Morte

Foto de Teresa Cordioli

Endereço da felicidade...

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Endereço da felicidade...
Teresa Cordioli
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Um dia uma moça muito sábia, saiu de sua casa à procura da felicidade... Afirmando a todos que iria encontrá-la, não se importava quando a chamavam de louca, porque de louca sabia ela, não ter nada.
Passados muitos anos, a procura da felicidade e nada de encontrá-la, resolveu falar com alguém mais experiente, quem sabe a experiência teria o tal endereço da felicidade...
- Senhor! Gritou ela para alguém que passava calmamente do outro lado da rua (melindrosa, encabulada, por não ter encontrado e nem saber o endereço da felicidade)... Foi logo dizendo:
- Como faço para obter o endereço da tal Felicidade?...
O Senhor sabe onde fica? Saberia me explicar como faço para chegar lá?
O Senhor todo cuidadoso com sorriso nos lábios disse:
– Sente-se minha filha! Ela não tem endereço certo, é uma verdadeira andarilha, ora está aqui, ora está ali ao mesmo tempo, muitos não a conhecem só por falta de coragem, por medo de conhecê-la e depois perdê-la.
Se quiseres ser feliz, te darei um conselho:
- Não temas nada, nem a morte! Tens que lutar muito para alcançá-la e por mais certeza de que a tenha, agarre-a, cultive-a, porque quem já a conhece não a deixa por nada... Ela não tem preço!
A moça, meia que sem jeito, ouvindo a voz da experiência, tímida, triste e envergonhada por ter que desvendar que ainda não a conhecia...olhou bem dos olhos daquele Senhor que carregava consigo um semblante calmo lhe disse:
- O Senhor fala com tamanha convicção de quem a conhece, que me atrevo em pedir um favor: Pode apresentá-la?
Ele sorrindo respondeu:
- Ela está aqui comigo, você não consegue vê-la? A moça ficou assustada ao fixar os olhos nos olhos daquele senhor, e ver pela primeira vez a felicidade. Sem entender o que acontecia naquele ambiente, vendo a beleza da luz que emanava daqueles olhos, pensou, encontrei o endereço da FELICIDADE...No intuito de aproximação para saber mais da tal felicidade lhe perguntou:
Como é o seu nome meu Senhor? Ele cansado com o peso de sua idade, mas muito feliz, em poder ajudá-la sorrindo respondeu: - Tua Paz.
A moça saiu caminhando em passos lentos, sorrindo, porque há muitos anos a conhecia.

Foto de Orquidea

Sem te ter aqui!

Deitada na minha cama...........lembrando tudo o que vivemos tudo o que passámos......deitada a reviver na mente os teus beijos...............sentir o teu perfume...............o teu toque de guerreiro que nao deixa de lutar.
Deitada pensando o quanto te amo................mas que nao te posso ter.........mas que te quero.
Olhando o céu escuro..............negro como meu coração está por nao te ter................negra como a vida.
Aqui a olhar para o horizonte pensando em ti................medindos as distancias que nos separam.
Sem te ter aqui ao pé de mim eu sou pequena e nao sei voar.......................quero voar para bem longe.........voar e nos teus braços cair............cair e nao mais me levantar...............para nao te perder novamente.
Aqui deitada a olhar esta pequena princesa................que me ilumina a vida................esperando por ti meu rei................esperando pelos teus beijos..........pelo teu amor.
Aqui deitada a olhar......procurando por ti mas sem te encontrar.............encontrei-te neste meu corpo sedento do teu............encontrei-te em meus lábios que ontem foram teus..........encontrei-te em meu coração. Encontrei-te porque te amo e amarei............ Almas gémeas perdidas que um dia se encontraram...........juras amor feitas...........desfeitas........mas dentro do meu ser tu pertences-me............Almas gémeas que nao se vao separar..........Na saude e na doença, na riqueza e na pobreza...............todos os dias da nossa vida..............ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

Foto de Teresa Cordioli

PARA TER-TE / PRA TER MEU CORAÇÃO (Dueto)

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PARA TER-TE (Teresa Cordioli)
PRA TER MEU CORAÇÃO (JOAQUIM SUSTELO)

Para ter-te
Teresa Cordioli

Sabe qual o meu maior desejo alem de ter-te?
Ou apenas chegar lá, além do horizonte?
Nadar por águas estranhas? Cruzar pontes?
Ou apenas sonhar, para no meu sonho ver-te?

