Olhar

Foto de onil

DESEJO

SE UM DIA APARECER EM MEU SONHAR
OUTRO AMOR QUE NÃO SEJA AQUELE QUE É TEU
SERÁ RAZÃO PARA MEU PEITO SE ORGULHAR
RECUSANDO ESSE AMOR QUE ALGUÉM ME DEU

POIS SEMPRE ESSE DESEJO INFINITO
DE SÓ TE DAR AMOR E RESPEITAR
GRAVOU-SE NESTE SONHO TÃO BONITO
TODA ESTA FORÇA DE VIVER E DE TE AMAR

OUVINDO O TEU NOME SEM SABER
TUAS FEIÇÕES OU A CÔR DO TEU OLHAR
JÁ MEU PEITO ASPIRAVA CONHECER
QUEM ERA ASSIM A RAZÃO DO MEU SONHAR

E ENTÃO NESSE TEMPO JÁ PASSADO
QUE EM SONHOS DE LOUCURA ME ENVOLVI
GRAVEI TEU ROSTO NOS MEUS OLHOS, E A TEU LADO
CULTIVEI NO MEU PEITO AMOR POR TI

ATÉ AQUELE DIA QUE INSPIRADO
ME ATREVI A CONFESSAR O MEU AMOR
VIVI COMO AMIGO, TEU ALIADO
MUITAS VEZES CONSOLANDO A TUA DOR

NA MINHA MENTE RECUSAVA ESTA AMIZADE
POIS ERA AMOR QUE NO MEU PEITO GUARDAVA
AI QUANTAS VEZES VEIO A FORÇA E A VONTADE
DE DAR-TE A CONHECER QUANTO TE AMAVA

E ENFIM NESSE DIA BEM LEMBRADO
CONFESSEI ESTE MEU AMOR POR TI
FOSTE INSPIRAÇÃO NO POEMA DO MEU FADO
E NOUTROS TANTOS DE AMOR QUE JÁ ESCREVI

DEPOIS DESTES ANOS JÁ VIVIDOS
TU ÉS A MULHER QUE SEMPRE AMEI
NEM QUE OUTROS SONHOS OCUPEM MEUS SENTIDOS
TU ÉS SEMPRE O AMOR QUE EU SONHEI

SERÁS ETERNAMENTE A MEU LADO
A FORÇA QUE ME DÁ INSPIRAÇÃO
TU ÉS A MUSA DESSE FADO JÁ PASSADO
DAQUELE TEMPO QUE TE DEI MEU CORAÇÃO

POR ISSO EU EXULTO DE ALEGRIA
POIS TENHO NO MEU PEITO ESTE FULGOR
A MESMA FORÇA COM QUE TE AMEI UM DIA
NESTA PAIXÃO QUE TE DOU COM TANTO AMOR

PROCURO COM CARINHO E TERNURA
TODA ESSA AMIZADE DESSE TEMPO
AI QUANTAS VEZES EU SONHEI ESTA VENTURA
E NESSES SONHOS FOSTE TU SÓ MEU ALENTO

TU SIM ÉS A RAZÃO DO MEU VIVER
O ALIMENTO DESTA FORÇA QUE HÁ EM MIM
TU SERÁS ETERNAMENTE ESSA MULHER
QUE OCUPA A MINHA VIDA ATÉ AO FIM.

7.10.92
ONIL

Foto de onil

SEMPRE TEUS SORRISOS

QUANDO ESTOU TRISTE E SÓ
SÃO SEMPRE TEUS SORRISOS
QUE ME FAZEM ALEGRAR
QUANDO ESTOU TRISTE E SÓ
SÃO SEMPRE SÓ TEUS BEIJOS
QUE ME FAZEM RECORDAR
QUE SOU EU
AQUELE QUE SÓ VIVE PARA TE AMAR

