Música

Foto de Joaninhavoa

RITUAL MUSICAL

***
**
*

É pela noite dentro que o sentir se faz refulgente
Desantam-se os nós dos duros tormentos
E ouço tua voz quente e ardente presente
Com mãos de amor desenhas em delírios

A nascente da fonte d`águas de sangue
O ritual da música no sonho sonhado
Disciplina cativa que tu me tens dado
D`viver a teu lado o dia que chegue

Lira cordial elixir sons dos amantes
Emite fragmentos completos repletos
Expressão sublime de energia

Espiritual! Paixão, profunda expressão
Para lá do infinito, para lá do sensual
Um Beethoven, num apogeu de génio

D`espírito musical…

JoaninhaVoa, In “O Meu Amor”
(29 de Junho de 2008)

Foto de Sirlei Passolongo

OPINE POR FAVOR! ISSO É CORRETO?

MÚSICA DE ROBERTO CARLOS

leiam os textos abaixo e me digam, isso está correto?
alguém escrever sobre o que vc escreve, ou melhor em cima do que vc escreve?

sonho Lindo
Tânia Mara
Composição: Roberto Carlos

Sonho lindo que se foi
Esperança que esqueci
Foi por medo de perder
Que eu perdi...

Tanto eu tinha prá dizer
Tanta coisa eu calei
Foi por medo de sofrer
Que sofri...

Foi pensando em me guardar
E querendo não querer
Me dizendo prá esquecer
Foi pensando só em mim
Que eu pensei só em você...

Foi tentando me afastar
Foi negando o meu amor
Foi por não querer amar
Que eu amei
Você!...

Foi pensando em me guardar
E querendo não querer
Me dizendo prá esquecer
Foi pensando só em mim
Que eu pensei só em você...

Foi tentando me afastar
Foi negando o meu amor
Foi por não querer amar
Que eu amei
Você!...

......................

Perdida ...

Foi tentando me afastar,
Foi negando o meu amor,
Que eu passei a te amar,
A te amar com mais ardor...

Foi tentando fugir,
Foi me escondendo,
Dos olhos teus...
Que eu passei a sorrir,
Sonhando acordada,
Com seus lábios nos meus.

Foi tentando te esquecer,
Foi sofrendo sem razão,
Que descobri em você,
A mais louca paixão...

Foi tentando entender,
Foi fugindo sem saber,
Que percebi que só me acharia,
Se me perdesse por você...

((Valquíria Cordeiro))
....................................
O Homem Que Me Inspira

O homem
que me inspira
Lê o poema
que há em mim
Decifra
meus desejos e
mistérios
Num olhar...
Me tira do sério.

Conhece cada verso
Que há em minha alma
Cada reticência...
Sabe das vírgulas
que calam em minha
essência.

O homem
que me inspira
Lê o poema
que há em meu
corpo
pode desenhar
à distância os traços
do meu rosto
Conhece
cada ponto
Que leva ao meu
sorriso... É pra ele
cada verso que poetizo.

(Sirlei L. Passolongo)

O Homem eleito.

O homem que me fascina,
É sensível ao poema a poesia,
Ele se renova a cada dia,
Lê a essência que há em mim...

O homem que me fascina,
Olha nos meus olhos,
E entende minha agonia,
Minha dor...
E sem mensuras me fala de amor.

O homem que me fascina,
Ampara-me na minha tristeza,
E na minha inquietude me domina,
Diz palavras sinceras,
Fala dos meus acertos e erros,
Com frases abertas.

O homem que me fascina,
Chega e me toma como mulher,
Mas sabe entender meu lado menina,
Meu lado frágil,
Meu lado forte,
Sabe ver que sou sensível,
Mas que posso ser tudo que quiser.

