Ostras

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DA ESTRELINHA VAIDOSA

Uma estrelinha nua
Fugindo do olhar da lua
Vem brincar no mar...

Faz cócegas na baleia
Desperta a linda sereia
Que se põe a cantar.

Uma estrelinha nua
Fazendo suas pontas de pua
Fura as ostras do mar...

Colhe pérolas acetinadas
Nos fios da madruga
Faz um lindo colar.

A estrelinha faceira
Bonita e namoradeira
Olha-se no espelho do mar...

Encanta-se com sua beleza
Baila, faz ardilezas...
Cai no fundo do mar

Hoje a estrelinha prateada
Já não brilha na madrugada
É apenas estrela do mar.

Carmen Vervloet

Foto de DAVI CARTES ALVES

YUMI, UMA LINDA IKEBANA DE SENSAÇÕES N'ALMA

Aquele tímido sorriso iluminava minha alma, poucas palavras, discrição, o olhar pensativo, distante entre as pedras e formigas do caminho, um silêncio que amava compartilhar, pausas longas, quebrada pelas folhas secas que eram pisoteadas, enquanto caminhávamos no Parque São Lourenço

Yumi tinha um que de Fernandinha Takai, puerilmente menor, quão delicada, ao cingi-la nos braços, sentia a leveza de um feixe de tulipas frescas, cabelos amiúde colhidos sob maria –chiquinhas com as cores da bandeira japonesa.

A linda boquinha modelada por buril divino, avessa a brilho labial, fonte melíflua cujos beijos me transportavam, ao ápice de vertiginosos Satoris.

Família, esse era um refrão nos lábios nacarados de Yumi, trabalhava com os pais num quiosque de ikebanas no Mercado Municipal. A noite cursava Sistemas e Redes, quando a conheci na fila da reprografia.

Que flores são essas Yumi, que imitam pássaros de fogo?

Assim a tirava do seu sagrado ritual, enquanto confeccionava com suavidade nos gestos, ternura e habilidade na alma e nos dedos, arranjos tão sublimes.
Me olhava com afeto, uma pausa, um sorriso, envolvia um olhar maternal novamente no arranjo: essas são estrelicías, lembram não só pássaros de fogo, como origamis de luz, aquelas coloridas são gérberas, estas aqui que imitam grandes sinos tingidos são lírios. Que tal ficou este?
Belíssimo Yumi, quanta harmonia entre flores, cores e formas !

Foi um dia memorável, aquele em que fomos ao restaurante Nakaba ali na Rua Nunes Machado, não, não paguei mico, financiei gorilas em 36 vezes!!

Ela me apresentou os hashis, e com as mãozinhas tão meigas, me conduzia no manuseio dos
“ gravetinhos polidos”, mas ficou tudo mais fácil com aqueles de elastiquinho para iniciantes e comedores compulsivos de feijoada.

Nunca tinha comido tanto e me sentido tão leve, já no prato de Yumi, dava pra contar apenas alguns “enroladinhos”, a medida que iam sendo servidos, e ela ia me ensinando os nomes dos pratos tão marcantes, realçados pelo shoyo.
Esse você já conhece, é o sushi, aqui temos o tempurá, e que tal o yakissoba?
Yumi, gostei do rolinho primavera com este risoto. Também adoro, este risoto é uma especialidade da casa, chama-se Yakimeshi.
Arrgghh , já estas ostras frescas podem levar!
Ó quem fala mocinho, costumado a comer suan de porco!
Explosão de gargalhadas!

Sabe Yumi, eu sempre tive uma grande admiração pela cultura japonesa, que em você transformou-se em fascínio.

Admiro tanto a disciplina de vocês, a aplicação nos estudos no trabalho, a reverência a família e aos valores, é elogiável! Não que aqui isto não seja relevante, mas, por exemplo, eu nunca presenciei no dia a dia, em lugares públicos, japoneses discutindo alto, casais brigando , não vejo em nosso país, japoneses em matérias relacionada a prisão e a cadeias, e eles estão ocupados em “ papar” vagas nos vestibulares, concursos públicos, lá no Tribunal onde trabalho como terceiro, tem tantos japoneses, umas japinhas tão lindas...
ai, ai, desculpa, brincadeirinha...

