Origem

Foto de Concursos Literários

Alteração no 3º Concurso Literário.

Oi amigos
È quase impossível transpor para o papel este sentimento que me vem em todo final de mês.
Às vezes não sobra tempo para comentar e olha que é o que eu mais gosto, rogo e prego no site, risos.

Foi um tópico muito marcante como já era de se esperar pelo tema “Vestígios”.
Com 86 Poemas de 33 poetas, tivemos que alterar a premiação, como já era previsto.

Voltamos então aos 12 primeiros classificados em poemas e cinco Certificados de Honra ao Mérito, podendo os jurados optar por premiação extra.

O Prazo de divulgação será de até 20.09.06. Caso não ocorra algum problema de origem técnica ou pessoal dos integrantes.
Agradeço a todos participantes pedindo-lhes que deixam teus e-mails disponíveis para contatos para receberem a premiação ou escrevam á.

administracaopoemasdeamor.net@gmail.com
Fernanda Queiroz

Foto de amanda maia vidal

Perdido

Eu sou uma estrela perdida no ceio do seu amor
Eu sou uma estrela quebrada no acalanto da dor
Livre... estou
perdido sou no espaço,

não te sinto e não me sente

Porém eu posso te falar,
pelo coração

que sou a estrela, perdida entre silencio
que sou a estrela , origem do mundo

mas perdido na origem
pois me fiz perdido na dor
Porque me fiz perdido pelo seu amor

Foto de Mitchell Pinheiro

Sinceridade no olhar

Ao dirigir o olhar para um amigo
Não enxergue cor, região de origem, beleza, nem condição financeira
Enxergue apenas um ser humano digno de confiança

Ao fitar alguém que errou
Não observe amizade, parentesco, nem status social
Enxergue apenas uma pessoa que deve corrigir seus atos

E quando observar alguém com quem deseja compartilhar carinho
Não enxergue nada
Deixe apenas o coração lhe guiar
Deixe-o avaliar todos os valores sentimentais
Depois abra os olhos
E tome a decisão certa.

Foto de MARTE

NO LUAR DOS NAMORADOS

Es a minha doce lua,
Num olhar de menina mulher,
Sentida na madrugada nua,
Nos silêncios do meu querer...
O meu desejo mais sonhado,
No interior do meu coração,
Reflexo do teu olhar encantado,
Na melodia de uma canção...
Sentida no deslumbramento,
Da Lua meiga dos namorados,
Musa de um vivido momento,
Quando ficamos abraçados...
Olhar fixo no horizonte,
És o mundo, no universo,
A água da minha fonte,
Na composição de um verso...
Vivo um sonho encantado,
Que ilumina os meus dias,
Num vôo nunca imaginado,
No universo de todas as magias!
Revivo uma certa entrega,
Revelado no teu doce olhar,
Cumplice da noite cega,
Poema do meu caminhar!
Mergulho na minha vertigem,
De poeta no tempo sonhador ,
Ao encontro da tua origem,
No espelho do teu olhar tentador!