O homem que me fascina,
Não é perfeito.
É apenas o homem eleito...
Ao meu amor de mulher.
(Valquíria Cordeiro)

Foto de Manu Hawk

Via-Láctea (Conto)

Ouvir que nos imaginou juntos, me fez viajar, deu asas à imaginação. Transportei-me para um local só nosso, cabível somente na sua e na minha imaginação. A princípio não vi nada, só você, deitado, lindamente nu, cabelos espalhados, perfume no ar, boca apetitosa, perfeita, sorriso maravilhoso. Levitei...
Estava no ar, sobre você, luzes irradiavam, música envolvia, aroma entontecia, e seus olhos chamavam. Como um raio encontraram os meus, paralisaram, entraram na alma, penetraram em todo meu ser, e como mil tentáculos me envolveram, puxaram, deliciosamente aterrissei em você.
Olhos nos olhos, mel e mar se chocando, queimando, lábios se procurando, línguas se encontrando, mãos se entrelaçando, apertando, corpos colando, roçando, suando, procurando um eixo, encaixamos. Tudo girou, voávamos juntos, corpos em sintonia, movimentos coordenados e maravilhosamente descontrolados, brilho no ar... Fusão! Cada centímetro de corpo e alma sendo explorado ao máximo, satisfazer os desejos era avassaladoramente apaixonante. Respiração ofegante, fadiga, abraço, serenamente aninhamos.
Só agora abri os olhos e vi que estávamos no meio do caminho, aquele caminho que nos separa, e para onde corremos quando queremos nos encontrar...em outros corpos, mas dentro da nossa imaginação.

(por Manu Hawk - 28/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Dirceu Marcelino

O ENCANTO PREVALECEU SOBRE A CERIMÔNIA DO CASÓRIO - IV EVENTO LITERÁRIO DE 2008 "É com nóis mesmo cumpadé"

COMO TE VEMOS?

Vejo – te como uma Musa.
Uma mulher deslumbrante.
Com cabelos castanhos bem cuidados,
Cheirosos e mui brilhantes.

Com um olhar profundo, meigo e singelo,
Mas, penetrante.

Olhar que percorre nossa alma e se aprofunda,
Retirando lá do fundas lembranças adormecidas.

Lembranças profundas.

Como a música expressada de uma voz maravilhosa,
Como de uma flauta que encanta.
Do som que se emana e se espraia
Ao longe, nos vales e nos montes
Das Minas Gerais.

Ou no eco da harpa que vibra na alma.
Tilinta lá no profundo inconsciente
E aflora nos olhos, nas lágrimas

No sorriso do velho,

Do homem,

Do jovem e

Do menino.

De ti MULHER.

NOIVA DE SAPATINHOS DE CRISTAL

Poetas vocês chegaram à hora esperada
Por diversos caminhos, simuladamente,
Chegaram ao pé da montanha encantada
Todos felizes e com sorrisos radiantes

Vejam atrás desse morro passaram boiadas
Vieram de trem, a pé, mas estão contentes,
Pois de alguma forma encontram a entrada
Agora irão galgar os degraus e crentes

Estão de que chegaram ao fim da jornada,
Algo que almejamos e aí quem o desmente
Embora saibamos que é fruto d’uma sonhada

Noite de devaneios e encantos da mente
Consciente que vê no imaginário a amada
Noiva de sapatinhos de cristal somente...

(Dirceu Marcelino, 24 de junho de 2008 )

Foto de Dirceu Marcelino

O ENCANTO PREVALECEU SOBRE A CERIMÔNIA - III EVENTO LITERÁRIO DE 2008 - DIA DOS NAMORADOS - Hom. à FERNANDA QUEIRÓZ

COMO TE VEMOS?

Vejo – te como uma Musa.
Uma mulher deslumbrante.
Com cabelos castanhos bem cuidados,
Cheirosos e mui brilhantes.

Com um olhar profundo, meigo e singelo,
Mas, penetrante.

Olhar que percorre nossa alma e se aprofunda,
Retirando lá do fundas lembranças adormecidas.

Lembranças profundas.

Como a música expressada de uma voz maravilhosa,
Como de uma flauta que encanta.
Do som que se emana e se espraia
Ao longe, nos vales e nos montes
Das Minas Gerais.