QUANDO SINTO O TEU AMOR
FLORESCER EM TEUS SORRISOS
TENHO PRAZER DE OS OLHAR
QUANDO TODO ESSE AMOR
EU SINTO NO MEU PEITO
TENHO ÂNSIAS DE GRITAR
QUE SÓ TU
ME FAZES DESTA VIDA UM SONHAR

ÉS SEMPRE TU
QUE EU PROCURO QUANDO ESTOU TRISTE
É SEMPRE A TI
QUE EU BEIJO COM ARDOR
ÉS SEMPRE TU
QUE EU VEJO EM MEUS SONHOS
É SEMPRE A TI
A QUEM DEDICO O MEU AMOR

QUANDO ESTOU LONGE DE TI
SÃO SEMPRE TEUS SORRISOS
QUE ME VEM RECORDAR
QUANDO ESTOU LONGE DE TI
SÃO SEMPRE SÓ SAUDADES
QUE ME FAZEM REGRESSAR
PORQUE TE AMO
JÁ NÃO POSSO VIVER SEM TEU OLHAR

QUANDO TU ME DEIXAS SÓ
SÃO SEMPRE TEUS SORRISOS
QUE EU NÃO POSSO OLVIDAR
QUANDO TU ME DEIXAS SÓ
SÃO SEMPRE SÓ TEUS BEIJOS
QUE EU PASSO A RECORDAR
PORQUE ÉS TU
AQUELA A QUEM DESEJO SEMPRE AMAR

ÉS SEMPRE TU
QUE EU PROCURO QUANDO ESTOU TRISTE
É SEMPRE A TI
QUE EU BEIJO COM ARDOR
ÉS SEMPRE TU
QUE EU VEJO EM MEUS SONHOS
É SEMPRE A TI
A QUEM DEDICO O MEU AMOR

ONIL

Foto de onil

DOCELIMA

CHAMAVA-SE DOCELIMA
REZA A HISTÓRIA AQUI EM RIMA
NOS VERSOS DESTA CANÇÃO
VIVIA SÓ POBREZINHA
E QUANDO VINHA A NOITINHA
SENTIA A SOLIDÃO

TÃO CEDO PERDERA OS PAIS
UM DESGOSTO QUE JAMAIS
DO SEU PEITO SAIU
OCUPOU-A A MELANCOLIA
E PASSAVA TRISTE O DIA
SEU OLHAR NÃO MAIS SORRIU

ENTÃO TRISTE CANTAVA
E QUEM SUA VOZ ESCUTAVA
SENTIA SUAS DORES
ERA LINDA A SUA VOZ
HERANÇA DE PAIS E AVÓS
QUE TAMBÉM FORAM CANTORES

COSTUMAVA IR LAVAR
SUA ROUPA E A CANTAR
NA FONTE SE ENTRETIA
E A VELHA FONTE GUARDAVA
OS SEGREDOS QUE ELA CANTAVA
NINGUÉM MAIS DISSO SABIA

ERA TRISTE O PENAR DELA
QUE EM SUA VOZ TÃO BELA
REVELAVA MIL TORMENTOS
SUA ALMA DESGUARNECIDA
DE QUEM A TROUXE Á VIDA
NÃO ESQUECEU NEM POR MOMENTOS

DOCELIMA ERA POBRE
MAS TINHA UM CORAÇÃO NOBRE
DE TERNURA E BONDADE
E A VELHA FONTE COITADA
CHORA AGORA MAGUADA
COM A SUA INFELICIDADE

DOCELIMA JÁ PARTIU
ALGUÉM A DESCOBRIU
JÁ FRIA NO SEU LEITO
O RETRATO DE SEUS PAIS
QUE ELA NUNCA ESQUECEU MAIS
APERTADO CONTRA O PEITO

O OLHAR QUE NÃO VIVIA
PELA DOR QUE A CONSUMIA
PARECIA ENTÃO A SORRIR
A SEUS PAIS QUE AMAVA TANTO
A RAZÃO DO SEU TORMENTO
POR FIM SE FOI UNIR