Foto de Mor

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

Em época não muito distante, duas mulheres se encontram na maternidade de um hospital.
Joelma chega de uma cidade do interior e é internada, pois estava próximo o dia em que deveria dar a luz a uma criança. Lúcia, a enfermeira que atendeu Joelma sentiu naquele momento uma sensação estranha que nem sabia explicar.
- Qual é o seu nome?
- Joelma, Cláudia da Silva.
- Solteira ou casada?
- Solteira.
- É o seu primeiro parto?
- Sim.
- De onde é natural?
- Carminha.
- A que município pertence essa localidade?
- Canto Novo em Santa Catarina.
- Tem algum plano de saúde?
- Não tenho, vim encaminhada pelo SUS, meu parto pode ser difícil por esse motivo fui encaminhada para uma maternidade que tenha mais recurso.
Carminha fica no interior do estado sem qualquer recurso, nem Posto de Saúde existe naquele ermo sertão.
Fez o prontuário da futura mamãe e encaminhou a mesma para o setor de internação da maternidade.
Logo em seguida fez o relatório da situação da paciente, nos mínimos detalhes para ser entregue ao ginecologista de plantão daquele dia.
- Doutor a paciente vem do interior do estado, cuja localidade não tem condições de atender em caso de um parto difícil, o médico da cidade encaminhou a mesma para um hospital que tenha mais recursos.
- Você trouxe roupas para usar aqui na maternidade?
- Não, só trouxe comigo roupas que vim vestida e uma outra para quando retornar como também para o bebê, já tinham me informado que aqui na maternidade as roupas de uso durante a internação são fornecidas pela maternidade.
- Nem sei bem porque a maternidade fornece as roupas?
- Aqui temos os mais rigorosos controles de infecção hospitalar, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
A enfermeira da ala de internação da maternidade recebeu Joelma, anotou seus dados levando-a ao quarto indicando a cama que por ela seria ocupada, mostrou o local onde ficava o botão para acionar a campainha em caso de emergência.
Joelma levava consigo somente as roupinhas para o futuro bebê, que ficaram guardadas no setor de internação.
As roupas para seu uso, bem como para o futuro bebê eram fornecidas pela maternidade, com isso evitaria o problema de infecção hospitalar. A maternidade tinha um bom conceito em relação ao problema citado.
Mais tarde, Lúcia a enfermeira plantonista, que recebeu Joelma foi até o quarto, para saber se tudo estava em ordem.
Ela ainda estava impressionada com o que tinha acontecido quando da chegada de Joelma, pergunta:
- Está bem acomodada não falta nada para você? Estava preocupada, pensei que não tivesse um bom atendimento, muitas pessoas que chegam do interior são relegadas a um segundo plano no atendimento.
- Até parece que seu relato mostra que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde deixa algo a desejar.
Despediu-se de Joelma dizendo:
- Se necessitar de alguma coisa durante sua estadia aqui na maternidade, peça para a enfermeira de plantão me chamar, meu nome é enfermeira Lúcia, meu plantão está no fim logo eu retorno para casa, até amanhã.
E Joelma responde:
- Até amanhã e bom descanso.
Lúcia chega ao final do seu turno de trabalho, bate o ponto, troca sua roupa e vai para casa pensando:
- O que aconteceu comigo hoje? O que tem aquela mulher que vi pela primeira vez até parece um imã a me atrair, nunca me vi numa situação dessas.
Lúcia entra em seu carro, demora para acionar a chave e seguir em frente, até parece hipnotizada, diante daquela situação liga a chave e aciona o carro, sempre pensando:
- Será que o caso de Joelma é tão complicado? Como vai ser o nascimento da criança?
Claro que Lúcia como boa profissional estava preocupada, mas será que era só isso?
Finalmente chega a sua casa, entra no condomínio estaciona o carro e fica imóvel dentro dele e pensa:
- Como cheguei aqui, nem sei por onde passei, nem me lembro de quem encontrei no caminho.
Estava realmente fora de si diante de tal situação, finalmente sai do carro, dirige-se para o elevador e sobe para o seu apartamento.
Joga-se sobre a cama e fica delirando:
- Como pode acontecer tal coisa comigo, quem é ela, de onde veio, porque logo fui eu que tive que atender essa pessoa? Ela vai ser bem atendida, o caso dela pode ser grave se vier a falecer durante o parto, com quem vai ficar o bebê, será que vai nascer sadio?
Finalmente depois de algumas horas naquela situação Lúcia acorda daquele torpor e se levanta toma um banho e vai preparar o jantar, pois morava sozinha e não tinha companhia.
Sua mente ainda não tinha se acalmado daquela situação, continuava pensando.
- O que vou fazer, como vai ser amanhã quando chegar na maternidade, como terá ela passado a noite, certamente é a primeira vez que é internada em um hospital.

...

O pessoal da cozinha serviu o jantar para todos os doentes.
No hospital, ao cair da tarde, serviram o jantar para Joelma que estava calma, mas pensativa pela acolhida dada pela enfermeira Lúcia.
- Que bondosa ela foi comigo quando cheguei à maternidade, que primor de atendimento, muito diferente do atendimento dado nos Postos de Saúde do interior, me impressionou.
A enfermeira de plantão passa no quarto faz as recomendações necessárias e fala:
- Em caso de emergência acione a campainha que logo atenderemos.
Ela respondeu.
- Obrigado pelas orientações.
No quarto do hospital tinha televisão, assistiu o noticiário depois desligou, e fez suas orações.
- Senhor, protegei-me nesta noite, bem como meu bebê que está prestes a nascer, a todos que trabalham nesse hospital, principalmente a enfermeira que me recebeu quando aqui entrei, que ela seja feliz, peço pela minha família que ficou no interior, agradeço por tudo meu bom Deus Pai nosso que estais nos céus...
Logo em seguida adormece.