Desnudar teus pensamentos secretos e ler-te
Saber de teus segredos, fazer mudar tua sorte
Viajar em teu corpo, sentir teus desejos na fonte
Se, neste labirinto não me ver,chorarei até a morte

Quem sabe a lágrima possa um dia trazer-te
E no meu soluço encontre tua redenção
só tu acalmas meu coração, alegra-me ver-te,

E calma me deito em ti tal um rio que corre lento
és tu fonte de amor eterno, minha louca paixão
bate forte em meu peito. Que necessito para ter-te?

PRA TER MEU CORAÇÃO
Joaquim Sustelo

Pra ter meu coração não há a chave
Pois ele não se fecha na caixinha
Se descobrires a forma tão suave
Como ele tão dos outros se avizinha,

Se ouvires seu bater... a pancadinha
Como comanda bem, do corpo, a nave,
Expulsando ódios como erva daninha
Pedindo só amor qual canto de ave,

Se olhares como ele é (atentamente),
Pelos poemas feitos... a semente
Que dele, como fonte, lá nasceu,

Então uma proeza conseguiste:
Decerto o coração não me resiste
E quer ir já juntar-se aí ao teu.

ABRIL DE 2006

Foto de Anju da Maria

TE AMO !!!

Te amarei duranta toda miha vida
te amo nos seus jestos
Te amo no seu sorriso
te amo na sua voz
Te amo no que você é!!!!!
te amarei em tudo
No ar que respiramos
No alvorecer da tarde
No crepúsculo,
Na morte...
te amo na chuva que cai
No sol que queima
Eu quero te amar te amar nas minhas horas de tristeza
pois suas lembranças só me trazem alegria
te amar quando a alegria chegar
pois o amor é alegria
Eu sou feliz enquanto te amo
Mesmo que o amor se torne extinto
Faço questão de te amar
Mesmo que a luz do mundo acabe
quero te iliuminar com o meu amor
Que alimenta minha própria existência
você mora dentro de mim.

Te amo!!!!!!!!!

Anju e Maria

Foto de Lu Lena

ENCANTO DA LUA

sete luas cheias
juntas nos céus
dançarão nuas
sem pudor
nem véus.
As estrelas,
as fadas e os anjos
darão-se as mãos,
e uma roda farão,
em volta da lua
sete vezes branca,
sete vezes brilhante,
eu te desejando
como amante,
dançando na luz da
lua totalmente nua,
ao firmamento eu grito,
no infinito
Vem meu amor!
escuta meu clamor,
não deixe essa magia
que já é uma profecia,
quebrar o encanto,
pois as sete luas
podem cair em pranto
suas lágrimas não podem
embaçar seu brilho
não podem deixar
esse encontro
entrar em conflito
pois as sete luas
ansiosas esperam
esse encantamento
que se dará nesse momento
as estrelas, fadas e
anjos irão profetizar
que duas almas errantes
sempre serão amantes
e aos ventos dirão:
eu olhando pra ti então,
eternamente serás o
homem dela
e ela tua mulher
unidos de corpo e alma
em todas as sete luas
dessa vida até a morte
viver morrer e renascer
amor latente numa só alma
pulsando sempre juntos
num só ser de puro
encanto luxúria e prazer

(poema inspirado através de um ritual cigano)

Foto de Dennel

Desacreditado do amor

Quem sou eu? De onde vim, para onde vou? São questionamentos que me invadem a alma, que violentam minha serenidade, impondo incertezas da minha existência. Vejo os dias forçosamente avançarem na minha inútil existência. Há muito não percebo os raios do sol, minha pele adquiriu um tom amarelado, meus olhos têm uma cor cinzenta, sombrios.

