Morte

Foto de Nailde Barreto

"Teatro Invisível"

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Teatro Invisível.
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Prende e passa – fumaça!
Branco e preto – fantasia!
Seduz o frágil, ironia!
Enfraquece o forte, ousadia!
Alimenta o desespero,
Deixa sem norte, atroz!
Escandaliza o normal,
Faz trilha para a morte...
E, a direção das cenas,
Experiência de amor,
Fica a mercê da sorte;
Esquecidas na fumaça,
Que prende e passa.
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Nailde Barreto.
26/05/2011

Foto de Melquizedeque

Poetiza

Certa lembrança rasgou dentro de mim os meus diários indeléveis
Vi nas ruas o reflexo de cães melancólicos que vagavam em infinita jornada
Fui banhado por ondas catastróficas de águas salgadas, ao sentar na sarjeta de sua rua
Lembrei de tempos passados em que me recolhia no calor de seus seios
E um bilhete rabiscado recebi de um mensageiro indecifrável

Olhei o papel envelhecido pelo tempo, e sua letra ali estava quase recém escrita
A dor da morte em meu peito apertava e aquela lembrança me remoia
Pensar no tempo em que te amava, mesmo um amor não consumado
Refazia minhas fábulas e cada personagem que eu vivia
Sempre herói tu me fizeste ainda que tão fraco e impotente

Aquela manhã jamais esquecerei... Quando acordei com imensuráveis sentimentos
Não havia forma alguma que minha mente entendesse, mas fui tomado de energia
Corri enlouquecido sem saber o rumo que tomara, não parei em nenhuma esquina
Não sei dizer se cheguei dormindo ou acordado, mas vi você na calçada caída
Na frente de sua casa uma multidão lhe rodeava. Fui banido de ver o que ali ocorrera

Eu sabia muito bem do que se tratava. Percebi que seu respirar eu já não mais sentia
Sua ida foi acompanhada de um crepúsculo fulgurante. Minha poetiza havia partido
Sem haver despedida, nem último beijo foi-se para o reduto onde nascem as palavras
Talvez um dia eu me torne eterno como tu, ou eu seja enterrado no olhar daqueles cães
O escuro hoje é meu aposento que resguardo meu lamento junto com a melancolia.

(Melquizedeque de M. Alemão, 26 de maio de 2011)

Foto de Anderson Maciel

SEM VOCÊ

Sem você nada me faz sentido
os dias são tão frios, ruins
vagando vou perecendo perdido
pois nada é melhor sem você aqui

Sem você tudo é tamanha tristeza
a depressão é a dona de mim
voando em contínuo desespero
peço vem amor volta pra mim

Sem você eu perco o sentido
e a vida se torna amargura
sem você não tem vida futura
sem você só resta a morte pra mim. Anderson Poeta

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Quase Supremo

Quem ama tenta se iludir. O mundo é muito grande, mas quem ama de verdade sempre tenta se iludir. Procura uma verdade oculta nos olhares distantes, aquele que ama, Procura satisfazer o desejo impossível de nunca dizer nunca, adeus, saudades de ti. Não coloco aqui a barreira do dinheiro, da paixão, das religiões. Quero apenas dizer que quem ama tenta se iludir, de um amor recíproco e sincronizado, único na sua diversidade.

O amor é injusto e desencontrado. Eu, e uso esse pronome sem medo desta vez, acredito sinceramente que esses anjos que atiram flechas nas pessoas são todos meio ceguetas. Uma mãe pode não amar um filho, e suplantar seu bem querer, ou seu tesão, com o brucutu ali da esquina. Cito em mais uma oportunidade o estilo quase agressivo rodriguiano. Copio, a bem da verdade. Lasque-se, odeio os palavrões desnecessários no texto! Se os suaves anjos da opinião, que acreditam em um amor puro, leve, matemático, acreditam que os sintomas são claros e que suas causas são igualmente lógicas, então me calo cínico diante das imagens dos santos, belos e perfeitos, imutáveis, criações frias do imaginário popular.