...

Lúcia em seu apartamento continua a pensar em Joelma.
- Será que serviram o jantar? Como deve estar pensativa longe de seus parentes.
A imagem daquela mulher não sai da sua memória, mas finalmente ela adormece.
...

Durante o sono já de madrugada acorda assustada, pois sonhara que a paciente que havia atendido a tarde tinha morrido na hora do parto naquela noite. Ao acordar fica pensativa:
- Será que esse sonho significa? Terá ela morrido, ou só foi um sonho meio maluco desses que sempre acontece comigo de vez em quando?
Vira para o lado e logo dorme novamente. Quando acorda com o ruído do despertador pensa:
- Vou levantar tomar banho e depois tomar meu café.
Em seguida ela vai até a garagem retira o carro; sempre impressionada com o sonho da madrugada, estava um pouco fora de si, na saída da garagem quase bate em outro automóvel que ia passando na rua pensa:
- Meu Deus o que estou fazendo? Quase bati meu carro.
Sai com mais calma e segue até a maternidade, ansiosa para saber como está passando a paciente que tinha chegado para a internação, estaciona o carro e vai direto até o setor da Maternidade e fala com a enfermeira chefe:
- Como vai Joelma aquela moça que foi internada ontem à tarde?
- Ela vai bem, entrou em serviço de parto na madrugada passou um pouco mal, pois o menino era grande pesou seis quilos é muito lindo e gordinho.
- Qual é o quarto que está?
- Está no quarto anexo a enfermaria número 3 e está passando bem.
- Vou fazer uma visita.
Lucia vai até o quarto que Joelma está internada bate na porta e entra.
- Bom dia como está passando?
- Agora estou boa, mas o parto foi difícil, o menino era grande e demorou mais, para nascer.
- Há pouco, ele estava aqui mamando depois levaram para o berçário.
- Qual é o número que tem no braço?
- É o número 3A.
- Depois eu vou lá ao berçário ver o menino.
Lúcia retorna, pois está na hora de começar o seu trabalho na recepção da Maternidade, continua pensando:
- Como será o menino; branco, moreninho e seus cabelos que cor têm, tudo imaginação.
Mas realmente quem não saía de sua memória era Joelma:
- Continuava pensativa. O que vou fazer quando entrar no berçário para ver o menino? Deixa isso pra lá.
Depois do almoço, Lúcia vai até lá, para conhecer o filho de Joelma, nesse horário quem estava atendendo o berçário era sua amiga Maria. Chegando Lúcia fala:
- Oi! Maria que bom que é você que está aqui, vim ver o menino que nasceu essa noite passada.
- Você sabe o número que ele tem no braço?
- Sim sei é o número 3A.
- Ele está no berço número 6.
- Lúcia chegou perto do berço e viu um menino robusto gordinho bem claro cabelos pretos ele estava enrolado numa faixa e dormia.
Lúcia se despede de Maria e volta para seu posto de trabalho. Quando na portaria chega um senhor de mais o menos 50 anos e pergunta:
- É aqui que está internada Joelma?
- Ela responde sim, é aqui que ela está internada e ontem a noite deu a luz ao um lindo menino, ela está passando bem.
- Quem é senhor?
- Sou o pai dela.
- Qual é o seu nome?
- João da Silva.
- Posso visitar ela?
- Sim pode, espere vou preparar seu crachá.
- Aguardo.
Lúcia chama uma atendente:
- Nair venha aqui leve o senhor João até o quarto anexo da enfermaria número 3 ele é o pai da Joelma que deu a luz a um menino ontem à noite.
- Sim, por favor, senhor me acompanha até o quarto.
Nair bate na porta e pede licença e fala:
- Joelma seu pai veio lhe visitar.
- Obrigada por ter trazido ele até aqui.
- Até logo, eu já vou.
O pai de Joelma entrou, cumprimentou a filha e perguntou:
- Como foi o nascimento do menino?
- Apesar de ter sido um pouco difícil ele nasceu forte e robusto.
- E onde ele está?
- Está no berçário.
- Ele não fica com você?
- Só vem aqui na hora de mamar e só faltam cinco minutos para o trazerem aqui, quando o papai vai conhecer seu neto.
Nesse momento Maria a atendente do berçário chega com o menino para ser amamentado e pergunta:
- Dona Joelma quem é esse senhor?
- É o meu pai ele veio me visitar e conhecer o seu neto.
- Pensei que fosse o pai do bebê.
Maria por curiosidade olha a ficha no pé da cama e nota que Joelma é mãe solteira e quem sabe nem saiba de quem é seu filho e pensa:
- Posso ter cometido uma gafe, em não ter olhado essa ficha antes, posso ter melindrado os dois com essa minha pergunta boba.
Maria aguarda até o final da amamentação, e do avô ver seu neto e ficar um pouco com o bebê no colo para, na volta, contar a sua esposa Virginia. Seu pai pergunta:
- Quando vai ter alta e voltar para casa?
