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Foto de Eduardo Braune

O PERFEITO

O perfeito sofre,

Porque ainda quer ser perfeito,

Em meio a uma imperfeição,

Que se acha absolutamente perfeita e imperfeita.(ao mesmo tempo)

O perfeito chora,

Pois não admite ser imperfeito,

E busca em vão a perfeição,

Mas perfeito "tenta" ser perfeito,

Pois ainda se acha imperfeito,

E é cobrado pra ser perfeito,

Pelos imperfeitos que se acham perfeitos,

E estes impõem sua perfeição,

que não é perfeita.

Estes imperfeitos,

Que se acham perfeitos,

Criam ferramentas perfeitas,

Que são imperfeitas,

Para se obter uma perfeição,

Que não pode ser obtida.

Pois nada é absolutamente perfeito.

O perfeito vive em meio,

A incompletude da imperfeição,

Que oras é perfeita,

Mas que segundos depois,

É imperfeita.

O perfeito de hoje vive na insegurança,

Pois o perfeito de amanhã.

Não será ele.

E perfeito de depois de amanhã,

Não será nenhum dos dois.

O perfeito se dissipa,

Entre as novidades perfeitas de hoje,

E as promessas da perfeição do amanhã,

Que não serão perfeitas.

Serão apenas,

Mais passos em busca,

Da superação de uma imperfeição,

Que nunca deixará de ser,

Imperfeita.

Ainda bem,

Pois se tudo fosse perfeito,

Não teríamos mais o que fazer,

Viveríamos sem os desafios da imperfeição.

E que graça teria a vida?

Sem a nossa idiota idéia,

De incansavelmente buscar

Uma perfeição absoluta,

Em meio a uma imperfeição infinita.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"VOLTEI COM O VENTO"

***
****
***
****

O vento sopra para várias direções.
Em uma dessas direções
O vento me levou.
Assim como me trouxe de volta,
A casa que sempre me acolheu.
Não é que eu tenha escolhido ir.
Mas o destino se fez presente.
E não pude vencê-lo.
Levou-me para mais um desafio.
O desafio foi vencido e conquistado.
E La do outro lado senti, saudades.
E a saudade me trouxe o vento.
O vento me trouxe de volta.
Hoje eu voltei!
Com o coração aberto e mais maduro.
Pronta para enfrentar novos convites
Vindo com o vento.
Mas não se preocupe se eu for.
Porque sempre estarei de volta.
Assim como vento vai e volta;
Eu também vou!
Levando lembranças.
E trazendo novidades.

A FLOR DE LIS *_*

Foto de CarmenCecilia

QUANDO ME OLHO NO ESPELHO...

Quando me olho no espelho...

Quando me olho no espelho...
Aconselho-me...
Investigo sem disfarce
Uma rusga de apreensão
Uma ruga... Um sulco...
Esculpindo minha face...
Às vezes olhos brilhantes
Outras vezes, lágrimas no semblante.
Lavo o rosto.
Um novo dia
Tira todo o desgosto.
E apostos.
Espero por novidades.
Coloridas...
Bem vindas.
Um beijo...
Um desejo...
Um encontro...
Mistérios...
Mescla de sensações
E quando volto para o espelho
A água lava o dia...
No meu rosto...
Mais uma indefectível marca...
Mais uma experiência...
Somatória de vivencias...
Que mapeiam minha trajetória
Cada travessia... Cada história
Digitalizando o expressar.
Margeando minha alma...
Um rosto em milhões de rostos compostos.
Incrivelmente único. Incrivelmente impar...
Nada pode se comparar...
Nesse mar de rostos...
Que se prepara para mais um dia começar...

Carmen Cecília
14/10/2009

Foto de Raquel Machado

" Há tempo para todas as coisas"

