Olhos

Foto de Roberto Ferreira DM

ANA

Peito apertado, coração aflito
Um beijo, um abraço
Saudades de teu cheiro e dos afagos

Por dois dias foste minha
Por dois dias fui feliz
Por esses dois dias me iludi

Sua falta, uma lágrima
Um segundo, uma lástima
Minha vida sem ti, uma perda

Teu sorriso, ilumina um coração negro
Negro de esperanças perdidas
Negro de sentimentos falsos

Tua boca, como um imã
Parece ter o encaixe perfeito na minha
Me abriga, me fascina

Teus olhos, negros como a noite
Ascendem as velas rubras da solidão
Inspiram confiança e esperança para aqueles que se vão

Teu rosto, por inteiro
Tem a junção perfeita de tudo que é mais belo
Vivendo numa harmonia viciante num universo paralelo

Te amei como nunca amei alguém
Te amei visando a ti, querer o bem
Não te amar, simplesmente não convém

Por você sou capaz de tudo
Se pudesse não me mudar
Aqui ficaria para poder te amar

Mesmo sabendo que não me amas
Vivo a te esperar
Mesmo que sem esperanças, fico por ti a rezar

Foto de meu rei

VOCE...sob o meu olhar

...Blusinha verde com detalhe vermelho.... calça
branca...tamanquinho branquinho...andar
maravilhoso...linda...simplesmente linda!!!!
Meu coração disparou quando deparei com essa cena hoje de manhã, eu
não poderia ter desejado algo melhor se quisesse para o meu dia...
ali estava vc... serena... tranquila... caminhando como se nada
pudesse tocá-la... tudo ao seu redor parecia estar parado... nada
por mais lindo ou mais interessante que fosse poderia desviar meus
olhos de vc... ali somente a alguns metros de distancia.
Acho que vc não me viu, mas no meio de tantas pessoas, carros,
somente algo fixava meu olhar... ao seu redor tudo parecia cinza,
sem vida, só voce irradiava um brilho, uma luz, com certeza até um
aroma delicioso que eu não pude sentir, mas tenho certeza que
deixavas no ar o seu perfume... observei também que outros olhares
te acompanhavam quando passavas, eu fiquei imaginando o que poderia
estar passando pelos pensamentos deles vendo tal imagem...
acompanhei cada passo seu, cada desviar das pessoas, e vc passou de
um lado da plataforma para o outro e foi de encontro ao seu onibus
... acho que inspirei quando meus olhos te encontraram e só fui
expirar quando vc sumiu dentro do onibus... senti como se tivesse
parado meu coração e minha respiração por alguns segundos... pensei
que sentado no meu banquinho, vendo o por do sol, tivesse sido a
cena mais linda que já tinha visto... que erro o meu... percebi que
voce...o sol...e a lua...são na verdade a harmonia das luzes que
brilham todos os dias, e um depende do outro para completar a beleza
do universo... se o sol não nasce... a lua... triste não
aparece... e cada dia que passa e eu não posso ver o seu semblante é
como se o sol e a lua estivem desaparecido... tudo perde o brilho.
Voce nasceu para ser luz por onde passa... iluminar a alma dos que
te comtemplam... e dar brilho aos olhos dos que te amam...
Por um momento eu desejei que o tempo parasse naquele instante, mas
que sua lembrança permanecesse...... que ninguém pudesse se mover...
nem voce... somente eu... então eu caminharia até voce... deslizaria
minhas mãos pelos seus cabelos... até sua face... encostaria meu
rosto pelo seu pescoço e sentiria aquele adorável perfume... depois
iria aconchegar meus lábios junto aos seus e como um ladrão roubaria
o mais doce beijo... voltaria para onde eu estava e obeservaria voce
sorrindo como se estivesse sonhado com aquele momento, porém, com o
sabor daquele beijo ainda nos seus lábios, na dúvida se tinha ou não
sido real... ah! se eu pudesse controlar o tempo...
Voce não percebeu, mas mesmo sem nenhuma palavra, sem nenhum gesto,
sem nenhum olhar...mesmo assim voce transformou meu dia somente com
a sua presença, mesmo que de longe... ali diante dos meus olhos a
mulher mais singular... vc teve o poder de transformar meu dia...

