão e a menina Isabel, eu não sei o que fazer!
Merlin disse à fadinha Raio de Sol:
- A partir de agora, você será uma fada de quinta grandeza e terá poderes de uma fada madrinha. Ordeno-lhe que descubra quem roubou o ovo de ouro do mundo dos Dragões e o puna conforme a sua consciência. Dê-lhe o merecido castigo.
A fadinha, rapidamente, convocou treze amigos, para ajudá-la nessa missão. E partiram para a batalha na hora do crepúsculo.
O exército do bem, representado pela fadinha e seus amigos, iria enfrentar o exército do mal, da bruxa malvada. O risco de morte e destruição era muito grande. O combate seria sangrento e ninguém podia prever o seu final.
Ao se aproximar do castelo maligno, o exército do bem surpreendeu o exército do mal; e a fadinha, seus gnomos e duendes, transformaram o exército da bruxa em estátua gélida... e invadiram o castelo; e de surpresa adentraram o laboratório da megera, e a fadinha Raio de Sol, com os poderes ganhos do seu mestre, disse a ela:
- Exijo que solte os meus amigos agora mesmo, senão, vou transformá-la numa coisa feia, tão feia, que teria sido melhor nunca ter existido. Se não me atender agora mesmo, vai se arrepender por toda a sua existência diabólica.
Sentada no seu trono horrível, a bruxa, desconcertadamente, com ares de coitadinha, disse:
- Não sei do que você está falando!
E, a fadinha, irritada, impaciente, severamente, respondeu:
- Estou perdendo a minha calma, obedeça-me, ou destruí-la-ei eternamente.
A bruxa, notando que a fadinha falava com compostura, com medo respondeu:
- Eu sei que você agora tem poderes, é uma fada madrinha, mas, só vou pô-los em liberdade, se fizermos um acordo.
A fadinha, angustiada, disse:
- Que tipo de acordo?
A bruxa, tremendo de medo, falou:
- Você tem que me prometer que vai conter a fúria do Dragão, para que ele não me destrua. Esse é o acordo. Sei que a palavra de uma Fada Madrinha não pode ser quebrada em hipótese alguma. Isso está escrito no grande livro sagrado das Fadas. Não é?
Raio de Sol, respondeu à bruxa:
- É verdade. Tem a minha palavra! Agora, solte-os.
A bruxa ordenou aos seus malfeitores, que soltaram o Dragão e a Águia Dourada. Foram trazidos imediatamente ao laboratório da bruxa, que ao verem a fadinha, alegraram-se, e o Dragão, enfurecidamente, disse:
- Doroti, bruxa de belzebu, larapia e mentirosa, agora me fale aonde está o ovo de ouro do meu povo?
A bruxa, encurralada, sitiada, resolveu ceder e contar a verdade, dizendo:
- Está bem, eu confesso que o roubei, mas só vou devolvê-lo se me prometer que não vai destruir-me, conforme o acordo que fiz com a Fada Madrinha.
Nesse exato momento, o Dragão fitou a Fadinha, que balançou a cabeça, afirmativamente, e, o Dragão então disse:
- Sendo assim, prometo. Mas, traga-me logo o que é meu, antes que eu mude de idéia.
A bruxa mandou os seus comparsas buscarem imediatamente o ovo de ouro, e o entregou ao seu legítimo dono.
O Dragão, felicíssimo, despediu-se dos seus amigos e mais uma vez pediu perdão para Águia Dourada, pelos danos, mortes e sofrimentos que causou aos habitantes do mundo encantado, e partiu.
A fadinha disse à bruxa malvada:
- Prometi e cumpri. O Dragão não lhe destruiu. De hoje em diante, você não terá mais o poder de fazer mal. Passará o resto de sua vida nojenta condenada a vegetar no mundo da escuridão, no calabouço do seu castelo sujo, sozinha. Conhecerá o sofrimento da pobreza, da solidão e da velhice. Depois pagará os seus crimes conforme o que está escrito no grande livro do mago Merlin. Será, a partir de agora, uma simples mortal, e conhecerá a morte... Seu exército transformá-lo-ei numa tropa do bem, vai ajudar todos os necessitados... Chamar-se-á o exército da salvação dos excluídos. Aonde houver uma destruição, incêndio ou catástrofe, estará lá para ajudar a salvar e depois a reconstruir... Esse é o seu castigo.