Ou no eco da harpa que vibra na alma.
Tilinta lá no profundo inconsciente
E aflora nos olhos, nas lágrimas

No sorriso do velho,

Do homem,

Do jovem e

Do menino.

De ti MULHER.

NOIVA DE SAPATINHOS DE CRISTAL

Poetas vocês chegaram à hora esperada
Por diversos caminhos, simuladamente,
Chegaram ao pé da montanha encantada
Todos felizes e com sorrisos radiantes

Vejam atrás desse morro passaram boiadas
Vieram de trem, a pé, mas estão contentes,
Pois de alguma forma encontram a entrada
Agora irão galgar os degraus e crentes

Estão de que chegaram ao fim da jornada,
Algo que almejamos e aí quem o desmente
Embora saibamos que é fruto d’uma sonhada

Noite de devaneios e encantos da mente
Consciente que vê no imaginário a amada
Noiva de sapatinhos de cristal somente...

(Dirceu Marcelino, 24 de junho de 2008 )

Foto de CarmenCecilia

Receita de Amor - Vídeo poema

Poesia - Duo: Salomé & Hilde

Edição e Arte: Carmen Cecilia

Música: Rencontre

Receita de Amor

Sopro do vento em meu pescoço
Na mais suave carícia do pecado
Assopro sussurando meu nome...
Pecado tremendo que não some

Finjo que estou adormecido...

Cansado, desgostoso e sofrido
Só para estar em ti aconchegado
Para ver bem quieto o sol nascer
Na luz mais pura do amanhecer

Tentando esquecer sem querer...

Querendo escapar sem o poder,
Insinuação de um beijo que ama
Sensação da mais bela carícia...

Ah! Amada... tentação do pecado

És a um só tempo o meu templo
Alcova que respiro o ar sagrado
Do presente, futuro e do passado

Ah! esse veneno que contamina

Meu sangue e minha alma eterna
Sem controle para os meus atos,
Sem perceber que em ti me perdi

Não se perdestes... ávida doçura!

Tão plenas és de ternuras
Não tenhas medo, nem segredo
Que estou e estarei ao teu lado

Você é a minha prioridade!

Doce veneno, me atando ao teu ser
Leve e avassalador... me ancorando
No pleno extremo de qualquer limite

Sem fronteiras... nem um só abrigo

Anseio ser feliz de verdade
Só luto e reluto a favor do amor
Me cura desta amargurante doença
Com tua inebriante presença

Que só você me preenche...
És o melhor de todos os remédios
Me dê aquele antídoto para controlar

Cada batida e pulsar do meu coração,

Cada pedaço da pele que estremece
Sob o toque delinqüente de tua mão
Que sabe como ninguém doar emoção

Que busco viver desde criança

Fugindo... agarrado a esta esperança
Onde me perco e me encontro
Reviro o avesso dos desencontros

Levanto e estou pronto ao combate...
À procura do teu sublime contato
Da sintonia...empatia...do afeto
Por onde me vejo em acalantos

Sem lágrimas e sem prantos

Ah! amor, me dê o teu eterno veneno,
Me faça tua, simplesmente e somente tua
Hoje, amanhã e para sempre...

Sabe que sou todo teu!

Estarei em ti no simples e no complexo
No beijo e no abraço, em todos espaços
É este o meu ...o teu...o nosso traço

Queres trilhar, trançar... traçar comigo?!

Hoje, amanha e depois...e depois...?!
****************************
Hilde & Salomé somente...e sempre!

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

♥Sonho Lindo Que Se Foi!♥

*
*
*
Video Paulo Ricardo. Música -Sonho Lindo!

Sonho lindo que se foi,
Levando todos meus sonhos,
Levando minhas fantasias.
Você era meu ator principal.
Da minha história.
Agora só tenho na memória.

Meu lindo sonho acabou,
Sonho lindo que virou
Sentimento sofrido,rompido.
Minha história de amor,
Acabou minha, trilha.