O amor é um sentimento doentio. Mente, rouba, mata, atravessa fora da faixa. O amor é ao mesmo tempo duro e sutil. Ele engana, e é exatamente isso o que queremos. Sentimos-nos bem, ao nos enganarmos com o amor! Talvez, vendo de um âmbito filosófico, lembramos que é do amor de um homem e uma mulher que se adia a morte. Perpetua-se a vida com mais uma vida, por meio do amor. E amamos quem queremos, mesmo que no inconsciente. Escondemos muitas vezes os sentimentos mais fortes para não demonstrar a fraqueza óbvia do amar. O coração bate mais rápido, levando nessa velocidade apavorante o tempo que temos. A carne esquenta. Um ser humano não é mais humano, é vulcânico. As descrições todas se tornam superficiais. Os parâmetros perdem seu maior crédito.

Quem ama gosta de se iludir, diante das mentiras mais absurdas. São as inverdades que nos sufocam, quando queremos o não e não o achamos, quando o sim é breve e aguarda um para sempre.

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Transformando

Estava tudo indo muito bem
Mas
sempre existe um mas
eu odeio esse mas

A vida é viva, e tudo que é vivo se transforma
amor em odio
alegria em triteza
a vida em morte
E a morte?

Eu sei que voce prometeu
cuidar para sempre de mim
estar ao meu lado sempre
Mas, (eu odeio esse mas)
Não pode existir regras, para o inesperado, a surpresa
E então voce quebrou seu juramento
Foi uma falha, e tudo se desmoronou
Mas, como odeio esse mas,
Tudo pode se transformar
E o que seria, decepção, triteza
Se transforma em esperança
E a unica certeza, é que um dia eu possa estar a seu lado
Na certeza de um encontro além da vida

Alexandra

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Transformando

Estava tudo indo muito bem
Mas
sempre existe um mas
eu odeio esse mas

A vida é viva, e tudo que é vivo se transforma
amor em odio
alegria em triteza
a vida em morte
E a morte?

Eu sei que voce prometeu
cuidar para sempre de mim
estar ao meu lado sempre
Mas, (eu odeio esse mas)
Não pode existir regras, para o inesperado, a surpresa
E então voce quebrou seu juramento
Foi uma falha, e tudo se desmoronou
Mas, como odeio esse mas,
Tudo pode se transformar
E o que seria, decepção, triteza
Se transforma em esperança
E a unica certeza, é que um dia eu possa estar a seu lado
Na certeza de um encontro além da vida

Alexandra

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Última Esperança

Sua morte foi breve
No seu destino já selado

O seu corpo deformado
Velado sem pompa ou cerimônia
Em estado de neve
Greve de fala e de sangue em lava
Banhado pelo fim
Sem parcimônia
Sem explicação para o enfim
Morto
Deitado no horto
Campo profano de ser esquecido

A sua filha chora
O medo de chegar sua hora
Silêncio de morrer sem ter vivido;
A sua viúva consoladora
Engole sua visão assustadora
De mãe em ser socorro envelhecido;
A falta de entes é desoladora:
Um homem ao longe cava
O último caminho em ser solitário;
Houve estranho que foi solidário
Sabendo que essa era a incessante
Lei divina em traço torto;
Houve o choro de uma amante
Diante do senhor falecido
De outra sepultura;
Houve um rio salgado
Sobre um oceano de secura
E houve a sombra da loucura
Frente à sobra do desiludido

A esperança é a última a padecer
No rumo que a vida nos faz percorrer
Porém estar desenganado
Não é motivo de mágoa obscura

O amor é maior que toda desventura

Foto de Paulo Gondim

Dor ilógica

DOR ILÓGICA
Paulo Gondim
08/05/2011

A dor ainda lhe rompe o peito
A mãe chora a perda amarga
São lágrimas que não secam
Dor que o tempo não apaga

No desolado impacto da morte
O mundo sobre ela desabou
O corpo fio, agora inerte
É o que resta do filho que gerou

E em cada lágrima derramada
O sangue sai de cada entranha
E com ele, toda esperança
Que se vai nessa dor tamanha

É o contrário da lógica
O ouro que perdeu o brilho
Não há dor maior que essa
A mãe enterrar seu filho

Foto de Allan Sobral

Homicídio culposo (Amor e Morte)

Homicídio culposo (Amor e Morte)

“Você me olha deste jeito,
Meus direitos e defeitos,
Tende a se modificar,
Penso coisa diferente,
Me transformo simplesmente,
Vejo em você meu amor.