Condenando a bruxa, enviou os exércitos para uma missão secreta... A fadinha, despediu-se... E partiu com a sua amiguinha.
Depois de longa viagem, resolveram descansar. Aterrissaram debaixo daquela mesma arvorezinha... E a Águia Dourada disse:
- Estou muito feliz por toda ajuda que me deu. Salvei muitos amigos e meu mundo encantado da fúria do Dragão, e a questão do roubo do ovo de ouro foi esclarecida. Agora quero voltar a ser novamente o que sou, a menina Isabel, certo?
A fadinha tristemente lhe respondeu:
- Virei o meu mundo do avesso para ajudá-la. Fui parar no Tribunal das Fadas por isso. Não estou nenhum pouco arrependida pelo que fiz. Faria tudo de novo. Mas, não sei como desfazer essa metamorfose, não sei como transformá-la novamente na minha amiguinha. Naquele dia eu tentei avisar você, mas tudo aconteceu tão rápido, que não me deu ouvidos, nem tempo para eu falar.
A Águia começou a chorar, desesperadamente, e a dizer para si mesma: “E agora, meu Senhor, Merlin, criador do mundo do faz-de-conta e do mundo encantado, o que será da minha vida? O que vou dizer para os meus pais? O que vão pensar de mim ao me verem assim? Ajude-me!”
De repente, com autoridade, uma voz serena sai da boca daquela arvorezinha e diz:
- Não chore, menina Isabel, não chore! Sou eu, o mago Merlin. Ouvi os seus clamores... Conheço seu coração e a sua grandeza, e vi o amor que sente pelo seu mundo encantado e pelos seus amigos; vi a sua coragem ao enfrentar a fúria do Dragão para salvá-los; o desafio que encarou para provar quem era a verdadeira ladra do ovo de ouro. Todo o seu gesto e toda a sua ação são dignos de aplausos em todo o meu mundo. Portanto, dou à fadinha o poder para que ela possa desfazer essa mágica e você voltar a ser quem era.
O poderoso mago Merlin deu poderes à fadinha, e ela pôs o seu dedinho no nariz da Águia Dourada e disse:
- Pirilin, trintric, trimplintric... Repetiu três vezes as mesmas palavras e mais três de formas inversas, e a menina Isabel, num passe de mágica voltou a ser como era.
O mago Merlin, assistindo a esse momento espetacular, deu um grande “arroto”, fechou sua boca, enorme, e adormeceu novamente. E, a fadinha disse à sua amiguinha:
- Vá imediatamente para o seu mundo encantado e reencontre a felicidade, porque é a única riqueza que vale a pena, é o tesouro; todo mundo a carrega dentro de si mesmo, mas pouca gente consegue encontrá-la.
E, falando assim, abraçou a menina Isabel, deu três beijinhos e partiu...
A menina Isabel, correu para o seu mundo, convocou todos os seus amigos, e disse:
Vamos reconstruir nosso mundo encantado, num mutirão de solidariedade, porque a vida só tem valor e graça se tiver cooperação de todos, em qualquer momento, mas principalmente nos difíceis. O amor, o respeito e a amizade são sentimentos fundamentais para que uma sociedade possa viver em paz. A amizade salvou o nosso mundo encantado da fúria do Dragão e da mentira da bruxa Doroti.

“Lembrem-se que a verdade vem sempre à tona, doa a quem doer... A mentira tem perna curta!... E, o bem sempre vencerá o mal, custe o que custar!”

(Respeite o direito autoral... - do livro de minha autoria Crisálida - a motivação da vida)

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