QUEM PASSAR AQUELA FONTE
NA LINDA ALDEIA DO MONTE
NEM SEQUER IMAGINA
OS SEGREDOS ALI CANTADOS
DOS TORMENTOS PASSADOS
NA VIDA DE DOCELIMA

NUNCA EM SI PERDEU A ESPERANÇA
PELOS PAIS SEU AMOR CRIANÇA
MANTEVE SUA PAIXÃO
EIS A HISTÓRIA TÃO SINGELA
DE UMA MOÇA QUE ERA BELA
TINHA NO PEITO A SOLIDÃO

QUE LUTOU SEM GANHAR NADA
DESTA VIDA AMARGURADA
NEM TÃO POUCO AMOR MATERNO
GANHOU SIM DIREITO AOS CÉUS
COM SEU PAIS JUNTO A DEUS
O SEU LAR SERÁ ETERNO

ONIL

Foto de Romulo Rodriguez

Por que escolhi você?

As vezes fico a pensar ,por que escolhi você ,me apaixonei de um modo que não soube explicar
Desde de quando vi você ,foi só um simples olhar para mim escolher você pra vida inteira
O amor tomou conta de mim e eu fiquei alucinadamente a imaginar que você era o grande amor da minha vida.
Sobre o céu estrelado você me deu o seu mais belo sorriso e olhou no fundo do meus olho e disse: TE AMAREI PRA VIDA INTERIRA
Ao tom suave da sua voz ao dizer a frase , mergulhei alucinadamente em seus beijos quentes e apaixonados. Mas vi que talvez esse amor poderia ser mais um caso de decepção.
Em toda manhã ao ver o sol brilhar na janela do meu quarto fico a me perguntar por que escolhi você? mas essa resposta foi se encaixando na minha cabeça ai percebi o motivo de ter escolhido.
Pelas belas frases de amor que você me diz a cada encontro
Pelo sorriso de alegria que você tem quando está ao meu lado
Por todas a declarações de amor feitas
Pelo grande carinho e amor que você me dar.
E por isso que escolhi você ! minha grande e eterna paixão!

Rômulo Rodriguez!

Foto de Romulo Rodriguez

Doce emoção

Doce emoção
Que lindas são a declarações de amor...

Mais lindo ainda e a doce emoção de te olhar nos olhos e dizer-te te amo

A pressão sobe,o coração começa a bater mais forte ,o sangue bombeia
Tudo isso faz com que eu me cinta emocionado ao dizer que te amo.

Como descrever o que realmente cinto?o que é essa doce emoção? que toma conta de mim na hora de me declara pra você.

Só sei descrever que o que cinto e puro , que todas a palavras que saem da minha boca são tiradas do fundo do meu coração .

E por isso que eu te faço essa declaração de amor feito com esse sentimento puro que se chama “DOCE EMOÇÃO”!

Romulo Rodriguez!

Foto de Romulo Rodriguez

Doce emoção

Doce emoção
Que lindas são a declarações de amor...

Mais lindo ainda e a doce emoção de te olhar nos olhos e dizer-te te amo

A pressão sobe,o coração começa a bater mais forte ,o sangue bombeia
Tudo isso faz com que eu me cinta emocionado ao dizer que te amo.

Como descrever o que realmente cinto?o que é essa doce emoção? que toma conta de mim na hora de me declara pra você.

Só sei descrever que o que cinto e puro , que todas a palavras que saem da minha boca são tiradas do fundo do meu coração .

E por isso que eu te faço essa declaração de amor feito com esse sentimento puro que se chama “DOCE EMOÇÃO”!

Romulo Rodriguez !

