Natureza

Foto de Carmen Lúcia

Coisas que não têm preço...

Tantas coisas bonitas nos rondam,
belezas que nos confrontam,
passeiam sob nossos olhos
que se fecham distraídos
aos verdadeiros valores da vida
olhando mais além,
querendo sempre mais,
desprezando o aquém,
verdades que à alma convêm...

Coisas simples, sem etiquetas,
sem preços ou marcas de grife,
que marcam todo o tempo
em que durem as lembranças
da grande emoção vivida,
da paixão intensamente sentida,
do sorriso escancarado,
do simples gesto de agrado.

Um beijo, um abraço, um afago,
uma palavra de alento,
rimas sopradas ao vento,
colhidas, plantadas em versos
gravadas na alma do artista...
As cores da primavera
indecifrável e imprevista riqueza
que não tem etiqueta nem preço,
presente da natureza...

A canção da brisa que passa e inebria,
a espontaneidade sincera de uma criança
que corre a sorrir trazendo alegria,
a felicidade batendo à porta,
o sol entrando pela sua fresta
realçando a vida em grande festa,
luxo que não tem preço ou marca
e que o tempo jamais apaga,
que nos é dado gratuitamente
sem nunca perder a validade.

_Carmen Lúcia_

Foto de jessebarbosadeoliveira27

Á PROCURA DO TESOURO DA ALEGRIA

Melros, marfins, motos,
Mares, moços, magos e moçoilas:
Os olhos observam o gozo
De se viajar á toa.

Pérolas, pernas, pedras,
Passos, passados, pastos,
Patos, planaltos, pessoas:
A imaginação --- quando
É libérrimo pássaro ---
Velozmente voa.

Córregos, carroças,
Canduras, camelos,
Canções, concertos:
Ouve-se --- em silêncio ---
O inerme som do relógio batendo.

Água, assanhaço,
Ábaco, âmago:
Beleza é vê a natureza
Soberanamente reinando.

Marisa, Maysa,
Maria Rita, Mariana Aydar:
A vossa voz e música
Regozijam-me, cintilam-me o ar!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Paulo Gondim

Difícil conteúdo

DIFÍCIL CONTEÚDO
Paulo Gondim
02/07/2010

Rondo por ruas, bares e museus
E vejo sempre natureza morta
Pessoas ausentes, amorfas
Distantes, na sua solidão
Escondidas no ego, fechadas
Incomunicáveis, te tudo caladas

Percebo que o falar caiu de moda
Pessoas se juntam de forma separada
O calor humano virou fobia
Ninguém se arrisca e tudo mofa
Nessa estranha filosofia

O que vale é o ter.
Embora pouco valha
O que se acumula não se espalha
E muitos se prendem ao mutismo
Escapa, talvez, um monossílabo
Como expressão única do ser
Quanto vazio, quanto dissabor
E é assim que morre o amor.

Foto de Jeronimo Serra

Conto de Fadas

Continuei minha jornada,
Qual cavaleiro, procurando a donzela amada,
Procurei e procurei... A natureza é minha testemunha,
Mas apenas encontrei, sinal de coisa nenhuma...

Pelo horizonte das memorias, te procurei,
Por entre o vale de alegrias e tristezas,
Nadei no rio de lágrimas que chorei,
Lavei-me de todas as impurezas.

Perguntei por ti aos pássaros e ao vento,
Um sinal de ti, era o que desejava...
Procurava por algum alento,
Mas, os pássaros nada me diziam... e o vento apenas soprava...

Quando finalmente te consegui encontrar,
A alegria de ver a mulher amada... Depressa a perdi,
Disseste-me que já não era o teu cavaleiro,
E que não devia ter procurado por ti!

Voltar a perder-te, depois de te ter encontrado,
Não me parecia bem, senti-me amaldiçoado...
Quando finalmente me consegui encontrar,
Pensei... E porque não voltar a tentar...

Foto de Joaninhavoa

Por amor! Vos embalo assim...

*
Por amor! Vos embalo assim...
*

Estes são os verdes de que vos falo
na imensidão do imaginário
A vista alcança sem cauda no sombrio
sem penumbras e sem pranto

A vida a renascer na manhã clara
com a natureza a despontar
Capim e troncos d`árvores a sustentar
folhas sagradas, verdes, Ida oya

Tradescantia spathacea, espada
de lansã! Akoko, folha de newboudia
Gervão, primeira folha

Cânticos para cada folha, Sasanha
Ewé Orò, Kosi ewe, Kosi Orixa
Ofó! Axé! Ossaim!