Com os braços jogados ao longo do corpo, meus pés se arrastam; afinal, não tenho pressa de chegar. Até a morte tarda, escondendo-se de mim. Sou uma estrela solitária, de brilho apagado. Sou a pedra do caminho que a tudo assiste passivamente, e nada mais do que a pedra. Sou a mosca pousada na sopa, que repugnada, foi esquecida.

Vivo na incerteza do amanhã, na ilusão do passado e na indiferença do hoje. Disse o poeta que quem não vive por amor, morre lentamente; é isto o que acontece comigo. Meu coração, depois de tantos compassos e descompassos, fechou-se de vez para os sentimentos.

Mesmo que encontrasse a chave para abri-lo, seria muito trabalhoso varrer toda a indiferença que se alojou durante muitos anos. Afugentar as dúvidas seria outra tarefa hercúlea, visto que durante muito tempo elas foram alimentadas diariamente, tornando-se invencíveis, ousaria dizer que seria uma tarefa, impossível e infrutífera.

Um corpo amortecido não sente dores ou desejos. Um olhar apagado não vê beleza, apenas tristezas. Ouvidos insensíveis não apreciam canções, por não ouvi-las, só aceitam tormentos e ais.

Um paladar corrompido pela amargura da vida não sente o gosto do mel, apenas a amargura do fel. Um olhar sem esperança não sente os efeitos de um belo dia de sol, apenas a frialdade de noites intermináveis.

Uma voz embargada não canta canções de amores, não emite nenhum som inteligível, quando muito, expressa lamentos e injúrias...

Sinto que chegou minha hora! Sou levado por criaturas horripilantes através de um longo corredor escuro e fétido, tento entender o que conversam entre si, nada entendo além de suas risadas sinistras. Aqui e ali, noto inscrições nas paredes do corredor, que mais parece uma gruta; tento desesperadamente decifrá-las.

O cheiro de enxofre aumenta à medida em que avançamos. Percebo as garras das bestas-feras adentrarem a carne dos meus braços; estou seguro firmemente.

Chegamos ao nosso destino. É entregue a mim uma caneta, cujo corpo tem longos espinhos; um livro é aberto em minha frente, indicando-me que devo assiná-lo. Curvo-me ligeiramente em direção ao livro, de onde saem faíscas que chamuscam meus cabelos. Nova tentativa, e desta vez leio as palavras grafadas com sangue humano: “INFERNO – Lugar de quem não ama”.

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sonia Delsin

PAI, EU MUDEI

PAI, EU MUDEI

Meu pai dizia que eu era frágil.
Uma caravela solta no mar.
Ele temia que uma hora eu pudesse naufragar.
Creio que ele nem tinha noção da força que meu pequeno corpo consegue abrigar.
Meu pai dizia que eu era nervosa.
E bela como uma rosa.
Naquele tempo eu me deixava abalar.
Era de muito me agitar.
Vivia a lutar.
Mas depois de sua morte vi tanta coisa mudar.
O mundo conseguiu me serenizar.
Por tantas mais eu tive que passar.
Do rio agitado que eu era num lago tranqüilo fui me transformar.
São fases que precisamos provar.

Foto de von buchman

MÂOS . . . .

MÃOS

MÃOS QUE ACENAM,
QUE ACONCHEGAM ,
QUE DESPERTAM
E QUE AMAM...

MÃOS QUE ACARICIAM,
QUE MALTRATAM,
QUE PUNEM
E QUE ABENÇOAM.

