Muro

Foto de Diario de uma bruxa

Jardim secreto

Um jardim secreto
Triste, solitário
Sem vida... Muito mato
Coberto de folhas secas
E arvores sem cuidado

Seu muro é muito alto
O cerca por todos os lados
Ah apenas uma entrada
Uma porta, mas esta trancada

Uma chave
Grande e velha
É única, nunca vi uma fechadura assim
Mas é o único passaporte
Para a entrada do jardim

Descobri um fabuloso segredo
Ah outro caminho
Um longo labirinto
Cansativo mas emocionante.

Passei por todos os corredores
Não foi tão difícil chegar La
Uma porta coberta de rosas
Abri, entrei
Enfim cheguei.

Magnífico
Aqui plantei, cultivei
Vários tipos de flores
De todas as cores
Voltou a ter vida o
Lindo jardim

Um jardim de sonhos
De fantasia
Um lindo segredo
Que compartilho aqui.

Poema as Bruxas

Foto de Carmen Lúcia

Entre Deus e o pecado

Apenas um gesto,
um simples aceno
e quase um incesto
pois na fé somos irmãos,
na qual já nem acredito
pois torna proibido
meu amor por você...

Apenas um olhar
cravado em meu peito
abalou de tal jeito...
não dá mais pra voltar.
Creio em seu credo,
canto o seu canto,
sonho o seu sonho
inebriada de encanto...

Somente um segundo...
seu olhar a me ver
foi tão forte e profundo
que me fez renascer,
que me fez esquecer
sua missão nesse mundo,
uma densa barreira
criada por insensatos,
transformando em profano
um amor tão sagrado...

Num abismo forjado
por normas já desgastadas
me sinto jogada,
pela fé castigada...
Entre nós, a muralha,
muro das lamentações,
sem poder transpassar
e ficar ao seu lado,
dar vazão a emoções.

Fico assim dividida,
do outro lado do lado
me sentindo perdida,
entre Deus e o pecado.

Carmen Lúcia

Foto de Eduardo Braune

CICLOS

Liberdade ou prisão?
Monotonia ou solidão?
Apenas uma escolha,
Carregada de frustração.
Daquilo que ficou pra trás,
E das decepções que virão,
Decisão que não satisfaz!
Prazeres com duração!
Poucos momentos de ilusão!
Ate surgir o real.
Cortando, Fatiando seu coração,
Despertando a necessidade,
De uma nova opção,
Confundindo a verdade,
Alimentando uma nova vontade,
Faz-se outra escolha!
Surge a mesma dificuldade,
Exigindo mais e melhor,
Desfazendo-se do pior,
O ciclo é viciante,
Incontrolavel, Constante,
Um desafio impossível,
Um problema angustiante,
Uma vida previsível,
Atrás de um muro intransponível,
Onde do outro lado,
Posso ser amado!
Inconsciente injusto!
Que me mantém aqui ancorado,
Vivendo como um animal,
De maneira superficial,
Sem enxergar,
Sendo absolutamente normal!
Preciso me libertar,
As algemas quebrar,
Abraçar o pouco,
Que posso vislumbrar.

Foto de onil

AMOR ESCONDIDO

SONHO...E SÓ GUIO OS MEUS PASSOS
PROCURANDO OS TEUS BRAÇOS
NELES EU BUSCO A TERNURA
QUE FALTOU... NESTA AUSÊNCIA DE ANOS
E NO PEITO FEZ DANOS
QUASE FOI A LOUCURA

TERNO...COMO SONHO TE AMAR
O TEU CORPO ABRAÇAR
ESQUECERMOS O MEDO
DEIXAR... QUE O AMOR SE LIBERTE
E O CARINHO DESPERTE
DESSE LONGO SEGREDO

VEM...NÃO TE QUEIRAS FECHAR
O AMOR SUFOCAR
NO SILENCIO DA MORTE
JÁ FOI... TANTO TEMPO A SOFRER
HOJE VAMOS VIVER
E MUDAR NOSSA SORTE

QUERO...ACABAR A TRISTEZA
E VIVER COM A CERTEZA
QUE O AMOR NOS UNIU
FOI SEMPRE... UM TANTO INVISÍVEL
MAS TORNOU-SE POSSÍVEL
PORQUE SEMPRE EXISTIU

HOJE...SÃO BEM FORTES OS LAÇOS
E EU ANSEIO TEUS BRAÇOS
PARA ME DAR O CARINHO
QUE ANDOU... POR ESTRADAS PERDIDO
MAS NUNCA ESQUECIDO
ENCONTROU O CAMINHO

DÁ-ME...ESSE AMOR TÃO FECHADO
NO TEU PEITO GUARDADO
E QUE SONHA VOAR
TIRANDO... DO MEU PEITO O SEGREDO
JÁ MATEI O MEU MEDO
SONHO APENAS TE AMAR

SONHO... OS TEUS LÁBIOS BEIJAR
DA TUA VOZ ESCUTAR
A TERNURA CONTIDA
GANHAR... TODO O TEMPO PERDIDO
DESSE “AMOR ESCONDIDO”
QUE MARCOU NOSSA VIDA

CAIU...ENTRE OS DOIS ESSE MURO
QUE FECHOU O FUTURO
E O AMOR NOS ESCONDEU
HOJE... PODEREMOS FALAR
E AO MUNDO GRITAR
FOI O AMOR QUE VENCEU.