A vida é cheia de surpresas e mistérios.
Pensando, sei que no mundo onde vivemos é cheio de coisas que podem ser inexplicáveis e explicadas naturalmente. Pensei nos momentos, nos momentos que cada ser humano vive. Há momentos felizes, tristes, de grande tensão, de surpresas e muito mais.
Neste momento á pessoas felizes, tristes. Nascendo e morrendo. Pessoas chorando outras rindo, pessoas reunidas com amigos outras sem amigos, pessoas reunidas com familiares outros sem família.
Agora tem pessoas se reencontrando, a alegria toma conta. Eles se abraçam, choram ou até gritam de tanta felicidade. O sentimento que as pessoas sentem é algo maravilhoso, uma coisa que gostaríamos de ter toda hora. Clima gostoso, momentos marcantes e felizes.
Temos pessoas com a família reunida, se confraternizando, sorrindo. Contando novidades, os primos brincam de futebol ou vídeo – game, os tios brincam junto, as primas brincam de casinha e as crescidas sabe-se lá. Gente para lá e para cá, comendo,conversando... O momento da família que tem um bom relacionamento é único e maravilhoso. O sorriso estampado nos rostos das pessoas é uma coisa que me faz pensar muito, o cérebro transmitindo alegria e paz. Ô coisa boa!
As pessoas podem estar tristes também. Pessoas que perderam esposas ou maridos, filho(s) ou filha(s), entes queridos ou amigos. Momentos que queremos que nunca se repita. Uma dor que toma conta de nós, um vazio inexplicável e a vontade intensa de voltar no passado e vive-lo novamente com a pessoa. Você vê a família toda reunida para estarem juntos em um momento tão difícil. Ver os seus amados chorando é uma dor inexplicável. Vivi isso e sei que nunca quero passar por isso novamente, mas sei que terei que passar por muitos ainda e me preparo para isso. Pois assim é a vida e temos que vive-la.
As pessoas lá fora, no mundo, são estranhas para nós, mas para outras são normais. O povo ama e o povo odeia também. O mundo vive de forma extraordinária e leva-nos a viver assim também. O ser humano quer viver cada segundo cada dia, para que quando chegar o fim e possa dizer, eu vivi. Sabendo que o fim está próximo ele faz tudo e esquece-se de agradecer a Deus por que foi Ele que cuidou de cada passo que nós demos, e quando chega ao fim sabemos que estaremos perto de um novo começo, ruim ou maravilhoso. Viver cada segundo cada momento é importantíssimo. Independentemente de qual seja o momento, sabemos que ele passa. Os alegres queremos vive-lo para sempre e até evitamos de pensar no futuro, pois ele já terá acabado e quando pensamos ficamos até tristes mas vivemos ele. Os tristes queremos que passe logo, e quando estamos nele já pensamos no futuro ao qual estaremos melhores e prontos para conseguir viver um novo momento.
Os momentos são assim, previsíveis ou imprevisíveis, mas queremos vive-los pois sem eles não viveremos, por que a nossa vida é feita de momentos. Vivemos cada momento pois ele passa, deixando rastros, bons ou ruins, mas, ele é o momento.

Foto de André Lajunza

Velhos companheiros

Velhos companheiros

Hoje nem sei porque me lembrei do passado
E, me bateu dentro peito uma saudade.
Daqueles nossos tempos lá na faculdade
E da taberna que ficava bem ao lado.

Em que, as Sextas-feiras, após o sinal dado,
Nós íamos para sabermos das novidades,
Se já havia chegado por lá novas beldades
E em caso positivo, gastávamos dobrado.

Que belos e bons tempos foram aqueles.
E hoje casualmente me lembrei deles
E de vós amigos, que nunca mais os vi.

Certamente todos vós já estão formados
E provavelmente estarão também casados:
- Velhos companheiros: Eu não vos esqueci !...

Foto de André Lajunza

Companheiros

Velhos companheiros

Hoje nem sei porque me lembrei do passado
E, me bateu dentro peito uma saudade.
Daqueles nossos tempos lá na faculdade
E da taberna que ficava bem ao lado.

Em que, as Sextas-feiras, após o sinal dado,
Nós íamos para sabermos das novidades,
Se já havia chegado por lá novas beldades
E em caso positivo, gastávamos dobrado.

Que belos e bons tempos foram aqueles.
E hoje casualmente me lembrei deles
E de vós amigos, que nunca mais os vi.

Certamente todos vós já estão formados
E provavelmente estarão também casados:
- Velhos companheiros: Eu não vos esqueci !...

Foto de Raquel Machado

" Há tempo para todas as coisas"

A vida é cheia de surpresas e mistérios.
Pensando, sei que no mundo onde vivemos é cheio de coisas que podem ser inexplicáveis e explicadas naturalmente. Pensei nos momentos, nos momentos que cada ser humano vive. Há momentos felizes, tristes, de grande tensão, de surpresas e muito mais.
Neste momento á pessoas felizes, tristes. Nascendo e morrendo. Pessoas chorando outras rindo, pessoas reunidas com amigos outras sem amigos, pessoas reunidas com familiares outros sem família.
Agora tem pessoas se reencontrando, a alegria toma conta. Eles se abraçam, choram ou até gritam de tanta felicidade. O sentimento que as pessoas sentem é algo maravilhoso, uma coisa que gostaríamos de ter toda hora. Clima gostoso, momentos marcantes e felizes.
Temos pessoas com a família reunida, se confraternizando, sorrindo. Contando novidades, os primos brincam de futebol ou vídeo – game, os tios brincam junto, as primas brincam de casinha e as crescidas sabe-se lá. Gente para lá e para cá, comendo,conversando... O momento da família que tem um bom relacionamento é único e maravilhoso. O sorriso estampado nos rostos das pessoas é uma coisa que me faz pensar muito, o cérebro transmitindo alegria e paz. Ô coisa boa!
As pessoas podem estar tristes também. Pessoas que perderam esposas ou maridos, filho(s) ou filha(s), entes queridos ou amigos. Momentos que queremos que nunca se repita. Uma dor que toma conta de nós, um vazio inexplicável e a vontade intensa de voltar no passado e vive-lo novamente com a pessoa. Você vê a família toda reunida para estarem juntos em um momento tão difícil. Ver os seus amados chorando é uma dor inexplicável. Vivi isso e sei que nunca quero passar por isso novamente, mas sei que terei que passar por muitos ainda e me preparo para isso. Pois assim é a vida e temos que vive-la.
As pessoas lá fora, no mundo, são estranhas para nós, mas para outras são normais. O povo ama e o povo odeia também. O mundo vive de forma extraordinária e leva-nos a viver assim também. O ser humano quer viver cada segundo cada dia, para que quando chegar o fim e possa dizer, eu vivi. Sabendo que o fim está próximo ele faz tudo e esquece-se de agradecer a Deus por que foi Ele que cuidou de cada passo que nós demos, e quando chega ao fim sabemos que estaremos perto de um novo começo, ruim ou maravilhoso. Viver cada segundo cada momento é importantíssimo. Independentemente de qual seja o momento, sabemos que ele passa. Os alegres queremos vive-lo para sempre e até evitamos de pensar no futuro, pois ele já terá acabado e quando pensamos ficamos até tristes mas vivemos ele. Os tristes queremos que passe logo, e quando estamos nele já pensamos no futuro ao qual estaremos melhores e prontos para conseguir viver um novo momento.
Os momentos são assim, previsíveis ou imprevisíveis, mas queremos vive-los pois sem eles não viveremos, por que a nossa vida é feita de momentos. Vivemos cada momento pois ele passa, deixando rastros, bons ou ruins, mas, ele é o momento.

