Mundo

Foto de Sonia Delsin

NO SILÊNCIO DA NOITE

NO SILÊNCIO DA NOITE

Divido tempo, horas, com o silêncio.
Nele eu reflito, nele eu mergulho fundo.
Tento entender o mundo.
Toda a calma da hora que se arrasta lenta.
Toda onda que no meu imaginar se movimenta.
Tudo faz parte deste ser que pensa.
Que repensa.
Que de olhos fechados viaja lentamente.
Vai conhecendo lugares, gente.
Vai para trás, vai pra frente.
No silêncio sinto uma dor possante.
Angustiante.
Que vai se acalmando.
Que vai a um nada se tornando.
Então aspiro o ar da noite profundamente.
O perfume que me chega leve.
Penso em como tudo aqui é breve.
No silêncio eu e a noite dialogamos.
Ela me diz calma.
E eu me acalmo.
Ela me diz voa e eu vôo.
Ela me diz que tudo passa.
Que nesta vida somos como rolos de fumaça.
A noite é conselheira e eu a ouço.
Entre os fiapos de luzes escapo e alcanço uma paradisíaca ilha.
Nela adormeço.
Eu mereço.

Foto de lancelot30

Desbravar

Cheiro de jasmim exalas ó linda flor,
Por quantos desertos caminhei, por quantas aldeias à procurei
desbravei terras, derramei sorrisos e que sorriso avistei ,
Tu és a mais bela forma de amor, vida e vontade, ó minha bela flor que vontade rasga minha alma e me faz sorrir mesmo sem querer, minha face trava uma gigante guerra ao chegar perto de ti, o coração dispara e as mãos gelam, se contraem e se fudem ao tocar seu belo e perfeito rosto, Deus que me abençoa , que me consola que me diz o que fazer, o mundo me consome mas a louca vontade de amar-te é muito maior que qualquer bomba atômica, linda flor, linda menina faz-me dormir tranquilo tire-me deste assolado mundo e me faz sentir realmente o que eu sempre quis ser, apenas um homem amado....

Foto de CarmenCecilia

APESAR

APESAR!

Apesar de vivermos num mundo de tanta dor...
Onde egoisticamente vivemos indiferentes
E estarmos cercados de guerras e horror!
Ainda acredito em sermos decentes!

Apesar de vivermos num mudo que cultua o eu!
Onde o nós está cada vez mais obsoleto...
Fortaleço meu espírito na fé em Deus!
Pois nele está todo o ensinamento!

Apesar do medo e da violência que nos ronda
Tenho esperança de criança numa sutil mudança
Em que não mais viveremos entre sombras.
E voltaremos ao próximo dar importância...

Apesar do silencio e do consumismo...
E dos dias nebulosos e frios de hoje
E de estar perdendo significado o altruísmo...
E saber que da responsabilidade todos fogem!

Apesar de tudo isso! Todo o pessimismo!
Sei que um dia a mão na consciência vai pesar!
Prefiro crer que prevalecerá o otimismo!
E com a confraternização entre os homens sonhar!

CarmenCecilia

Foto de CarmenCecilia

Dá-me a mão

Dá-me a mão

A vida passa num segundo...
Que me faz girar o mundo...
A tua procura me modifico...
Não sei nem mais como me explico...

Vou caminhando e a insensatez
Revela-se na minha tez...
Ah! meu doce amor...
Sinto falta do seu calor...

Do teu chamego...
Agora sou desassossego...
Esse vento de agosto...

Fez-me perder o gosto...
Dá-me a mão...
Não me deixe nessa solidão...

CarmenCecilia

Foto de Inês Santos

Queria...

QUERIA…

Queria ser, o Sol para iluminar…
O vento, para te arrepiar…
Desejava, ser furacão, para afastar…
Ó mar, desejava rolar contigo…
Enlaçar as mãos, és meus amigo…

Suspiro como o vento para te ver…
Mar infinito, fazes-me temer…
Cândida sou…
Quando, perto de ti estou…

Queria ir contigo e devastar…
Todo o Mundo, (estragar…)
Quero contigo consumir…
A terra quero ver sucumbir…

Mar estóico, forte…
Ameaças a vida…
Condenas à morte…
Mas, és a minha preciosa guarida…
Mar…
De azar…

Inês Santos

Foto de Inês Santos

Sensações...

SENSAÇÕES

Beja o meu bem-querer…
Suaviza a harmonia…
Dum beijo doce e profundo…
Beijar! Um momento de calmia…
É esquecer as calamidades do Mundo…

Um abraço apreciável…
Fortalece uma guarida agradável…
De mãos enlaçadas, momento glorioso!
Que bem-querer formoso!
Que bel precioso…
E ao mesmo tempo misterioso e curioso!

Que empatia espontânea…
Ò felicidade! Momentânea…
Não me sei definir…
Mas, consigo reflectir…
Pensar em ti…
E talvez já o pense desde que te vi…
Que te vi!
Só a ti!
Beija-me a mim!
Ama-me assim!
Será até ao fim?
De certo que sim…

Inês Santos

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"NESCESSIDADE DA ALMA"

NECESSIDADE DA ALMA

O tempo voa no espaço
A vida passa em um segundo
Não sei nem mais o que faço
Se te perder deixo este mundo.

E o que eu faço aqui fora
O frio corta o meu rosto
Preciso entrar sem demora
Estamos quase em agosto.

E este clima sombrio
Que insiste tanto em ficar
Deixa meu coração quase vazio
Nada ocupa o seu lugar.