18.9.00
ONIL

Foto de Carmen Vervloet

Falar de Saudade?

Se eu for falar de saudade
Vou ter que voltar no tempo
Vou ter que retroceder na idade
E buscar guardado um ilhado sentimento.

Momento sublime que ficou pra trás
Escondido em segredo na terra do coração
E porque não fui nem audaz ou capaz
Perdi-o, num vacilo, em tumultuada estação.

Agora o busco com um nó na garganta
Chorando o meu amargo desgosto
Não soube cultivar emoção tão santa
E só em saudade vejo seu rosto.

O tempo chora o desespero da perda
Gestos impensados de um coração imaturo
Que partiu por um desvio à esquerda
Em vez de transpor apenas um muro.

Já não há mais tempo pra lamento
A dor libera o açoite encharcado em agonia
Nas lembranças faço o meu acampamento
Busco num veleiro à deriva a perdida alegria!

Carmen Vervloet

Foto de Graciele Gessner

Vizinho Espião. (Graciele_Gessner)

... Num dia de sol, deparei-me com a minha vizinha debruçada pelo quintal de sua casa, justamente deitada, tomando banho de sol, apenas em trajes de praia. Não me contive, e fiquei espionando-a enquanto pude, pois a minha esposa não estava em casa.

Aquele monumento de mulher repetia o banho de sol todos os dias, chamei meus amigos para compartilhar da visão única em que eu estava privilegiado. Pode acreditar, a muvuca estava feita aqui em casa. Digamos que teve uma movimentação, que poderia facilmente chamar a atenção do mais desatento da rua. Não medimos esforços para apreciar a mais bela vizinha que eu poderia ter, e compartilhar com os amigos é algo quase impossível de acontecer.

Toda manhã, meus amigos ligavam aqui em casa para se certificar que a área estava limpa e se a tal vizinha estava debruçada no quintal. Não demorava muito, a turma chegava em bando e pegavam o melhor ângulo, de preferência bem visível e ao mesmo tempo escondido.

Como homens bem-intencionados, começamos a palpitar o que a minha vizinha nos ofereceria por descuido, nos permitiria ver sem saber que estava sendo observada. Pois bem! A vizinha tudo em cima era de fato um mulherão, tinha um corpão de causar inveja em muitas mulheres, sua pele dourada pelo sol só fazia raiar a sua beleza. Até que uma manhã de quarta-feira, o inusitado acontece. Tivemos a sorte de ter uma amostra atrapalhada de seus lindos seios. Ela havia desfeito os nós das cordas do biquíni que passavam pelo pescoço, para evitar aquela marquinha frontal. Como eu e nem meus amigos esperávamos por isso, quase nos revelamos com a nossa expressão uníssona “uauuu!!!”.

No outro dia, meus amigos vieram diretos aqui em casa, já não ligavam mais, simplesmente vinham sem precisar convidar. Mas aquele dia estava realmente infernal, fazia um sol de lascar com qualquer ideia picante. Não desanimamos, pelo contrário, começamos a palpitar as possibilidades que existiam e que pudessem ocorrer. Deparamo-nos com a vizinha se mostrando vulnerável aos nossos olhos cobiçadores. Só que algo estava estranho, diferente dos outros dias. A vizinha se aproximou do muro, ela não se deitou, estava próxima da janela em que espionávamos. Para o nosso espanto ela disse:

- Oh, vizinho espião! Tenho esta marquinha... Aqui!... Será que tiro?!

Ficamos paralisados, atônitos. Digamos que perdemos a fala e sem saber onde nos esconder. Mas a pergunta que não quer calar, desde quando ela sabia da nossa espionagem? A cena que não sai das nossas mentes é o momento que ela pergunta e abaixa uma parte do biquíni de baixo, foi de ficar boquiabertos. É óbvio que adoraríamos ver, mas a minha vizinha gostosona nos privou de nossa diversão. Nunca mais tomou banho de sol ao lado da minha janela, mudou-se para o outro lado do quintal.

Restou-me uma última esperança, negociar com o meu vizinho sortudo daquele lado para vê-la... É o jeito!

25.01.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de Graciele Gessner

Achar o Meio-termo. (Graciele_Gessner)



Você já esteve numa situação que exigiu estar em cima do muro? Penso que todos em algum momento da vida ficaram perdidos pelo caminho ou em dúvida qual caminho escolher. Porém, temos que sempre encontrar o bom-senso das possibilidades que poderão surgir e tomar logo uma decisão. A vida pede atitude, e não dúvida.

Achar o meio-termo exige sabedoria e vivência, só a experiência não contribui. É preciso entender que quando optamos pelo lado A, teremos que suportar a curiosidade do que deixou no lado B. Sempre teremos que procurar o meio-termo que não nos frustre no futuro.