- Não sei bem certo, mas devo ficar internada segundo o médico por mais quatro dias, mas depende de quando vem à ambulância para que eu possa voltar.
- Logo, que chegar à cidade irei falar com o prefeito para saber esses detalhes para telefonar e informar o dia que eles vêm.
- Quando o senhor for sair fale com a enfermeira Lúcia e ela lhe dá o telefone da Maternidade com todos os detalhes do dia da alta.
Estava chegando o fim do horário de visitas e o pai da Joelma iria se retirar à noite retornaria a sua cidade de origem, e disse:
- Eu vou até a Portaria falar com a enfermeira e depois vou voltar com a Ambulância da Prefeitura, espero que logo você retorne para casa, todos querem conhecer o bebê.
- Boa viagem papai; que Deus o proteja um abraço para a mamãe. Quando eu voltar vou relatar o que aconteceu aqui.
- Fique com Deus minha filha.
Chegando à Portaria a enfermeira Lúcia já tinha tudo pronto, entregou todas as informações ao pai de Joelma e disse:
- Obrigado por tudo que fez pela minha filha, que Deus lhe proteja em sua atividade profissional.
O senhor João partiu de volta para sua cidade de origem no interior do Estado, levando a lembrança do bom atendimento que recebeu quando da visita que fez a sua filha e pensava:
- Vai ser uma festa quando ela voltar no dia do batizado. Vou começar a preparar tudo antecipadamente. Qual será o nome que vamos dar a esse pimpolho? Bom, isso eu vou deixar para quando ela voltar.
Durante a viagem de regresso no final de outono início de inverno, as noites eram frias ainda mais a cada cem quilômetros ia subindo até chegar à altitude de mais novecentos metros acima do nível do mar. Em alguns trechos durante a madrugada se via fina geada nos campos quando o sol raiou trazendo um calor que foi aquecendo aos poucos e derretendo a geada. Quando já chegava o fim da viagem de retorno, o senhor João perguntou ao motorista:
- Quando será a próxima viagem a capital?
- Não sei bem certo temos alguns pacientes que tem que fazerem exames especiais, mas temos um pequeno problema, no momento esses exames estão suspensos, por falta de verba; pode ser que surja alguma emergência, porque da sua pergunta.
- Você sabe a Joelma está internada na Maternidade e deve receber alta dentro de poucos dias e ela poderia voltar na ambulância para casa, depois vamos conversar com o pessoal da prefeitura.
Finalmente chegaram à cidade. O motorista foi até a prefeitura, para saber se tinha alguma coisa a fazer com a ambulância o responsável pela saúde disse:
- Vá para casa dormir, viajou toda à noite e tem que descansar. Volte amanhã no horário normal.
O Senhor João foi para casa e sua esposa já o esperava para saber as notícias de sua filha e também saber se tinha nascido o filho (a) de Joelma. Na chegada foi uma festa e todos a rodeavam fazendo perguntas:
- Como foi a viagem?
- A viagem foi boa com muito frio na volta.
- Como vai a Joelma?
- A Joelma vai bem, nasceu o seu filho é um pimpolho muito lindo, gordinho e saudável.
- Quando ela vem daqui a alguns dias depois de estar recuperada o parto não foi fácil.
Na capital ficou a Joelma na maternidade pensando em seu pai que viajou de volta para casa, ela pensava:
- Como foi a viagem essa noite foi fria lá na serra devia estar mais frio, será que tudo correu bem e quando chegou em casa quais foram às perguntas?
De manhã serviram o café e logo mais tarde a enfermeira Lúcia veio visitá-la e saber com tinha passado aquela noite e perguntou:
- Seu pai viajou ontem à noite?
- Sim ele retornou com a ambulância da prefeitura deve ter chegado hoje de manhã em casa.
- Quando ele vai voltar para levar você de volta para casa?
- Vai depender de saber o dia da minha alta e se a prefeitura naqueles dias tem uma viagem até a capital para eu retornar.
- Posso fazer uma pergunta?
- Sim, pode fazer.
- Você gostaria de ficar morando aqui?
- Como vou ficar aqui longe de meus pais e como vou cuidar de um filho? Sem emprego isso seria difícil.
- Sei que pode ser difícil, mas não impossível.
- Com pode ser isso se não tenho ninguém por mim aqui?
- Isso se dá um jeito.
- Qual seria o jeito?
- Depois vamos falar sobre o assunto.
Tinha chegado a hora da enfermeira começar seu turno de trabalho, então se despediu dizendo:
- Antes de você voltamos a falar sobre esse assunto.
Joelma ficou pensativa todo o dia a imaginar o porquê daquela proposta da enfermeira Lúcia pensava em tudo:
- O que realmente ela quer fazendo essa proposta para mim, mas nem posso fazer isso e minha família o que vai dizer? Na certa, papai foi preparar a festa para quando eu chegar e já tenha marcado o dia do batizado do meu filho. Nem posso imaginar alternativa para ficar aqui, deixa para depois quero ver em que vai dar.
