Olhar

Quando olho para cima e vejo as estrelas a mi iluminar em você só consigo pensar
Quando vejo seu olhar precioso a mi pairar não consigo me expressar
Você pra min é tudo você pra min é vida que me inspira a sonhar
E a cada dia mais me apaixonar e me amargurar pois com você não posso ficar
Você é minha luz minha estrada o caminho que não da em nada pois você é uma farça
Sempre quando vou ti tocar e beijar não consigo mais sonhar mas sim só a mi perguntar
Porque fui acordar.

Estamos separados por um segundo se tanto,
no entanto por milhares de quilómetros de fibra óptica
Queria eu ser luz e percorrer todo este espaço
Ainda a tempo de lhe dar um abraço
De enxugar as lágrimas que sobram em seu rosto
A tempo de atrair a mim seu desgosto, sua atenção
Olhar em seus olhos e partilhar consigo a expressão
Neste momento em que suspira queria eu ser,
Não o ar que expira, mas o ar que ao entrar lhe trará alivio.
Ser eu a devolver ao seu rosto niveo o rubor de outrora
Lhe cobrar um sorriso sem pudor como se cobra esmola.
E sem demora lhe beijar ao de leve a face e ao fazelo
Sentir nesse preciso e breve enlace o desenlace do novelo
Esse novelo que mesmo que embrulhado o mais que fosse
Se desfaz num beijo como, na boca, algodão doce.
Aí pegaria numa ponta, voçê numa outra
E lhe diria "até já" como quem diz que volta.

Meu relógio de sala!
Conheço cada detalhe talhado,
Cada contorno dourado,
Cada reflexo espelhado!
Sou capaz de ficar horas assim,
Absorto em pensamentos!
Olhando seu pêndulo indo,
Vindo, roçando extremos!
Não consigo estar triste!
É o teu balançar que me embala!
É a olhar para ti que eu adormeço
Meu relógio de sala!