Às vezes penso que o meio-termo é algo intangível, mas é preciso ter o equilíbrio difundido para não ficar com as incertezas te perturbando. Nada mais horrível do que andar em campos minados com as incertezas do que é ou poderia ser...


23.01.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de Marsoalex

CONVENÇÕES

CONVENÇÕES
Como é difícil para certas pessoas, se abrirem para o amor sem rótulos, sem lugar específico, sem sentimento de posse. Um amor que não tenha um lugar comum numa concreta vida a dois. Para estas pessoas, o amor tem que ser tecido num altar com a "benção de Deus" e a "aprovação dos homens", ou então, mesmo sem essas coisas, ele precisa do apoio de uma vida cotidiana,onde se possa dizer meu marido/minha mulher, meu amante/minha amante, algo onde esse sentimento de posse seja personificado e vivenciado numa vida em comum, estável, aceita por todos para que possa ser aceita por ela mesma.
Essas pessoas não abrem mão desta estabilidade e se negam a amar fora desta condição, porque se fazem de cegas para as evidência e de surdas para aos apelos do amor, por não acreditarem que o amor possa viver independente do aconchego do abraço na hora de dormir, do calor do corpo na volúpia do sexo no afã do desejo, e sem essa estabilidade de ser um casal, um par, amantes, com direito a filhos e a certeza do dia seguinte. Embora elas saíbam que o amor tem laços invisíveis, que se tecem sozinhos independente de nossa vontade, elas não sabem ( ou fingem não saber) que ele não precisa de uma situação, de uma condição específica, para viver muito além de um rótulo e do muro de uma vida cotidiana. Porque o amor não é uma condição que a sociedade impõe, mas um sentimento que não se submete a nenhuma condição a não ser a condição de amar.
E assim, essas pessoas por medo de se prenderem ou de sofrerem, perdem a única condição de se tornarem livres: amar. Talvez, por não compreenderem ou não aceitarem que quando o amor é verdadeiro, não é necessário ter essa condição convencional, para afirmar ao mundo dizendo: minha namorada/meu namorado, meu marido/minha mulher/, meu amante/minha amante, quando dizer para si mesmo simplesmente o homem/a mulher que eu amo, é suficiente.

MARSOALEX

Foto de MAR DA IBÉRIA

VIVER

VIVER É RIR, CHORAR, SENTIR AMOR,
TER DÚVIDAS, DESEJOS, ESPERANÇA...
ENTRAR NA DOCE PAZ, SENTIR BONANÇA,
P´RA LOGO ULTRAPASSAR A MAIOR DOR...

DEIXAR VIR A SAUDADE DO PRESENTE
E ENGULIR, DE UM TRAGO, O BEM FUTURO;
OLHAR, SEM O TEMER, O ALTO MURO
DO SOLITÁRIO ANDAR POR ENTRE A GENTE...

SABER TIRAR DE TUDO BOM PROVEITO,
NÃO TER EM VISTA UM FIM, MAS MUITOS MAIS
E NUNCA CONTENTAR-SE DO JÁ FEITO;

UNIR A TUDO AMOR E DESTE GEITO,
SABOREAR OS RISOS E OS AIS:
SENTIR BATER UM CORAÇÃO NO PEITO!

Foto de Jonas Melo

CIÚME

CIÚME

É uma das mais inquestionáveis sensações de perda
Que nos remete a fazer coisas irreparáveis
Deixamos de transpirar amor e principalmente gentileza

Dizem que ciúme sente que é inseguro
Mas o mais enraizado dos mortais quando ameaçado
Faz estrago, e simplesmente desce de cima do muro

Todos nós temos um grau de ciúme
Mas muitos extrapolam e se tornam doente
Apagando o lindo fogo do amor, exterminado qualquer lume

O desrespeito é a mais grave de todas as intolerâncias
Provocadas por esse sentimento exterminador
fazendo murchar qualquer resquício de esperança

O ciúme sempre estará acompanhado da desconfiança
Não mede qualquer ação, magoa os corações
Decepa qualquer recomeço, mata qualquer esperança...

Como ele surge? Talvez por sentir o relacionamento ameaçado
Ai! vem o medo, suspeição, desconfiança, angustia, ansiedade...
Esquecendo de tudo o que antes era só cuidado

Toda história tem um “que” de ciúme, que nos diga "Otelo – O Mouro de Veneza"
Que deixou o monstro dos olhos verdes invadir seu mundo
Matando sua amada dona de uma estupenda beleza

Tal vez seja essa síndrome de Otelo
Que deixa os seres humanos cada vez mais sem razão
Esquecendo que o amor é tudo e o mundo de quem ama é cada dia mais belo

O ciúme pode corroer o coração de muitos seres
Tornando-os escravos desse sentimento maquiavélico
Tornando os dias desses seres, sem esperança em novos amanheceres

Quantos casais já cometeram loucuras e até mesmo crimes avassaladores
A exemplo do Mouro, já morreram, bateram o até mesmo enlouqueceram
E depois choram a sorte de não conter tal sentimento e a perda de muitos amores.

Jonas Melo !

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