Vocês realmente se destacam nos concursos públicos, nas áreas de tecnologia, ao passo que, com todo respeito a essa profissão, eu nunca vi um japonês pedreiro, é engenheiro civil pra cima, entende Yumi, quão intensa torna-se a a minha admiração a vocês ao refletir nisso.

E como aumenta o meu encanto por esse nenê de colo muito fofo, gut, gut, vem aqui, anjo lindo , me da um abraço.

Aquela gélida noite de junho, como esquecer?

Comíamos um cachorro quente em frente a faculdade, e percebi que Yumi estava muito mais introspectiva, muito distante, diferente, evitando o meu olhar.
Esta tudo bem?
Tudo.
Você ta tão quieta.

Ué você já me conhece tanto e...
Por isso mesmo Yumi
E por causa da exposição de Ikebanas no hall de entrada da Biblioteca Publica?
Não, isso ficou para o mês que vem, com outro quiosque de amigos e familiares.
Longa pausa,
Uma só mordida no cachorro quente abandonado
C ta muito estranha nenê?
Impressão sua, respondeu-me, mas com os olhos marejados
Por favor Yumi, o que foi que houve meu amor
Silencio sob a pequena e perene lua vermelha do oriente.
Ai estas suas pausas Yumi, fala!!

Me abraçou tão forte entre soluços incontidos
Um beijo longo com gosto de lágrimas
Outro olhar demorado dentro d’alma:

Minha família vai voltar pra Maringa

E a estrelicia perdeu a cor,
e o frio de junho confeccionou tanta,
mas tanta dor
E começou a garoar n’alma,
Fel & torpor

Compreendi ainda melhor, que família , não éra só um refrão nos lindos lábios nacarados de Yumi, era de fato uma instituição vitalícia, que a globalização e o diabo a quatro, como ocorre por essas paragens, jamais iam dissolver.
Até porque, ela recebeu inumeros convites das colegas de curso para permanecer em Curitiba.

Sim, a família estava acima de tudo, doa a quem doer.
E pra nos separar daquele ultimo abraço no Aeroporto do Bacacheri, só mesmo com um pé de cabra.

Na faculdade, os olhos duradouramente vermelhos e pisoteados, trouxeram inquietação dos amigos:
C ta cheirando um beg né?
Mas só pode ta encomendando de jamanta?!!

Ah Yumi, a saudade é uma doce melancolia
Enquanto você rouba meu pensamento
Acho que beijar esse rostinho, se vive mais cem anos
Por isso queria tanto, viver eternamente
do seu lado Yumi.

Ao lado de Yumi, usufrui experiências e sensações tão díspares, e sob matizes tão perenes, uma brisa para os sentidos.
Tudo oferecido com a mesma suavidade, leveza e brandura, do cisne ao atravessar o lago, no Parque São Lourenço.

Hoje aqui no Parque , sob céu de lama e cinzas, salpicando fina garoa,
imagino Yumi
vir correndo, de lá do outro lado do lago, com aquela graciosidade, encanto e leveza que devorava a minha alma.

Yumi se foi,
Mas deixou pra sempre, indelével
Uma linda & perene
Ikebana de sensações n’alma.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de von buchman

O QUE FAZER PARA CHAMAR SUA ATENÇÃO ! ! ! ( Von ) resposta (JoaninhaVoa )