Se não for nada disso fique perto,
Dou um jeito e tudo certo,
De mais um sorriso e vá embora,
Por favor volte outra hora,
Eu só quero ver você voltar,

Mas se não for amor,
Não diga nada por favor
Não apague este sonho,
Pois meu coração nunca sofreu de amor!”

Hoje carrego um olhar vidrado e estável, um coração que bate em um ritmo lento e constante, sentimentos hoje são poucos, pois todos se ausentaram e estão em luto, pois dentro de meu peito houve uma morte, daquelas descritas nos contos ultra-românticos, onde não há muitos finais felizes, mas para que sossegai vossa ansiedade ingênua, contarei o que houve.
Um acontecimento simples e corriqueiro, mas que teve o poder de molhar novamente os olhos que a muito tempo luto para manter secos como os ventos do deserto.
As vezes olhamos o céu e vemos alguma estrela bela e formosa, estrela cujo o brilho, encantam os homens, ao ponto de crerem que esta é mais bela que o Sol, mas quando força de suas fantasias os fazem voar, ao ponto de toca-la percebem que estrelas são só estrelas, um pedaço imenso de terra reluzente, fria e comum como todas as outras estrelas.
Numa doce ilusão vi um anjo, que mal se enxergara diante da penumbra do final da tarde, mas ao aproximar-me vi que era só uma estatua antiga e frágil, já com muitos danos, e ao toca-la, a mesma desmontou-se, quebrando e se enroscando as teias de aranhas que ali estavam.
E hoje declaro que sou o homicida, sou o motivo do luto de meus sentimentos, pois em mim nascera uma paixão por algo surreal, uma paixão clássica e sinceramente romântica, daquelas que não se encontram mais, mas hoje a matei, fui um tanto que frio a principio, mas tive medo,e tive que optar, foi uma batalha honrosa, tremi antes de concluir tal feito, mas com as mãos sujas tive que escolher, entre mata-la ou deixar que ela me mate.
O nunca se tornou pouco tempo, e o sempre não a de ser nada.
Tive medo, pois ao ver as mais belas rosas sendo jogadas ao ar sem ser apanhadas, algo já me dizia que estas nunca seriam cheiradas ou se quer percebidas. Mas hoje olho aos céus e clamo ao Deus que lá habita, que me perdoe, e que se matei por engano um amor, o faça resistir, pois dizem que amores são imortais. Pois dizem que o amor é a morte da Morte, e que o mesmo sempre há de vencer.

Allan, hoje só Allan.

Foto de Carmen Lúcia

Silêncio!(prece para minha mãe)

Uma breve pausa...calem-se todas as vozes...
Murmúrios de riachos, gorjeios de pássaros,
Assobios de ventos, lamentos, alaridos,
Gritos incontidos, gemidos, rangidos...

Somente as batidas de meu coração
Que agora chora, desmedida emoção...
Teu rosto nitidamente se retrata
Na moldura dourada de minha ilusão,
Teus olhos, dois faróis a iluminar...
Da janela da alma clareiam, me fazem enxergar.

Tua voz...Ah, tua voz que brandamente
Percorria os espaços, enchendo-os de alegria,
Era voz de harmonia, voz de sabedoria.
Nunca se calou...Ouço-a suavemente
No início das manhãs, ao deitar-se o sol poente.

Mãos de anjo...ainda sinto teus carinhos
A afagar devagarinho minhas dores, desilusões,
Ainda devem estar macias, possuem a supremacia ...
Nem a morte é capaz de apagar.

Mãe, esse silêncio é mais que uma prece...
É um grito de dor, é saudade, é amor que só cresce
Do amor que a mim despojaste, sem dimensão,
Que me faz caminhar, que me dá proteção
E que abraço por todos os cantos por onde passo.

_Carmen Lúcia_

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