Foto de Ayslan

Mais um capitulo sem você

Hoje a noite é fria o céu escuro é chegada minha hora de te escrever... Estou esperando o telefone tocar... Sabe a algo sombrio na distancia algo que só os corações podem dizer algo além da saudade uma dor sem lagrimas externa... Dor de alguém que sempre te esperar dor de um amor que precisar do seu calo. Hoje quero olhar fora do meu quarto... Vejo as pessoas todas com propósitos desenhados em balões em cima de suas cabeças todos então indo há algum lugar... Eu preciso voltar estou longe do meu destino preciso começar a escrever naquele caderno frio e triste preciso chegar ate você. Hoje percebo que não importa o dia do ano tão pouco a horas que o relógio marque não vou poder está com você... Minhas palavras foram tocadas pela escuridão do céu as linhas deste caderno dês de então ficaram desordenadas as palavras de paixão não existe apenas dor saudade e solidão. Eu repeti durante noites um único nome frente e verso em todas as folhas (Priscila) Lembro-me de suas palavras “Nem que seja em sonho, mas vou está com você hoje”
Dês de então eu te espero... Todas as noites...
Eu continuo recordando todas as noites a todo instante nossa historia e hoje eu escrevo mais um capitulo sem você mesmo assim em todas as paginas eu escrevo dizendo pra você “Eu te amo Priscila”

Para: Priscila

Foto de Lou Poulit

O CRONÔMETRO

Há alguns anos, acordei na cama de não sei quem. Eu não sabia o que estava fazendo ali, mas não tinha a menor dúvida sobre o que estava fazendo até adormecer, ou talvez devesse dizer desmaiar. A verdade pode ser muito crua para pessoas que nos amem, e tenham construído uma imagem nossa bem "cozidinha".

Eu não estava seguramente na minha casa, e não havia mais ninguém naquele apartamento. Tomei um banho morno para ganhar algum tempo e por as idéias em ordem, vesti-me, e como ainda não havia chegado ninguém que eu pudesse ver, além das estatuetas de ciganos, bruxas, gnomos e mais uma multidão de sapinhos espalhados (e todos pareciam olhar pra mim!) que acabara de descobrir ali, resolvi ir-me embora. Estranho isso. Ir embora de um apartamento desconhecido, sem despedir-me de alguém, ao menos dizer obrigado...

Na saída, uma espécie diferente de saci (de uma perna e meia, e com dois gorros vermelhos) próximo à porta me estendia a mão. Mais desconfiado do que generoso, eu arrisquei deitar cinquentinha. Mas caí na asneira de olhar mais uma vez para o seu semblante. E acabei deitando cem paus. Antes de bater a porta por fora, olhei pela fresta e, tal como se o moleque fosse eu, vinguei-me: Explorador!... No elevador desconfiei, pelo perfume fortíssimo que dois travecos deixaram ao sair, mas chegando à calçada acabaram-se as dúvidas. Eu estava na avenida Princesa Isabel, a larga entrada de Copacabana (coincidência?), para meu fugaz alívio fora do túnel dito do Pasmado! "Oh, my God! Oh my God... I more don’t want to be fucked"…

À certa distância, na confluência da avenida com o calçadão da praia, uma pequena multidão olhava para um out-door que não estava ali até a última vez. Aproximando-me vi que era um cronômetro eletrônico retroativo, comemorativo dos 500 anos da descoberta do Brasil. Fora inaugurado muito recentemente, deduzi. E eu repeti para dentro, balbuciando: Oh, my God... Em poucos minutos a multidão já não era pequena, e depois de mais algum tempo já me parecia assustadora. Mas não propriamente a multidão. Aquela gente toda, incluindo-se muitos turistas (estes por motivos bem mais óbvios) masturbava-se promiscuamente, para comemorar meio milênio de exploração.

Vagamente eu me lembrava de que alguém se dispusera a fazer algo assim comigo. E o fizera com requintes. Porém a bruma etílica não me permitia lembrar desta mulher mais do que uma meia dúzia de nomes. Afinal, que diferença faria o nome? O fato a moer-me a lucidez que restara, era saber que eu explorara e fora explorado. E ali estava eu cercado de pessoas tão festivas e presumivelmente tão pouco lúcidas, tendo por referência a lucidez que me restara.