Foto de TrabisDeMentia

Sábado 6 & Domingo 7

Sábado :
Amanhã?! O amanhã é passado...Hoje, o amanhã foi ontem. Ontem, foi o futuro! Foi um pequeno dia que me marcou em grande. Por pouco não te via, mas te vi. Por pouco chorava e por pouco não chorei. É que ontem tudo mudou e hoje não sei como será amanhã. Ontem a mesa virou e as cartas mostraram a face, e o mais interessante foi que os copos permaneceram de pé. A fobia abraçou-me com tal força que me sufocou. Senti-me embriagado com as tuas palavras. Pegaste-me no pulso e me obrigaste a ajoelhar. Tremi. Tudo o que era mentira tornou-se claro como a verdade. Não havia enigma que disfarçasse. Tinha que ser ali e já, preto no branco. E eu embaraçado não distingo as cores. Prometi uma resposta sem que houvesse pergunta. Um simples quem não arrisca não petisca, sim ou não? Foi de cair o queixo. Os olhos, esses perderam-se no horizonte. Senti-me perturbado, desorientado , feliz mas triste. Feliz porque tive a confirmação de que a minha imaginação não estava assim tão fértil, haviam realmente sinais. Triste porque não tinha resposta. Nem um sim nem um não matariam a questão. E porquê? Porque não havia questão. É muito complicado, muito complicado. Ou desculpa-me ou desculpem-me. Muito, mas muito complicado. Pelo menos para mim. De que me serve a balança se não consigo descalçar o sapato?
Domingo :
Mais um dia passou e as resposta prometida foi-se em forma de carta, esta carta, da qual estas frases ainda não faziam parte. Foi um toma lá ... mas não dá cá. Mentira. Aquele sorriso! Aquele sorriso... Não diz tudo! Há mais, sei que há muito mais. Foi um alívio mas por outro lado... Como é costume tive pena. Pena por não ter completado a carta. Mas completá-la pode demorar uma vida, a minha. Não é drama, é uma trama, é um problema, é um dilema. É e sabe tão bem. Disse-lhe adeus como quem não quer a coisa!!! Uhff ,correu bem. Não descalcei o sapato mas tive direito a uma mensagem. Obrigado, não era necessário! Conta-me dessas! “Xonha mt”! Será uma ordem, uma sugestão, ou um pedido? Seja o que for é bonito! Ah pois é! Ultimamente tudo é bonito, quer dizer, quase tudo. Dou comigo a sorrir, feliz , pensando nos ques, nos porquês, nos mas, nos mas, nos mas, mas a noite já caiu. Está na hora de ir dormir... com as estrelas!

Foto de TrabisDeMentia

Quinta-Feira 4 & Sexta-Feira 5 (O início)

Sobre o dia de quinta-feira :
Ontem deitei-me, fechei os olhos, lembrei-me de ti! Havia tanto mais para te dizer, tantos poemas para acabar de escrever. Tantos olhares por trocar. E lembrar-te, lembrar-te fez–me sonhar. Sonhar com coisas que me dão que pensar. E foram tantos os pensamentos, e tão confusos os sentimentos, que, por falta de espaço ou de bom senso, extravasaram. Mancharam uma folha virgem com algo que me enlouquece, mas que por falta de verdade, apenas nela permanece. E quando exausto adormeci, percebi, que até dormindo sonhava, esses sonhos que a realidade negava.
Sexta-feira :
Hoje sinto–me feliz, não por ter acordado, mas por estar aconchegado nos pensamentos. Relembro os poucos mas bons momentos. Sei que não é possível viver noutra vida, e nesta vida, neste corpo, nesta prisão a que só a alma escapa, receio bem que só me reste mesmo sonhar. Mas sinto-me feliz, sinto-me bem, sinto-te! Sou livre ao menos de pensar! Trago comigo uma balança que me pode ajudar e pedras no sapato para servirem de peso! Sim, talvez noutra vida! Numa vida que não leve á desfeita nem ao desrespeito de quem o merece.
Sobre o dia de sábado :
E pensar que amanhã te verei! Com sorte trocaremos beijos e estranhas palavras, que, como que encriptadas, formam frases que para quem não sente não dizem nada. Frases que me desafiam a dizer o que sinto, o porquê de eu tremer por dentro. Talvez por vezes se note um brilho, noutras um sorriso ou algo que não passe despercebido. Ás vezes faço que não percebo, pois evito tremer quando sinto medo. Me guardo em segredo. Engulo em seco. Não posso beber e a fonte está mesmo ao lado, a fonte do pecado. Talvez um dia me cures, talvez um dia me mates. Eu não faço questão. Observo-te com atenção... não vás cair. Meço-te com intenção... de te esculpir. Leio-te com sofreguidão ... quero saber no fim, quem se vai rir. É verdade! Amanhã... Amanhã será um grande dia! Vou conviver com a minha melhor fobia, esta grande, grande amiga! Parece que me vejo esfregando as mãos, como um louco esfomeado diante de um recheado prato. Que refeição! Não, claro que não. Um oásis num deserto é pura ilusão! Querer fazer casa no meio de um vulcão?! Mas ás vezes... Deixa para lá. Fogo e gás, sei bem no que dá. Se calhar amanhã faz sol, ou se calhar não faz. Se fizer sol fico á sombra, mas se chover...Se chover já sei o que vou fazer! Pego em mim e vais ver o que é correr! Vou apanhar o arco íris.