Tenho passado por momentos na minha vida,
que as vezes nem consigo acreditar.
Muitas vezes não sei se são verdade
ou um verdadeiro sonhar.
As vezes, as lágrimas correm em minha face.
Aí, meu coração aperta e eu fico a imaginar,
se um dia vou poder,
ver você a mim chegar .
Adoro te ver, todos os dias a passar,
mas nunca tive coragem
de junto a ti chegar.
Poder contigo conversar,
poder olhar nos teus olhos,
falar do amor que tenho no meu peito,
que um dia hei de te dar...
Já fiz de tudo pra chamar tua atenção !
Já te mandei flores,
enviei recados ,
fiz até poemas,
mas mesmo assim você não me viu .
Que posso fazer para atrair teu coração ?
Difícil . . .
Mas sei que não é impossível.
Um dia tu vais me olhar
e vais me dar tua atenção!
Quando isto acontecer
vou poder te dizer,
do meu amor,
da minha paixão,
dos meus sonhos e desejos
que estão trancados neste pobre coração.
Infelizmente a rotina continua .
Você passa nem me olha,
Talvez até finja que não me vê
e fico eu a pensar...
Que posso fazer ?
Para chamar sua atenção...

Von Buchman...

.
Eu vejo tu fazeres
O que não devias fazer!

Pois não és tu que desvias
Teu olhar quando te olho?
Pois não és tu que falas
Com todos menos comigo?
Ainda ontem aquela ostra
Dizia «... dói-me tanto a cabeça
ainda nem almocei...»
Tu pronto lhe respondeste
«Então porquê?....bla...bla...»
Só pr`a meter conversa...
Essa ostra é capaz de se abrir
Toda! E até colocar ventoinha
Por debaixo das saias
Prà dar asas a convidar
Entre! Entre
Aninhe-se e esteja à vontade...
A resposta era só uma
«Então vá comer comida
um bitoque ou coisa parecida»
Mas a ostra queria era uma outra comida lambida!
Mas ostras há muitas...
Ainda outro dia a gémea
Ao passar ali bem perto
A um passo de ti
E a dois de mim...
Dá-te um sorriso daqueles
a convidar líbidos...
E tu que fizeste?
Respondente igual ou mais...
Fizeste questão de acentuar
mais e mais com satisfação...
És igual a todos no fundo
Masculino de ostra
És também Ostra
E quem és tu pra criticar
Em tempos e amuar...
Tu que tens o vício no corpo
E na mente quando calha
És pior do que aqueles
Que censuras
Seu Ostra!
Sim eu bem vi e vejo...
És vício e devaneio!
Depois não venhas criticar
Com teu olhar prá parar
Seu Ostra!
Pensas que eu não vejo?!?
....
Muitos Mimos são meus desejos
JoaninhaVoa

Agradeço de todo meu coração ao anjo JoaninhaVoa
pela resposta que me deu no meu poema,
que juntei e fiz este lindo due...
Tenhas meu eterno carinho...
você é uma pessoa mui especial para mim...

ICH LIEBE DICH ...
AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO,
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO . . .

VON

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ESCREVI SEU NOME NA AREIA

*
*
*
*
Escrevi seu nome na areia,
A onda levou, fez um belo passeio e voltou.
Seu nome veio encantado, com ostras do mar.
Seu nome estava com maresia, cheiro de mar.

Escrevi seu nome na areia,
A areia secou, mas seu nome La ficou.
Marcado como no meu coração
Tatuado na areia a espera de uma sereia.

Escrevi seu nome na areia,
Alguém rabiscou, mas ninguém rabisca
Seu nome dentro de mim, você esta em mim
É um selo gravado timbrado, tatuado, no meu coração.

Escrevi seu nome na areia,
Um barco encalhou e teu nome não danificou,
Desci do barco toda faceira tua sereia,
Com cuidados com teu nome a beira do mar,
Com meu canto pus a te chamar,

A areia o vento levou, teu nome apagou,
De volta o vento ventou,
E junto a maresia trouxe além do nome
Você meu amor. Aos braços da sua amada.
Sua sereia apaixonada!

*-*Anna (A Flor de LIS.)