Vos embalo assim...

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/07/2010

Foto de Jeronimo Serra

Conto de Fadas

Continuei minha jornada,
Qual cavaleiro, procurando a donzela amada,
Procurei e procurei... A natureza é minha testemunha,
Mas apenas encontrei, sinal de coisa nenhuma...

Pelo horizonte das memorias, te procurei,
Por entre o vale de alegrias e tristezas,
Nadei no rio de lágrimas que chorei,
Lavei-me de todas as impurezas.

Perguntei por ti aos passaros e ao vento,
Um sinal de ti, era o que desejava...
Procurava por algum alento,
Mas, os passaros nada me diziam... e o vento apenas soprava...

Quando finalmente te consegui encontrar,
A alegria de ver a mulher amada... Depressa a perdi,
Disseste-me que já não era o teu cavaleiro,
E que não devia ter procurado por ti!

Voltar a perder-te, depois de te ter encontrado,
Não me parecia bem, senti-me amaldiçoado...
Quando finalmente me consegui encontrar,
Pensei... E porque não voltar a tentar...

Foto de Manu Hawk

Lançamento Livro "Haicais Eróticos por Manu Hawk"

Desde 2002 que passei a adorar e escrever haicais em geral. Mesmo sabendo que o haicai original, de origem japonesa, fala sobre a natureza, arrisquei e me dediquei a compor em especial os haicais eróticos. Em buscas pela net na época, vi que não era a única, encontrei até mesmo em outros países, composições de haicais sobre o erotismo, e isso me deu força a levar adiante.

Haicai é foto, haicai é momento, haicai é emoção! Adicionando uma boa dose de erotismo, haicai também é desejo, paixão, tesão!

É com alegria que deixo pra vocês o vídeo que fiz para divulgar o lançamento do meu primeiro livro: "Haicais Eróticos".

Para adquirir o livro, acesse:
http://clubedeautores.com.br/book/18878--Haicais_Eroticos

Foto de Carmen Lúcia

O que resta...

O que resta de mim é você
refletido no brilho dos cristais,
na simplicidade da natureza,
na complexidade dos fractais
que guardo no sagrado de meu ser
onde só eu posso sentir e ver...

O que resta de mim acha-se em você...
Nos acordes de sua melodia
a me despertar todos os dias
ainda que não esteja aqui...
No mar de seus olhos azuis,
timoneiros de minha embarcação
a me levar em sua direção,
onde já nem sei o que é real
ou fruto da imaginação...

O que resta de mim somos nós
que mesmo estando sós
nunca estaremos sós...
Sua alma pressente
a minha presente
numa comunhão do bem maior.
Nada é tão onipotente
como a dimensão do amor que nos uniu
vinculada na imensa saudade
que ficou quando você partiu.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

ABELHA RAINHA

Se do amor eu sinto o doce gosto
é porque sua boca beija a minha
e se de mel e pólen ele é composto
eu sou sua ardente abelha rainha

Envolvo-lhe em meu vôo nupcial
seduzo-lhe... e feliz me fecunda
alimento-me da sua geléia real
mas posso causar ferida profunda

Eu sou abelha livre e guardo defesas
você é ciumento... zangão por natureza
não ouse me iludir com falsas delicadezas
Sou feroz, sagaz, impulsiva e cheia de ardilezas

Sou fêmea incendiada e vitaminada
Sou soberana, inflexível e determinada
Posso ser sua eterna namorada...

Mas se sair dos trilhos... perder a linha
e me trair com outra açucarada abelhinha
Elimino-lhe com uma só ferroada.

Sou abelha rainha, impetuosa e apaixonada!

Carmen Vervloet

Foto de carlos loures

Te enxergo

Ao sentar no alto da montanha
E apreciar a beleza da obra do criador
Tenho uma sensação estranha
Olho a natureza e enxergo meu amor

Mais como posso olhar para a mata e enxergar seus olhos
Se seus olhos não são verdes
Como posso olhar para o seu e enxergar seus olhos
Se seus olhos também não são azuis

Seus olhos tem a cor da saudade
Mais será que saudade tem cor
Talvez seus olhos sejam da cor do meu amor
Um amor de verdade

Daqui também eu vejo a cachoeira
E enxergo o sorriso de menina faceira
Que tantas vezes me alegrou
E minha boca beijou

Assim como a natureza
Agora sei com certeza
Tu és a mulher mais linda que Deus criou

carlos loures
02/07/10

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