No dia seguinte quando o médico fez a visita de rotina, como vinha fazendo todos os dias desde sua internação, ele disse:
- Dona Joelma, eu vou marcar o dia da sua alta para que você comunique a seu pai para providenciar seu retorno para casa.
- Qual vai ser o dia Doutor?
- Daqui a três dias será o suficiente para se comunicar com ele?
- Ele deverá ligar amanhã para a portaria da maternidade.
- Eu vou falar com a enfermeira Lúcia e deixo o comunicado com ela.
- Assim ele terá dois dias para providenciar com a prefeitura para mandarem a ambulância me buscar.
- Nesses dias farei as visitas normais até o dia da alta.
- Doutor muito obrigado pela sua amável atenção.
- Tenha um bom dia.
Joelma fica a pensar:
- O que vai acontecer quando o Doutor falar para enfermeira Lúcia que vou receber alta daqui a três dias, ela vai vir aqui insistir naquela sua proposta, mas não posso aceitar sem voltar para casa, quem sabe depois.
Naquele dia a enfermeira não visitou Joelma, como de costume. Ela estava preocupada pensou:
- Deve estar com muito serviço por isso não veio até aqui.
No dia seguinte cedo seu João telefonou para a Portaria da Maternidade, para saber noticias do dia da alta de sua filha Joelma. Quem atendeu foi à enfermeira de plantão:
- Alô! Que fala?
- É a enfermeira Lúcia.
- Aqui é o pai da Joelma queria saber se o médico marcou o dia da alta.
- Sim ele marcou ontem e deu a contar de hoje três dias.
- Ontem fui à prefeitura saber do dia a ambulância vai até a capital informaram que vão viajar daqui a três dias chegarão aí no amanhecer do terceiro dia, ela que fique com tudo pronto para voltar para casa, aqui todos estão com saudades dela. Vou comunicar para ela daqui a pouco.
- Obrigado pela sua atenção e tenha um bom dia.
- E o Senhor também.
Naquele momento a enfermeira Lúcia levou um choque, não sabia o que fazer, ir logo ao quarto avisar Joelma? Seria uma saída, iria ela tentar mais uma vez convencê-la da sua intenção. Chega lá discretamente e pergunta:
- Já tem uma resposta para a proposta daquele dia?
- Pensei muito nesses dias, mas vai ser difícil estou esperando que ele telefone para saber do dia da minha alta, ou ele já telefonou?
A enfermeira Lúcia fica num êxtase nesse momento sem saber o que responder Joelma pergunta:
- O que aconteceu Lúcia? Parece que morreu, meu pai ligou ou não ligou?
- Ele ligou agora de manhã eu passei todos os dados que o doutor deixou comigo ontem e ele disse que a prefeitura está mandando a ambulância para buscá-la no dia marcado.
- Quanto a sua proposta depois que eu voltar para casa e ajeitar tudo por lá voltamos a conversar sobre o assunto com mais detalhes.
Naquele momento chega ao quarto a chefe do berçário com seu filho e diz:
- Está na hora de amamentar o nenê.
Lúcia sai cabisbaixa sem nada falar. Joelma amamenta o nenê e no final entrega dizendo:
- Daqui a três dias retorno de volta para casa.
A chefe do berçário tomou o menino no colo e levou para sua cama sem nada falar. Aquele foi o dia mais nefasto para a enfermeira Lúcia, uma noite interminável, estava mesmo atordoada e só pensava:
- Porque ela não aceitou a minha proposta, nem me deixou apresentar o que e tinha a dizer a ela.
Chegou o dia da partida de Joelma tudo tinha sido preparado na véspera recomendações médicas e quando deveria retornar para uma nova consulta. O motorista da prefeitura chega à portaria da maternidade e pergunta:
- A dona Joelma está pronta para viajar?
Lúcia responde que tudo está pronto.
Logo ela chega na portaria cumprimenta o motorista:
- Bom dia o senhor veio me buscar?
- Sim daqui a pouco vamos partir tudo está pronto para carregar na ambulância?
- Sim tudo está aqui às malas e mais o meu filho que ainda não escolhi o nome dele.
Joelma se despediu de todos e também da enfermeira Lúcia. Agradeceu a atenção e o atendimento que deram a ela no tempo que esteve internada embarcou e partiu de viagem. Lucia com os olhos cheios de lágrimas ficou pensando.
- Será que ela vai voltar um dia...
A viagem transcorreu dentro da normalidade e no final da tarde chegaram à cidade, em frente à prefeitura estava a família de Joelma esperando-a. Quando ela desceu sua mãe falou:
- Que bom minha filha que você voltou com um neto para sua mãe.
- Obrigada mamãe por essa recepção.
- Filha, no domingo será batizado o meu neto, o padre vem rezar missa na Igreja e seu pai já providenciou tudo só falta escolher o nome e os padrinhos.