Foto de TrabisDeMentia

Ela

Olho de novo para as maciças portas. Tento olhar para as maciças portas. Imagino que olho para as maciças portas. Não vejo as maciças portas, mas que importa? Passam doze minutos e não aparece. Há doze minutos que deram as doze badaladas. Há vinte sete minutos que eu entrei, e não aparece. O pé treme no chão, não de impaciência, mas de receio. Antes não apareça.
A sala é quadrada, a mesa é quadrada, os bancos são quadrados, alguns redondos. A sala é estranha, a musica é estranha, a minha voz é estranha... eu sou estranho. Porque é que as minhas palavras soam a falso, a premeditado?! As luzes de LSD, vermelhas e verdes, bailam por entre as quatro beatas no cinzeiro e o copo de whisky outrora cheio. Mando vir mais um... e mais outro. Outra badalada, outro cigarro e os meus lábios secos pedem por mais. O fumo a haxe intensifica-se, semicerro os olhos como que embriagado, mato e vegeto. Olho o relógio, o meu negro relógio, que já tão pouca falta me faz e olho de novo para as tão frágeis portas... tão frágeis... tão... Que linda música!
As portas do bar erguem-se á sua volta. Olho o relógio sem ver as horas. Só penso nela e no que lhe hei - de dizer... e as minhas palavras soam a falso, a premeditado. Não me cumprimenta. Como eu queria que ela me beijasse! Perdi a deixa. Sacudiu a camisa desfraldada e sentou-se. Sorriu, e como eu gosto desse sorriso! Inclinou ligeiramente a cabeça, deixando cair os seus longos e belos cabelos castanhos sobre os ombros, fitou-me com os seus profundos e belos olhos negros... e perguntou-me com a sua bela doce voz:
- Como vai a vida?!
Engasgo. Tremo. Eu sei lá. O significado chega-me pouco depois. Olho para a mesa quadrada e riscada e penso, ou melhor, tento pensar. O seu olhar incomoda-me, e hoje está mais penetrante do que nunca. Sinto-o, mesmo por entre o fumo denso e azulado. As palavras esfumam - se e o torpor aumenta. Que letargia!
- Como tem que ir! Vai como tem que ir!- Gritei para me fazer ouvir, tentando retribuir o sorriso. Mas cedo ele se esvai. Olho para o lado e tenho a incómoda sensação que fui ridículo. Soou a falso e a ridículo. Sem dúvida que fui ridículo. Por entre a música surge o perturbador silêncio, que não deixa de ser ridículo também. Meu deus! Que ridículo! Só espero que ela assim não pense. Que tudo é estranho, quadrado e ridículo.

Foto de Sérgio Henrique Ramos

Onde Estás

Oh DEUS quanta angústia
Meu coração clama
Meus olhos buscam
Mas ela não está lá

Segundos se vão
Minutos me deixam

Oh DEUS quanta angústia
Que sentimento é esse
Que absorve minha alma
Que consuma minha serenidade
Numa busca incessante
Numa procura perdida
Mas ela não está lá

E num rompante de agonia
Um instante de desespero
Vejo-me perdido
Prantos lagrimam insanos!
Seria o fim?

De repente um ruído
Levanto a cabeça
Com olhos afogados

Duas palavras ecoam
Numa sinfonia de paz
Apenas duas palavras
E aquela clausura infernal
Cessa num instante.

Poema inspirado no sentimento que tenho por uma mulher muito amada.
Morgana, você é minha inspiração!
Amo-te com toda força de meu viver!

Autor: Sérgio H. Ramos
SP, 04/01/06.