E neste inverno da alma
Em que o tudo significa muito pouco
Perdi toda minha calma
Pareço estar ficando louco.

E esta solidão que me mata
Vem logo, vem me aquecer.
Não temos tempo pra nada
Meu corpo pede você

Por um breve e simples minuto
Vislumbro todo seu doce querer
Ate seu sussurro eu escuto
É no teu corpo que conheço o universo do prazer.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"QUIETUDE"

QUIETUDE

Era inverno e a lua ia alta
As portas do meu lindo rincão
O horizonte me dava calma
E olhar o céu me enchia de emoção.

Parado ali, a vida passou de mansinho.
Mostrando-me tudo sem nenhuma ansiedade
As portas daquele ranchinho
Descobri o que é ser feliz de verdade

Naquela tranqüilidade camponesa
Com trabalhos que me faziam bem
A calmaria me dava firmeza
A quietude me levava ao alem.

E neste canto do mundo
Onde escolhi para viver
Sinto-me um rei ou um simples vagabundo
Isto aqui me da muito prazer.

Foto de NiKKo

Amor, amizade e respeito

Tenho em mim um coração que pulsa.
Em minhas veias eu sinto o sangue a correr.
Tenho vinte e quatro horas, sete dias por semana,
a minha mente feliz por simplesmente viver.

Eu sou capaz de amar e tenho sonhos
Tenho capacidade de compreender e perdoar
E lamento quando encontro pessoas pequenas e vazias
Que vivem sem saber o que é amar.

Eu mesmo quando estou sozinha,
no céu, mesmo estrelas encobertas eu consigo ver
Mas tem pessoas que são sozinha mesmo em meio a outras
Fingem que são felizes, mas estão sempre a sofrer.

Essas pessoas não sabem, isso é certo
que existem varias formas de se amar.
Que a amizade é apenas uma delas
Mas em todas tem que se saber o outro respeitar.

Infelizmente essas pessoas não conseguem ver
Que brincam com os sentimentos alheios,
Fazem tudo como se fossem, o centro do mundo
E escondem ate de si mesmo, sua dor, seus receios.

Essas pessoas infelizmente não descobriram
que o amor é uma flor que com cuidado se deve tratar.
Por isso eu tenho pena de pessoas como essas
Por que na verdade não sabem o significado da palavra amar.

Por isso eu sou feliz, não minto ou escondo,
Que já sofri por amor e sei que muitas vezes vou chorar
Mas o amor é sentimento que preenche meu coração
E tenho muitos amigos e sozinha, eu sei, nunca vou estar.

Foto de Daemon Moanir

A mudança do nada!

Fujo do local onde sempre escrevo,
Porque quero fazer de novo uma vida
Sem piano, sem música, sem fado…
Quero, exaspero para além do que respiro.
Um passado eu beijo de amargo,
Já não o tomo ao meu lado.
Desfaço-me e não me apanho mais
As sobras deixo-as onde irão estar pra sempre
E quem quiser que me refaça bocado a bocado.
Mas esse não mais serei,
Nem me procurarei por tais caminhos
Dentro, fora e sob aquele prado
Aquele céu cintilante,
Aquele som vibrante que d’antes era meu
E agora nem algo me diz.

Para trás ficam só os pequenos versos
Ao tempo persistentes.
Os de tons suaves, tão quentes
Que me davam desejos demais ardentes.
Abraço a mudança que repudiava
Apenas pelo egoísmo de minh’alma,
E para meu bem.

O fogo crepita à minha frente
Quase morto tal como a noite,
Que nem me aquece nem sequer arrefece
Nem o espírito nem a mente,
Alumia somente o que escrevo
De maneira a ouvir tragédia
Em cada palavra que da minha boca sai.
Oh! Quem dera esquecer o passado,
Tal como as árvores esquecem que suas folhas caiem
E as deixam cair outra e outra vez.
Oh! Quem dera cortar o fio
Que me prende com vigor a tempos pra trás de hoje,
Porque tal como este é o último poema da minha vida
É o primeiro de uma outra
Em que pretendo antes de nada rejubilar de prazer.

(Não mais escreverei por louco desabafo,
Nem por eterno amor, escreverei porque é
E não por gosto.
Que não tu! Que não tu! Algo que não tu!
Amarga a raiva que sinto por mim e por ti
Por não me quereres, por nada acontecer…
Algo irá ter de mudar, ao pensar em ti estou de novo
Dominado pelos sentimentos, não mais quero estar assim).

As brasas já pouca luz têm
E finda daqui a pouco
A decisão do meu poema,
Que tem de acabar,
Que carrega em cada sílaba
A dor, prazer e o futuro de uma vida
Que hei-de eu fazer?

Estou no ponto do não retorno
A constante baralhação. Não a suporto!
Não aguento tantos sins, tantos nãos
Tantos talvez e ainda demais porquês.
Deus meu, sinto a minha cabeça explodir
Com aquele som horrendo
Grave, continuo, sombrio
Que destruiu tudo o que alguma vez
Fui de bom
Mas isso é passado
Quero o prazer de uma vida nova!
Não mais quero ser amargo!
Mas sem antes que serei depois?
Sinto o peso do meu Mundo sobre mim!
E a confusão rebenta…

Saio da sala a tremer…
Com o caderno numa mão suja e o lápis noutra pior.
Saio da sala a recordar o último vislumbre
De fogo novo, e enegrecido pelo fumo
Saio da sala com os dedos doridos e cheios de bolhas.
A pensar já na demência e dor…
Saio da sala.

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