Foto de Joaninhavoa

AVÉ MARIA…(Aff Maria…)

*
AVÉ MARIA…(Aff Maria…)
*

Quando eu poiso e me deito
na rama da cama
Fico horas pensando nas outras
ramas
Existe um menu das ostras
damas
Mas eu jogo xadrez e me deleito
no tabuleiro da trama

E já em campo de batalha me encontro
a jogar
Enquanto as outras ficam sòmente
a olhar
Munida de espada espreito da torre
a estratégia armada
Já sinto os cavalos a invadir o castelo
na alvorada

E eu só quero dançar uma dança
d`amor
O ginete aproxima-se tocando
tambor
E em meu pensamento estás tu
só tu meu amor

E eu só quero dançar uma dança
d`amor
E se viessem ciganos mas veio uma
cigana
Ao ler-me a sina benzeu-se e disse
Aff Maria … menina

Joaninhavoa, In “O Meu Amor”
(17 de Julho de 2008)

Foto de Vmabs

Marchante de infinitos

Por uma qualquer manhã, ou qualquer outra distância, saio vagarosamente, lendo a displicência dos momentos. O intrépido, as anémonas, sequelas dispares, como dés-potas raros desta e qualquer outra distancia, sentados, à alquimia dos defuntos e risonhos areais, os subtis arrojos franqueando sentenças deste mar azedo, caldeiras, riscos e bravas distancias cor dum mar qualquer, especulando contactos e comunicações, esmolando a franquia quase minha de vida esta, a que me submeta talvez, sereno dis-cursar, comunicar-me contra intempestivos oratórios que segreguem as ruelas da cidade que deambule em si o fan-tasma de si mesma, a velha e póstuma cinderela diante postais iluminantes na cassandra mesclante de rasgos e diabruras, conversas informais e sentenças animais, riscos na consciência, sob apetências, como se dialogar contigo fosse referendo, referencia para as essências dos destinos postulados no refrão assassino dos tempos, segue, sei que será quezília intemporal, atempada que seja, que seja anti-moral, se restos forem, ou fossem talvez da vida a vida ainda por viver, entendemos a cada recado imaginado o seguimento sincero, demarcado contra cantos a favor do destino, como somos neste depravado resquício, faces robustas e nada serias, vendo por tudo que nos interpele cicatrizando a colorida e resfriada nobreza dos instantes, sereias sem semblante, rosas sem coração, ou dos nós dela mesma, as pernas cálidas da Dona Rita, recados de si enviando vida, restos de futuro, e Dona Rita, apostola deste restante fim que esmera o momento, espera o rico sussurro nesta mesa de café, como instantes contra feitos, a vida escorre como o momento ali cercado, pelas heresias do frio diante calor abusivo, toques e abraços disfarçando a falência da existência, pelos que nos querem, se apostarem como fariam como nós, de vida aqui as ostras são templos, decorando a modéstia do tempo, de rios feridos na alma dum vinho ali sarado, joelhos aprumados num amor ripostado, que te queira, se sentir que possa de ti nada querer, porque daqui nada que aquilo que apenas se saboreou, a vida vista à lupa dos fantásticos nada seres, cêntimos arrumados, postulados, arrufados, amarrotados, algibeiras sorriais num fundo de si mesmas, alojadas à mesa da refeição que se queira, sente, em ti, dizia antes uma tal dona Rita, uma véspera perdida, apostando em ti num calculo seguinte, seria talvez este seguimento sem essências, sem razoes, sem préstimos, por ser aquilo que seria, desapossado, desabrochado, jardim sem lume num cigarro fumado, as esferas contigo numa lua inventada, num riacho embargado entre mãos laçadas, vem lentamente que importa amiga sisuda dos tempos vitimados, das horas verdejantes de beijos colados ao peito dos arrojados, dos amigos que em tempos em ti busquei, Ana ri, Escuto enquanto de si esse sorriso dispersa pela orla da rua o eco da sala, a vitima não fala, o sentimento não escuta e eu sei, espero de ti algo que fosse ao menos qualquer coisa, como a batuta resfria um calor que sentira, um café algemado, um toque inventado, e a musica ali, juntinha a porta onde fumo o ultimo cigarro da noite em que já nada existe, a porta cerrada e a rua calada, girando no vazio, os espectros são vândalos, os animais corroem as essências deste sequíssimo talvez, um arfar natural duma sala sem ninguém, um lugar de desdém a fala de mundos entretidos como quem soube um dia, que aqui sim, o amor nascera e ficara para sempre preso ao ninguém, sempre o desdém que importa Teresa, vem, escuta comigo o refrão da vida, um outro toque nesta alma que mendiga um silencio calculado na esfera antiga, conheci-te nesta resma frágil da existência e senti que contigo a vida renasceria sobre os bancos do ermo, jardim formidável, senta-te aqui comigo Teresa, a tua voz trás magia e a solidão ganha nome, sabes quem me disse que um dia, nesta repelente via, a vida renasceria com a voz do caminho, foras um dia aquele dia aqui, na esfera do nada um total absoluto, bebe café, tranquila e presente, um dia estarás sei, na sala encantada da mais seca verdade daquilo que nunca alguém tocara, se fan-tasma ou funesta, somos restos sim, queres da vida a vida ou a vida deste nada que um dia já somos?
Bom dizer bem. Bem. Outro que fosse, seria na mesma, que importa, o borbulhar exequente ou quiçá, consequen-te, de barbatanas içadas, almagras e fruto, sôfrego destino às causas pudicas de vidas correntes, nesta maré, vi teu olhar, frio de monte, ocultando este sortido navegar, vai lentamente como vida à vila, olhar seria um possível raro que se esmera, acredita assim nisto. Como se os olhos se abrissem na direcção do erro.