Sonho lindo que se foi,
Porque sinto que te perdi.
Te perdi com meu amor.
Com o meu alento.
Sonho, tornou-se sofrimento!

Tive medo de perder-te!
E meu medo foi tão cauteloso.
Que acabei por te perder.
E junto levou meus sonhos.
Sonhos que já não, sei por onde.
Se estacionam....esta vagando.

Sonho lindo que se foi,
Por que eu amei tanto,
porque tanta entrega,
Porque o medo da perda,
Acabei perdendo,e agora sofrendo.

Hoje busco,choro pelo amor cauteloso.
Sonho lindo que se foi, junto levou minha razão.!
Quantas fantasias tínhamos para realizar.
Sonho lindo se pós à acabar.
E meu anestesiado coração te pedi pra voltar.
Precisei te perder...para te conhecer.
E reconhecer que sem você não sei viver.
Sonho lindo que se foi.

Anna *-* A FLOR DE LIS.
Manter a autoria do poema.

Foto de CarmenCecilia

III Evento Literário de 2008 - Dia dos Namorados

VÍDEO POEMA OUTRA VEZ

POESIA:
CARMEN CECILIA
CARMEN VERVLOET
MARIA GORETI ROCHA

EDIÇÃO E ARTE
CARMEN CECILIA

MÚSICA
COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ (VIOLINO)
AUTORIA: GONZAGUINHA

OUTRA VEZ
Meu amor
Começaria tudo outra vez
Meu amor
Mesmo com todo talvez
Mesmo entre dúvidas ou insensatez
Eu começaria tudo outra vez!
Cuidaria deste amor tão delicado
Para mim pré destinado
Gota de orvalho em pétala de rosa
Frágil como uma flor!
Ensejo da vida...
Na esperança inserida!
Meu amor...
Meu chão... Meu senão
Razão do meu pranto,
Meu canto... Meu desencanto.
Nem sei por que te amo assim!
Talvez esteja nas estrelas escrito
Esse nosso amor tão bonito
Sem principio... Sem fim...
Ah! Você me traz...
Tudo isso e muito mais...
Um não sei quê de jamais...
Somados aos meus ais...
Minha vida sem você não existe!
Meu coração é triste,
Sou dia sem sol!
Sou praia sem mar!
O pranto se faz presente...
Meu corpo todo ressente
A dor que me tortura é angustiante.
Se de mim está distante!
Sofro por não te ter ao meu lado
Nas horas em que mais te desejo...
Você é meu adorado ser amado
O que mais quero é teu beijo!
Teu toque que me mapeia
E me desnorteia
O sussurrar ao ouvido
Palavras de duplo sentido
Mas sei que um dia virá
Não tardará... Muito em breve
Não mais precisaremos nos separar
Nosso amor transporá as barreiras do impossível!
E quando esse dia chegar
Todas as estrelas do céu hão de brilhar
Pois não haverá mais talvez
Somente eu e você outra vez...

Foto de Wilson Madrid

PEDRINHU, TUNICO I JUÃO, AI MEU DEUSO QUI CUNFUSÃO!

IV Evento Literário de 2008 - "É com nóis mesmo, cumpade"

PEDRINHU, TUNICO I JUÃO, AI MEU DEUSO QUI CUNFUSÃO!

* ACRÓSTICO COM A LETRA INTEIRA
* DE PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
* de autoria de Osvaldo Santiago e * Benedito Lacerda

C umadres e cumpadres desti arraiá di iscritô
o ceis num imagina u qui eu vi acontecê
m ais aceitanu u desafiu da Fernanda, vô contá pro ceis vê...

a gora pegui us banquinhus qui é causo cumpridu dimais da conta sô...

f oi fais muito tempus lá pras bandas du sertão di sum paulo
i ncrusive já faiz tantu tempu qui nem mi alembro adondi
l ongi de tantu tempu que inté a minha memória faia
h oji vô tenta contá daquilo que inda mi lembru
a us menus du qui é qui foi us principá...

d exandu di ladu us bra bra brá iniciár
e indu logu pros qui quase qui finarmentis mesmu vô logu contá...

