Olhar

Foto de Gleisson Brito

A atemporalidade poemática poética

Hoje é o futuro do ontem...
Mas o passado do amanhã...

Talvez seja o presente deste verso...
e nada disso será...depois de amanhã...

O passado e o futuro confundem-se...
se você olhar o album de fotografias...

É preciso concentrar-se...
pra seber o que vês...e o que vias...

Mas o poema é atemporal...
pode ser triste na páscoa...e feliz no natal...

És pra ti o presente de hoje...
Para mim o futuro de ontem...
Será pra nós o passado...do amanhã...de hoje...de ontem?

não importa...

do passado...ninguém lembra datas...

ninguém guarda as atas...

Foto de Carmen Lúcia

Um olhar...

Optei pelo silêncio...
Não disse nada...
Mantive-me calada.
Mas, quem cala consente,
E jamais consenti
O seu pré- julgamento,
As palavras que ouvi,
O que tanto sofri
Sem direito à defesa,
Sentindo-me tão indefesa,
Sem poder reagir...
Preferi me calar
E falar com o olhar...
Que falou sobre tudo,
Sem palavras lançadas,
Embaraçadas, cortadas,
Apenas um olhar mudo...
Que disse tudo
E você nem notou,
Nem sequer se calou,
Nem sequer percebeu
O que aconteceu...
E que tudo acabou,
Que foi melhor assim,
Que meu olhar disse:Fim!

Foto de CINTIA LOURENÇO DA MATA

Nosso amor....

Nosso amor é como a chuva mansa que cai
É a flor a desabrochar
É o sol a resplandecer no céu
Nosso amor é a lingua que somente nós entendemos
É o silêncio que procuramos
É o sabor de mel adocicado
Nosso amor é a pele pedindo toque
Os lábios querendo beijo
O corpo querendo abraço
É o meu olhar pedindo o brilho do teu
Meu segredo pedindo revelação
É o meu sorriso ao ver o seu
É a minha lágrima ao ver o seu pranto
É o meu sonhar
Meu acreditar
Meu querer mais profundo
É o meu peito a gritar de dor
Minha respiração em conjunto com a sua
Meu desejo de ter você
É o meu tudo, meu nada
É o meu coração apertado, dolorido, triste e solitário
É minha fé que me transporta até você
É a minha esperança
É a minha certeza de que nós seremos o nosso amor..
Meu marido, nosso bebê e eu...

Nosso amor....

Foto de ivaneti

Desejo...

Desejo

Foi você que mudou a direção do meu destino
Em seus beijos... senti teus lábios...
Tive medo da paixão... seu amor me deixou zonza.
Se pudesse transcrever minha dor, fazia uma canção!
A lembrança do seu corpo, faz meu sangue ferver.
Te procurei com vontade de te ver,
Querendo apenas encostar em teu ser,
A cada momento que penso em você...
Uma dor atravessa meu peito, como o arco íris no céu...
O corpo fica agonizando, suspirando querendo você!
Rastreei sua pele pelo seu cheiro...
Deixei minha febre te sentir...
Em sua cama... busquei a luz de teu olhar
Um encontro... dois corpos, tomados no desejo
Gritei no silêncio da noite!
Perguntava e eu respondia…
Numa explosão de alegria...
Pois enquanto houver dia...
Meus desejos serão teus...

Foto de Carmen Lúcia

Que seja sempre assim...

Que seja sempre assim...

Manhãs que se recolhem ao cair da tarde,
Noites que despontam a anunciar
Que o dia já termina pro amanhã recomeçar...
Acordes interrompidos, a pausa que prepara
Um novo som que virá...
É o movimento ondulante, constante, incessante...
Renovando a Vida!
Levando-me,enlevando-me, conduzindo-me.

Que seja sempre assim...

Basta um começo...leve arremesso...
Após o primeiro passo, outros surgirão,
Após a tempestade, novos tempos virão...
Depois da chuva o frescor
Levando embora o dissabor.
Tudo leva para o depois...
Como se o agora fosse uma passagem constante
Que me leva a seguir confiante
Conduzida por um cordão invisível
A desvendar o indizível, o imperceptível...
A curiosidade me move, me remove, me comove.
Eu vou.Impossível não ir.Todo dia partir...
E me entregar...e em partes, me doar...
Devolver o que já sou...
Vivo pra desvendar...
Manhãs recolhidas, tardes caídas,
Noites a anunciar...
Que o dia se foi...o amanhã irá chegar...
Dobrar esquinas, descobrir o que há de mais...
Esparramar partes de mim...não olhar para trás...
Estar sujeita a reformas...Há muito o que reformar!
Sentir a presença divina...fazer um poema...
De amor, gratidão, emoção...Rimas triviais!
Externar o que está dentro de mim...
Poetas são todos iguais!