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de DAVI CARTES ALVES

LITERATURA fragmentos d'ouro

“ Ler é desequilibrar-se, é fazer do desequilíbrio, uma espécie de dança...
A vida não é como ela é, mas simplesmente como nós a vivemos.”

Jose Castello – Escritor e Jornalista

“Eu sei que um poema é bom, pela extensão do silêncio de quem o lê”

Fabrício Carpinejar - Poeta

“ Se o tempo provoca o esquecimento, o poema seria a arte da memória, e cita Ossip Mandelstam, que acredita que os cantos de Dante, são dirigidos a contemporaneidade, pois “ são mísseis para capturar o futuro”

Lúcia Bettencourt – Rascunho

“ A morte é o silêncio privado do olhar ”

Luiz Horácio - Rascunho

“ ... ele escreveu A Estepe, um conto aromático, leve e tão russo em sua melancolia contemplativa. Um conto para si mesmo.”

“ A douradura gastar-se-á, e o couro de porco permanecerá.”

Máximo Gorki - Escritor Russo

“ A fábula é uma pintura, onde podemos encontrar o nosso próprio retrato”

La Fontaine - Escritor Francês

“... Porém o que é preciso notar é que a chamada sociedade da informação acabou gerando uma falsa onipotência, em relação aos domínios dos vastos territórios do saber. Se por um lado, passamos a conviver com um amplo espectro de novidades de toda ordem, que convocam todos os sentidos, no universo da espetacularização bem descrito por Guy Debord, por outro, é como se o excesso de luzes do grande show ofuscasse nossa capacidade de discernimento e de escolha. Daí porque Fuentes, acertadamente, evoca Baudrillard, ao acusar que essa “ explosão de informação” corresponde a uma inevitável “ implosão do significado”.

Maria Célia Martinari -

Em resenha para o Rascunho de: Geografia do Romance - Carlos Fuentes - Escritor Mexicano

“ Noventa por cento do que escrevo é invenção,
o resto é mentira”

“ Quando as rãs falam com as pedras, e as aves falam com as flores:
é de poesia que estão falando.”
Manoel de Barros

“ Aprendi com a primavera a me deixar cortar, e a voltar sempre inteira”

“ Sou entre flor e nuvem,
Por quê havemos de ser, unicamente humanos? ”

Cecília Meireles

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Barzissima

Felizzzz!!!!

Curitiba, 20 de março de 2009.

Tantas novidades que este querido blog ainda não sabe... Eu falei com meu amor!!!!! Eêeeeeeeee!!!! Esse é o motivo dessa minha alegria, que irradia como a luz do sol... estou feliz em parte (porque a outra parte ainda tem coisas a resolver...) porque finalmente depois de anos, consegui falar com você pelo telefone... Isso faz 1 mês mais ou menos, e a sensação de ouvir sua voz de novo, foi única e me trouxe de volta uma felicidade que eu achava que não existia mais.... Eu já havia dito que não sabia qual seria minha reação ao falar com você... talvez eu me desinteressasse, sei lá, mas que nada... Ao contrario... não vejo a hora de te ver pessoalmente, de ver seu sorriso, que só de ouvir ao telefone já me faz um bem danado... Você é a coisa mais linda que existe sabia?...você tem a capacidade de me fazer sorrir, de me fazer feliz, só com o simples fato de perguntar como foi meu fim de semana, de falar comigo sorrindo...
E outra coisa: eu estava certa sim... eu amo você de verdade... e você tembém demonstrou algo parecido, não me disse ainda isso, mas disse que também tem algo enrolado comigo... Espero te ver na proxima semana, para ficar ainda mais Feliz... Eu te amo amor, você me faz bem, repito, só pelo fato de você existir.... " você nasceu pra mim, eu nasci pra você, e é sempre assim que deve ser..."

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