Foto de Samael

UMA SIMPLES ´´OSTRINHA``

Já lhe falei sobre as ´´ostras`` ?
Não ?
Tem certeza ?
Ta bom vou lhe falar,
No mar tinha um monte de ostras,
Várias ,uma igual a outra,
Ai DEUS levantou-se do seu trono,
Pegou uma ´´ostrinha`` na sua mão,
E disse- Èsta aqui farei diferente.
Sabe oque ele fez ?
Não ?
Ele pegou um pouquinho de areia
E colocou dentro dela,
Sabe o que ela fez ?
Não ?
Ela fez uma linda pérola.
E assim e você para mim ,
Uma simples ´´ostrinha``,
E Deus lhe fez especial
Não so para mim mais para todos
Que estão ao seu redor.
E todos sabemos que você
Essa pérola e uma coisa
Rara de se encontra...
TE AMO.

Foto de paulobocaslobito

Um dia à toa a beira mar

Não vedes que do mar
Surgem errantes
Trinta e cinco mil feirantes
E a lua que há de vir
Traz bonança e bom provir,
Vento quente
E sol a monte
Mais quatro cantos de gente.
Tanta
Que nos castos
Muito contentes
São sandes raras
Em mil pacotes
De simples ostras
Desmesuradas e desnudadas,
Nas praias muas e amadas
Onde se amorenam
Ao sol.
Ah o sol
Que, fero e bravo;
O sol das lâmpadas
Que aos poetas faz brilhar
De mãos postas à janela
Com cintas cingidas
Às canelas
E, as mãos nos seios
Da mulher amada
Na luz da lua sentinela.

Ei-las ao longe
Ás portas do castelo
Na sombra do malogrado Otelo,
Como um Romeu que beija a alma:
... Que linda és!

Ao longe atende a calma
Que até sabe bem.
E, ai de Cristo
Aristo
Que se meta
Em maus apuros,
Ai de Cristo...

Terá então mais três furos
Senão se render ao mar
E calar
No seu vulto
Com fragor
Onde virá desabrochar
Uma flor.

Oh na espuma sussurram doces vozes.
São as donzelas
Do mar atrozes
Que singelas vieram
Como raparigas
Em belas vagas
No branco vestidos floridos
Que cheiros brotam da maresia
Odorando pelas avenidas
Na aventura tomadas
Indo-se emancipadas
Aos seus amantes beijarem.

É doce o verão
No mar tomado
Que as gentes em si
Andam buscando
E há de dar vaia
A quem não mora
Ao pé da praia,
É doce o verão

Há de saber da lua
E de seus amores
E nas ruas de centos de cores
Surgirá o vento engalanado
A cem por cento, invejoso.

O vento do verão
Que nas noites quentes
Te estarão esperando
Nas ruelas para te encontrarem
... Perdida.

Paulo Martins

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