Ódio

Foto de Osmar Fernandes

Quem ama não mata?!

Muita gente já matou
Por amor traído,
Por amor bandido,
Por coração partido,
Por desejo fatal,
Por ser iludido,
Por amor animal,
Por não ser correspondido.

Se o amor é possessivo,
Sentimento não tem alma.
Amor abandonado, doentio,
Perde afeição, mata.

Não entendo esse jeito de amar.
Amor que mata; suicida-se... alma gelada.
Tem gente que não suporta se separar.
Amor prisioneiro é esperança sepultada.
Quando o amor é perdido, perde o dó.
O inferno toma conta, fica cego.
O que era sólido vira pó.
O luto é certo.

Quem ama não mata?!
O mundo está repleto de crime passional.
Tanta história de amor, morta está.
Quando o amor vira ódio é letal.

Respeite o direito autoral

Prof. Osmar Soares Fernandes

Foto de Raissa Valmont

Anjo

"Vivi uma vida sonhando ser alguém que não sou,
Buscando ir para onde não devo.

Vivi uma vida guardada por um belo anjo,
Traiçoeiro carinhoso, falso esperançoso anjo.

Sorriu com as minhas felicidades,
Deliciou-se com as minhas vontades.

Enxugou minhas lágrimas,
Mas fez tudo errado.
Chorei por duas vezes mais.

Deu-me esperanças de viver o sonho mais belo
E então desapareceu daquele castelo.
De bela rainha, sem meu anjo, não passo de simples plebéia.

Sequei minhas lagrimas,
Transformei os meus sentimentos,

De amor a ódio.
De esperança à desilusão.
De lembranças a nada.

Enganou-me durante um sonho
Enganou-me por uma vida."

Foto de silvya

Tentar chegar

Tudo nesta vida
Não passa de um mero acaso,
De uma sombra corrompida,
De um beco sem saída,
E, quando tudo está perdido,
Soltam-se as brisas no ar
E o teu sexto sentido
Diz que o inferno está a chegar.

Respiras e vais respirando,
Soltas um breve suspiro,
Sentes braços te apertando
E os gritos de um vampiro.

Começas a entender o óbvio
E o sentido do mundo:
Toda a gente possui ódio,
Desde a superfície até ao fundo.

E então deixas te levar
Pelas trevas da escuridão.
A poeira começa a levantar,
Em constante agitação.

Nas profundezas do meu ser
Já só consigo encontrar
A ânsia de sobreviver
Até outra dimensão chegar.

O que mais choca
É a tortura,
Mas já não importa
Toda a amargura.

E dás a volta ao problema,
Sentes o bater do coração.
Tudo não passa de um dilema
Sem uma breve explicação.

Por entre anjos e sinfonias,
Espreita o dia esperado,
Para te irromper alegrias
E a sinfonia é o fado.

Não te deixes apanhar
Pelas garras afiadas,
Que o universo vai recuperar
Todas as páginas rasgadas.

E como as árvores despidas
Dançam ao sabor do vento,
Todas as mágoas e feridas
Desaparecem com o tempo.

Sílvia Gonçalves

Foto de KEKE

TEMPO

O TEMPO VEM E VAI
LEVA OS DIAS E TUDO MAIS
VÃO SE INCERTEZAS , CONCEITOS
VIRTUDES E DEFEITOS
NADA PODE DETÊ-LO

TEMPO QUE PASSA
TUDO ARRASTA
SÓ NÃO LEVA MEUS SONHOS
PODE ATÉ DESFAZÊ-LOS
MAS QUANDO OUTRO TEMPO VIER
VOU CONSTRUIR OUTROS COMO QUISER

NÃO VIVI MUITO AINDA
MAS MUITO O TEMPO JÁ LEVOU
DAQUELA FELIZ CRIANÇA
QUASE NADA RESTOU

MUITO TEMPO HÁ DE PASSAR
TEMPO QUE LEVARÁ A MOCIDADE
TRAZENDO A VELHICE,
ROUBANDO A FORÇA
TRAZENDO O CANSAÇO,
TERÁ TEMPOS DE AMOR E ÓDIO
DE TRISTEZA E SOLIDÃO
MAS NESSE MESMO TEMPO
HÁ PAZ E EMOÇÃO,

EU TENHO MEU TEMPO
ENQUANTO ELE ME TIVER.

Foto de Stacarca

Tristeza

Tristeza

Nessa marcha estupenda de truões doentios, dilacerantes... De réquiens opulentos e febris de soluçantes momentos do tédio, vãs e densas preconceituosas doutrinas taciturnas do rancor. As glebas desgraçadas dos nervos cantantes do nada, esse grave sentimento que consome o coração longínquo dentre o espaço violento entre o amor trepido e o amor turvo, eles riem, eles riem e eu choro, na solidão das brumas eu choro, eu choro e eles riem. Nas gargalhadas falsas execrandas e esquisitas, truculenta e formidanda. Num pavor pavoroso passa, passa e passa a ciclópica forma do medo em passos, passos nervosos que passam, gargalhadas nervosas, pensamentos nervosos, sentimentos nervosos...Todo esse turbilhão da nevrose passa na aurora violenta da tristeza, e eles riem, eles riem e eu choro nessa nebulosidade de acres remorsos sem fim, eu choro e caminho extraordinariamente em passos nervosos, por todo o sombrio carvão do caos que mancham o éter radiante, dos sorrisos tristes, das palavras tristes e de toda essa vida triste, serenamente em olhos fundos e tristes. Todas essas vagas idéias esbofeteiam a tristeza fina e maravilhosa, ela penetra e sufoca, sufoca e asfixia benevolamente o interior litúrgico de palpitações alegres. Toda essa angústia e escuridade estúpida vaia a vida e aplaude a morte, a hipocondria da dor... No passado e no momento entristece com as lágrimas de saudade, das dores que foram e que estão por vir, Ah eu choro e choro toda essa melancolia da vida, e gargalho toda displicência dessa morte florícula que nasce e cresce de forma muda e linda, linda, linda! Mas as grandes e fascinantes mórbidas mágoas ainda virão, virão pomposas como os cadáveres violáceos de uma podridão suave, penetrará e fecundará mais tristeza, mais dor, mais negrejar, mais e mais ódio, e todo esse entristecimento irá recordar positivamente nas recônditas existenciais, enquanto eles rirão, rirão e eu ainda chorarei. (...)