Que seja sempre assim...

Foto de elcio josé de moraes

VÁ!

Sei que voce não gosta de mim!
E guardo no peito esta dor.
Mas nunca voce verá o meu fim,
Pois devo encontrar um novo amor.

Preciso esquecer de vez o teu olhar.
Tirar este amor do meu coração.
Que tanto me fez sofrer e chorar.
De tanta tristeza e solidão.

Vá! sejas feliz com outro alguém,
Enquanto eu vivo sem ninguém,
E quem sabe eu te esqueça de vez.

Vá! e não me procures jamais,
Deixe-me só com os meus ais,
Que eu hei de sorrir outra vez...

Escrito por elciomoraes

Foto de Cecília Santos

DENTRO DE UM SÓ CORAÇÃO!!!

DENTRO DE UM SÓ CORAÇÃO
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Saudade palavra tão pequena.
Mas que expressa,
A dor mais pungente.
É o mostrar que nos falta algo.
É a dor de perder alguém.
É a falta de um carinho.
É a falta de um amor.
Saudade é a dor de lembrar.
Do sorriso, da felicidade,
Do cheiro do perfume, da pele macia.
Saudade é lembrar que um dia se foi feliz.
Saudade é um enigma, é o não saber,
Da pessoa que um dia se amou tanto.
É olhar para o céu e procurar seu olhar,
Seu sorriso em cada estrela à cintilar.
É a vontade de querer, e não poder.
É engolir o pranto, tendo que sentir,
O gosto amargo dessa dor.
Saudade é o silêncio eloqüente
Que mostra que sua ausência,
Virou presença única na minha vida.
Saudade...
Ausência...
Dor...
Cabem todas dentro de um só coração!!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/10/2007

Foto de Rick_Ripi

O trem da Vida!

Já parou pra pensar na vida?
Já percebeu que nada q acontece é em vão?
Por que isso acontece com nos?
Para que finalidade?
São perguntas que às vezes não sabemos as respostas.
Mas a nossa vida pode se dizer que é como um avião, que voa, voa, voa...
Ou melhor! Como um trem. (trem é melhor neh... por q avião ultimamente Deus o livre) hehehehehheh...
Que percorre os trilhos do destino...
(Mas q filosofo eu estou!!!) Hehehehhehe...
Continuando...
Algumas pessoas entram em nossas vidas, como um passageiro que entra no trem.
E que nos acompanha durante a viagem, às vezes essas pessoas nos chamam a atenção
Quando o trem para, algumas nos deixam, outras saem sem dar a oportunidade de dizer adeus...
Mas quando há o desembarque, há o embarque. (é sempre assim) hehehehehe...
E assim o trem segue...
Talvez a pessoa que venha a sentar do seu lado é aquela que você tenha esperado durante a viagem...
Podendo assim viajarem juntas...
Mas se você fechar os olhos por algum motivo...
Ao abri-los poderá ver o lugar ao seu lado,vazio...
E se olhar pra trás verá que ela esta sentada bem no fundo do vagão....
E se você a ama...
Não terás medo de levantar-se...
E sentar-se ao seu lado novamente
Pois quem senta bem no fundo sozinho...
É por que espera por alguém...
E por que ainda te ama...
Por isso nada na vida é em vão!
Basta prestar atenção nas pessoas que embarcam nesse trem.
E que o amor é reservado...
Como a poltrona que você ira sentar...
E quando chegar a sua vez...
Saberás, pois pensara todos os dias nessa pessoa
Em seu rosto...
Em seus olhos...
Em seu sorriso...
E o quanto a ama...
E o quanto deseja seguir essa viagem ao seu lado....

Que Deus abençoe a todos!!!

Rick

Foto de Nennika

Hoje eu parei...

Hoje eu parei,
parei para olhar pra mim...
dentro de mim...
para as coisas que eu fiz,
e as que deixei de fazer...
Lembrei das pessoas que amei,
e das que simplesmente ignorei...
Vi muitos erros,
na tentativa de acertar.
E por medo,
ou ignorância,
quantos tropeços...
Por isso,
Hoje eu parei...
Fechei para balanço !!!

Foto de JGMOREIRA

POEMA DO MENINO JESUS - ALBERTO CAEIRO

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

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