J uão, Tunico e Pedrinhu era tudo muleque i amigus du peitu
o ndi um tava, tava us treis, era tudo muintu unidus
ã ndavam mais juntu qui vagão du mesmu trem
o ndi um ia e lá ia us otros dois tumem...

A mesma cigonha que troce um logo despois troce os otros dois
n asceru tudu no mesmo lugá e viviam no mesmu arraiá
t odus us dia essis mininus tavum juntus à brincá
ô uviam us mesmu cantus dus passarinhus do lugá
n adava peladus nas lagoas e nu rio qui passava por lá
i nventavum brincaderas qui inté us mais veios gostavum di oiá
o s pai delis inté gostavum di vê us seus mininus sempre a si acompanhá...

i nté o seu padri da igreja separava us santinhus pra mor di us abençoá
a té mesmu nu sermão das missa custumava us trêis elogiá...

s i um tinha probrema us otros dois sempre vinha logu ajudá
e lis era tudo comu irmão i era comu si fossi um só coração iguarzim...

c asa di um era iguar a casa dus otros
a cumida das casa delis era comu si fossi dus treis
s ó u sapatu du Tunicu num servia pro Pedrinhu nem pru Juão
a lancha do Tunicu paricia inté a arca di Noé daquela inundação
r isadas Juão e Pedrinhu davum di vê u Tunicu naquela situação...

M ais u Tunicu discontava tudim daquelas tristi gozação
as oreia du Juão era iguarzinha as du avião
s empri qui u Juão falava du sapatão u Tunicu fingia sê aviação...

P edrinhu era magrelu feito um posti di sebu di festa junina
e quandu eli falava du sapatão du Tunicu ele falava do posti pru Pedrinhu
d epois das brincadera tudo acabava bem pruquê era tudu alegria
r isadas e gozação mais us treis amigos era tudu comu irmão
o ndi inté as brincadera era feita cum respeito e inté cum cumprimentação...

f oi u tempu passanu i us meninu foi tudo viranu moçu
u s tempus di brincadera forum viranu tempus di namoração
g íbis, pião, bolinhas di gudi i pipas foram sendu dexadus di ladu
i agora us amigus só atinava em namorá as donzelas daquele lugá
u ma delas de nomi Rosinha era a mais formosa qui tudu mundu queria oiá...

c omu uma rosa vermeia du jardim ela vivia cercada di beja-floris querenu ela bejá
o ndi ela passava os rapaiz batia as caras nus postis di tantu fica oiandu pra tráis
m ais ela num si vexava i pra todus sorria e inté se divertia di tanta trapaiação...

a Rosinha era fia do Seu Juão qui era u maridu da Dona Creuzinha da Conceição...

n unca tinha namoradu ninguém i já ia compretá quinze niversárius
o Tunicu iscreveu um bilhetinhu i si decrarô pretendenti du seu amor
i u Juão i u Pedrinhu tubém iscrivinharu qui quiriam aquele mesmu violão
v eja oceis qui situação: cum tanta sobranu us treis querenu u mesmu coração
a vida é muintu isquisita depois di tanta amizadi os treis nessa cumpricação...

N um sabenu u qui fazê a Rosinha dicidiu: vô namora u mais românticu dus treis
a queli qui escrevinhá meior as coisa pra mi agrada i u meu coração conquistá...

h istória iguar a esta eu to pra vê iguar in quarqué lugá desti azur praneta
o amor di uma formosa donzela ser disputadu num duelu di lápis i caneta
r imandu paixão i coração numa disputa di irmão numa loca emoção
a chu qui issu até feiz us treis de repenti virá inté mesmu quasi poeta...

d icididu a arma du duelo chegô a hora das disputa daquela prenda especiar
e foi um tar di rabisca pra lá i pra cá qui nunca si viu naquele lugá...

i u Tunico
r abiscô anssim:

P rincesinha Rosinha:
r ainha eu vô fazê de ocê
o meu coração ti dô di presenti...

a minha vida eu dô tudinha pro cê
l avu inté us teus pé
t rabaiu inté di dumingo
a rrumo us pratus i as cuié
r egu as frôres du teu jardim...