Foi a mais bela festa realizada na cidade. Com muita comida, churrasco, porco assado e galinha recheada.

São José/SC, 9 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Não pedir conselho e opinião é uma forma de se libertar da insegurança

Por que algumas pessoas sentem suas mãos suarem frio diante de uma pequena apresentação? Por qual motivo participar de uma prova, um teste, ou algo que o coloque numa posição de estar sendo observado, avaliado pode se tornar uma tortura? O que faz uma pessoa sentir um ciúme incontrolável perante a simples presença de outro ao lado da pessoa amada? O que faz com que uma pessoa se sinta insegura evitando a todo custo situações em que precisa expor suas crenças, idéias e sentimentos?
A insegurança traz como características os mais variados tipos de medo: amar, mudar, falar, solidão, e principalmente, o medo de falhar e com isso não ser aprovado e amado. A busca pelo reconhecimento e aprovação é uma busca constante na vida de uma pessoa insegura.
É inseguro quem não confia em si mesmo e conseqüentemente não acredita em ninguém. Na verdade, não confia em seu valor pessoal, não acredita em seu próprio potencial e capacidade de enfrentar as dificuldades e fatos da vida, o que o impulsiona a tendência de se apoiar nos outros, dependendo que alguém faça aquilo que não acredita ser capaz.
Por não sentir certeza em sua maneira de agir diante dos fatos, nem controle sobre os próprios sentimentos, desconfia de tudo e de todos, desenvolvendo uma necessidade crescente de controlar os atos e atitudes das pessoas que acabam por gerar muitos conflitos nos relacionamentos.
Adultos inseguros geralmente eram crianças cujos pais eram também pessoas inseguras e pelo excesso de zelo ou superproteção não as deixavam livres para errar, escolhendo pelos filhos as roupas que iriam usar, esportes que iriam praticar, brinquedos que deviam brincar, sentimentos que deviam sentir, enfim, escolhiam amigos, profissão, onde o medo sempre se sobrepunha pelo controle e autoritarismo. Crescem constantemente cedendo aos desejos dos outros, deixando que decidam por elas sem levar em conta seus gostos e preferências e quando adultos raramente se permitem ter os próprios desejos e quando os têm, podem sentir uma enorme culpa.
Muitas vezes a pessoa insegura desenvolve muitas máscaras como compensação. Os exemplos são muitos: pessoas que se mostram firmes, autoritárias no trabalho, que desejam controlar tudo a sua volta, querem comandar, quando na verdade estão apenas tentando ocultar sua insegurança. Outros se mostram exageradamente interessados em estarem sempre atualizados sobre todos os acontecimentos, lendo todos os jornais e revistas, assistindo a todos os telejornais e programas, para terem assunto quando na roda de amigos. Homens procuram conquistar mulheres diferentes a cada dia, mas sentem-se incapazes de conquistar aquela que amam.
Pessoas que falam compulsivamente, não dando tempo para serem questionadas, outros apenas ouvem e nem sequer conseguem pensar em expor suas próprias idéias e vontades. Os exemplos você pode encontrar em seu dia-a-dia, em si mesmo ou nos outros. Abaixo seguem algumas características de quem tem a insegurança como companheira:

- Dificuldade em dizer o que pensam
- Evitam o olhar
- Não pedem o que querem
- Evitam expressar seus sentimentos, idéias, crenças e vontades
- Não correm riscos para buscar aquilo em que acreditam
- Sentem medo constantemente
- Necessidade constante de aprovação, reconhecimento e elogios
- Carência e dependência excessiva
- Supervaloriza as necessidades do outro e desvaloriza as próprias necessidades
- Adiam para o dia seguinte seus compromissos

Como estamos sempre lançando mão de mecanismos de defesa, entre eles a compensação, muitas pessoas inseguras passam despercebidas pelos outros, podendo se mostrar alegres, constantemente contando piadas, com o simples intuito de ocultar suas verdadeiras dificuldades. É evidente que isso não quer dizer que toda pessoa que conte piada é uma pessoa insegura, mas que pessoas inseguras buscam disfarçar suas inseguranças.
A sensação de vazio, tão comum nos dias de hoje, e onde sempre se busca algo ou alguém que preencha esse enorme buraco, pode desenvolver uma carência absurda por afeto e demonstrações de amor, podendo transformar a necessidade natural de amor em uma necessidade patológica por ser amado. E toda carência em geral leva à dependência.
Podemos não depender de alguém para nossas necessidades básicas, mas dependemos da aprovação, do reconhecimento, do amor do outro, como se fosse nosso principal alimento de subsistência. E quando percebemos que podemos perder a fonte que nos alimenta, o verdadeiro desespero acontece. O desespero toma conta em situações que percebemos correr o risco da perda, seja do que for ou de quem for, quando sentimos que não somos aceitos em nossa maneira genuína de ser, pois raramente o inseguro é ele mesmo, pois está sempre escondido por trás de suas máscaras de proteção. É preciso ter o cuidado em não confundir fragilidade, sensibilidade, com insegurança.
Para quem se identifica com tudo isso o mais indicado é buscar a origem de sua insegurança, analisando seu histórico de vida e identificando os momentos em que seu valor pessoal foi colocado em dúvida, deixando sempre a sensação que estava errado. Feito isso é importante aos poucos se permitir tomar suas próprias decisões em pequenas situações do dia-a-dia, evitando pedir conselhos ou opiniões para outras pessoas, mas aprendendo a ouvir a si mesmo e reconhecendo acima de tudo seu próprio valor enquanto ser humano.
Édson Rodrigues Simões Diefenback

Foto de Bianca Costa

Almas Gêmeas

ALMAS GÊMEAS

Almas que se buscam
Numa procura perene,
Incessante...

E sentem uma a outra
Ainda que na distância presente...
Almas amigas... Almas irmãs...
Partes de um único todo,
Separadas em algum instante
Da caminhada astral...

Um desejo as move,
Impulsiona a busca,
Tornarem a se encontrar
E, de novo, recompor o todo
Que outrora fora em dois partido...

Duas partes iguais...
Incompletas...
Errando por esses mundos,
Atormentadas pelo sentimento
De se completarem,
Fundirem seus corpos desnudos
Numa conjunção de desejos...
E arfares roucos...
E delírios lúgubres...
E gemidos surdos...
É o Amor revivendo...

Enfim, a jornada termina
No seu ponto de partida...
É a Vida recomeçando...
Dure o tempo que durar,
Viva quantas vidas forem
Necessárias,
Lá estará ele, a esperar...
E ansiar a chegada,
Tão intensamente almejada...

O Amor Transcendental...
Imortal...
Ímpar...
Inigualável...
Único capaz de unir,
Novamente,
Duas almas perdidas,
Gêmeas de si mesmas,
No Todo de origem,
Que outrora fora dividido,
E, na imensidão cósmica,
Viverem unidas...
... Eternamente...