Stacarca

Foto de Pepalantus

Epitáfio para um Poeta Vivo

Não me meças pelas minhas parcas virtudes natimortas.

A medida justa de mim são os vivos vícios,

a lascívia e os erros.

Não me meças nas palavras dos poucos amigos, podem ser fantasiosas.

A medida justa de mim é o ódio bruto e frio dos inimigos,

o silêncio e a indiferença sinceros.

Tampouco me meças pelo que deixei de herança. Só vergonha deixei.

A glória herdada e jogada aos porcos,

a lama e o lodaçal em que vivi, estes sim, são a minha justa medida.

Também não me meças pelas cicatrizes. Não foram heróicas.

A medida justa de mim é o caráter de um covarde,

a dissimulação de um fraco e a omissão de um tolo.

Tampouco me meças pela minha passagem na terra. Nada representou.

O ar que avidamente respirei, o pão que comi avaramente,

estes sim, são a minha justa medida.

Não me meças pelo homem que não fui.

Antes, medi-me pelo verme que me habitou,

pois esta é a medida justa de mim. U’a alma unicelular.

Foto de fernando gromiko

SENTIMENTOS

Amor, sonho, ternura, perdão, desculpas, felicidade
Ódio, vergonha, amigo, respeito, medo, desilusão
Segredo, alegria, tristeza, errar, humildade, fidelidade
Angustia, solidão, mentira, consolo, paixão

Quem me dera ter a Ternura
E a alegria de um Sonho
De não viver uma Mentira
Num mundo cheio de Segredo

De não sofrer uma Desilusão
Ter um Amor para amar
Em momentos de pura Solidão
Ter alguém para nos Consolar

Saber que para toda Angustia
Há um amigo que nos ampare
Saber que se foi mais um dia
Deixando a o amanhã mais perto da Felicidade

Ter a Paixão de fazer o bem
Não ter a Vergonha de se Desculpar
De ajudar sem olhar a quem
E a Humildade para Perdoar

De nunca viver uma Tristeza
Não ter Ódio para odiar
Ter em mente uma certeza
Que também podemos errar

Não ter medo de sentir Medo
Fazer valer a Fidelidade
Tratar a todos com Respeito
Ter a Alegria da Amizade

Foto de Henrique Fernandes

AMOR INFIEL

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.
.
.
.
Saem lâminas com gumes
de raiva e nojo da minha respiração,
friamente afiadas por desgosto
talhante do meu horizonte
adornado com ecos de morte,
que suga todo o sangue da minha alma.

Nos meus olhos
rastejam serpentes que envenenam
minhas lágrimas de pedra dura,
demolida pela poeira de ódio
esculpida nos meus suspiros,
baptizados por dor de traição
que enforca o luar sobre o manto da noite
onde as estrelas se transformam em espinhos.

Minha voz mendiga enlameada
num tumulo berço da solidão,
onde a erosão do tempo
assassina as minhas mãos
fedendo à escuridão
estripadora da paixão já morta
pelo gelo carrasco
do amor infiel.

Foto de Manoel Lúcio de Medeiros

A CONQUISTA DA PAZ!

Rondel de: Malume (Manoel Lúcio de Medeiros)
Fortaleza – Ceará – Brasil – 21/02/2009 – 11h10min

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A paz que se conquista com amor,
Acaba o amargor que o peito sente!
Mas quando não existe um agressor,
A vida reina em todo ambiente!

O ódio sempre é avassalador,
E deixa a mente do homem doente,
A paz que se conquista com amor,
Acaba o amargor que o peito sente,

Vamos ser da paz um condutor,
Amar e defender todo carente,
Deixar o preconceito impostor!
Cantar ao mundo quanto é excelente,
A paz que se conquista com amor!
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Poeta Malume
Direitos autorais reservados.

Foto de fernando gromiko

ERA UMA VEZ...

Era uma vez um sonhador
Que sonhava sonhar
Alguém que acreditava nas pessoas
E não tinha ódio para odiar

Era uma vez um sonhador
Que era pura pureza
Era uma vez um sonhador
Que respeitava a natureza

Era uma vez este sonhador
Crescendo, desenvolvendo e aprendendo
Era uma vez um sonhador...
Que aos poucos foi se perdendo

Era uma vez um sonho
Sonho este de um sonhador
Que retratava a tragédia
E não falava de amor

Era uma vez uma criança
Era uma vez um sonhador...
Hoje resta só a lembrança
De um sonho de um sonhador

Era uma vez um inocente
Que sonhava ser tratado como tal
Mas foi condenado friamente
E crucificado a uma cruz de pau

Era uma vez um sonhador
Sonhado um mundo de paz
Era uma vez um sonhador
Que teve apenas um sonho mais...

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