MÃOS QUE APASIGUAM,
QUE SOLICITAM,
QUE IMPLORAM
E QUE PERDOAM.

MAÒS QUE DÃO VIDA,
QUE AJUDAM,
QUE DESTROEM
E QUE MATAM.

MÃOS QUE JUNTAM,
QUE SEPARAM,
QUE UNEM
E QUE FAZEM O DESEJAR.

MÃOS QUE LIBERTAM,
QUE SOLUCIONAM,
QUE ABANDONAM
E QUE BUSCAM.

MÃOS QUE GUIAM,
QUE ORIENTAM,
QUE DISPENSAM
E QUE ACUSAM.

MÃOS QUE SEDUZEM
QUE CONDUZEM
QUE NOS FAZEM ETERNAMENTE AMAR...

MÃOS, INTRUMENTO DE PAZ
MÃOS, INSTRUMENTO DE GUERRA
MÃOS, INSTRUMENTO DE MORTE
MÃOS, INSTRUMENTO DE VIDA...

BEIJOS
E
MIMOS...

Foto de Chuva Heavy

De mim mesma

Essas letras registram
os vestígios de mim mesma
algumas curvas vem,outras vão...
mas ainda estou aqui
resistindo as armadilhas do tempo
as armadilhas que o tempo
insiste em pregar-me.
a cada passo sinto a evolução
de cada minuto,segundo
percebo o atraso ou adiantamento
alguns dias vão...

O vestido outrora longo
cobrindo pernas trêmulas
agora revela pernas firmes pela segurança
o tempo nos prega armadilhas
poderão ser favoráveis ou perniciosas
cabe-nos decidir quais serão os seus caminhos
a cada passo o progresso
de saber que o tempo é um ilusão.

alguns amores vem outros vão
resquícios são deixados no coração
a lembrança é uma constante
uma roda gigante
rodeia-me com seu cheiro espalhado pelas ruas...

algumas lembranças vem,outras vão...
meus amigos...
éramos jovens sonhadores:
- nunca nos separaremos!
era o que dizíamos.
por um momento fecho meus olhos
e vocês ainda estão aqui;
recordo-me de nossas gargalhadas...
o tempo pregou-nos uma armadilha
separando-nos.
mas não deixarei que essa seja
mais uma armadilha que o tempo pregou
vocês muito me ensinaram
e fazem parte do que serei e do que sou

algumas idéias vem outras vão
a opinião não é mais a mesma:
- nunca! - Gritei ontem.
- talvez... - oscilo hoje.
- sim! - poderá ser dito amanhã.
quem sabe?
quem poderá jurar pelo futuro?
não há como fugir das modificações do tempo.

algumas pessoas vem outras vão
a morte faz do tempo uma zombaria
mostrando-nos que não pertecemos a ninguém
mas o tempo abocanha a morte em sua armadilha
e se transforma em antídoto contra a dor que dela provém.

alguns lugares resistem ao tempo
as casas resistem aos prédios
as praças resistem à poluição
a arquitetura resiste aos temporais
a mesma construção revela uma nova fachada
modificando a vila onde fui criada.

vestígios...
bom mesmo é ver o tempo passar
e não se culpar,não se preocupar
sentir a brisa das manhãs nos agraciar com seu doce beijo...
respirar o ar que mesmo não sendo puro nos compõe a vida.
não se preocupar.
fechar os olhos mesmo que por poucos minutos,
e sentir que está vivo!
que pode compreender
que pode aprender...
e que todo o tempo é válido.

Chuva Heavy
27/08/2006

Foto de DRESS

JÓ 38 *~

1 DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4 Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12 Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13 Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
14 E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
15 E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;
16 Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?
17 Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?
18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
19 Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;
20 Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?
21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!
22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,
23 Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
24 Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?
25 Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;
27 Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?
28 A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?
29 De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?
30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.
31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion?
32 Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
33 Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?
34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?
36 Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?
37 Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,
38 Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?
39 Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,
40 Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?
41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?

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