Foto de anjinho29

Marcela

Os teus olhos são lindos...
Lindos como quê?
Não há nada
Para comparar...
São de uma beleza rara
Difícil de encontrar.
São verdes...
Verdes como quê?
Verdes como a natureza
Que fez lindo o teu olhar...
Esse verde de rara beleza,
Esse verde de encantar...
O verde
Que deu origem a outras cores...
O verde
Que é cor da natureza.
Os teus olhos são brilhantes...
Brilhantes como quê?
É difícil explicar...
São como diamantes
Que estão sempre a brilhar...
São duas estrelas cintilantes...
Duas estrelas
Com um lindo cintilar,
Que ninguém pode vê-las
Sem logo se apaixonar.
Os teus olhos verdes
Não servem só para olhar...
Eles têm duas funções:
Servem para ver
E para encantar
Também corações.
São uma obra perfeita,
Uma obra capaz
De apaixonar
Qualquer rapaz...
Uma obra a valer,
Essa obra da natureza,
Uma obra feita
De modo a condizer
Com toda a tua beleza.
Os teus olhos falam...
Dizem qualquer coisa...
Mas numa linguagem silenciosa
Que causa uma estranha sensação...
Uma linguagem que não se ouve
Mas sente-se no coração...
Uma linguagem estranha
Que provoca emoção...
Uma linguagem que não fala
De tristezas nem de dor...
Não fala de outro assunto
A não ser de amor.
Te amo!
Ale!

Foto de EdilayninhA

Não sei...

Não sei qual foi a causa que deu origem a esse sentimento, muito menos se ela existe. Não sei se essa aventura me garante um futuro semelhante ao desejado, ou à um muito diferente. Não sei se você está me fazendo de brinquedo, ou apenas tomando cuidado pra não me ferir. Não sei se quando você diz haver esperanças, você está mentindo ou não. Não sei como posso ser tão tola, ou tão confiante. Não sei se sou certa ou se sou errante. Quer saber? Não sei nada! A única coisa que afirmo com certeza é que mesmo depois de tudo o que ouvi ainda te amo!

Foto de Elemental

Anjo Pecador

Eu sou o anjo que desceu dos céus para te amar
Caminho por esta terra a sua procura
Desde a origem até no fim do mundo
Não desisto de você e nem da paixão

Serei o anjo pecador, te mostrarei a luxuria
Agüentarei a punição de Deus por teu amor
Me aquecerei ao seu lado, com estes dois corpos
Mesmo nas noites mais frias e angustiantes
Estarei ao seu dispor para relaxa-la e acalma-la

Virarei o anjo caído, desobedecerei ao “senhor”
Para te conquistar nesta geração sem a sua negação
Me proibiram a volta a cidade celestial
Mas nada me preocupo com este banir
Apenas quero estar contigo na minha vida

Penso no porque de eu ser o escolhido
Dentre tantos outros anjos, fui o atingido
Atingido pela flecha de Cupido
Me envenena com o amor, ciúmes e desejo

Tentei resistir, enganando meu coração
Mas o tempo revela a verdade e aparece
Nos afunda e condena em um amor intenso
Não resisto, tenho que te olhar
Mais linda que tantas que vi no meu mundo
Um sorriso angelical que me revitaliza

Tentarei te conquistar de qualquer maneira
Mas uma coisa é certa, os nossos destinos são iguais
Iremos nos encontrar, em um dia inesperado
Olhares se chocarão, a profundidade infinita
O amor irá queimar em nossa pele e corpo
Abraços irão rolar, beijos iremos ter

Doces lembranças quero ter contigo
Antes da minha volta ao meu mundo
Quero-a de corpo e alma, puro amor
Vestígio deixarei em seu coração
Para que nunca esqueças de mim

Atordoado sumirei de sua vista e deste mundo
Sentindo o calor de seus lábios e braços
Meu coração some, mas meu sentimento não
Gostaria de leva-la comigo ao meu mundo
Mas o sofrimento do não-pecar é insuportável
Tentações sentiria ao ver sua presença

Saudades sentirei freqüentemente, és a dor
Todo momento sem você, um novo sofrimento
Agonizante sem tua presença confortadora
Vazio sinto dentro de mim, sem forças..
Por que és de eu ser o escolhido para sofrer

Educado eu era antes de te ver e ouvir
Não a culpo por meu amor desastroso
Culpado serás o cupido que me acertas
Mas tu correspondeste a mim sem negação
Porque fizeste isso para sofrer mais?
Ou serás culpa de Afrodite por nascer seu filho?
Não sei o que mais pensar sobre isto..
Esperarei por um novo renascer ao seu lado

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