A ceita eu amô meu, ocê é meu querubim...

f oi dificir, mais u Juão iscrivinhou tumem:
o cê Rosinha é uma fror
g anhei calo nus pensamentu di tantu pensá em ocê
u ma veiz sonhei com nóis dois casanu
e uma penca di fio crianu
i ncrusive tudo cum nomis de flor
r egistradus nu cartóriu du Dotor Philomeno
a cordei suadu di tanta emoção qui inté duia u coração...

e u seio qui num sei iscrevê Rosinha
s ô um pobre lavradô
t udim u qui eu seio na vidinha minha
á gora confessu meu anjim: Ocê é u meu amô...

q uasi qui a Rosinha dismaiô só di lê essas coisa
u ma minina qui nunca tinha recebidu mimus iguar a essis
e la nem sabia qui rumo tomá na vida
i ainda fartava us rabiscus du Pedrinhu
m ais ela já tava mais perdida qui piru dispois da cachaça
a quilu era muintu cumpricadu pra tadinha
n um sabia dizê não pra tanta e tamanha elogiação
d izia pras amigas: Ai meu Deuso! Qui tamanha cunfusão
o Tunicu i u Juão inté bagunçaru u meu coração...

e intão veio u Pedrinhu i botô fogu na foguera da situação:

u ma fror iguar a tu ieu nunca oiei im jardim ninhum
m ais formosuda i tão bela qui meu coração faiz tum tum

b ela Rosinha ieu ti digo qui nóis dois corri pirigu
a tua belezura é tão grandi qui mi faiz virá bandidu
l oco ieu fico ao oiá ocê passiandu na pracinha
ã ntis di oiá ocê ieu nem ligava prus jardim
o ia as fror cum zóio qui só oiava capim

e agora ieu só pensu im ocê Rosinha vermeinha
s ão tão formosuras tudas as fror qui oia pra mim
t udas elas é coluridas i cherosas tumem
á ssim como ocê minha fror num ixisti mais ninguém... Ti amu!

s ó Deuso sabi comu é qui fico a Rosinha dispois disso
u ma minina cum cara di i agora u quiqui ieu façu?
b iliscava inté us pé pra mor di sabe si tava druminu
i nté resorveu ir lá pras bandas di Minas Gerais
n umas férias inventada pra num fica dispirocada
d espois dissu vortaria cum a decisão finar tomada
o uvinu us conseios da avó, a Dona Quitéria da inchada...

A viagem dimorada dimais
n inguém tinha notícia di nada
t udu mundo só quiria qui quiria
ô vir u resurtadu daqueli duelo rabiscadu
n adica acunteceu nus tresi meis que assucedeu
i nvernu já acabanu i a primavera já cheganu
o s amigus tudu priocupadu só Rosinha aguardanu...

E entonces assucedeu u dia da Rosinha vortá
s eus pretendendis ficarum nu maió arvoroçu
t odus querenu sabê u qui ia acontecê
a Rosinha intão chamô os treis lá na pracinha
v irô cum treis rosa nas mão i falô
a s rosas é duas branca i uma vermeia...

C ada um vai ganhá uma dessas frô
h oji eu dô duas branca pra dois amigus
o tra vermeia pru meu iscoido amô
r asgadu tá meu coração qui só podi escoiê um
a minha vontadi era podê amá oceis treis
n um possu fazê isso pruque issu é erradu
d ô então as rosa branca im sinar di gratidão
o ceis tudos mi fizerum feliz i guardu oceis nu coração

e ntregô a primera rosa branca pru Juão

P egô a otra rosa branca i intregô pru Pedrinho
e a rosa vermeia intregô pro Tunico cum bejinhu
d eu bejinhu nu Juão i nu Pedrinhu i agradeceu u carinhu
r ecebeu delis tumem um bejinhu cum carinhu e cum respeitu
o Tunicu abraço us amigus i di braçus dadus foi imbora com a Rosinha...