Por um quase desespero, vire-me e fui me reencontrar no balcão de um bar. Pedi um café bem preto, alienado, como se estivesse num café expresso. Antes de servirem o café, porém, surgiu, não sei de onde, um negrinho cheio de dentes, com duas pernas normais, e com um pequeno caixote sob o braço, que apontando para os meus chinelos de dedo me pediu para engraxá-los. Lógico, escusei-me polidamente. Então ele fez gestos para que eu lhe pagasse um salgado (com suco). À minha recusa ele aceitaria só o salgado. A seguir disse que aceitaria um trocado mesmo... E para o meu desespero definitivo, a uma nova recusa ele pôs a mão na cintura acintosamente, olhou dentro do bolso da minha camisa, e me pediu um cigarro...

Eu deixei o bar para trás, retomei o caminho da minha casa com quatro certezas: primeira, de que para o negrinho não importava o que me tirasse, desde que tirasse alguma coisa; segunda, de que ele achava que eu era um turista e que tinha medo dele; terceira (oh my God!), aquele cidadão brasileiro aprendera, em no máximo 10 anos, a explorar o medo de um suspeito explorador comemorando os seus 500 anos; e quarta, que me esqueci de tomar o café. Afinal, eu achei que somos poucos, porque nossa população se reproduz a esmo, mas em vez de dias a contagem regressiva devia, ao menos estimadamente, contar as pessoas que se recusam a se abster de votar. Qualquer que seja o voto em algum nome, o sistema se reproduz! Se apossará dos votos branquinhos e dirá que os negrinhos é que se reproduzem como ratos.

(Lou Poulit, 2010)

Foto de cvth

olhar perdido

olho com o teu olhar com leveza
te amar
para sentir a tua beleza
para ti eu vou cantar
teu amor meu coração deseja
tua amizade perdura
viver sem ti são lágrimas que se perdem no ar
espaço infinito como a nossa amizade
vazio na minha mente
como um rio seco
sem mais que pensar
a não ser em ti
penso e volto a pensar
será que te vou voltar a sentir
palavras neste meu sentimento
felicidade porta fechada ao meu coração
sentimento que se apodera de mim
esta paixão intensa
céu cinzento
assim eu me sinto
amar te já foi um sonho agora e apenas um pesadelo

Foto de onil

MUSA DE INSPIRAÇÃO

10 anos depois...

PERDI MINHA GRANDE MUSA
AQUELA QUE O POETA USA
PARA INSPIRAR A POESIA
NÃO SEI SE VOU ENCONTRAR
OUTRA QUE ME POSSA INSPIRAR
COMO ESSA MUSA FAZIA

DE LONGE O SEU OLHAR
SEM O PODER CONTEMPLAR
ESTAVA NA MENTE GRAVADO
E TODA A MINHA INSPIRAÇÃO
NASCIA SÓ DE UMA ILUSÃO
DE QUE A TINHA AO MEU LADO

SENTIA QUE ERA POSSIVEL
SEM DE MIM ESTAR VISIVEL
QUE A PODIA TOCAR
QUANTAS VEZES EU SONHEI
QUE SEUS BEIJOS PROVEI
COMO ERA TRISTE ACORDAR

PORQUE VIA A REALIDADE
ERA UM SONHO NÃO VERDADE
EU NÃO A PODIA BEIJAR
LONGE SABIA QUE ESTAVA
A MUSA A QUEM EU AMAVA
E SEMPRE ME VINHA INSPIRAR

HOJE UMA PROMESSA QUEBREI
QUANDO UM DIA JUREI
QUE ESSA MUSA IA ESQUECER
MAS ESTA É A VERDADE SUPREMA
PARA ESCREVER ESTE POEMA
VOLTOU ESSA MUSA A NASCER

25/03/010
ONIL

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