Foto de cricket_ba

É Difícil Esquecer...

É difícil esquecer que te amei,
Que tive tua paixão,
Que sonhei,
E que agora te perdi.

É difícil esquecer todos aquele momentos,
Onde eu te amava,
Onde sentia o teu calor,
E que não terei mais.

É difícil esquecer todas as promessas que fizemos,
Todos os sonhos que construímos,
Todos os desejos que tivemos
E que agora não existem mais.

É difícil esquecer o quanto vive para te,
Tentando construir uma vida,
Tentando montar um quebra-cabeça,
E agora tudo não existe mais.

É difícil esquecer que ainda te amo,
Que ainda sonho com teus abraços,
Que ainda quero os teus beijos.
E que não tenho como tê-los.

É difícil esquece os teus olhos a brilha,
Quando me encontrava,
Quando me beijava,
E que agora, outro os terá.

É difícil esquecer que tinha você,
Que dormíamos juntos,
Que nos amávamos,
E hoje estou sozinho novamente.

É difícil esquecer...
Pois ainda amo todo passado,
Sonhos ainda com o futuro,
E desejo muito poder não esquecer.

Foto de cricket_ba

É Difícil Esquecer...

É difícil esquecer que te amei,
Que tive tua paixão,
Que sonhei,
E que agora te perdi.

É difícil esquecer todos aquele momentos,
Onde eu te amava,
Onde sentia o teu calor,
E que não terei mais.

É difícil esquecer todas as promessas que fizemos,
Todos os sonhos que construímos,
Todos os desejos que tivemos
E que agora não existem mais.

É difícil esquecer o quanto vive para te,
Tentando construir uma vida,
Tentando montar um quebra-cabeça,
E agora tudo não existe mais.

É difícil esquecer que ainda te amo,
Que ainda sonho com teus abraços,
Que ainda quero os teus beijos.
E que não tenho como tê-los.

É difícil esquece os teus olhos a brilha,
Quando me encontrava,
Quando me beijava,
E que agora, outro os terá.

É difícil esquecer que tinha você,
Que dormíamos juntos,
Que nos amávamos,
E hoje estou sozinho novamente.

É difícil esquecer...
Pois ainda amo todo passado,
Sonhos ainda com o futuro,
E desejo muito poder não esquecer.

Foto de TrabisDeMentia

Mas tu...

Mas tu...

Se tudo não fosse tão imprevisível, tão escuro...
Se o acaso não fosse tão certo quanto a morte...
Se a vida não me enclausurasse na dúvida...
Talvez não te admirasse na devida proporção.
Seria tudo mais fácil, natural, espontâneo.
Mas o grito fica cá dentro, devora o meu orgulho.
Amarra-me num mundo só meu.
Mas tu...
A minha indiferença intimida-me, corroi-me.
A minha presença rebaixa-me.
Quero vegetar, mas o sol se esconde na escuridão.
E tudo é lindo!
A música apodera-se do vácuo.
A consciência desanuvia-se.
As silhuetas perdem-se na sensação.
O teu rosto voa e eu afogo-me.
O coração bate, a dor vem.
A timidez viola-me, despropria-me.
E o sonho?!
Morre na minha recusa, reclusão.
Os olhos secam de lágrimas.
A sede sacia com o sal que queima as feridas.
Mas quais?!
O desespero protege-me, alimenta-me.
Os pensamentos acumulam-se numa última sensação.
A dúvida aumenta.
Já não sei quem sou, nem me interessa se o serei.
Mas tu...
Nem mil palavras, apenas algo que sinto.
Acorrentado na mais impiedosa jaula sou um animal feroz, voraz,
ávido de sangue, de carne, de paixão, de ti.
Sim tu!
Mas tu..
Mulher, deusa, filha de Júpiter, esposa de Lucifer,
espezinhas, esmagas, desprezas, difamas, atormentas, sufocas, magoas,
beliscas, trincas, beijas, abraças, possuis...
Eu?!
Apenas existo, observo, lamento, sofro, choro, morro.

Foto de oscar dinis

QUERIA TANTO DIZER-TE

E foi nessa lágrima...
nessa água de DEUS tua,
que te reconheci como Anjo
e me despedi para sempre...
amortalhando os meus olhos
á divina dôr da tua alma.
Mas foi apenas mais
um dia que passou...
entre arcos e arcos de solidão...
entre um céu sem côr
e montes de carvão...
orfão de ti...
e da minha vida suspensa.

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