e u tempu passou i a vida continuô...
s ó Deus sabi us destinus di tudus nóis...
t udu tava incaminhadu...
a vida é uma caxinha di surpresa...
v ai e vorta, vorta e vai...
a s veiz as aparênças ingana...

f oi intão qui Juão foi estudá na cidade grandi lá im Belu Horizonti
u Pedrinhu foi sê garimpero na Serra Pelada lá pras bandas du Pará
g anhanu u disafio, Tunico acabô viranu sordadu do arraiá
i nvolvida cum o namoro a Rosinha pro casório foi si prepará
n as prendas da cuzinha i das custura a sua mãe começo a insiná
d espois di um ano interinhu ela já tava prontinha pra casá
o pai chamo o Tunico e falô pra ele tudu providenciá...

e lê intão fico noivu da Rosinha i dinherô começo juntá...

n esses tempu um trem a Rosinha começô a repará...
o Tunico era homi bão mais du Pedrinhu começo a si lembrá...

f icava inté chatiada mais num consiguia daquilo si livrá
i nté pra Santu Antonho começo tudu dia a rezá
m ais quantu mais ela rezava mais a sombração do Pedrinhu aparecia...

d eu ismola pra tudu qui pricisava
e nfiava a muringa nágua fria da bacia
s acudia a cuca pra mor du pensamento voá
s algava us cabelus cum sar grossu
a tirava bilhetes cum pedrinhas nu riu...

h inus di igrejas cantarolava
i magis di cristar di anjus comprô
s empri consurtava as cigana
t omô inté chá di arruda
ó trás veiz jogô u jôgo das conchinha
r unas i um treco di números consultô
i a im tudu qui é cantu pro mor daquilo pará
a inda assim só sonhava cum u Pedrinhu no Pará...

a ssim passô us dia qui demorava mais a passá
o Tunico tudo assanhadu pra mor di pode casá...

a Rosinha priocupada cum u dia qui ia chegá
p ra ninguém nunca contô o segredo qui vivia a enfrentá
a chava qui tudu aquilo ia um dia logo ia passá
g uardava e bordava us panus du seu inxovar
a prendia tudinhu u qui a sua mãe tinha pra insiná
r espirava sempri fundu quando du Pedrinhu vinha si lembrá...
-
s etembro foi u méis qui iscolheru si casá
e ntranu a primavera a Rosinha ia desabroxá...

a data do casóriu era u dia 23 iníciu da primavera...

f oi tudinhu preparadu
o padri foi comunicadu
g randi festa arraiá nunciada
u s padrinhus i madrinhas escoídas
e u vistidu di noiva pela mãe foi custuradu
i nté a banda municipar foi contratada pra tocá
R eginardo Rossi chamadu pra A raposa i as uva cantá
a pois a banda i o corar tocá i cantá a marcha nupiciar...

J uão vortô quasi formadu contadô i foi cunvidadu pru casóriu
o Pedrinhu ninguém nunca mais viu dispois qui partiu
ã Rosinha ficava cada veiz mais linda i formosa
o Tunicu todu cheiu num via a hora di si casá...

c hegô a primavera i as froris tudas vortarô
o s jardim ficô tudu cheio de frores coluridas
n u ar os prefumes delas espaivam nu arraiá
s ó mesmu tandu lá pra senti as emoção
o s noivus tudo emporgadus pru grandi dia
l umiavam mais inté mesmu as estrela
a lua miava di emoção i u sor espaiava calorão
v entanias soprava tudo resfrescanu a istação
a finar chegô a hora i u dia da grandi cerebração...

A praça da Matriz ficô tudinha lotada
n a igreja num cabia nem mais uma agúia
t odo arraiá tava infeitadu pra tão isperada hora
ô Tonico chegô todu alinhadu di ternu i inté gravata
n o artar tudas as madrinhas e padrinhus alinhadus tumem
i nté o padri istreou uma istola novinha i dorada
o sinu badalô treis veiz i a noiva Rosinha tudo branquinha chego i entrô...

Q uem tava lá nunca mais si isqueceu du que se assucedeu
u ma cena qui só mesmu nus cinemas di roliúde talveiz já assucedeu
e u arraiá tudinhu despois dissu nunca mais si isqueceu:

c asóriu im andamentu...
a hora da onça bebe água chegô...
i spectativa nu ar...
u padri pregunta: Tem arguém aqui qui podi impedi esti casório?

n a pracinha da matriz iscutasse um forti trotá i uma forti vantania
a montadu num lindu cavalu brancu cum arreio di oro surgi Pedrinhu...

b rincus, colaris, pulseras i inté esporas tudu di oro brilhanti
e leganti num ternu todim branquim cum cravu vermeio na lapela
b atia nu peitu cum uma linda i maraviosa rosa vermeia na mão
e gritava pra tudu mundu ouvi: Rosinha minha fror: EU TI AMU!!!
d ismaius, correrias, arvoroçu gerar, inté u padri si assusto i correu pra sacristia...
e finarmenti resorvida i dicidida Rosinha correu i montô na garupa du alazão...
i à galopi Pedrinhu i Rosinha sumiro na iscuridão da noite i fôru feliz pra sempri...
r evortadu Tunicu tomô treis garrafa di pinga chorava i dizia: u qui é du homi u bichu num comi!!!
a judadu pelo amigu Juão qui virô inté seu conseieru, u Tunicu largô da pinga, nunca mais quis si casá i virô inté sacristão... I essis tumem fôru feliz pra sempri...

ESTE ACRÓSTICO QUE EU FIZ COM A LETRA INTEIRA DA MÚSICA PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO ( de Osvaldo Santiago e Benedito Lacerda) PARA PARTICIPAR DESTA BRINCADEIRA TÃO LEGAL, MOTIVADA POR ESTA ÉPOCA DELICIOSA DA NOSSA CULTURA POPULAR DE FESTAS JUNINAS, EU DEDICO A TODAS AS AMIGAS POETISAS E A TODOS OS AMIGOS POETAS, QUE TÃO CARINHOSAMENTE ME RECEBERAM NESTE MARAVILHOSO SITE, COM O MEU MUITO OBRIGADO PELO CARINHO E PELO APOIO DE SEMPRE...

FIQUEM SEMPRE COM DEUS!

PAZ E BEM!

BESOSSSSSSSS....

http://www.damanit.com.br/forrocacana_pot_pourri_3.mid

Foto de CarmenCecilia

VÍDEO POEMA VALSA DE AMOR

PESSOAL ESTOU HOJE DIVIDINDO MINHA ALEGRIA COM VOCÊS

GANHEI A EDIÇÃO SURPRESA DESSE MEU POEMA DA MINHA GRANDE AMIGA MANINHA E COLEGA ROSANA...

ESTOU AQUI DIVULGANDO O TRABALHO LINDO DELA

CONFIRAM!

POESIA:
CARMEN CECILIA

EDIÇÃO:
ROSANA BUARQUE

VALSA DE AMOR

Sonhei
Que valsei
E dancei
Tanto que nem sei...
Estando acordada..
Fascinada...
Com a música
Inebriada
E meu par
Acompanhava-me
Conduzia-me
Seduzia-me
Segurando-me
A mão
Segredando segredos
Com sofreguidão
Ao pé do ouvido
Sem sentido
Com leveza
Sutileza..
Rodopiando-me
Pelo salão
Eu então
Dei meu coração
E com a emoção
Levitava
Palpitava
Em outra dimensão
Fluía magia
Daquela cantiga
Antiga
Num ritmo nosso
Em alvoroço...
De sensações...
Nos olhamos
Enquanto dançávamos...
E ali encontramos
Mescla de ilusões..
A canção de amor...
Enamorava...
Buscava...
Alinhavava
Amores de canção
Em noites de verão!

Carmen Cecilia

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